quarta-feira, 6 de outubro de 2021

CATEDRAIS MEDIEVAIS

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Catedral: símbolo do motor imóvel

Posted: 05 Oct 2021 01:30 AM PDT

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Podemos imaginar uma catedral gótica para a qual estão fazendo um vitral.

Então fica, durante décadas, um espaço aberto para a rosácea. Passa passarinho lá dentro, entra corvo, vento, tempestade, chuva, tudo.

Mas, numa bela manhã, o vitral está pronto e vai ser instalado. Do lado de fora estão os andaimes.

Por fim, o vitral acaba sendo instalado e há uma festa. No dia seguinte começa a vida do vitral dentro da Igreja semi-vazia.

Ele começa a refulgir de acordo com as várias horas do dia. E inicia-se a história interminável dele, porque cada dia passado na catedral é uma história que acontece.

Naquele primeiro dia, começa outra forma de presença na catedral que tem algo de majestoso não-sensacional.

É o histórico da rotina de uma magnificência extraordinária que se repete todos os dias do mesmo modo como se fosse eterna.

Entra o outono, depois o inverno, a primavera, o verão, tudo se repete, repete, sem pressa, sem sofreguidão, sem sensação. Inteiramente idêntico a si mesmo.

Isto tem uma beleza própria que as pessoas hoje ignoram. A liturgia bem entendida tem isso também.

Mas, na catedral, o que domina é um silêncio, uma estabilidade, uma continuidade que é o atrativo dela.

A catedral impulsiona uma ação cuja força deriva em parte dessa estabilidade. A imobilidade dela parece ser o melhor de sua força motriz.

A catedral está para a ação como o ponto de apoio para a alavanca de Arquimedes.





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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]