PÁSCOA !
O Anjo Exterminador passará por todas as casas dos Israelitas, que celebram a primeira Páscoa, e não matará os seus Primogénitos !...
A palavra hebraica Pesach, significa Páscoa, que foi originariamente a festa mais importante do Ano Litúrgico dos Judeus.
Comemorava a passagem do Anjo exterminador pelas casas dos hebreus, que matava todos os filhos primogénitos dos Egípcios, poupando os das casas dos hebreus assinaladas com o sangue do Cordeiro Pascal nas ombreiras das portas :
- "Pelo meio da noite passarei através do Egipto, e todo o primogénito nascido no Egipto morrerá, desde o primogénito do Faraó que deveria ocupar o trono, até ao primogénito da escrava que faz girar a mó e todos os primogénitos dos animais".(Ex. 11,4-5).
Quando se fala em Anjo exterminador faz-se referência ao extermínio dos Primogénitos, que consta da Décima Praga do Egipto e à instituição da Páscoa, conforme se pode ler no Livro do Êxodo :
- "Quando o Senhor passar para flagelar o Egipto, ao ver o sangue na verga e nas duas ombreiras, passará adiante da porta e não permitirá que o exterminador entre nas vossas casas para ferir". (Êx.12,23).
O exterminador é o anjo da morte, mencionado também no 2º Livro de Samuel (24,16); no Livro da Sabedoria (18,25) e na 1ª Epístola aos Coríntios (10,10).
É o enviado do Senhor e personifica ordinariamente o mesmo Deus :
- "É o sacrifício da Páscoa em honra do Senhor que, ferindo os egípcios, poupou as casas dos filhos de Israel no Egipto e poupou as nossas famílias". (Êx.12,27).
A Páscoa era celebrada ao pôr do Sol, no dia 15 do mês de Nissan :
- "No mês de Abib cuida de celebrar a Páscoa em honra do Senhor, teu Deus, porque foi no mês de Abib que o Senhor, teu Deus, te fez sair do Egipto, durante a noite". (Deut. 16,1).
Abib era o mês da espiga madura ou da Primavera que passou a chamar-se Nissan depois do exílio, e corresponde ao mês lunar de Março-Abril :
- "Este mês será para vós o primeiro mês, será o primeiro mês do ano".(Êx. 12,2).
O mês de que aqui se fala, corresponde à lua de Março-Abril, o Abib, ou o nome babilónico de Nissan depois do exílio.
A Páscoa era celebrada no dia dos Ázimos, uma festa da agricultura que durava sete dias.
Era imolado um cordeiro assado no fogo e comido com ervas amargas e pão sem fermento (Ázimo). (Êx.12/1 -28).
Esta celebração era simbolizada pela atitude dos que nela tomavam parte, de pé, de cintura apertada e de bordão na mão, como quem estava preparado para lutar a todo o momento.
Pois esta festa da Páscoa era celebrada no tempo em que Jesus viveu e Ele celebrou-a com os seus discípulos algumas vezes e, na última vez que a celebrou instituiu o Sacerdócio e a Eucaristia :
- "Enquanto comiam, tomou Jesus o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo : "Tomai e comei: Isto é o Meu corpo". Tomou em seguida um cálice, deu graças e entregou-lho dizendo : "Bebei dele todos. Porque este é Meu sangue, sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos para remissão dos pecados. Eu vos digo : não beberei mais deste produto da videira até ao dia em que o hei-de beber de novo convosco no reino de Meu Pai". (Mt. 26,26-29). (ver Mc. 14,22;Lc.22,14).
Na patrística e na exegese medieval, a Páscoa foi considerada como o tipo simbólico do sacrifício de Cristo na cruz e do sacrifício da Eucaristia.
Cristo ressuscitou !
A Páscoa é dia de festa, é a Festa das festas, o Dia por excelência de «Cristo Senhor», em que Ele, depois de ter passado pela morte, triunfou das trevas da morte, para não mais morrer !
Com a Páscoa nasce agora um Povo Novo, a Igreja, pela qual Cristo, continua presente no meio do mundo, especialmente pela acção pascal dos Sacramentos e pelo dom do Espírito Santo.
A Páscoa é assim fonte de alegria, de optimismo e de esperança para o cristão.
A Páscoa não nos introduz numa fase estática, de repouso, mas sim do dinamismo, que brota da vida da Ressurreição.
Baptizados na Morte e Ressurreição de Jesus, começámos uma Nova Caminhada, um Novo Êxodo, uma Nova Páscoa que durarão por toda a nossa existência, e que exigirão de nós esforço, generosidade e sacrifício.
Ressuscitados com Cristo temos de levar uma vida de ressuscitados !
CORDEIRO PASCAL
Também se dá este título a Jesus para significar o mesmo que Cordeiro de Deus.
E diz-se Pascal, de harmonia com o que diz o livro do Êxodo a respeito da saída do povo judeu do Egipto. (Ex. cap. 12).
Segundo as instruções dadas por Deus a Moisés, o Cordeiro era preparado e comido pelas famílias hebraicas na noite da Passagem da escravidão para a liberdade.
Segundo a Lei de Moisés, era morto um Cordeiro especial para celebrar essa Passagem e era comido com ervas amargas e pão sem fermento :
- "Nessa mesma noite, comer-se-á a carne assada ao fogo com pães sem fermento e ervas amargas". (Êx.12,8).
Esta cerimónia anual lembra ao povo judeu a rápida e desagradável saída do Egipto.
Os Católicos são convidados a pensar que Jesus é o Cordeiro Pascal porque deu a Sua vida para salvação da humanidade.
Tal como os Hebreus foram salvos da escravidão do Egipto por Javé (Deus), a morte de Jesus na Cruz oferece a liberdade da escravidão do pecado, que o mesmo é dizer, a purificação espiritual da nossa Alma.
Cada família imolou o Cordeiro Pascal .
Os Israelitas deviam celebrar este dia para sempre...
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]