segunda-feira, 5 de maio de 2014

[ZP140505] O mundo visto de Roma


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ZENIT
O mundo visto de Roma
Serviço semanal - 05 de Maio de 2014


Papa Francisco 




Francisco afirma que é preciso seguir o Senhor com retidão de intenção 




Homilia do Papa na Santa Missa em ação de graças pela canonização do Papa João Paulo II, celebrada para a Comunidade Polaca de Roma 
Igreja e Religião 




Encontro inicia preparações do paí­s para a JMJ 2016, na Polônia 




Promovido pela Pastoral Penitenciária do país, evento pretende discutir a dignidade das pessoas privadas de liberdade 




Há 13 anos à frente desta Igreja local, lutou contra a corrupção que assola o país 




Frequência de reuniões será aumentada 
Cultura e Sociedade 




A sociedade civil no mundo inteiro se solidariza com o jogador Daniel Alves e contra o ataque racista que ele sofreu 




"Sinais da verdade: razões para acreditar" é a quinta reunião de um ciclo que começou em novembro 
Comunicar a fé hoje 




Leitor, sua sugestão é muito importante para nossa equipe. Projeto de livros digitais. 
Homens e Mulheres de Fé 




Irmã Montanella era Rita filha espiritual de São Padre Pio. A obra revela que o frei capuchinho previu o ataque de Agca contra o pontífice polonês 




Recebido o decreto de validade jurídica no dia 28 de abril 
Familia e Vida 




Entre os dias 11 e 18 de maio, Igreja portuguesa vai discutir questões ligadas à natalidade e à terceira idade 
Mundo 




Cuba, Venezuela e Honduras são os países latino-americanos mais problemáticos, segundo relatório da ONG Freedom House 




O Bispo de Cádiz, no sul da Espanha, preside o encontro vocacional. Kiko Argüello manifesta a necessidade de levar a Cristo aos países asiáticos 




O bispo caldeu, Dom Warduni apela aos cidadãos para irem às urnas e eleger pessoas que têm no coração o bem do país 
Análise 




As distinções entre razão, vontade e emoções são apenas distinções, nunca separações. Na vida cotidiana, os processos humanos se dão sempre de modo integrado. 
«Regina Caeli» 




Regina Coeli com o Papa Francisco 



Papa Francisco
Homilia do papa na Casa Santa Marta: cristãos sem vaidade e sem sede de poder e dinheiro 
Francisco afirma que é preciso seguir o Senhor com retidão de intenção


Por Redacao


CIDADE DO VATICANO, 05 de Maio de 2014 (Zenit.org) - Há pessoas na Igreja que seguem Jesus por vaidade ou por sede de poder e dinheiro. Que nosso Senhor nos dê a graça de segui-lo só por amor. Esta foi a mensagem do papa Francisco extraída das leituras de hoje e explicada na homilia da missa celebrada na capela da Casa Santa Marta.


No evangelho do dia, Jesus repreende a multidão que o procura porque tinha se saciado depois da multiplicação dos pães e dos peixes. O Santo Padre nos convidou a perguntar se seguimos o Senhor por amor ou para ter alguma vantagem. "Porque nós somos todos pecadores e sempre existe algo de interesse que tem que ser purificado no seguimento de Jesus. Temos que trabalhar interiormente para segui-lo por causa dele mesmo, por amor. Jesus alude a três atitudes que não são boas para segui-lo ou para buscar a Deus. A primeira é a vaidade". Em particular, explicou o pontífice, ela aparece nos dirigentes religiosos que dão esmola ou jejuam para aparecer.


"Eles gostavam de se exibir e se comportavam como verdadeiros pavões! Eram assim. E Jesus diz: 'Não, não pode ser assim. Não pode. A vaidade não faz bem'. E, algumas vezes, nós fazemos as coisas tentando nos mostrar um pouco, procurando a vaidade. A vaidade é perigosa, porque nos faz cair imediatamente no orgulho, na soberba, e, depois, tudo termina nisso. Eu me pergunto: Como é que eu sigo Jesus? As coisas boas que eu faço, faço escondidas ou gosto que todo o mundo me veja?".


"E também penso em nós, os pastores, porque um pastor que é vaidoso não faz bem ao povo de Deus". Pode ser um sacerdote, um bispo, mas, se ele "gosta da vaidade", então "não segue Jesus".


"A outra coisa que Jesus repreende em quem o segue é o poder. Alguns seguem Jesus, mas 'só um pouco', não com plena consciência, um pouco inconscientemente. Porque eles procuram o poder. O caso mais claro é o de João e Tiago, os filhos de Zebedeu, que pediam a Jesus a graça de ser o primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro quando chegasse o Reino. E na Igreja há muitos 'arrivistas'! Há muitos que usam a Igreja para subir… Se é isso que você quer, faça alpinismo: é mais saudável! Mas não venha à Igreja tentar subir! E Jesus repreende esses arrivistas que procuram o poder".


"Só quando vem o Espírito Santo é que os discípulos mudam. Mas o pecado em nossa vida cristã permanece e seria bom nos perguntarmos: Como é que eu sigo Jesus? Só por Ele, até a cruz, ou procuro o poder e uso um pouco a Igreja, a comunidade cristã, a paróquia, a diocese para ter um pouco de poder?".


"A terceira coisa que nos afasta da retidão de intenções é o dinheiro".


"Quem segue Jesus por dinheiro tenta se aproveitar economicamente da paróquia, da diocese, da comunidade cristã, do hospital, do colégio… Pensemos na primeira comunidade cristã, que teve essa tentação: Simão, Ananias e Safira… Essa tentação existiu desde o começo e nós conhecemos tantos bons católicos, bons cristãos, amigos, benfeitores da Igreja, inclusive com condecorações várias… Muitos! Mas, depois, descobrimos que eles fizeram negócios um pouco obscuros: eram verdadeiros especuladores e ganharam muito dinheiro! Eles se apresentavam como benfeitores da Igreja, mas recebiam muito dinheiro e nem sempre era dinheiro limpo".


"Peçamos ao Senhor a graça do Espírito Santo de ir atrás dele com retidão de intenção: só por Ele. Sem vaidade, sem desejos de poder e sem desejos de dinheiro".




São João Paulo II ajude-nos a sermos caminhantes ressuscitados 
Homilia do Papa na Santa Missa em ação de graças pela canonização do Papa João Paulo II, celebrada para a Comunidade Polaca de Roma


ROMA, 05 de Maio de 2014 (Zenit.org) - Apresentamos a homilia do Papa Francisco na Santa Missa em ação de graças pela canonização do Papa João Paulo II, celebrada na Igreja de São Estanislau, em Roma, neste domingo, 4 de maio.


