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ZENIT
O mundo visto de Roma
Portugues semanal - 9 de dezembro de 2012
Santa Sé
- "Que o natal não seja só uma festa exterior"
Durante o ângelus dominical, Bento XVI centrou-se nas virtudes de São João Batista - Bento XVI faz apelo em favor do Congo
Papa pede à comunidade internacional que se esforce para socorrer as necessidades da população - Cidade do Vaticano ganha mapa artístico
Livraria Editora Vaticana publica Guia do Peregrino - "Deixar-se prender pela Verdade que é Deus"
Catequese de Bento XVI : O Ano da fé. Deus revela o seu grande desígnio de benevolência - "Intima ecclesiae natura"
Carta Apostólica de Bento XVI na forma de "Motu proprio" sobre o serviço da caridade - O desejo infinito de plenitude que habita no íntimo do ser humano
Bento XVI reflete sobre o desígnio de benevolência de Deus, - A violência não tem causa nas religiões, mas nos erros dos homens
Afirmou hoje Bento XVI recebendo em audiência os membros da Comissão Teológica Internacional - O ano da fé e o catecismo da Igreja Católica
Primeira Pregação do Advento 2012 do Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap - Como um canto, o kerygma é a nota aguda de toda catequese
Na primeira pregação do Advento, padre Cantalamessa exorta a realçar o anúncio de Cristo morto e ressuscitado pelos nossos pecados, como momento germinal da fé
Cultura e Sociedade
- Natal na Praça de São Pedro
Homenagem da Região de Basilicata ao Papa Bento XVI - Boa sorte Charlie: comédia familiar
Série apresenta dilemas enfrentados pelos adolescentes
Liturgia e Vida Cristã
- A oração de advento e a encarnação
Responde padre Edward McNamara, LC, professor de Teologia e diretor espiritual
Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
- Assessores da juventude de todo o Brasil se encontram para discutir desafios e oportunidades da evangelização dos jovens
Mais de 300 assessores da pastoral juvenil de todo o país se reuniram em Brasília entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro
Comunicar a fé hoje
- O Papa no Twitter
Mais de 350 mil followers de @pontifex, conta oficial de Bento XVI
Brasil
- Dom Filipe assume o Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro
- Dom Orani recebe medalha no Tribunal Regional do Trabalho
A insígnia, instituída em 2004, tem por finalidade agraciar cidadãos que tenham se destacado por suas atividades em prol da Justiça do Trabalho ou prestado relevantes serviços à cultura jurídica. - Missão Thalita Kum 2012
Grande missão evangelizadora na arquidiocese de São Paulo - A capital e a PUC
É tempo de festejar o aniversário de Belo Horizonte e de um grande patrimônio do ensino: a PUC Minas - Arquidiocese de Brasília tem agora Faculdade de Teologia
As inscrições para o processo seletivo estão abertas até o dia 7 de dezembro de 2012.
Observatório Jurídico
- O caráter confessional das universidades católicas
Numa universidade confessional católica, não se abdica da ciência. Muito pelo contrário. Princípio caro à Igreja é que a fé e a razão não estão contrapostas.
Familia e Vida
- Um prêmio para todas as mães da Europa
Movimento italiano pela Vida entrega Prêmio Europeu Teresa de Calcutá
Mundo
- Entregue ao papa Ratzinger o primeiro volume das suas obras completas em espanhol
Editada pela Biblioteca de Autores Cristãos, a coletânea terá 16 volumes - Assis: até fogos de artifício vão celebrar a Imaculada Conceição
Missa, exposição internacional de presépios e concerto Anúncio Angélico - A solenidade da Imaculada Conceição em Assis
Concerto e Exposição Internacional de Presépios celebra a festa nacional italiana de 8 de dezembro - Advento Pop Up
Projeto foi lançado neste domingo, 2 de dezembro - Morre Inácio IV, chefe da Igreja greco-ortodoxa da Síria
Bento XVI reza pelo patriarca, que morreu aos 92 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral
Espiritualidade
- O sexto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus (parte II)
Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti
ANÙNCIOS
Santa Sé
"Que o natal não seja só uma festa exterior"
Durante o ângelus dominical, Bento XVI centrou-se nas virtudes de São João Batista
CIDADE DO VATICANO, domingo, 9 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir as palavras do Papa Bento XVI no ângelus desta manhã. O Santo Padre apareceu às 12hs na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano, cumprimentando os peregrinos e os fieis reunidos na Praça de São Pedro.
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Queridos irmãos e irmãs!
No tempo do Advento a liturgia enfatiza, de modo particular, duas figuras que preparam a vinda do Messias: a Virgem Maria e João Batista. Hoje São Lucas nos apresenta este último, e o faz com características diferentes dos outros Evangelistas. "Todos os quatro Evangelhos colocam no início do ministério de Jesus a figura de João Batista e apresentam-no como o seu precursor. São Lucas colocou antes a conexão entre as duas figuras e as suas respectivas missões [...] Já na concepção e no nascimento, Jesus e João colocaram-se em relação entre si” (A infância de Jesus, 23).
Essa configuração ajuda a entender que João, enquanto filho de Zacarias e Isabel, ambos de famílias sacerdotais, não é apenas o último dos profetas, mas representa também todo o sacerdócio da Antiga Aliança e por isso prepara os homens ao culto espiritual da Nova Aliança, inaugurado por Jesus (cf. ibid. 27-28). Lucas também afasta qualquer leitura mítica que às vezes é feita dos Evangelhos e coloca historicamente a vida do Batista: "No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador [...] enquanto eram sumos sacerdotes Anás e Caifás” (Lc 3, 1-2). Dentro deste quadro histórico reside o verdadeiro grande evento, o nascimento de Cristo, que seus contemporâneos não vão perceber. Para Deus os grandes homens da história formam o pano de fundo para os pequenos!
