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24 de maio de 2014
Visita à Terra Santa: O Papa Francisco ora à beira do rio Jordão
AMAN, 24 Mai. 14 (ACI) .- O Papa Francisco realizou uma silenciosa oração na sua visita hoje ao rio Jordão, lugar onde Jesus foi batizado como parte de sua visita a Terra Santa, para posteriormente ir ao encontro dos refugiados e deficientes físicos na Igreja Latina de Betânia.
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MANCHETES DO DIA
VATICANO
O Papa Francisco encomenda à Virgem Maria sua peregrinação à Terra Santa
[Íntegra]: Discurso do Papa no encontro com autoridades na Jordânia
MUNDO
Visita à Terra Santa: Papa Francisco deixa o estrado para aproximar-se de um jovem deficiente físico
Que Deus converta os violentos, diz o Papa Francisco em um campo de refugiados em Betânia
Visita à Terra Santa: O Papa Francisco ora à beira do rio Jordão
[Íntegra] O Papa Francisco recorda no Jordão que a paz se constrói e não se pode comprar
Liberdade religiosa é direito humano fundamental, afirma o Papa Francisco em discurso às autoridades na Jordânia
Católico em Dia
Evangelho:
Santo ou Festa:
Festa de Maria Auxiliadora
Um pensamento:
Quando o homem se separa de Deus, no Deus quem o persegue, mas sim os dolos.
Joseph Ratzinger
VATICANO
O Papa Francisco encomenda à Virgem Maria sua peregrinação à Terra Santa
ROMA, 23 Mai. 14 (ACI) .- O Papa Francisco visitou de maneira individual na manhã de hoje Basílica da Santa Maria Maior em Roma para orar e confiar à Mãe de Jesus, a Santíssima Virgem Maria, sua peregrinação a Terra Santa que começa neste sábado 24 de maio e culmina no domingo 26.
Depois de aproximadamente 15 minutos de recolhimento e oração ante a imagem Mariana conhecida como a Salus populi romani (Protetora do Povo Romano), o Papa Francisco ofereceu um ramo de rosas brancas e amarelas aos pés da Virgem.
Desde o início de seu ministério petrino em março de 2013, esta foi a oitava visita do Pontífice à Virgem Maria na igreja mais antiga a Ela dedicada no mundo. Vale recordar que o Papa confiou a Ela seu pontificado.
Em declarações à Rádio Vaticano, o Arcipreste da Basílica Santa Maria Maior, o Cardeal espanhol Santos Abril e Castelló, explicou que “o Papa Francisco sempre vem a Santa Maria Maior com muito gosto porque encontra na Mãe a guia e a inspiração para toda sua ação”.
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[Íntegra]: Discurso do Papa no encontro com autoridades na Jordânia
AMAN, 24 Mai. 14 (ACI) .-
Discurso do Papa Francisco na Cerimônia de boas-vindas no Palácio Real em Amã (Jordânia)
Sábado, 24 de maio de 2014
Majestade
Excelências, Amados Irmãos Bispos,
Queridos Amigos!
Agradeço a Deus por poder visitar o Reino Hachemita da Jordânia, seguindo os passos dos meus antecessores Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, e agradeço a Sua Majestade o Rei Abdullah II pelas suas cordiais palavras de boas-vindas, com viva recordação do recente encontro no Vaticano. Estendo a minha saudação aos membros da Família Real, ao Governo e ao povo da Jordânia, uma terra rica de história e de grande significado religioso para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Este País oferece generoso acolhimento a um grande número de refugiados palestinenses, iraquianos e vindos de outras áreas de crise, nomeadamente da vizinha Síria, abalada por um conflito que já dura há muito tempo. Tal acolhimento merece a estima e o apoio da comunidade internacional. A Igreja Católica quer, na medida das suas possibilidades, empenhar-se na assistência aos refugiados e a quem vive em necessidade, sobretudo através da Cáritas Jordana.
Ao mesmo tempo que constato, com pena, a persistência de fortes tensões na área médio-oriental, agradeço às autoridades do Reino aquilo que fazem e encorajo a continuarem a empenhar-se na busca da desejada paz duradoura para toda a região; para tal objectivo, torna-se imensamente necessária e urgente uma solução pacífica para a crise síria, bem como uma solução justa para o conflito israelita-palestinense.