No trecho dos Atos dos Apóstolos escutamos a voz de Pedro, que anuncia com força a ressurreição de Jesus. Pedro é testemunha da esperança que está em Cristo. E na segunda leitura é ainda Pedro que confirma os fiéis na fé em Cristo, escrevendo: "Por ele é que alcançastes a fé em Deus. Deus o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, e assim, a vossa fé e esperança estão em Deus" (1, 21).


Pedro foi o ponto de referência da comunidade porque foi fundado na Rocha que é Cristo.


Assim foi João Paulo II, verdadeira pedra ancorada na grande Rocha.


Uma semana depois da canonização de João XXIII e de João Paulo II, reunimo-nos aqui nesta igreja dos poloneses em Roma, para agradecer ao Senhor pelo dom do santo Bispo de Roma filho da vossa nação. Nesta igreja, onde ele veio mais de 80 vezes! Sempre veio aqui, nos diversos momentos da sua vida e da vida da Polônia.


Nos momentos de tristeza e de desânimo, quando tudo parecia perdido, ele não perdia a esperança, porque a sua fé e a sua esperança eram fixas em Deus (cfr 1 Ped 1, 21). E assim era pedra, rocha para esta comunidade, que aqui reza, que aqui escuta a Palavra, prepara os Sacramentos e os administra, acolhe quem tem necessidade, canta e faz festa, e daqui parte novamente para as periferias de Roma…


Vocês, irmãos e irmãs, fazem parte de um povo que foi muito provado em sua história. O povo polonês sabe bem que para entrar na glória é preciso passar pela paixão e a cruz (cfr Lc 24, 26). E o sabem não porque estudaram isso, mas sabem porque viveram isso. São João Paulo II, como digno filho da sua pátria terrena, seguiu este caminho. Ele o seguiu de modo exemplar, recebendo de Deus um despojamento total. Por isto "a sua carne repousa na esperança" (cfr At 2, 26; Sal 16, 9).


E nós? Estamos dispostos a seguir este caminho?


Vocês, queridos irmãos, que formam hoje a comunidade cristã dos poloneses em Roma, querem seguir este caminho?


São Pedro, também com a voz de São João Paulo II, diz a vocês: "Vivei com temor durante o tempo da vossa peregrinação" (1 Ped 1, 17). É verdade, somos caminhantes, mas não errantes! Em caminho, mas sabemos para onde vamos! Os errantes não o sabem. Somos peregrinos, mas não errantes – como dizia São João Paulo II.


Os dois discípulos de Emaús na ida eram errantes, não sabiam para onde iriam no final, mas no retorno não! No retorno eram testemunhas da esperança que é Cristo! Porque tinham encontrado Ele, o Caminhante Ressuscitado. Este Jesus é o Caminhante Ressuscitado que caminha conosco. Jesus está aqui hoje, está aqui entre nós. Está aqui na sua Palavra, está aqui no altar, caminha conosco, é o Caminhante Ressuscitado.


Também nós podemos nos tornar "caminhantes ressuscitados", se a sua Palavra aquece o nosso coração e a sua Eucaristia abre nossos olhos para a fé e nos alimenta com a esperança e a caridade. Também nós podemos caminhar próximo aos irmãos e às irmãs que estão tristes e desesperados, e aquecer o seu coração com o Evangelho, e partir com eles o pão da fraternidade.


São João Paulo II ajude-nos a sermos "caminhantes ressuscitados". Amém.


(Trad.: Canção Nova)







Igreja e Religião
Quatro mil jovens são esperados no Fátima Jovem 2014, em Portugal 
Encontro inicia preparações do paí­s para a JMJ 2016, na Polônia


Por Lilian da Paz


BRASíLIA, 02 de Maio de 2014 (Zenit.org) - Todos os anos, tradicionalmente, milhares de jovens se dirigem à cidade de Fátima (Portugal) para a Peregrinação Nacional dos Jovens – Fátima Jovem. Nesta edição, que acontece nos dias 3 e 4 de maio, o encontro vai abordar o tema Bem-aventurados... no amor de Deus pelo mundo, inspirado na mensagem do Papa Francisco para as jornadas diocesanas.


Organizado pelo Departamento Nacional de Pastoral Juvenil (DNPJ), juntamente com os departamentos de secretariados de jovens diocesanos e outros movimentos do país, o Fátima Jovem quer que as Bem-Aventuranças ressoem em todas as dimensões da vida dos participantes: família, paróquia, estudos, trabalho e relacionamentos pessoais.


São esperados mais de 4 mil jovens para realização de seis principais atividades: formação, debate, oração, reflexão, partilha e animação. O principal objetivo é a troca de experiências juvenis nas dioceses, movimentos e grupos portugueses. Outro ponto que será trabalhado no encontro é a questão social. Nesta edição, os jovens peregrinos de Fátima vão abordar os seguintes temas: voluntariado, pobreza e família.


Em parceria com a Cáritas Portuguesa, o DNPJ vai também chamar a atenção dos jovens para a campanha internacional de luta contra a fome: Uma só família humana, alimento para todos. A campanha visa o combate à fome e o desperdício alimentar, assim como o respeito pelo direito à alimentação.


Ainda no campo social, será apresentado o documentário O meu bairro, que mostra o trabalho de padres e irmãs do Instituto Missionário da Consolata (IMC), desenvolvido há 10 anos no bairro português Zambujal, localizado em Lisboa. Lá os religiosos respondem aos desafios e problemas sociais/culturais da região. O documentário foi entregue ao Papa Francisco, no dia 19 de fevereiro deste ano.


Um dos momentos mais importantes dos dois dias de programação vai acontecer no domingo (4), quando a juventude peregrina participa das cerimônias previstas no Santuário de Fátima: rosário, procissão e Missa de envio.


De forma especial, a Missa de envio do Fátima Jovem 2014 inicia uma grande peregrinação à Jornada Mundial da Juventude de 2016, na Polônia, de onde provém o mais novo santo da Igreja, João Paulo II.


Clique aqui para acessar a programação completa e mais informações sobre o Fátima Jovem. 




Portugal recebe I Congresso Ibérico de Pastoral Penitenciária 
Promovido pela Pastoral Penitenciária do país, evento pretende discutir a dignidade das pessoas privadas de liberdade


Por Lilian da Paz


BRASíLIA, 30 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Entre 1º e 4 de maio, Portugal recebe o I Congresso Ibérico de Pastoral Penitenciária. Organizado na cidade de Fátima, o evento pretende conscientizar a sociedade acerca do tema central Dignificar a pessoa presa.