João Batista se define como a “voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas" (Lc 3, 4). A voz proclama a palavra, mas, neste caso, a Palavra de Deus precede, enquanto que é ela mesma que desce sobre João, Filho de Zacarias, no deserto (cf. Lc 3, 2). Ele, então, desempenha um grande papel, mas sempre em relação a Cristo. Santo Agostinho comenta: "João é a voz. Do Senhor ao contrário se diz: "No princípio era o Verbo" (João 1, 1).
João é a voz que passa, Cristo é o Verbo eterno, que existia no princípio. Se tiras a voz da palavra, o que é que resta? Um som fraco. A voz sem palavra atinge o ouvido, mas não edifica o coração” (Sermão 293, 3).
Nosso objetivo é dar hoje ouvido à essa voz para conceder espaço e acolhida no coração à Jesus, Palavra que nos salva. Neste Tempo de Advento, preparemo-nos para ver, com os olhos da fé, na humilde Gruta de Belém, a salvação de Deus (cf. Lc 3, 6). Na sociedade dos consumos, em que se busca a alegria nas coisas, o Batista nos ensina a viver de uma forma essencial, para que o Natal seja vivido não só como uma festa exterior, mas como a festa do Filho de Deus que veio para trazer aos homens a paz, a vida e a alegria verdadeira.
À materna intercessão de Maria, Virgem do Advento, confiamos o nosso caminho de encontro com o Senhor que vem, para estarmos prontos para acolher, no coração e em toda a vida, o Emanuel, o Deus-conosco.
(Trad.TS)
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Bento XVI faz apelo em favor do Congo
Papa pede à comunidade internacional que se esforce para socorrer as necessidades da população
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de dezembro, 2012 (ZENIT.org) - No final da Audiência Geral, o Papa Bento XVI expressou sua apreensão com as notícias "preocupantes sobre a crise humanitária no leste da República Democrática do Congo, que por meses tornou-se palco de confrontos armados e violência”.
O Santo Padre recordou que "a maioria da população não têm o principais meios de subsistência e milhares de moradores foram forçados a abandonar suas casas para buscar refúgio em outro lugar”.
Ao final o Papa renovou seu "apelo ao diálogo e à reconciliação", pedindo "a comunidade internacional que se esforce para socorrer as necessidades da população”.
(Trad.MEM)
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Cidade do Vaticano ganha mapa artístico
Livraria Editora Vaticana publica Guia do Peregrino
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) – Acaba de ser publicado o Vatican Site - Passpartout del Pellegrino, edição exclusiva da Livraria Editora Vaticana, criado por Giuseppe Costa, SDB, e Gjon Kolndrekaj e produzido por Tania Cammarota. É o primeiro mapa que apresenta o Estado da Cidade do Vaticano pintado em aquarela pela artista Marcella Morlacchi, com legendas a cargo de Giuseppe Delprete.
O mapa, que já tem versões em inglês, francês, alemão, espanhol e português, mostra e explica 62 lugares localizados na Cidade do Vaticano, entre palácios, museus, bibliotecas, pórticos, torres, grutas, tumbas, ruas, salões, praças públicas e igrejas.
São retratados também a estação de trem, a tipografia, os correios, os armazéns, o quartel da Guarda Suíça e o Cemitério Teutônico. A obra permite “visitar” detalhes do Vaticano, especialmente para os peregrinos que fazem seus primeiros contatos com a cidade-estado. Na contracapa, os peregrinos podem anexar um cartão com a data e as anotações da sua experiência de peregrinação. O material completo é embalado em envelope especial, que pode ser postado como presente.
Uma citação do papa Bento XVI, impressa no mapa, sintetiza o espírito da iniciativa: "O objetivo da peregrinação não é o regozijo pelo espetáculo da beleza, mas a ruptura das próprias barreiras e o gesto de entrar em contato com o Deus vivente".
(Trad.ZENIT)
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"Deixar-se prender pela Verdade que é Deus"
Catequese de Bento XVI : O Ano da fé. Deus revela o seu grande desígnio de benevolência
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 05 de dezembro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos a seguir a cataquese de Bento XVI intitulada -O Ano da fé. Deus revela o seu grande desígnio de benevolência- realizada nesta quarta-feira durante a Audiência Geral na Sala Paulo VI.
Queridos irmãos e irmãs,
No início de sua Carta aos cristãos de Efésios (cfr 1, 3-14), o apóstolo Paulo eleva uma oração de louvor a Deus, Pai de Senhor Nosso Jesus Cristo, que nos introduz a viver o tempo do Advento, no contexto do Ano da Fé. Tema deste hino de louvor é o projeto de Deus para o homem, definido com termos plenos de alegria, de admiração e de gratidão, como um “desígnio de benevolência” (v.9), de misericórdia e de amor.
Por que o Apóstolo eleva a Deus, do fundo do seu coração, este agradecimento? Porque olha para seu agir na história da salvação, culminado na encarnação, morte e ressurreição de Jesus, e contempla como o Pai celeste nos tenha escolhido antes mesmo da criação do mundo, para sermos seus filhos adotivos, no seu Filho Unigênito, Jesus Cristo (cfr Rm 8,14s.; Gal 4,4s.). Existimos, desde a eternidade em Deus, em um grande projeto que Deus tem mantido em si mesmo e que decidiu implementar e revelar “na plenitude dos tempos” (cfr Ef 1,10). São Paulo nos faz compreender, então, como toda a criação e, em particular, o homem e a mulher não são frutos do acaso, mas respondem a um desígnio de benevolência da razão eterna de Deus que com o poder criador e redentor da sua Palavra dá origem ao mundo. Esta primeira afirmação nos recorda que a nossa vocação não é simplesmente existir no mundo, estar inserido em uma história, e nem somente ser criatura de Deus; é alguma coisa maior: é ser escolhido por Deus, mesmo antes da criação do mundo, no Filho, Jesus Cristo. Nele, então, nós existimos, por assim dizer, desde sempre. Deus nos contempla em Cristo, como filhos adotivos. O “desígnio de benevolência” de Deus, que vem qualificado pelo Apóstolo Paulo também como “desígnio de amor” (Ef 1,5), é definido “o mistério” da vontade divina (v. 9), escondido e ora manifestado na Pessoa e na obra de Cristo. A iniciativa divina antecede cada resposta humana: é um dom gratuito de seu amor que nos envolve e nos transforma.