Aproveito esta oportunidade para renovar o meu profundo respeito e a minha estima à comunidade muçulmana e manifestar o meu apreço pela função de guia desempenhada por Sua Majestade o Rei na promoção duma compreensão mais adequada das virtudes proclamadas pelo Islã e da serena convivência entre os fiéis das diferentes religiões. Exprimo a minha gratidão à Jordânia por ter incentivado uma série de importantes iniciativas em prol do diálogo inter-religioso visando promover a compreensão entre judeus, cristãos e muçulmanos, nomeadamente a «Mensagem Inter-religiosa de Aman», e por ter promovido no âmbito da ONU a celebração anual da «Semana de Harmonia entre as Religiões».
Uma saudação cheia de afecto quero agora dirigir às comunidades cristãs, que, presentes no país desde a era apostólica, oferecem a sua contribuição para o bem comum da sociedade na qual estão plenamente inseridas. Embora hoje sejam numericamente minoritárias, conseguem desempenhar uma qualificada e apreciada acção no campo da educação e da saúde, através de escolas e hospitais, e podem professar com tranquilidade a sua fé, no respeito da liberdade religiosa, que é um direito humano fundamental, esperando vivamente que o mesmo seja tido em grande consideração em todo o Médio Oriente e no mundo inteiro. Tal direito «implica tanto a liberdade individual e colectiva de seguir a própria consciência em matéria de religião, como a liberdade de culto (…), a liberdade de escolher a religião q! ue se crê ser verdadeira e de manifestar publicamente a própria crença» (BENTO XVI, Exort. ap. Ecclesia in Medio Oriente, 26). Os cristãos sentem-se e são cidadãos de pleno direito e pretendem contribuir para a construção da sociedade, juntamente com os seus compatriotas muçulmanos, oferecendo a sua específica contribuição.
Por fim, formulo sentidos votos de paz e prosperidade para o Reino da Jordânia e seu povo, com a esperança de que esta visita contribua para incrementar e promover boas e cordiais relações entre cristãos e muçulmanos.
Agradeço-vos pela vossa hospitalidade e cortesia. Deus Omnipotente e Misericordioso conceda a Suas Majestades felicidade e longa vida e cubra a Jordânia com as suas bênçãos. Salam!
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MUNDO
Visita à Terra Santa: Papa Francisco deixa o estrado para aproximar-se de um jovem deficiente físico
AMAN, 24 Mai. 14 (ACI) .- Como já é usual desde que iniciou seu Pontificado, o Papa Francisco teve novamente um gesto de afeto ao deixar o estrado de onde escutava os testemunhos das crianças e jovens deficientes e refugiados –presentes na Igreja Latina da Betânia-, para abaixar-se e abraçar a um jovem portador de deficiência, antes que os voluntários levantassem a cadeira em que estava para levá-lo a Santo Padre.
Logo depois de pronunciar um discurso, o Santo Padre ouviu atentamente –graças à tradução de um sacerdote franciscano- os testemunhos dos jovens e crianças que são atendidos nos campos de refugiados que há na Jordânia, aonde chegam fugindo da violência na Síria, Iraque e outras regiões do Meio Oriente.
Um dos testemunhos foi o de um menino de aproximadamente onze anos e que padece de leucemia. “Não sei por que isto me sucede, mas sigo rezando a Deus”, expressou o menor, que desde 2012 recebe quimioterapia.
Anteriormente, uma mulher cristã Iraquiana relatou ao Pontífice o sofrimento de seu povo, o qual, afirmou, deseja a paz. O mesmo fez uma jovem palestina.
Finalmente, falou-se do caso de um jovem deficiente físico, cuja história foi relatada por uma mulher. Ao concluir, um grupo de voluntários estavam por levantar a cadeira para levar este jovem até o Pontífice, mas Francisco se levantou primeiro e desceu do estrado para aproximar-se do jovem, a quem abraçou e dedicou algumas palavras. Vários dos presentes aproveitaram para rodear o Papa e expressar seu agradecimento por visitar a Terra Santa.
Com este encontro foi concluído o programa do Francisco no Jordânia. Amanhã domingo, às 08:30h do horário local, partirá em helicóptero para Belém.