Por meio do tema, o Congresso quer discutir a redução da prisão de pessoas a partir da prevenção da criminalidade e a reinserção social daqueles que já estão aprisionados. Para o debate estão previstas, durante os quatro dias de programação, conferências e mesas redondas.


Segundo a organização do evento, em Portugal há um número crescente de pessoas privadas de liberdade que levantam questões preocupantes acerca da falta de um tratamento respeitoso da dignidade humana e da preparação para a volta à sociedade. 


Bispos, padres, religiosos e leigos inseridos na questão, provenientes das regiões ibéricas (Portugal, Espanha, Gibraltar e Andorra), vão partilhar a experiência adquirida ao longo de sete anos de serviço da missão eclesial na prevenção, prisão e reinserção de pessoas.


As principais palestras do Congresso também trazem à tona a importância de um leitura humanista da mediação penal, que destaca os direitos humanos dos encarcerados. Toda a discussão vai estar inserida nos campos jurídico, social e religioso.


Pastoral penitenciária


A Pastoral Penitenciária Nacional é um departamento da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Coordenada pelo padre João Gonçalves, tem a missão de promover, animar e coordenar a ação da Igreja Católica do país junto às pessoas privadas de liberdade, assim como as respectivas famílias.


Em parceria com instituições sociais, também buscam a prevenção de crimes, a dignidade de tratamento na prisão e a reinserção das pessoas na vida social, proporcionando a elas formação e atendimento pessoal. 




Falece Dom Damião António Franklim, arcebispo de Luanda 
Há 13 anos à frente desta Igreja local, lutou contra a corrupção que assola o país


Por Lilian da Paz


BRASíLIA, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) - O arcebispo de Luanda, Dom Damião António Franklim, faleceu nesta segunda-feira, 28 de abril, às 15h locais – 11h em Brasília. Dom Damião estava em tratamento hospitalar na África do Sul, há um mês, devido a uma enfermidade que carregava há anos em seu ministério. Ele deixa a arquidiocese da capital de Angola depois de 13 anos de serviço. 


Em luto, a arquidiocese de Luanda divulgou nota assinada pelo padre chanceler António Lingueiki Pedro Bengui fazendo um pedido à Igreja: "Aos fiéis pedimos que se mantenha o espirito de oração". Em breve, a arquidiocese irá comunicar o programa geral de exéquias.


Dom Damião também exerceu o cargo de presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (Ceast). Foi um grande denunciador da corrupção que assola o país: "Grande parte da riqueza de Angola vai com armamento. Alguns continuam a extravagância, como este novo palácio presidencial, que quase nunca é utilizado. Enormes somas simplesmente desaparecem, em mãos privadas."


Em entrevista à Rádio Ecclesia (Angola), Dom Mário Lukunde, bispo da diocese de Menongue, destacou a missão de Dom Damião Franklin como homem que trabalhou incansavelmente pela Igreja. Ele se juntou à Igreja de Luanda neste momento de dor: "Estamos juntos e solidários. Com os nossos sentimentos de pesar, vamos todos rezar pela sua alma".


Biografia


Damião António Franklin nasceu no dia 6 de agosto de 1950, na cidade de Cabinda (Angola). Em junho de 1978 recebeu a ordenação sacerdotal. Foi nomeado auxiliar da arquidiocese de Luanda no dia 29 de maio de 1992, sendo sagrado bispo em julho do mesmo ano pelo Cardeal Dom Alexandre de Nascimento e pelos bispos Eduardo Muaca e Félix del Blanco Prieto, co-consagrantes.


A missão de dirigir a Igreja de Luanda veio em 23 de janeiro de 2001. Logo depois, entre outubro de 2003 e novembro de 2009, assumiu a presidência da Ceast. No fim do ano passado deixou a reitoria da Universidade Católica de Angola (Ucan). 




IOR: Comissão Cardinalícia de Vigilância estuda as suas diretrizes de ação 
Frequência de reuniões será aumentada


Por Sergio Mora


CIDADE DO VATICANO, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) - A Comissão Cardinalícia de Vigilância se reuniu nesta segunda-feira, na sede do Instituto para as Obras de Religião (IOR), a fim de "finalizar as suas diretrizes de ação", informou a Sala de Imprensa do Vaticano, especificando que os cardeais decidiram "que a comissão se reunirá três vezes por ano, além de outras ocasiões que possam ser exigidas por circunstâncias particulares". Até agora, eram previstas duas reuniões por ano.


O papa Francisco ratificou no último dia 15 de janeiro a composição da comissão, que deverá durar cinco anos. Ela é formada pelos cardeais Christoph Schönborn, arcebispo de Viena; Thomas Christopher Collins, arcebispo de Toronto; Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso; Santos Abril e Castelló, da basílica papal de Santa Maria Maior; e Pietro Parolín, secretário de Estado.


O IOR, equivocadamente conhecido como o "banco do Vaticano", começou um processo de melhora da transparência dos seus procedimentos e atividades durante o pontificado de Bento XVI. A reforma do instituto, que na década de 1980 se viu envolvido em uma série de escândalos financeiros, pôs em discussão a própria necessidade da sua existência.


O papa Francisco, em 7 de abril de 2014, decidiu que o IOR não será extinto e aprovou a proposta para a sua reforma, desenvolvida em conjunto pelos representantes da Pontifícia Comissão sobre o IOR (CRIOR), da Comissão COSEA (de Estudo da Estrutura Econômica Administrativa da Santa Sé), da Comissão de Cardeais do IOR e do Conselho de Controle do IOR. O Santo Padre reconheceu a relevância do IOR para as atividades missionárias da Igreja católica, da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, desde que haja transparência e plena adequação às normas bancárias internacionais.


O papa apoiou o pedido feito pelo cardeal Pell, prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano, equivalente ao ministério de Economia dos demais países, de continuar "o plano de reforma do instituto para cumprir a sua missão como parte das novas estruturas financeiras da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano".


O plano de reforma continua sendo levado em frente pelo presidente do Conselho de Superintendência, Ernst von Freyberg, e pelos diretores do IOR. As atividades do IOR também continuarão sendo supervisadas pela IAF (Autoridade de Informação Financeira).







Cultura e Sociedade
O papa enviará uma mensagem contra o racismo na Copa 
A sociedade civil no mundo inteiro se solidariza com o jogador Daniel Alves e contra o ataque racista que ele sofreu


Por Rocio Lancho García


CIDADE DO VATICANO, 02 de Maio de 2014 (Zenit.org) - O papa Francisco enviará uma mensagem contra o racismo, conforme informações divulgadas pelo governo brasileiro. A mensagem será lida por um jogador da seleção brasileira na abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho deste ano, no estádio do Maracanã.