Mas qual é o objetivo último deste desígnio misterioso? Qual é o centro da vontade de Deus? É aquele – nos diz São Paulo – de “reunir em Cristo” (v. 10). Nesta expressão encontramos uma das formulações centrais do Novo Testamento que nos faz compreender o desígnio de Deus, o seu projeto de amor para toda a humanidade, uma formulação que, no segundo século, Santo Irineu di Lione colocou como núcleo da sua cristologia: “recapitular” toda a realidade em Cristo. Talvez alguns de vós se recordam da fórmula usada pelo Papa São Pio X para a consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus: “Estabelecer todas as coisas em Cristo”, fórmula que se refere a esta expressão paulina e que era também o lema deste Pontífice. O Apóstolo, porém, fala mais precisamente da recapitulação do universo em Cristo, e isso significa que no grande desígnio da criação e da história, Cristo permanece como o dentro de todo o caminho do mundo, a espinha dorsal de tudo, que atrai para Si toda a realidade, para superar a dispersão e o limite e conduzir tudo à plenitude desejada por Deus (cfr Ef 1,23).
Este “desígnio de benevolência” não tem permanecido, por assim dizer, no silêncio de Deus, na altura de seu Céu, mas Ele o fez conhecer entrando em relação com o homem, ao qual não revelou só algo, mas a Si mesmo. Ele não comunicou simplesmente um conjunto de verdade, mas se autocomunicou a nós, até ser um de nós, a encarnar-se. O Concílio Ecumênico Vaticano II, na Constituição Apostólica dogmática Dei Verbum diz: “Quis Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar a si mesmo [não somente algo de si, mas a si mesmo] e fazer conhecer o mistério da sua vontade, mediante o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo feito carne, no Espírito Santo, tiveram acesso ao Pai e tornaram-se, assim, participantes da natureza divina” (n. 2). Deus não só diz qualquer coisa, mas Si comunica, nos atrai para a natureza divina de forma que nós estamos envolvidos nela, divinizados. Deus revela o seu grande desígnio de amor entrando em relação com o homem, aproximando-se dele até o ponto de fazer-se Ele mesmo homem. O Concílio continua: “O Deus invisível no seu grande amor fala aos homens como aos amigos (cfr Es 33,11; Gv 15,14-15) e vive entre esses (cfr Bar 3,38) para convidá-los e levá-los à comunhão consigo” (ibidem). Apenas com a inteligência e as suas habilidades o homem não poderia ter chegado a esta revelação tão brilhante do amor de Deus; foi Deus que abriu o seu Céu e se abaixou para conduzir o homem ao abismo de seu amor.
Ainda São Paulo escreve aos cristãos de Corinto: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus” (2,9-10). E São João Crisóstomo, em uma célebre obra de comentário do início da Carta aos Efésios, convida a apreciar toda a beleza desse “desígnio de benevolência” de Deus revelado em Cristo, com estas palavras: “O que te falta? Tu te tornastes imortal, te tornastes livre, te tornastes filho, te tornastes justo, te tornastes irmãos, te tornastes co-herdeiro, com Cristo reinas, com Cristo és glorificado. Tudo nos foi doado e – como está escrito – ‘como não nos dará cada coisa junto com ele?” (Rm 8,32). Tuas primícias (cfr 1 Cor 15,20.23) foram adorados pelos anjos [...]: o que te falta?” (PG 62,11).
Esta comunhão em Cristo por obra do Espírito Santo, oferecida por Deus a todos os homens com a luz da Revelação, não é algo que se sobrepõe com a nossa humanidade, mas é o cumprimento das aspirações mais profundas, daquele desejo de infinito e de plenitude que habita no íntimo do ser humano, e o abre a uma felicidade não momentânea e limitada, mas eterna. São Boaventura de Bagnoregio, referindo-se a Deus que se revela e nos fala por meio das Escrituras para conduzir-nos a Ele, afirma assim: “A sagrada Escritura é [...] o livro no qual estão escritas palavras de vida eterna para que, não só acreditemos, mas também possuamos a vida eterna, na qual veremos, amaremos e serão realizados todos os nossos desejos” (Breviloquium, Prol.; Opera Omnia V, 201s.). Finalmente, o beato João Paulo II recordava que “a Revelação coloca na história um ponto de referência do qual o homem não pode prescindir, se quer chegar a compreender o mistério da sua existência; por outro lado, porém, este conhecimento remete constantemente para o mistério de Deus, que a mente não pode esgotar, mas só acolher na fé” (Enc. Fides et ratio, 14).
Nesta perspectiva, o que é então o ato da fé? É a resposta do homem à Revelação de Deus, que se faz conhecer, que manifesta o seu desígnio de benevolência; é, para usar uma expressão agostiniana, deixar-se prender pela Verdade que é Deus, uma Verdade que é Amor. Por isto São Paulo salienta como a Deus, que revelou o seu mistério, deve-se “a obediência da fé” (Rm 16,26; cfr 1,5; 2 Cor 10, 5-6), a atitude com a qual “o homem livremente se abandona inteiro a Ele, prestando a plena adesão do intelecto e da vontade a Deus que revela e assentindo voluntariamente à revelação que Ele dá” (Cost dogm. Dei Verbum, 5). Tudo isso leva a uma mudança fundamental do modo de relacionar-se com toda a realidade; tudo aparece em uma nova luz, trata-se então de uma verdadeira “conversão”, fé é uma “mudança de mentalidade”, porque o Deus que se revelou em Cristo e fez conhecer o seu desígnio de amor, nos prende, nos atrai para Si, transforma o sentido que sustenta a vida, a rocha sobre a qual essa pode encontrar estabilidade. No Antigo Testamento encontramos uma densa expressão sobre a fé, que Deus confia ao profeta Isaías a fim de que a comunique ao rei de Judá, Acaz. Deus afirma: “Se não crerdes – isto é, se não vos mantiver fiéis a Deus – não subsistireis” (Is 7,9b). Existe então uma ligação entre o estar e o compreender, que exprime bem como a fé seja um acolher na vida a visão de Deus sobre a realidade, deixar que seja Deus a conduzir-nos com a sua Palavra e os Sacramentos no entender o que devemos fazer, qual é o caminho que devemos percorrer, como viver. Ao mesmo tempo, porém, é o próprio compreender segundo Deus, o ver com os seus olhos que faz sólida a vida, que nos permite de “estar em pé”, de não cair.