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Que Deus converta os violentos, diz o Papa Francisco em um campo de refugiados em Betânia
AMã, 24 Mai. 14 (ACI) .- Na localidade da Betânia perto ao lugar onde Jesus foi batizado, o Papa Francisco dirigiu um discurso a um grupo de aproximadamente 600 refugiados e de jovens portadores de deficiência física, ante os quais reafirmou sua grande preocupação pelo conflito na Síria, e expressou seu desejo de que Deus converta o coração dos violentos e os que fazem projetos de guerra. Neste sentido, o Santo Padre também fez uma forte denúncia contra quem fabrica e vendem armas.
A seguir o discurso de Sua Santidade:
Amados irmãos e irmãs!
Na minha peregrinação, desejei ardentemente encontrar-me convosco que, devido a conflitos sangrentos, tivestes de deixar as vossas casas e a vossa pátria, encontrando refúgio nesta terra hospitaleira da Jordânia e também convosco, queridos jovens, que sentis o peso de alguma limitação física.
Este lugar, onde nos encontramos, lembra-nos o baptismo de Jesus. Vindo aqui ao Jordão para ser baptizado por João, mostra a sua humildade e a partilha da condição humana: abaixa-Se até nós e, com o seu amor, devolve-nos a dignidade e dá-nos a salvação. Não cessa de nos impressionar esta humildade de Jesus, que Se debruça sobre as feridas humanas para as curar. E, da nossa parte, ficamos profundamente tocados com os dramas e as feridas do nosso tempo, especialmente as feridas provocadas pelos conflitos ainda em curso no Médio Oriente. Penso, em primeiro lugar, na Síria, dilacerada por uma luta fratricida que dura desde há três anos e já ceifou inúmeras vítimas, obrigando milhões de pessoas a tornarem-se refugiados e exilados noutros países.
Agradeço às autoridades e ao povo jordano pela generosa hospitalidade dada a um número altíssimo de refugiados provenientes da Síria e do Iraque, e estendo os meus agradecimentos a todos aqueles que lhes prestam ajuda nas várias obras de assistência e solidariedade. Penso também na obra de caridade realizada por instituições da Igreja como a Cáritas Jordana e outras que, assistindo os necessitados sem distinção de crença religiosa, filiação étnica ou ideológica, manifestam o esplendor do rosto caritativo de Jesus misericordioso. Deus todo-poderoso e clemente vos abençoe a todos e a cada um dos vossos esforços por aliviar os sofrimentos causados pela guerra!
Faço apelo à comunidade internacional para que não deixe a Jordânia sozinha a enfrentar a emergência humanitária provocada pela chegada ao seu território de um número tão alto de refugiados, mas continue e incremente a sua ação de apoio e ajuda. E renovo o meu apelo mais veemente pela paz na Síria. Cessem as violências e seja respeitado o direito humanitário, garantindo a necessária assistência à população que sofre! Todos ponham de parte a pretensão de deixar às armas a solução dos problemas e voltem ao caminho das negociações. Na realidade, a solução só pode vir do diálogo e da moderação, da compaixão por quem sofre, da busca de uma solução política e do sentido de responsabilidade pelos irmãos.
A vós, jovens, peço que vos unais à minha oração pela paz. Podeis fazê-lo também oferecendo a Deus as vossas fadigas diárias, tornando-se assim particularmente preciosa e eficaz a vossa oração. E encorajo-vos a colaborar, com o vosso empenho e a vossa sensibilidade, na construção duma sociedade respeitadora dos mais frágeis, dos doentes, das crianças, dos idosos. Apesar das dificuldades da vida, sede sinal de esperança. Vós estais no coração de Deus e das minhas orações, e agradeço-vos pela vossa presença entusiasta e numerosa.
No final deste encontro, renovo meus votos de que prevaleçam a razão e a moderação e que a Síria reencontre, com a ajuda da comunidade internacional, o caminho da paz. Deus converta os violentos e aqueles que têm projetos de guerra e converta os corações e as mentes dos operadores de paz e os recompense com todas as bênçãos.
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Visita à Terra Santa: O Papa Francisco ora à beira do rio Jordão
AMAN, 24 Mai. 14 (ACI) .- O Papa Francisco realizou uma silenciosa oração na sua visita hoje ao rio Jordão, lugar onde Jesus foi batizado como parte de sua visita a Terra Santa, para posteriormente ir ao encontro dos refugiados e deficientes físicos na Igreja Latina de Betânia.