"Falei com o papa sobre a nossa disponibilidade para transformar a copa na pedra angular contra o racismo... E ele está de acordo com a nossa proposta", disse a presidente Dilma Rousseff, afirmando que o governo do Brasil está conversando com outros líderes "de todos os segmentos religiosos" para se pronunciarem contra o racismo durante o mundial de futebol.


É conhecida a paixão do pontífice argentino pelo esporte. Francisco, que é torcedor do San Lorenzo de Almagro, time argentino que está disputando a Copa Libertadores da América, já teve vários encontros com personalidades do mundo do esporte.


O presidente da FIFA, Joseph S. Blatter, foi recebido pelo papa em uma audiência particular no Vaticano em 22 de novembro de 2013. Durante a conversa, Francisco pediu que a FIFA "use o futebol para promover a paz no mundo e ajudar os pobres".


"O Santo Padre me pediu para enfatizar a importância do futebol na educação dos jovens e em favor da paz mundial. Nós dois somos apaixonados pelo futebol e, naturalmente, também tocamos no tema. Somos conscientes da nossa responsabilidade e sabemos que, com o nosso trabalho, podemos unir os povos e conseguir construir um mundo melhor. O papa tem a certeza de que o futebol tem muito a oferecer neste sentido", explicou o presidente da FIFA depois da audiência.


O racismo no esporte, particularmente no futebol, tem sido um tema recorrente na mídia, com grande ênfase nos últimos dias. No domingo passado, um torcedor do time espanhol Villareal jogou uma banana contra o jogador brasileiro Daniel Alves, do Barcelona, durante um jogo entre as duas equipes. A resposta do atleta foi comer a fruta. O gesto se transformou numa campanha mundial contra o racismo quando o companheiro de time de Daniel, Neymar, postou nas redes sociais uma foto sua também comendo uma banana, junto com seu filho, e etiquetou a imagem com a hashtag #somostodosmacacos. A campanha foi prontamente apoiada por celebridades e anônimos de todo o mundo.


Daniel Alves declarou: "Fiquei surpreso com o apoio de todos. Foi um ato sem pensar na repercussão. O mundo evoluiu e nós temos que evoluir com ele".




Existe um direito de morrer? 
"Sinais da verdade: razões para acreditar" é a quinta reunião de um ciclo que começou em novembro


Por Elizabetta Pittino


ROMA, 28 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Existe um direito de morrer? Esta é a pergunta proposta pela série de reuniões "Sinais da verdade: razões para acreditar". São sete encontros, que começaram em novembro passado, sobre temas polêmicos, delicados, difíceis.


A iniciativa foi promovida por paróquias de Desenzano del Garda, na província de Brescia, mas na diocese de Verona.


O 5º encontro faz uma pergunta atual, objeto de debates ideológicos que não costumam levar em consideração a pessoa humana e a totalidade do conhecimento científico.


O moderador é prof. Massimo Gandolfini, diretor do Departamento de Neurociências da Fundação Poliambulanza de Brescia e vice-presidente para a Itália da Associação Ciência e Vida. Gandolfini é autor do livro "Os Rostos da Consciência", em que trata do coma e do estado vegetativo nas suas várias formas, do ponto de vista do paciente e do médico.


O moderador ajudará a procurar uma resposta para esta questão a partir das perspectivas médica, científica e humana.







Comunicar a fé hoje
Biblioteca digital da nova evangelização 
Leitor, sua sugestão é muito importante para nossa equipe. Projeto de livros digitais.


Por Redacao


ROMA, 30 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Leitor(a), pedimos sua sugestão sobre qual temática, dentre as várias já publicadas em nosso site você acharia mais relevante para se ter em formato de livro em sua biblioteca digital. Você pode votar nesses temas abaixo ou dar a sua sugestão de tema:


Tema 1 - O Papa Francisco - Um ano de Pontificado


Tema 2 - Catequese para Crianças


Tema 3 - Preparação ao Matrimônio


Tema 4 - A Defesa da Vida no Mundo


Tema 5 - Vocação e vida religiosa


Tema 6 - Entrevistas temáticas


Tema 7 - Outro: Qual sua sugestão? 


Sua sugestão é parte de um novo projeto que ZENIT vai apresentar-lhe em breve. Por isso, para enviar sua sugestão e solicitar maiores informações deste novo projeto envie um email para: thacio.siqueira@zenitteam.org, colocando no Assunto da mensagem as palavras: Livros Digitais. 


Vários leitores já enviaram sugestões! Participe você também!







Homens e Mulheres de Fé
Um livro sobre "a freira que salvou João Paulo II" 
Irmã Montanella era Rita filha espiritual de São Padre Pio. A obra revela que o frei capuchinho previu o ataque de Agca contra o pontífice polonês


Por Ivan de Vargas


MADRI, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) - São Pio profetizou o atentado de Ali Agca contra João Paulo II em 13 de maio de 1981. Esta é uma das revelações da vaticanista Cristina Siccardi em seu livro "A freira que salvou João Paulo II" (Ed. San Román ).


Portanto, Padre Pio não só previu que o Papa Karol Wojtyla seria Papa, mas também que sofreria um ataque do qual escaparia milagrosamente graças à intervenção providencial da Virgem de Fátima e de uma monja agostiniana, filha espiritual do frei capuchinho, que misteriosamente estava presente naquele dia na Praça de São Pedro.


Quem é esta mulher que não causa ecos na mídia, mas que o próprio criminoso responsabilizou pela frustrada tentativa de assassinato do pontífice polonês? Em sua obra, Siccardi apresenta uma rigorosa investigação sobre a irmã Rita do Espírito Santo, conhecida como a "menina" de Padre Pio, que morreu em odor de santidade em 26 de novembro de 1992, no convento de clausura de Santa Croce sull`Arno.


De forma apaixonante, a jornalista italiana e historiadora explica como Padre Franco D'Anastasio, que acompanhou a religiosa por muitos anos e teve inúmeras conversas particulares com a freira, que só concordou em revelar após sua morte, relata a bilocação naquele fatídico 13 maio de 1981 em São Pedro.


Em seu depoimento ao juiz, o atirador turco reconheceu que uma freira, no momento do disparo, desviou o tiro, que de outra forma teria sido fatal. A mística revelou ao sacerdote passionista que ela foi a protagonista desse fato, acrescentando que neste dia também estava presente Maria Santíssima.


Em 2006, por ocasião do vigésimo quinto aniversário do ataque ao Papa, o Cardeal Stanisław Dziwisz recebeu um comunicado assinado pelo Padre D'Anastasio, autenticado por um notário, contendo as palavras exatas pronunciadas pela Irmã Rita Montella.