Queridos amigos, o Advento, o tempo litúrgico que apenas começamos e que nos prepara ao Santo Natal, nos coloca diante do luminoso mistério da vinda do Filho de Deus, ao grande “desígnio de benevolência” com o qual Ele quer atrair-nos para Si, para fazer-nos viver em plena comunhão de alegria e de paz com Ele. O Advento nos convida, mais uma vez, em meio a tantas dificuldades, a renovar a certeza de que Deus é presente: Ele entrou no mundo, fazendo-se homem como nós, para trazer a plenitude do seu plano de amor. E Deus pede que também nós nos tornemos sinal da sua ação no mundo. Através da nossa fé, da nossa esperança, da nossa caridade, Ele quer entrar no mundo sempre de novo e quer sempre de novo fazer resplandecer a sua luz na nossa noite.
(Trad.CN Notícias)
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"Intima ecclesiae natura"
Carta Apostólica de Bento XVI na forma de "Motu proprio" sobre o serviço da caridade
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 4 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir a Carta Apostólica do Papa Bento XVI na forma de Motu proprio com o título "Intima Ecclesiae natura" sobre o serviço da Caridade.
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Proémio
«A NATUREZA ÍNTIMA DA IGREJA exprime-se num tríplice dever: anúncio da Palavra de Deus (kerygma-martyria), celebração dos Sacramentos (leiturgia), serviço da caridade (diakonia). São deveres que se reclamam mutuamente, não podendo um ser separado dos outros» (Carta enc. Deus caritas est, 25).
Portanto, também o serviço da caridade é uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria essência (cf. ibidem); todos os fiéis têm o direito e o dever de se empenharem pessoalmente por viver o mandamento novo que Cristo nos deixou (cf. Jo 15, 12), oferecendo ao homem contemporâneo não só ajuda material, mas também refrigério e cuidado para a alma (cf. Carta enc. Deus caritas est est, 28). A Igreja é chamada à prática da diakonia da caridade também a nível comunitário, desde as pequenas comunidades locais passando pelas Igrejas particulares até à Igreja universal; por isso, há necessidade também de «organização enquanto pressuposto para um serviço comunitário ordenado» (cf.ibid., 20), uma organização articulada mesmo através de expressões institucionais.
A propósito desta diakonia da caridade, sublinhei na Carta encíclica Deus caritas est que «é consonante à estrutura episcopal da Igreja o facto de, nas Igrejas particulares, caber aos Bispos enquanto sucessores dos Apóstolos a primeira responsabilidade pela realização» do serviço da caridade (n. 32), e observava como «o Código de Direito Canónico, nos cânones relativos ao ministério episcopal, não trata explicitamente da caridade como âmbito específico da actividade episcopal» (ibidem). Entretanto «o Directório para o ministério pastoral dos Bispos aprofundou, de forma mais concreta, o dever da caridade como tarefa intrínseca da Igreja inteira e do Bispo na sua diocese» (ibidem), mas permanecia a necessidade de preencher a referida lacuna normativa, para aparecer adequadamente expressa, no ordenamento canónico, a essencialidade do serviço da caridade na Igreja e a sua relação constitutiva com o ministério episcopal, delineando os contornos jurídicos que este serviço comporta na Igreja, sobretudo se for praticado de forma organizada e com o apoio explícito dos Pastores.
Por isso, nesta perspectiva, pretendo com o presente Motu Proprio fornecer um quadro normativo orgânico que sirva para ordenar melhor, nas suas linhas gerais, as diversas formas eclesiais organizadas do serviço da caridade, que está intimamente ligado com a natureza diaconal da Igreja e do ministério episcopal.
Em todo o caso, é importante ter presente que «a acção prática resulta insuficiente se não for palpável nela o amor pelo homem, um amor que se nutre do encontro com Cristo» (ibid., 34). Portanto, na sua actividade caritativa, as variadas organizações católicas não se devem limitar a uma mera recolha ou distribuição de fundos, mas sempre devem dedicar uma especial atenção à pessoa necessitada e, de igual modo, efectuar na comunidade cristã uma singular função pedagógica, favorecendo a educação para a partilha, o respeito e o amor, segundo a lógica do Evangelho de Cristo. Com efeito, a actividade caritativa da Igreja, nos seus diversos níveis, deve evitar o risco de se diluir na organização assistencial comum, tornando-se uma simples variante da mesma (cf. ibid., 31).
As iniciativas organizadas no sector da caridade, que são promovidas pelos fiéis nos vários lugares, são muito diferentes entre si e exigem uma gestão apropriada. De modo particular, desenvolveu-se a nível paroquial, diocesano, nacional e internacional a actividade da «Caritas», instituição promovida pela hierarquia eclesiástica, que justamente conquistou o apreço e a confiança dos fiéis e de muitas outras pessoas em todo o mundo pelo testemunho generoso e coerente de fé, assim como pela incidência concreta com que acode às solicitações dos necessitados. A par desta vasta iniciativa, sustentada oficialmente pela autoridade da Igreja, têm surgido em vários lugares numerosas outras iniciativas, que brotaram do livre empenhamento de fiéis que querem, de diferentes formas, contribuir com o próprio esforço para testemunhar concretamente a caridade para com os necessitados. A primeira e as segundas são iniciativas diversas por origem e regime jurídico, embora exprimam igualmente sensibilidade e desejo de responder a um mesmo apelo.
