sexta-feira, 16 de maio de 2014

[Catolicos a Caminho] CÉU - LUGAR PARA OS DISÍPULOS Som !

 











  • CÉU – LUGAR PARA OS DISCÍPULOS 





Segundo a Liturgia da Palavra de hoje - 17 de Maio – A, Jesus, antes de subir ao Céu, procurou ilucidar os seus discípulos, sobre o seu fim último – O reino dos Céus.. 

O fim último da existência humana, o fim para que Deus criou o homem, foi a completa felicidade da vida eterna com Deus : 

- "Porque não temos aqui cidade permanente, mas vamos em busca da futura". (Hebr.13,14). 

As Escrituras fazem referências ao Céu sob uma vasta variedade de nomes, tais como : 

* Reino de Deus : - "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino de Deus. (Mt.5,3). 

* Casa do Pai : - "Na Casa de Meu Pai há muitas moradas". (Jo.14,2). 

* Coroa de glória : - "E quando o príncipe dos pastores aparecer, recebereis a Coroa de glória"...(1 Ped.5,4). 

S. Paulo fala do Céu como a glória futura : 

- "Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós".(Rom.8,18). 

- "E aos que predestinou, a esses também os chamou ; e aos que chamou, a esses justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou". (Rom.8,30). 

O Céu é o prémio e a manifestação de Deus, através de Cristo, e a realização do amor de Deus para com a humanidade, bem como a resposta do amor dos homens para com Deus. 

Muitas pessoas consideram os Cristãos como utópicos ou sonhadores por olharem para a vida eterna em Deus. 

Julgam que é assim uma espécie de distracção para tornar a vida mais agradável no serviço da humanidade, uma felicidade prometida para que as pessoas aceitem a opressão e as misérias da vida, a contarem com um "doce" no Céu quando morrerem. 

Dizem que é uma loucura e uma falsa esperança produzida pela nossa natural e humana incapacidade de aceitar a certeza da finalidade da morte. 

Os Cristãos acreditam no Céu, não baseados nestas mentiras e loucuras, mas com a fé e a esperança nas promessas de Jesus Cristo. 

Quando Jesus ressuscitou, disse aos seus amigos mais fiéis : 

- "Não se perturbe o vosso coração : Credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, ter-vo-lo-ia dito, pois vou preparar-vos um lugar. E quando Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei outra vez, e levar-vos-ei comigo, para que, onde Eu estiver, estejais vós também". (Jo. 14,1 -3). 

Jesus também prometeu que o Seu "rebanho", os Seus discípulos, ouvem a Sua voz e receberão d'Ele a vida eterna. 

- "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz ; Eu conheço-as e elas seguem-Me. Dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará das Minhas mãos". (Jo.10,27). 

E ainda hão-de herdar o reino preparado para eles desde o princípio do mundo : 

- "O Rei dirá, então, aos da Sua direita : Vinde benditos de Meu Pai, recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo". (Mt.25,34). 

O Reino dos Céus é comparado a uma festa de casamento : 

- "O Reino dos Céus é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para seu filho"... (Mt.22,2). 

E a um casamento do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, com a sua esposa, a Igreja : 

- "Regozijemo-nos, alegremo-nos e demos-Lhe glória ; porque chegaram as núpcias do Cordeiro, a Sua esposa já está preparada e foi-lhe dado vestir-se de linho fino, puro e resplandecente. O linho são as virtudes dos santos. Disse-me, então : Escreve : Felizes os que foram convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro". (Ap. 19,7-9). 

Os Católicos acreditam que o Céu é o cumprimento do mais profundo desejo do coração humano. 

Já assim se exprimiu Santo Agostinho quando disse : Criaste-nos para Vós ó Deus, e os nossos corações não descansam enquanto Vos não encontrarem. 

A felicidade do Céu há-de consistir primariamente de uma infusão ou submersão no amor de Deus ou participação através do amor da visão beatífica, do conhecimento de Deus tal como Ele é no Seu Ser. 