A 'vida de reparação' desta freira de clausura se entrelaça com a de Padre Pio, repleta de dons e carismas, entre eles, a bilocação. Seu vínculo com o capuchinho é muito especial e está documentado pelo Padre Teófilo dal Pozzo, uma verdadeira autoridade franciscana, que foi superior da Província dos Capuchinhos de Foggia e diretor espiritual da religiosa por um tempo, e também superior e amigo do santo.


Padre Teófilo testemunhou as missões compartilhadas de Padre Pio e Irmã Rita. Ele também foi o primeiro a verificar, de forma rigorosa e profunda, os carismas recebidos pela religiosa agostiniana, juntamente com o Padre D'Anastasio.


(Trad.:MEM)




Decreto de validade jurídica do processo de beatificação da "Nossa Mãe", Madre Tereza Margarida 
Recebido o decreto de validade jurídica no dia 28 de abril


Por Irmã Maria Elisabeth da Trindade 


TRêS PONTAS, 30 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Após uma intensa preparação em nossa Comunidade, com a leitura dos escritos de Nossa Mãe, Madre Tereza Margarida, e muita oração, chegou afinal o esperado dia 4 de março de 2012, marcando o início de um novo tempo para o Carmelo de Três Pontas e para cada uma de nós pessoalmente.


Desde o início do Processo até o encerramento da fase Diocesana, no dia 12 de maio de 2013, os trabalhos foram intensos. Foram recolhidas as provas documentais e ouvidas as testemunhas.


O trabalho de coleta dos escritos da Serva de Deus Madre Tereza Margarida, foi o que mais nos edificou, pois Nossa Mãe, sendo uma pessoa muito culta e espiritual, deixou escritos preciosos que não podiam deixar de fazer parte do Processo. Para nós que trabalhamos diretamente com esse rico acervo, sentimo-nos tocadas pelo exemplo de uma vida tão santa e ao mesmo tempo tão simples.


Que emoção no dia do Encerramento, quando depois de tanto trabalho e em tão pouco tempo, vimos sendo lacradas, por nosso querido Bispo Dom Diamantino Prata de Carvalho, as caixas contendo os segredos de alguém que soube amar, uma Testemunha do Deus-Amor.


O Postulador Dr. Paolo Vilotta, não mediu esforços para levar à frente a Causa. Ele mesmo entregou a documentação à Congregação para as Causas dos Santos. Esperando obediente o parecer da Igreja.


Tendo recebido o processo, a Congregação para as Causas dos Santos começou a estudar a validade jurídica do mesmo. Isto é, se durante toda a instrução do processo ouvindo testemunhas ou recebendo documentos foram observadas e atendidas pelo Tribunal todas as rubricas canônicas da Igreja. Esta avaliação dura, mais ou menos, um ano ou dois. Se constatado que tudo no processo foi feito de acordo com a legislação vigente para os processos de canonização, a Congregação para as Causas dos Santos emite o "Decreto de Validade Jurídica" do processo.


Para maior honra e glória de Deus, recebemos no dia 28 de abril o Decreto de Validade Jurídica do processo da Serva de Deus Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, Nossa Mãe.


Nossa Comunidade, num misto de júbilo e emoção recebeu a notícia agradecendo ao Bom Deus por mais esse passo dado no Processo.


Continuamos em espírito de oração e confiança, dóceis à voz da Santa Mãe Igreja.


Veja também:













Familia e Vida
Gerar vida - Construir o futuro: Portugal promove Semana da Vida 
Entre os dias 11 e 18 de maio, Igreja portuguesa vai discutir questões ligadas à natalidade e à terceira idade


Por Lilian da Paz


BRASíLIA, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Com o tema Gerar vida – Construir o futuro, a Igreja de Portugal promove entre 11 e 18 de maio a Semana da Vida. Organizada pelo Departamento Nacional de Pastoral Familiar, da Comissão Episcopal do Laicato e Família, a Semana procura refletir sobre o modelo de vida europeu que tenta descartar o valor da vida humana.


Portugal sofre bastante com uma mentalidade utilitarista acerca da vida, sobretudo a que se relaciona com a concepção e os cuidados com as pessoas da terceira idade. Em nota sobre a Semana, a Pastoral Familiar portuguesa vê a questão como um problema demográfico que começa a tomar "contornos preocupantes".


À baixa natalidade está unida a emigração dos jovens portugueses, em idade fértil, para outros países. "Sem jovens e sem casais jovens não temos crianças. E sem crianças não temos futuro!", alerta a organização da Semana. A crise econômica europeia dá contornos graves à situação, deixando o país também à mercê de mão de obra especializada que possa alavancar o mercado.


Uma solução para o dilema – que deve ganhar mais espaço para a discussão – é a elaboração de políticas públicas de proteção à família e à vida. O principal objetivo é dar condições de existência a casais que queiram ter mais filhos. Para isto a Pastoral Familiar propõe o diálogo com as novas gerações.


A Pastoral ainda lembra que toda forma de impedir a vida – aborto, eutanásia e outros – não são aceitáveis. Ao contrário, salienta que "a ciência e a técnica estejam sempre orientadas para o homem e para o seu desenvolvimento integral".


O guia e o cartaz da Semana da Vida podem ser baixados do site www.leigos.pt


Diocese de Angra 


Baseado no tema central da Semana da Vida, a diocese de Angra terá como ponto principal a realização de uma conferência sobre a vida. O evento será presidido pelas professoras universitárias, Piedade Lalanda e Maria do Céu Pavão Neves. A conferência vai acontecer no dia 15 de maio (Dia Internacional da Família), às 20h30, no hotel Vip, localizado em Ponta Delgada.


O Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral da Família tem como principal objetivo "analisar os problemas e as situações relacionadas com a vida na atualidade, sobretudo tendo em conta o aspeto da transmissão da vida, a vida nas estradas, na saúde, no trabalho ou na ajuda aos mais desfavorecidos", explica em nota. Além da conferência, haverá momentos de oração na diocese.







Mundo
Só 14% da população mundial dispõe de imprensa livre 
Cuba, Venezuela e Honduras são os países latino-americanos mais problemáticos, segundo relatório da ONG Freedom House


Por Ivan de Vargas


MADRI, 05 de Maio de 2014 (Zenit.org) - A ONG Freedom House divulgou na última semana um relatório que aponta Cuba, a Venezuela, Honduras, o Equador e o México como os cinco países latino-americanos em que a imprensa não é livre. A ilha governada por Raúl Castro, além disso, está entre os dez piores do mundo todo. Na outra ponta, Costa Rica e Uruguai são os únicos países plenamente livres na região, e, mesmo assim, ocupam respectivamente o 22º e o 47º lugares entre os 197 países avaliados, o que evidencia o atraso em que a região se encontra.