A Igreja enquanto instituição não se pode declarar alheia às iniciativas promovidas de modo organizado, livre expressão da solicitude dos baptizados pelas pessoas e povos necessitados. Por isso, os Pastores acolhem-nas sempre como manifestação da participação de todos na missão da Igreja, respeitando as características e a autonomia de governo que, segundo a sua natureza, competem a cada uma delas como manifestação da liberdade dos baptizados.
Ao lado delas, a autoridade eclesiástica tem promovido, por iniciativa própria, obras específicas através das quais provê, institucionalmente, a encaminhar as doações dos fiéis para formas jurídicas e operativas adequadas que consintam chegar mais eficazmente à solução das necessidades concretas.
Ora, na medida em que tais actividades são promovidas pela própria hierarquia ou então explicitamente sustentadas pela autoridade dos Pastores, é preciso garantir que a sua gestão se realize de acordo com as exigências da doutrina da Igreja e segundo as intenções dos fiéis e respeite também as normas legítimas estabelecidas pela autoridade civil. Face a estas exigências, tornava-se necessário determinar no direito da Igreja algumas normas essenciais, inspiradas nos critérios gerais da disciplina canónica, que tornassem explícitas neste sector de actividade as responsabilidades jurídicas assumidas pelos vários sujeitos nela envolvidos, delineando de modo particular a posição de autoridade e coordenação que compete ao Bispo diocesano a este respeito. Contudo, tais normas deviam possuir suficiente amplitude para abranger a notável variedade de instituições de inspiração católica, que como tais operam neste sector, quer as que nasceram sob o impulso da própria hierarquia, quer as que surgiram da iniciativa directa dos fiéis mas foram acolhidas e encorajadas pelos Pastores locais. Apesar da necessidade de estabelecer normas a este respeito, era preciso ter em consideração quanto exigido pela justiça e pela responsabilidade que os Pastores assumem diante dos fiéis, no respeito da legítima autonomia de cada ente.
Disposições
Em consequência, por proposta do Cardeal Presidente do Pontifício Conselho «Cor Unum», ouvido o parecer do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, estabeleço e decreto quanto segue:
Art. 1
§ 1. Os fiéis têm o direito de associar-se e instituir organismos que realizem específicos serviços de caridade, sobretudo a favor dos pobres e atribulados. Na medida em que se apresentem relacionados com o serviço da caridade dos Pastores da Igreja e/ou pretendam valer-se da contribuição dos fiéis para tal finalidade, devem submeter os próprios estatutos à aprovação da autoridade eclesiástica competente e observar as normas seguintes.
§ 2. Nos mesmos termos, os fiéis têm direito também de constituir fundações para financiar iniciativas caritativas concretas, segundo as normas dos cânn. 1303 CIC e 1047 CCEO. Se este tipo de fundações corresponder às características indicadas no § 1, deverão ser observadas também, congrua congruis referendo, as disposições da presente lei.
§ 3. Além de respeitar a legislação canónica, as iniciativas colectivas de caridade, a que se refere o presente Motu Proprio, são obrigadas a seguir na sua actividade os princípios católicos e não podem aceitar compromissos que de alguma forma condicionem a observância destes princípios.
§ 4. Os organismos e as fundações promovidos com fins de caridade pelos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica são obrigados à observância das presentes normas e, neles, deve cumprir-se também quanto estabelecido pelos cânn. 312-§ 2 CIC e 575-§ 2 CCEO.
Art. 2
§ 1. Nos estatutos de cada organismo caritativo, a que se refere o artigo anterior, além dos cargos institucionais e das estruturas de governo, segundo o cân. 95-§ 1, serão expressos também os princípios inspiradores e as finalidades da iniciativa, as modalidades de gestão dos fundos, o perfil dos próprios agentes, bem como os relatórios e as informações que devem ser apresentados à autoridade eclesiástica competente.
§ 2. Um organismo caritativo só pode usar a designação de «católico» com o consentimento escrito da autoridade competente, como indicado no cân. 300 CIC.
§ 3. Os organismos promovidos pelos fiéis com fins de caridade podem ter um Assistente eclesiástico nomeado nos termos dos estatutos, segundo os cânn. 324-§ 2 e 317 CIC.
§ 4. Ao mesmo tempo, a autoridade eclesiástica tenha presente o dever de regular o exercício dos direitos dos fiéis, segundo os cânn. 223-§ 2 CIC e 26-§ 2 CCEO, a fim de se evitar a multiplicação das iniciativas de serviço da caridade em detrimento da operacionalidade e eficácia relativamente às finalidades que se propõem.
Art. 3
§ 1. Para efeito dos artigos anteriores, entende-se por autoridade competente, nos respectivos níveis, a indicada pelos cânn. 312 CIC e 575 CCEO.
§ 2. Tratando-se de organismos operantes em várias dioceses mas não aprovados a nível nacional, entende-se por autoridade competente o Bispo diocesano do lugar onde a entidade tiver a sua sede principal. Em todo o caso, a organização tem o dever de informar os Bispos das outras dioceses onde actuam e respeitar as suas indicações relativas às actividades das várias entidades caritativas presentes na diocese.
Art. 4
§ 1. O Bispo diocesano (cf. cân. 134-§ 3 CIC e cân. 987 CCEO) exerce a própria solicitude pastoral pelo serviço da caridade na Igreja particular que lhe está confiada na sua qualidade de Pastor, guia e primeiro responsável de tal serviço.
§ 2. O Bispo diocesano favorece e apoia iniciativas e obras de serviço ao próximo na própria Igreja particular, e suscita nos fiéis o ardor da caridade operosa como expressão de vida cristã e participação na missão da Igreja, como sublinhado pelos cânn. 215 e 222 CIC e 25 e 18CCEO.