O Santo Padre chegou até o rio em um automóvel descoberto. Ao chegar, foi recebido pela autoridade arqueológica do lugar. Para poder descender pelas escalinatas, o Papa foi ajudado por um sacerdote franciscano, devido a que –como se sabe-, Francisco sofre um problema na coluna, o que lhe dificulta inclinar-se.
Apesar desta dificuldade, o Pontífice aproveitou um momento para ajoelhar-se e tocar com sua mão um pouco da água do rio Jordão, para em seguida colocá-la sobre sua frente e ficar a sós.
Depois de um breve momento de oração, Francisco fez o sinal da cruz e retomou o caminho para dirigir-se para outro ponto do rio, onde os fiéis de diversas denominações cristãs são batizadas por imersão. Neste lugar, o Papa foi recebido pelos reis do Jordânia.
Depois de um breve momento de reflexão, o Santo Padre se retirou a assinar o livro de visitas, onde as autoridades entregaram uma garrafa com água do rio e um quadro como obséquios. Posteriormente, o Papa saiu ao encontro dos refugiados e deficientes.
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[Íntegra] O Papa Francisco recorda no Jordão que a paz se constrói e não se pode comprar
AMAN, 24 Mai. 14 (ACI) .- Na homilia da Missa que presidiu esta tarde (hora local) no estádio internacional de Amã na Jordânia, o Papa Francisco explicou que a paz não se pode comprar e que é necessário construi-la na vida cotidiana.
Abaixo segue na Íntegra a homilia do Santo Padre:
Ouvimos, no Evangelho, a promessa de Jesus aos discípulos: «Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco» (Jo 14, 16). O primeiro Paráclito é o próprio Jesus; o «outro» é o Espírito Santo.
Aqui não estamos muito longe do lugar onde o Espírito Santo desceu poderosamente sobre Jesus de Nazaré, depois de João O ter baptizado no rio Jordão (cf. Mt 3, 16). Por isso, o Evangelho deste domingo e também este lugar, onde, graças a Deus, me encontro como peregrino, convidam-nos a meditar sobre o Espírito Santo, sobre aquilo que Ele realiza em Cristo e em nós e que podemos resumir da seguinte maneira: o Espírito realiza três acções, ou seja, prepara, unge e envia.
No momento do baptismo, o Espírito pousa sobre Jesus a fim de O preparar para a sua missão de salvação; missão caracterizada pelo estilo do Servo humilde e manso, pronto à partilha e ao dom total de Si mesmo. Mas o Espírito Santo, presente desde o início da história da salvação, já tinha agido em Jesus no momento da sua concepção no ventre virginal de Maria de Nazaré, realizando o evento maravilhoso da encarnação: «O Espírito Santo virá sobre ti – diz o Anjo a Maria – e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra, e tu darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus» (cf. Lc 1, 35.31). Depois, o Espírito Santo tinha actuado sobre Simeão e Ana, no dia da apresentação de Jesus no Templo (cf. Lc 2, 22). Ambos à espera do Messias, ambo! s inspirados pelo Espírito Santo, Simeão e Ana, à vista do Menino, intuem que Ele é mesmo o Esperado por todo o povo. Na atitude profética dos dois anciãos, exprime-se a alegria do encontro com o Redentor e, de certo modo, actua-se uma preparação do encontro entre o Messias e o povo.
As diferentes intervenções do Espírito Santo fazem parte de uma acção harmónica, de um único projecto divino de amor. Com efeito, a missão do Espírito Santo é gerar harmonia – Ele mesmo é harmonia – e realizar a paz nos vários contextos e entre diferentes sujeitos. A diferença de pessoas e a divergência de pensamento não devem provocar rejeição nem criar obstáculo, porque a variedade é sempre enriquecedora. Por isso hoje, com coração ardente, invoquemos o Espírito Santo, pedindo-Lhe que prepare o caminho da paz e da unidade.