Honduras, Panamá e Venezuela se destacaram negativamente como os países que mais retrocederam desde o último informe. O Paraguai é o que mais progrediu, passando de não livre a parcialmente livre.


A Argentina, que ocupa a posição 106, "continua gerando preocupação por ter um ambiente midiático altamente polarizado e funcionários de governo que insistem numa retórica negativa e em ataques verbais contra os jornais críticos", diz o informe.


De acordo com a Freedom House, a situação no continente americano se deteriorou a ponto de chegar ao nível mais baixo dos últimos cinco anos. Apenas 2% da população na América Latina vive em países que têm liberdade de imprensa.


A ONG com sede em Washington atribui uma pontuação às condições em que o jornalismo é exercido em cada país. Os países que obtêm de 0 a 30 pontos são considerados livres; de 31 a 60, parcialmente livres; de 61 a 100 pontos, sem liberdade.


A lista mundial de nações com liberdade de informação é encabeçada pela Holanda, pela Noruega e pela Suécia, que somam 10 pontos cada. Completam a lista dos dez países com mais liberdade jornalística a Bélgica e a Finlândia, com 11 pontos; Luxemburgo, Suíça, Islândia e Dinamarca, com 12; e Andorra, com 13.


O país em que a imprensa sofre mais restrições é a Coreia do Norte, que atinge 97 pontos, seguida pelo Turcomenistão e pelo Uzbequistão, com 95. A Eritreia soma 94, a Bielorrússia tem 93 e Cuba, o Irã e a Guiné Equatorial têm 90 pontos cada um.


No resto da América Latina, todos os países são considerados parcialmente livres. A melhor posição é a do Chile, que, com 31 pontos, está quase no grupo dos países com imprensa livre. Seguem El Salvador (39), República Dominicana (41), Peru (44), Brasil (45), Bolívia (48), Panamá (50), Haiti (50), Argentina (51), Nicarágua (52), Colômbia (54), Paraguai (59) e Guatemala (60).


"Vemos um retrocesso na liberdade de imprensa em nível global, como resultado dos esforços dos governos para controlar a mensagem e castigar o mensageiro. Em todas as regiões, encontramos tanto governos quanto agentes privados atacando jornalistas, limitando o acesso a eventos noticiosos, censurando e ordenando a demissão de jornalistas por motivações políticas", lamentou Karin Karlekar, responsável pelo informe, durante a apresentação do documento.


O estudo indica que a liberdade de imprensa em âmbito global caiu para o nível mais baixo em uma década. Só 14% da população mundial vive em países em que a imprensa é plenamente livre. 42% vive em regiões parcialmente livres e 44% em lugares sem liberdade de imprensa.


Dos 197 países avaliados quanto ao ambiente legal, político e econômico em que vivem, 63 foram posicionados na lista dos que possuem liberdade de imprensa, 68 no grupo da liberdade parcial e 66 no grupo de países sem liberdade informativa.




Jovens e famílias do Caminho Neocatecumenal se colocam à disposição da Igreja para evangelizar a Ásia 
O Bispo de Cádiz, no sul da Espanha, preside o encontro vocacional. Kiko Argüello manifesta a necessidade de levar a Cristo aos países asiáticos


Por Redacao


MADRI, 02 de Maio de 2014 (Zenit.org) - Mais de 15.000 pessoas, das dioceses de Andaluzia, Extremadura, Canarias, Ciudad Real e do sul de Portugal, participaram nesta quinta-feira, festa de São José Operário, do encontro vocacional de jovens e famílias para a Ásia "As duas margens" organizado pelo Caminho Neocatecumenal em Alcalá de los Azules, no sul da Espanha .


A celebração contou com a presença dos líderes internacionais desta pujante realidade eclesial, Kiko Argüello e Padre Mario Pezzi. Foi conduzida pelo bispo de Cadiz, Dom Rafael Zornoza, acompanhado pelo bispo de Asidonia - Jerez, Dom José Mazuelos; arcebispo de Granada, Dom Javier Martínez; pelo bispo de Huelva, Dom José Vilaplana; bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández; e pelo bispo auxiliar de Sevilla, Santiago Gomez.


O evento chamado de "As duas margens" refere-se aos dois pontos geográficos estratégicos dos iniciadores do Caminho Neocatecumenal. Por um lado a África do Norte, Ceuta, onde Kiko Argüello se reuniu com os líderes desta realidade eclesial da província e visitou o Centro Neocatecumenal construído naquela localidade. E depois, Alcalá de los Azules, em Cádiz.









"Ânimo, vamos transmitir calor!" foram as primeiras palavras de Argüello dirigidas a multidão reunida no Parque de los Alcornocales.


Jovens seminaristas apresentaram as imagens de Cristo do Perdão e de Nossa Senhora do Bom Sucesso, ambas veneradas em Alcalá de los Azules.





"O cristianismo antes de uma moral, um modo de vida, é o anúncio de uma notícia que sempre que é anunciada faz presente a salvação", disse o iniciador do Neocatecumenal durante o anúncio do Kerigma, ou seja, o anúncio da morte e ressurreição de Jesus Cristo.


O objetivo deste encontro é incentivar as vocações entre os jovens para a evangelização na Ásia. Assim, Kiko Argüello manifestou a necessidade de apresentar a Cristo aos países asiáticos, "como João Paulo II anunciou a missão da Igreja para o Terceiro Milênio". Argüello exortou os jovens a se colocarem nas mãos de Deus para deixar de lado a "autonomia moral que impede o homem de fazer a vontade de Deus". Além disso, o iniciador do Caminho Neocatecumenal sublinhou que " todos os cristãos são chamados a anunciar o Evangelho. "


O bispo da diocese anfitriã, Dom Rafael Zornoza assegurou que "a fé é o poder de Deus a nosso serviço. A fé nos dá, pelo batismo, a vida eterna". Hoje, devemos reconhecer a Cristo, que quis fazer sua a nossa vida, nos ensinou a viver, a sofrer, a trabalhar e a descansar. É o trabalhador, o carpinteiro, o filho de Maria, mas Deus" , afirmou Zornoza.


"Cristo ressuscitou, vamos com Ele! Temos que mostrar o caminho para o céu, para a vida, o caminho dos homens. Temos que viver para anunciar o Evangelho e chamar à conversão", concluiu motivando as vocações entre os jovens presentes. Este pedido de vocações para o sacerdócio foi respondido por cerca de 100 jovens que receberam a bênção dos sacerdotes e cerca de 120 meninas e 100 famílias que se colocaram à disposição para evangelizar a Ásia.