§ 3. Compete ao respectivo Bispo diocesano vigiar para que, na actividade e gestão destes organismos, sejam sempre observadas as normas do direito universal e particular da Igreja, assim como a vontade dos fiéis ao fazerem doações ou legados para estas finalidades específicas (cânn. 1300 CIC e 1044 CCEO).
Art. 5
O Bispo diocesano garanta à Igreja o direito de exercer o serviço da caridade, e cuide que os fiéis e as instituições sujeitas à sua vigilância observem a legítima legislação civil em matéria.
Art. 6
É dever do Bispo diocesano, como indicado pelos cânn. 394-§ 1 CIC e 203-§ 1 CCEO, coordenar na própria circunscrição as diversas obras de serviço da caridade, quer as promovidas pela própria hierarquia, quer as resultantes da iniciativa dos fiéis, salvaguardada a autonomia que lhes possa competir segundo os estatutos de cada uma. Em particular, cuide que as suas actividades mantenham vivo o espírito evangélico.
Art. 7
§ 1. As entidades, de que se fala no art. 1-§ 1, são obrigadas a escolher os próprios agentes de entre as pessoas que partilhem, ou pelo menos respeitem, a identidade católica destas obras.
§ 2. Para garantir o testemunho evangélico no serviço da caridade, o Bispo diocesano cuide que quantos operam na pastoral caritativa da Igreja, a par da devida competência profissional, dêem exemplo de vida cristã e testemunhem uma formação do coração que ateste uma fé em acção na caridade. Com esta finalidade, providencie à sua formação, mesmo em âmbito teológico e pastoral, através de currículos específicos concordados com os dirigentes dos vários organismos e através de adequadas propostas de vida espiritual.
Art. 8
Onde o número e a variedade de iniciativas o tornar necessário, o Bispo diocesano estabeleça, na Igreja a ele confiada, um departamento que, em seu nome, oriente e coordene o serviço da caridade.
Art. 9
§ 1. O Bispo favoreça, em cada paróquia da sua circunscrição, a criação de um serviço de «Caritas» paroquial ou análogo, que promova também uma acção pedagógica no âmbito de toda a comunidade educando para o espírito de partilha e de caridade autêntica. Caso se revele oportuno, tal serviço poderá ser constituído em comum para várias paróquias do mesmo território.
§ 2. Ao Bispo e ao pároco respectivo compete assegurar que, no âmbito da paróquia, juntamente com a «Caritas» possam coexistir e desenvolver-se outras iniciativas de caridade, sob a coordenação geral do pároco, tendo entretanto em consideração quanto indicado no art. 2-§ 4.
§ 3. É dever do Bispo diocesano e dos respectivos párocos evitar que os fiéis possam ser induzidos em erro ou equívoco nesta matéria, pelo que deverão impedir que, através das estruturas paroquiais ou diocesanas, sejam divulgadas iniciativas que, embora apresentando-se com finalidades caritativas, proponham opções ou métodos contrários à doutrina da Igreja.
Art. 10
§ 1. Ao Bispo compete a vigilância sobre os bens eclesiásticos dos organismos caritativos sujeitos à sua autoridade.
§ 2. É dever do Bispo diocesano assegurar-se de que as receitas das colectas, feitas nos termos dos cânn. 1265 e 1266 CIC e cânn. 1014 e 1015 CCEO, sejam destinadas às finalidades para que foram recolhidas (cânn. 1267 CIC, 1016 CCEO).
§ 3. Em particular, o Bispo diocesano deve evitar que os organismos de caridade que lhe estão sujeitos sejam financiados por entidades ou instituições que persigam fins em contraste com a doutrina da Igreja. De igual modo, para não dar escândalo aos fiéis, o Bispo diocesano deve evitar que organismos caritativos aceitem contribuições para iniciativas que, na finalidade ou nos meios para a sua consecução, não correspondam à doutrina da Igreja.
§ 4. De modo especial, o Bispo cuide que a gestão das iniciativas, que dele dependem, dê testemunho de sobriedade cristã. Com este objectivo, vigiará para que os ordenados e as despesas de gestão, embora correspondendo às exigências da justiça e aos perfis profissionais requeridos, sejam devidamente proporcionados com análogas despesas da própria Cúria diocesana.
§ 5. Para consentir que a autoridade eclesiástica, de que se fala no art. 3-§ 1, possa exercer o seu dever de vigilância, as entidades mencionadas no art. 1-§ 1 são obrigadas a apresentar ao Ordinário competente o balanço anual, na forma indicada pelo próprio Ordinário.
Art. 11
O Bispo diocesano deve, se necessário, dar a conhecer aos próprios fiéis o facto de que a actividade de um determinado organismo de caridade já não corresponde às exigências da doutrina da Igreja, proibindo então o uso da designação de «católico» e adoptando as providências pertinentes caso se perfilassem responsabilidades pessoais.
Art. 12
§ 1. O Bispo diocesano favoreça a acção nacional e internacional dos organismos de serviço da caridade sujeitos ao seu cuidado pastoral, e de forma particular a cooperação com as circunscrições eclesiásticas mais pobres, analogamente a quanto estabelecido pelos cânn. 1274-§ 3 CIC e 1021-§ 3 CCEO.
§ 2. Conforme as circunstâncias de tempo e de lugar, a solicitude pastoral pelas obras de caridade pode ser exercida conjuntamente por vários dos Bispos mais vizinhos relativamente a várias Igrejas juntas, nos termos do direito. Se se tratar de âmbito internacional, seja consultado preventivamente o Dicastério competente da Santa Sé. Além disso, para iniciativas de caridade a nível nacional, é oportuno que seja consultado, por parte do Bispo, o relativo departamento da Conferência Episcopal.