O grau de felicidade em que cada um participará dependerá dos seus méritos. 

Conjuntamente com esta bem-aventurança sobrenatural, essencial e fundamental, terá ainda cada uma felicidade de contemplar a humanidade de Cristo, a companhia dos anjos e dos santos, a perfeição de uma doação natural e a satisfação de uma paz sem reservas na alegria de uma eternidade sem fim. 

O Céu é um sábado eterno, isto é, o dia de descanso em Deus, depois dos nossos seis dias de trabalho de toda a nossa vida. 

Também seria errado pensar que o Céu é assim qualquer coisa que só existe no futuro para os Cristãos. 

O Céu começa nesta vida logo que nós correspondemos com fé à graça que Cristo nos mereceu. 

Quando pomos primeiro a Deus nas nossas vidas e decidimos deixar o resto para O seguirmos, nós sentimos a alegria de sermos Seus discípulos, que o mesmo é a antecipação da vida no Céu. 

Jesus veio para que nós tenhamos a vida e a tenhamos em abundância. (Jo. 10,10), começando agora para atingir depois a plenitude no Céu. 

O Céu é a participação da vida divina e a felicidade da união completa com a Santíssima Trindade : 

- "Nesses dias conhecereis que estou em Meu Pai e Vós em Mim e eu em Vós". (Jo.14,20). 

Não seremos absorvidos pela vida em Deus, no sentido de que perdemos as nossas identidades individuais, como num panteísmo, mas encontraremos a nossa verdadeira identidade porque estaremos imersos em Deus e no Seu amor. 

Diz o Catecismo da Igreja Católica : 

1025. - Viver no Céu é "estar com Cristo". Os eleitos vivem "n'Ele"; mas n'Ele guardam, ou melhor, encontram a sua verdadeira identidade, o seu nome próprio. 

Os Católicos acreditam na ressurreição do corpo, no sentido de que o Céu é um lugar e não apenas um vago estado da existência. 

É o lugar onde nós não só vemos a Deus face-a-face, mas também havemos de compreender, com os nossos corpos ressuscitados, o corpo ressuscitado de Jesus Cristo, de Maria Santíssima e de todos os santos que já entraram na vida eterna do Céu. 

No Céu todos têm a plenitude da felicidade e do amor de Deus, cada um segundo a sua capacidade de a receber. 

Quanto maior for o nosso amor e quanto maior for a nossa generosidade na Terra, maior será depois a nossa capacidade de felicidade no Céu. 

Como será a nossa felicidade no Céu, nada nos foi revelado ; mas S. Paulo assim o descreveu : 

- "Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem, o que Deus preparou para aqueles que O amam". (1 Cor.2,9). 

O Céu é a nossa recompensa : 

- "Exultai e alegrai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos Céus"... (Mt.5/12). 

O Céu será um tesouro incorruptível : 

- "Acumulai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros"... (Mt.6,20). 

Finalmente o Céu será a nossa última esperança "por causa da esperança que vos está reservada nos Céus, da qual tivestes conhecimento pela palavra da verdade, o Evangelho". (Col. 1,4). 

Concluímos assim com a recente doutrina do Catecismo da Igreja Católica : 

1023. - Os que morrem na graça e amizade de Deus, perfeitamente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque O vêem "tal como Ele é" (l Jo.3/2), face a face. 

1024. - Esta vida perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida e de amor com Cristo, com a Virgem Maria, com os anjos e todos os bem-aventurados, chama-se "Céu". O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva. 

1029. - Na glória do Céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a Criação. Eles já reinam com Cristo. Com Ele "reinarão pelos séculos dos séculos". (Ap.22/5). 

O Céu não é a única hipótese para o destino da nossa alma, porque os que se não salvam, condenam-se. 

E só se condenam os que não forem abrangidos pelo plano da História da Salvação. 



John
Nascimento 













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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]