Em segundo lugar, o Espírito Santo unge. Ungiu interiormente Jesus, e unge os discípulos para que tenham os mesmos sentimentos de Jesus e possam, assim, assumir na sua vida atitudes que favoreçam a paz e a comunhão. Com a unção do Espírito, a nossa humanidade é marcada pela santidade de Jesus Cristo e tornamo-nos capazes de amar os irmãos com o mesmo amor com que Deus nos ama. Portanto, é necessário praticar gestos de humildade, fraternidade, perdão e reconciliação. Estes gestos são pressuposto e condição para uma paz verdadeira, sólida e duradoura. Peçamos ao Pai que nos unja para nos tornarmos plenamente seus filhos, configurados cada vez mais a Cristo, a fim de nos sentirmos todos irmãos e, assim, afastar de nós rancores e divisões e amar-nos fraternalmente. Isto mesmo nos pediu Jesus no Evangelho: «Se me tendes a! mor, cumprireis os meus mandamentos, e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco» (Jo 14, 15-16).
E, por último, o Espírito Santo envia. Jesus é o Enviado, cheio do Espírito do Pai. Ungidos pelo mesmo Espírito, também nós somos enviados como mensageiros e testemunhas de paz.
A paz não se pode comprar: é um dom que se deve buscar pacientemente e construir «artesanalmente» através dos pequenos e grandes gestos que formam a nossa vida diária. Consolida-se o caminho da paz, se reconhecermos que todos temos o mesmo sangue e fazemos parte do género humano; se não nos esquecermos que temos um único Pai celeste e que todos nós somos seus filhos, feitos à sua imagem e semelhança.
Neste espírito, vos abraço a todos: o Patriarca, os irmãos Bispos, os sacerdotes, as pessoas consagradas, os fiéis leigos, a multidão de crianças que hoje fazem a Primeira Comunhão e os seus familiares. Com todo o meu coração saúdo também os numerosos refugiados cristãos que vieram da Palestina, da Síria e do Iraque: levai às vossas famílias e comunidades a minha saudação e a minha solidariedade.
Queridos amigos! O Espírito Santo desceu sobre Jesus no Jordão e deu início à sua obra de redenção para libertar o mundo do pecado e da morte. A Ele pedimos que prepare os nossos corações para o encontro com os irmãos independentemente das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; que unja todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; que nos envie, com humildade e mansidão, pelas sendas desafiadoras mas fecundas da busca da paz. Amen!
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Liberdade religiosa é direito humano fundamental, afirma o Papa Francisco em discurso às autoridades na Jordânia
AMAN, 24 Mai. 14 (ACI) .- Em seu discurso às autoridades do reino do Jordânia, o Papa Francisco disse hoje que a liberdade religiosa é um direito humano fundamental que deve ser considerado não só no Meio Oriente a não ser em todo mundo.
Depois de saudar as comunidades cristãs na Jordânia, o Santo Padre disse que “apesar de ser hoje numericamente minoritárias, têm a possibilidade de desenvolver um qualificada e reconhecida trabalho no campo educativo e sanitário, mediante escola e hospitais”
Os cristãos, continuou o Papa, “podem professar com tranquilidade a sua fé, no respeito da liberdade religiosa, que é um direito humano fundamental, esperando vivamente que o mesmo seja tido em grande consideração em todo o Médio Oriente e no mundo inteiro”.
Recordando o que já havia dito o Supremo Pontífice Emérito, Bento XVI, no documento Ecclesia in Medio Oriente, o Papa assinalou que “este direito ‘abrange tanto a liberdade individual como coletiva de seguir a própria consciência em matéria religiosa como a liberdade de culto… a liberdade de escolher a religião que se estima verdadeira e de manifestar publicamente a própria crença’”.
“Os cristãos sentem-se e são cidadãos de pleno direito e pretendem contribuir para a construção da sociedade, juntamente com os seus compatriotas muçulmanos, oferecendo a sua específica contribuição”, adicionou.
Para concluir, o Pontífice discursou: “Por fim, formulo sentidos votos de paz e prosperidade para o Reino da Jordânia e seu povo, com a esperança de que esta visita contribua para incrementar e promover boas e cordiais relações entre cristãos e muçulmanos”.
“Agradeço-vos pela vossa hospitalidade e cortesia. Deus Omnipotente e Misericordioso conceda a Suas Majestades felicidade e longa vida e cubra a Jordânia com as suas bênçãos. Salam!”, concluiu.
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"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]