Próximo domingo terá lugar outro encontro vocacional organizado pelo Caminho Neocatecumenal em Santiago de Compostela. E em breve, um terceiro em Valência.


O Caminho Neocatecumental teve os estatutos finais aprovados, em carater definitivo, em 2008. Está presente em 124 países nos cinco continentes, em 1.479 20.432 dioceses e em 6.272 paróquias.


Atualmente conta com 100 Seminários Redemptoris Mater; 2.300 seminaristas diocesanos, que participam desta iniciação cristã e se preparam para o sacerdócio; 1.880 presbíteros diocesanos ordenados; mais de 1.000 famílias em missão distribuídas por 93 países; 92 missio ad gentes.


(Trad.:MEM)




Iraque rumo às eleições 
O bispo caldeu, Dom Warduni apela aos cidadãos para irem às urnas e eleger pessoas que têm no coração o bem do país


Por Redacao


ROMA, 29 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Restabelecer a paz no país. Esta é a esperança de Dom Shelimon Warduni, bispo auxiliar caldeu de Bagdá, expressada poucas horas antes da abertura das urnas para as primeiras eleições presidenciais no Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas em 2011.


"A primeira coisa, a mais importante é a paz - disse o prelado à Misna-. As novas instituições iraquianas devem se esforçar para restaurar a estabilidade e a segurança neste país que tem sido provado por anos."


O religioso admite que "as pessoas não aguentam mais" por causa dos "ataques terroristas e da violência cotidiana". Dom Warduni, que também é presidente da Caritas local, acrescentou: "Todos nós, líderes de igrejas e congregações religiosas insistimos com os fiéis para que eles compareçam em massa às urnas amanhã, porque este é um direito deles, e é a única maneira de fazer ouvir suas vozes".


Voz de uma "maioria silenciosa" e inter- confessional, composta por xiitas, sunitas, cristãos, curdos e turcomanos, que juntos "querem viver em paz uns com os outros, como fizeram durante séculos e continuariam a fazer se não fossem continuamente provocados e instigados".


O bispo condena as "forças sectárias, partidárias, que agem com base em apetites econômicos e contra o povo". Ele acredita que é "importante eleger pessoas que agirão para o bem do país e não por quaisquer interesses individuais ou de partido".


Não faltam desafios sociais que o novo governo deverá enfrentar. "Infraestrutura, diversificação da economia e a reorganização das forças armadas - disse o bispo caldeu -. Só para citar alguns pontos cruciais e urgentes para a reconstrução da casa destruída".


(Trad.:MEM)







Análise
O perigo do ataque à razão em nome do laicismo estatal. 
As distinções entre razão, vontade e emoções são apenas distinções, nunca separações. Na vida cotidiana, os processos humanos se dão sempre de modo integrado.


Por Paulo Vasconcelos Jacobina


BRASíLIA, 30 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Deve-se louvar a razão humana. Sem dúvida, ela é o maior fundamento e o maior instrumento para a coesão social: se a convivência social fosse baseada apenas nas emoções humanas, seria impossível – instáveis, agudas e muitas vezes violentas, as paixões e emoções estabeleceriam entre nós o império do imprevisível.


Se, por outro lado, fundamentássemos a convivência na pura vontade humana de poder, como querem alguns nietszcherianos e niilistas contemporâneos, não poderíamos senão declarar toda relação humana como uma busca de dominação, e, portanto, opressiva – e eliminável. No entanto, o império da vontade só pode gerar opressão e ditaduras, guerras e destruição.


É certo que o ser humano é uma unidade inseparável, e que estas distinções entre "razão, vontade e emoções" são apenas distinções, nunca separações. Na vida cotidiana, os processos humanos se dão sempre de modo integrado. Se a separação absoluta não existe, a distinção entre razão, vontade e emoções, porém, continua perfeitamente válida e deve sempre ser defendida.


No entanto, devido aos equívocos de alguns pensadores contemporâneos, a razão passou a ser vista, nos meios sociais, acadêmicos e, principalmente, políticos, com muita desconfiança, senão com desdém. O processo passou a ser de separação mesmo: acusa-se a razão de ser mera ocultação de discursos de poder, de dominação. A própria lógica é acusada de ser um instrumento de domínio patriarcal e posta sob suspeição. E a sociedade fica apenas com as "boas intenções" (daquelas que os antigos sábios costumavam dizer que "pavimentam o caminho do inferno") para construir seu campo social e público de convivência.


Assim, no campo ético – que gera, por sua vez, o domínio jurídico - restam-nos, como único fundamento público aceitável na forma estatal de decidir, as emoções e a vontade dos grupos de influência politicamente organizados. Vale dizer: a busca do bem comum é muitas vezes confundida com a promoção das emoções positivas e a pressão desses grupos de interesses setoriais. As decisões políticas mais graves são tomadas com base num discurso do "coitadismo" (oh, coitadinhos dos animais que são submetidos a testes laboratoriais; oh, coitadinhos dos que têm desejos sexuais esdrúxulos, múltiplos ou polimorfos e não podem realizá-los na forma de matrimônio; oh, coitadinhas das mulheres grávidas que não querem ter filhos...) ou na necessidade de atendimento de grupos de pressão que elevaram sua própria agenda a critério de bom-mocismo através do domínio das mídias e da capacidade de organização social e exclusão dos discordantes.


Paradoxalmente, são os grupos religiosos, especialmente de matriz cristã, que estão apelando à confiança na razão como critério de convivência social. E, a esta altura, quando apelam para os critérios racionais, são muitas vezes acusados de atentar contra o estado laico.


Os exemplos se multiplicam. Quando os grupos cristãos declaram, por exemplo, que há grande razoabilidade em defender que um nascituro tem já uma identidade pessoal diversa daquela dos genitores, e portanto uma dignidade própria, estão apelando para argumentos estritamente razoáveis. Quando afirmam que, ainda que houvesse dúvida quanto a esta identidade pessoal, seria prudente apelar para o princípio da precaução e evitar eliminar fisicamente o embrião, que já guarda em si todas as potências genéticas e biológicas do ser humano já nascido, estão de igual maneira apelando para um princípio perfeitamente defensável racionalmente.


Quando um médico cristão, por exemplo, alega que tem sérias razões para negar-se a fazer um aborto numa paciente, fora das hipóteses do duplo efeito em razão do risco real e iminente à vida da gestante, ele está apelando a uma série de pressupostos estritamente racionais, como o juramento de não fazer mal à vida e à integridade física de um ser humano saudável.