Art. 13
Intacto permanece o direito da autoridade eclesiástica local de dar o seu assentimento para as iniciativas de organismos católicos operarem no âmbito da sua competência, no respeito da normativa canónica e da identidade própria de cada um dos organismos, e é seu dever de Pastor vigiar para que as actividades realizadas na própria diocese se realizem em conformidade com a disciplina eclesiástica, proibindo-as ou adoptando eventualmente as providências necessárias se a não respeitarem.
Art. 14
Onde for oportuno, o Bispo promova as iniciativas de serviço da caridade em colaboração com outras Igrejas ou comunidades eclesiais, salvaguardadas as peculiaridades próprias de cada um.
Art. 15
§ 1. O Pontifício Conselho «Cor Unum» tem o dever de promover a aplicação desta normativa e vigiar para que seja aplicada em todos os níveis, no respeito da competência do Pontifício Conselho para os Leigos sobre as associações de fiéis, prevista pelo art. 133 da Constituição apostólica Pastor Bonus, e da competência própria da Secção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado e salvaguardadas as competências gerais dos outros Dicastérios e Organismos da Cúria Romana. Em particular, o Pontifício Conselho «Cor Unum» cuide que o serviço da caridade das instituições católicas no âmbito internacional se realize sempre em comunhão com as respectivas Igrejas particulares.
§ 2. Ao Pontifício Conselho «Cor Unum» compete, de igual modo, a erecção canónica de organismos de serviço da caridade a nível internacional, assumindo sucessivamente as responsabilidades disciplinares e de promoção que, por direito, lhe correspondam.
Tudo quanto determinei com esta Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, ordeno que seja observado em todas as suas partes, não obstante qualquer coisa contrária, mesmo se digna de menção particular, e estabeleço que seja promulgado por meio da publicação no jornal «L'Osservatore Romano», e entre em vigor no dia 10 de Dezembro de 2012.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Novembro de 2012, oitavo ano de Pontificado.
BENEDICTUS PP. XVI
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O desejo infinito de plenitude que habita no íntimo do ser humano
Bento XVI reflete sobre o desígnio de benevolência de Deus,
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 05 de dezembro de 2012(ZENIT.org)- A oração de São Paulo contém informações úteis para viver o tempo do Advento, no contexto do Ano da Fé. Sobre este assunto foi realizada a catequese do Papa Bento XVI na Audiência Geral.
Queridos irmãos e irmãs,
O tempo litúrgico do Advento prepara-nos para acolher e aderir ao grande desígnio de benevolência de Deus, que o Natal de seu Filho, feito homem como nós, coloca diante dos nossos olhos. Tal desígnio não ficou oculto no alto dos Céus, mas Deus, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele, em Cristo por obra do Espírito Santo. Esta comunhão é a realização daquele desejo infinito de plenitude que habita no íntimo do ser humano e o abre para a felicidade eterna. Entretanto, a nossa mente não consegue abarcar completamente este desígnio de benevolência divina, mas pode apenas recebê-lo e acolhê-lo na fé. O acto de fé é a resposta do homem à revelação que Deus Se dignou fazer-lhe, acolhendo na vida o benevolente desígnio que Ele tem para a humanidade e a criação inteira: recapitular tudo em Cristo, reunindo n’Ele o que há no céu e na terra.
* * *
Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para os fiéis cristãos de Goiânia, invocando sobre os vossos passos a graça do encontro com Deus: Jesus Cristo é a Tenda divina no meio de nós. Ide até Ele, vivei na sua graça e tereis a vida eterna. Sobre vós e vossas famílias desça a minha Bênção.
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A violência não tem causa nas religiões, mas nos erros dos homens
Afirmou hoje Bento XVI recebendo em audiência os membros da Comissão Teológica Internacional
Por Luca Marcolivio
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Por ocasião da Sessão Plenária anual da Comissão Teológica Internacional, o Papa Bento XVI recebeu nesta manhã em audiência os participantes, na Sala dos Papas do Palácio Apostólico Vaticano.
O Santo Padre em primeiro lugar expressou a satisfação pela decisão da Comissão Teológica de honrar o Ano da Fé por meio de uma peregrinação à Basílica de Santa Maria Maior, "para confiar à Virgem Maria, praesidium fidei, os trabalhos da vossa Comissão e para rezar por todos aqueles que, in medio Ecclesiae, se dedicam a fazer frutificar a inteligência da fé em benefício e alegria espiritual de todos os crentes”.
Em seguida, Bento XVI referiu-se ao documento da Comissão Teológica publicado no começo deste ano com o Título “A teologia hoje. Perspectivas, princípios e critérios, definido pelo Pontífice como uma espécie de “código genético da teologia católica”.
Num contexto cultural no qual alguns pretendem privar a teologia de seu "status acadêmico", confundindo-a e reduzindo-a a "ciências religiosas", o documento da Comissão Teológica lembra que “a teologia é inseparavelmente confessional e racional e que a sua presença dentro da instituição universitária garante, ou deveria garantir, uma visão ampla e integral da mesma razão humana”, comentou o Papa.
Além disso, o documento "menciona a atenção que os teólogos devem reservar ao sensus fidelium", disse o Santo Padre. Nesse sentido ele citou a Lumen Gentium, que lembra: "A totalidade dos fiéis, tendo a unção que vem do Santo (cf. 1 Jo 2,20.27), não pode errar no crer, e manifesta esta sua propriedade por meio do sentido sobrenatural da fé de todo o povo, quando do bispo até os últimos fieis leigos mostra o seu universal consenso em matéria de fé e moral "(LG, 12).
O sensus fidelium ou sensus fidei representa para o crente “uma espécie de instinto sobrenatural que tem uma conaturalidade vital com o mesmo objeto da fé”, além de que “um critério para discernir se uma verdade pertence ou não ao depósito vivente da tradição apostólica”.
