domingo, 18 de maio de 2014

[Catolicos a Caminho] LITURGIA DA PALAVRA - 5o DOMINGO DA PÁSCOA - A Som !

 











É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra. 

  • 5º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO A! 





Quem Me vê a Mim, vê o Pai. 





A Liturgia da Palavra deste 5º Domingo da Páscoa – A, diz-nos que Jesus Ressuscitado é Caminho, Verdade e Vida. 

A afirmação de Jesus personaliza os temas bíblicos característicos e permite a toda a experiência humana confrontar-se com ele sobre o sentido fundamental da existência. 

«Jesus Cristo, Verbo feito carne, enviado como "homem aos homens", "fala as palavras de Deus" e consuma a obra da salvação a Ele confiada pelo Pai. 

Eis porque Ele, ao qual quem vê, vê também o Pai, pela plena presença e manifestação de si mesmo por palavras e obras, sinais e milagres, e especialmente por sua morte e gloriosa ressurreição dentre os mortos, enviado finalmente o Espírito de verdade, aperfeiçoa e completa a revelação e a confirma com o testemunho divino de que Deus está connosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte e para nos ressuscitar para a Vida Eterna. 

A 1ª Leitura, dos Actos dos Apóstolos, diz-nos que, a fim de não ficarem totalmente absorvidos pelos problemas internos da Igreja, comunidade em contínuo crescimento, os Apóstolos, invocado o Espírito Santo, tomam a resolução de instituir sete colaboradores, escolhidos na mesma comunidade, os quais, sem descurarem o trabalho da evangelização, ficarão, contudo, especialmente encarregados da caridade e dos serviços materiais. 

- «Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus, para fazermos o serviço das mesas. Procurai, pois, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para os pormos à frente desse cargo. Quanto a nós, vamos dedicar-nos totalmente à oração e ao serviço da palavra». (1ª Leitura). 

Deste modo, os Apóstolos, «servos da palavra», poderão dedicar-se, exclusivamente, àquilo que é essencial : o anúncio da «boa notícia» da salvação. 

Na verdade, «é através da palavra de Deus que a fé nasce nos corações, os ídolos, forjados pelos homens se desmoronam e as mesmas civilizações se transformam». 

Tudo se consegue, esperando na misericórdia do Senhor, como proclama o Salmo Responsorial : 

- "Esperamos, Senhor, na Vossa misericórdia". 

Na 2ª Leitura, S. Pedro diz-nos que, a pedra rejeitada pelos homens, que O fizeram passar pela Paixão e Morte, Jesus Cristo tornou-Se, pela Sua Ressurreição, pedra viva, sobre a qual foi construída a Igreja, o novo Povo de Deus. 

- Aproximai-vos do Senhor. Ele é a Pedra viva, rejeitada, é certo, pelos homens, mas, aos olhos de Deus, escolhida e preciosa. (2ª Leitura). 

Unindo-se a Cristo pela sua fé, o cristão torna-se, por seu lado, pedra viva desse edifício espiritual. 

Embora de modo essencialmente diverso do dos ministros consagrados, fica a participar do Sacerdócio único de Cristo. 

Pode assim apresentar a Deus a oferta espiritual de toda a sua existência, o seu amor, a sua entrega aos irmãos, o seu trabalho e o seu compromisso temporal. 

Pode anunciar as maravilhas do amor de Deus. 

O Evangelho é de S. João e diz-nos que, pela Sua vida e pelas Suas palavras, Jesus revelou-nos, perfeita e seguramente, o Pai, de tal modo que, desde o momento em que o Filho de Deus se fez Filho do homem, Deus deixou de ser inacessível e inatingível. 

Em Jesus, sacramento de encontro com Deus, o homem entrou, definitivamente, em comunhão de pensamento e de vida com o Pai. 

- «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim». Se Me conhecêsseis, conheceríeis também Meu Pai. Agora ficais a conhecê-l'O e já O vistes".(Evangelho). 

Esta comunhão com Deus é possível, mesmo neste tempo que decorre entre a partida de Jesus e a Sua vinda final. 

Cristo é o Caminho, enquanto viveu na sua pessoa a transfiguração da humanidade fiel na glória de Deus e comunica essa experiência aos seus irmãos. 

É a casa de Deus, porque nele e com ele a humanidade encontra o Pai e vive da sua vida. 

Só Cristo, a cujas mãos o Pai confiou todas as coisas, pode comunicar a Vida, que é o conhecimento, cheio de amor de Deus. 

Cristo é a Verdade plena e profunda de todas as religiões, das suas doutrinas, dos seus ritos e dos seus comportamentos, na medida em que constituem uma busca sincera de Deus. 

Se Cristo é o único caminho que leva à casa do Pai, a Igreja em marcha participa do mesmo mistério; realiza no tempo a "passagem" ao Pai, que o Senhor Jesus cumpriu na sua páscoa de sofrimento e de glória. 

Ela não é a casa definitiva, mas apenas a tenda de reunião, o ponto de referência que não deve, com escleroses ideológicas ou discriminações práticas, impedir aos homens o diálogo de salvação com Aquele que é caminho, verdade e vida. 

Porque sobre ele, como pedra fundamental está fundada a Igreja, uma pedra que é segurança para quem nela se ancora, mas que acaba constituindo um tropeço para quem não crê. 

Cristo é o "sinal de contradição" para muitos, enquanto para nós é o novo Sinai, a rocha em torna da qual a nossa assembleia sela a Nova Aliança com Deus. 

A figura de Cristo hoje impressiona e seduz muitos homens do nosso tempo, especialmente os jovens, por tudo o que de humano transmite, pelo seu amor aos pobres, pela sua coerência, pela sua tomada de posição levada até à morte, contra as pretensões do poder. 

Mas há o risco de que esse Cristo seja visto em perspectiva simplesmente humana, deixando para o segundo plano ou mesmo recusando a sua divindade. 

Por isso, a fé na divindade de Jesus Cristo deve ser particularmente defendida e corroborada no nosso tempo. 

Cristo não é apenas um homem nem mesmo um homem de proporções gigantescas. 

De que me serve um Deus despojado da sua divindade, da sua grandeza, do seu poder e reduzido apenas à minha própria humnanidade ? 

Já tivemos muitos homens "grandes", que conseguiram até certo ponto influenciar o espírito humano e modificá-lo. 

Mas todos, uns mais outros menos, apresentaram as suas limitações ideológicas e existenciais, teóricas e práticas. 

Com efeito na Igreja de Jesus foi-nos preparada uma morada, na qual temos acesso permanente ao Pai, «num único Espírito», e pela qual nos encontramos em bom caminho no plano da História da Salvação. 

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Diz o Catecismo da Igreja Católica : 

2780. – Nós podemos invocar a Deus como «Pai», porque Ele nos foi revelado por Seu Filho feito homem e porque o Seu Espírito no-l'O deu a conhecer. O que o homem não pode conceber nem os poderes angélicos podem entrever a relação pessoal do Filho com o Pai, eis que o Espírito do Filho nos faz participar dela, a nós que cremos que Jesus é o Cristo e que nascemos de Deus. 

2782. – Nós podemos adorar o Pai, porque Ele nos fez renascer para a Sua vida, adoptando-nos por Seus filhos em Seu Filho Único : pelo Baptismo, incorpora-nos no Corpo do Seu Cristo; e pela Unção do Seu Espírito, que da cabeça se derrama pelos membros, faz de nós «cristos».








Incorporados em Cristo pelo Baptismo.








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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]