São os defensores do aborto que apelam, nestes casos, a argumentos baseados no voluntarismo (um suposto "direito de escolha" que desconsidera todas estas posições de precaução, criando um falso dilema entre a vontade da mãe e a vida do bebê, que são postos em "ponderação" como se não fosse uma relação fisiológica, mas uma opressão política) e denunciam a lógica impecável e as razões irrefutáveis dos médicos e dos cristãos como "encobrimento de uma posição religiosa em prejuízo da liberdade de escolha da mulher e da laicidade do Estado", negando-lhes o direito de argumentar, de pensar e de se conduzir de acordo com a própria razão devidamente fundamentada. E em nome da defesa do direito individual de escolha – portanto da própria vontade humana incondicionada racionalmente– consideram-se legitimados a forçar o médico e os próprios cristãos a desconsiderar suas razões e, violando suas consciências, agir em mera obediência à norma estatal positiva liberadora de abortos.


O pensamento laicista agressivo tem se negado, também, v.g., a reconhecer razoabilidade na mera afirmação de que as diversas formas de relação sexual tem valor moral também diversamente ponderável, conforme se ordenem ao compromisso permanente e indissolúvel, à abertura à vida e à responsabilidade com a prole, por um lado, ou com a mera satisfação da libido, por outro, e que, portanto, diferenciar condutas em razão da orientação sexual é justo e concorre com o bem comum. Quando não têm argumentos racionais para rebater esta afirmação tão lúcida, simplesmente distribuem títulos de "fóbicos" aos que se negam, com bons motivos racionais, a ver na libido o fundamento indiscriminado para a convivência interpessoal, para negar, por exemplo, o mesmo valor aos matrimônios cristãos e aos "casamentos" homo ou plurissexuais. Não é uma discussão ponderada, portanto.


Curiosamente, foi Tomás de Aquino, um cristão, quem afirmou que a "lei é uma ordenação da razão", e portanto deve, além de ser politicamente promulgada, poder ser defendida racionalmente para ter valor coercitivo pleno; do lado laicista, seu maior pensador político, Thomas Hobbes, afirmou simplesmente que "é a autoridade, não a verdade, que faz a lei", e portanto legitimou por si mesmo o poder, alijando cruamente a razão da discussão política. Entre Thomas e Tomás, não há dúvida de quem acredita na importância da razão para a correta ordenação estatal. São os cristãos.


Fechando-se as portas estatais da argumentação razoável, resta aos cristãos – e às pessoas que creem simplesmente no valor da razão - defender a liberdade de religião como um biombo para continuar acreditando na capacidade da razão humana para a convivência social e da necessidade de viver em coerência com ela, contra a pressão política prevalente de quem não tem razões, mas tem poder de pressão.


Mas é uma última retirada: quando nem sequer a cláusula da liberdade de religião permitir a convivência defensável racionalmente – como parece estar acontecendo quando o governo americano impõe aos grupos religiosos o financiamento compulsório dos abortos dos seus empregados em nome da laicidade estatal – é a razão humana que será destruída, e com ela a própria liberdade de pensar razoavelmente. A história mostra que em qualquer sociedade Deus é indestrutível, mas a razão humana, nem sempre.







«Regina Caeli»
"Ler todo dia um trecho do Evangelho" 
Regina Coeli com o Papa Francisco


ROMA, 05 de Maio de 2014 (Zenit.org) - De volta ao Vaticano, após celebrar missa para a Comunidade Polaca de Roma na Igreja de San Stanislao, Papa Francisco recitou o Regina Caeli com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. O Santo Padre dirigiu as seguintes palavras aos fiéis:


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!


O Evangelho deste domingo, que é o terceiro domingo de Páscoa, é aquele dos discípulos de Emaús (cfr Lc 24, 13-35). Estes eram dois discípulos de Jesus, os quais, depois da sua morte e passado o sábado, deixam Jerusalém e retornam, tristes e desanimados, para o seu vilarejo, chamado Emaús. Ao longo do caminho, Jesus ressuscitado aproximou-se deles, mas eles não O reconheceram. Vendo-os tão tristes, Ele primeiro ajudou-os a entender que a paixão e a morte do Messias estavam previstas no projeto de Deus e preanunciadas nas Sagradas Escrituras; e assim reacende um fogo de esperança no coração deles.


Naquele momento, os dois discípulos sentiram uma atração extraordinária por aquele homem misterioso, e o convidaram para permanecer com eles naquela noite. Jesus aceitou e entrou com eles na casa. E quando, na mesa, abençoou o pão e o partilhou, eles o reconheceram, mas Ele desapareceu da vista deles, deixando-os cheios de estupor. Depois de serem iluminados pela Palavra, tinham reconhecido Jesus ressuscitado no partilhar o pão, novo sinal da sua presença. E logo sentiram a necessidade de retornar a Jerusalém, para contar aos outros discípulos esta sua experiência, que tinham encontrado Jesus vivo e o tinham reconhecido neste gesto da fração do pão.


O caminho de Emaús torna-se assim símbolo do nosso caminho de fé: as Escrituras e a Eucaristia são os elementos indispensáveis para o encontro com o Senhor. Também nós, muitas vezes, chegamos à Missa dominical com as nossas preocupações, as nossas dificuldades e desilusões… A vida às vezes nos fere e nós seguimos tristes, rumo à nossa "Emaús", virando as costas ao projeto de Deus. Afastamo-nos de Deus. Mas nos acolhe a Liturgia da Palavra: Jesus nos explica as Escrituras e reacende nos nossos corações o calor da fé e da esperança, e na Comunhão nos dá força. Palavra de Deus, Eucaristia. Ler todo dia um trecho do Evangelho. Recordem bem isso: ler todos os dias um trecho do Evangelho e aos domingos ir fazer a Comunhão, receber Jesus. Assim aconteceu com os discípulos de Emaús: acolheram a Palavra; partilharam a fração do pão e de tristes e derrotados que se sentiam tornaram-se alegres. Sempre, queridos irmãos e irmãs, a Palavra de Deus e a Eucaristia nos enchem de alegria. Lembrem-se bem disso! Quando você está triste, pegue a Palavra de Deus. Quando você está para baixo, pegue a Palavra de Deus e vá à Missa no domingo fazer a Comunhão, participar do mistério de Jesus. Palavra de Deus, Eucaristia: enchem-nos de alegria.


Por intercessão de Maria Santíssima, rezemos a fim de que cada cristão, revivendo a experiência dos discípulos de Emaús, especialmente na Missa dominical, redescubra a graça do encontro transformante com o Senhor, com o Senhor ressuscitado, que está conosco sempre. Há sempre uma Palavra de Deus que nos dá orientação depois dos nossos escorregos e através dos nossos cansaços e desilusões, há sempre um Pão partilhado que nos faz seguir adiante no caminho.


(Trad.:Canção Nova)





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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]