Hoje, no entanto, "é particularmente importante esclarecer os critérios utilizados para distinguir o autêntico sensus fidelium das suas imitações", disse o Papa. Não se trata, de fato, de uma espécie de "opinião pública eclesial”, nem é concebível mencioná-lo para “responder os ensinamentos do Magistério”. O sensus fidei, explicou o Papa, “não pode desenvolver-se autenticamente no crente exceto na medida em que ele participa plenamente na vida da Igreja, e isso exige uma adesão responsável ao seu Magistério, ao depósito da fé".
O mesmo "sentido sobrenatural" da fé é também um baluarte contra o prejuízo de que "as religiões, e especialmente as religiões monoteístas, seriam intrinsecamente portadoras de violência, principalmente por causa da alegação de que elas ultrapassam a existência de uma verdade universal" , enquanto que, pelo contrário, o "politeísmo dos valores" garantiria "a tolerância e a paz civil".
Jesus em primeiro lugar, terminando na cruz, “atesta uma rejeição radical de toda forma de ódio e violência em favor do primado absoluto do ágape". Qualquer forma de violência cometida em nome de Deus, não é portanto, devida ao monoteísmo, mas sim "a causas históricas, principalmente aos erros dos homens".
Pelo contrário, é o "esquecimento de Deus", que, juntamente com o relativismo e a negação de uma verdade objetiva, “gera inevitavelmente a violência", porque é negado o diálogo. Se não houver abertura para o transcendente "o homem torna-se incapaz de agir de acordo com a justiça e de comprometer-se pela paz."
Um terceiro e último ponto tocado por Bento XVI é sobre a doutrina social da Igreja que não é um “assessório extrínseco” mas “recebe os seus princípios básicos das fontes mesmas da fé", manifestando-se como forma efetiva do mandamento novo de Jesus: "Assim como eu vos amei, assim também vós deveis amar uns aos outros "(Jo 13:34).
(Trad.TS)
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O ano da fé e o catecismo da Igreja Católica
Primeira Pregação do Advento 2012 do Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir a Primeira Pregação do Advento de 2012 do Pe. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, que foi feita nesta manhã no Vaticano.
***
O ANO DA FÉ,
E O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
1. O livro "comido"
Na pregação para a Casa Pontifícia, tento me orientar, na escolha dos temas, pelas graças ou pelos eventos especiais que a Igreja vive em um determinado momento da sua história. Recentemente tivemos a abertura do ano da fé, o quinquagésimo aniversário do concílio Vaticano II e o Sínodo sobre a evangelização e a transmissão da fé cristã. Portanto, pensei fazer no Advento uma reflexão sobre cada um destes três eventos.
Começo com o ano da fé. Para não me perder em um tema, a fé, que é grande como o mar, concentro-me em um ponto da carta "Porta Fidei" do Santo Padre, que exorta encarecidamente a fazer do Catecismo da Igreja Católica (que, entre outras coisas, celebra este ano o vigésimo aniversário de publicação) o instrumento privilegiado para viver frutuosamente a graça deste ano. O papa escreve na sua carta:
“O Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé” (Bento XVI, Carta apost. “Porta fidei”, nº 11)
Não falarei sobre o conteúdo do CIC, das suas divisões, critérios utilizados; seria como querer explicar a Divina Comédia de Dante Alighieri. O que sim gostaria é de esforça-me para mostrar como fazer que este livro, de um instrumento comum, como um violino bem apoiado sobre um pano de veludo, se transforme num instrumento que soa e faz vibrar os corações. A Paixão segundo Mateus, de Bach, permaneceu por um século uma partitura escrita, conservada em arquivos musicais, até que em 1829 Felix Mendelssohn preparou em Berlim uma execução magistral e a partir daquele dia o mundo soube qual melodia e coro sublimes estavam contidas naquelas páginas, até então mudas.
São realidades diferentes, é verdade, mas algo parecido acontece com cada livro que fala da fé, incluindo o CIC: deve-se passar da partitura para a execução, da página muda para algo vivo que faz vibrar a alma. A visão de Ezequiel da mão estendida segurando um rolo nos ajuda a entender o que é necessário para que isso aconteça:
“Eu olhei e vi uma mão estendida para mim, e nela um livro enrolado. Desenrolou-o diante de mim. Estava escrito na frente e no verso e continha lamentações, gemidos e ais. Ele me disse: “Filho do homem, come o que tens diante de ti! Come este rolo e vai falar à casa de Israel”. Eu abri a boca e ele me fez comer o rolo, dizendo: “Filho do homem, alimenta teu ventre e sacia as entranhas com este rolo que te dou”. Eu o comi, e era doce como mel em minha boca” (Ez 2,9-3,3)
O Sumo Pontífice é a mão que, neste ano, apresenta de novo à Igreja o CIC, dizendo para cada católico: “alimenta teu ventre e sacia as entranhas com este rolo que te dou”. O que significa comer um livro? Não só estudá-lo, analisá-lo, memorizá-lo, mas fazê-lo carne da própria carne e sangue do próprio sangue, “assimilá-lo”, como se faz materialmente com a comida que comemos. Transformá-lo de fé estudada em fé vivida.
Isto não pode ser feito com o volume inteiro do livro, e com todas as pequenas partes contidas nele. Não é possível fazê-lo analiticamente, mas só sinteticamente. Explico-me. É necessário captar o princípio que informa e unifica o todo, enfim o coração palpitante do CIC. E o que é esse coração? Não é um dogma ou uma verdade, uma doutrina ou um princípio ético; é uma pessoa: Jesus Cristo! “Repassando as páginas, - escreve o Santo Padre sobre o CIC, na mesma carta apostólica - descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja” (Bento XVI, Carta apost. “Porta fidei”, nº 11).
Se toda a Escritura, como afirma o próprio Jesus, fala dele (cf. Jo 5, 39), se ela está cheia de Cristo e se resume toda nele, poderia ser diferente para o CIC que quer ser uma exposição sistemática da mesma escritura, elaborada pela Tradição, sob a guia do Magistério?
Na primeira parte, dedicada à fé, o CIC lembra o grande princípio de São Tomas de Aquino de que o “ato de fé do crente não para no enunciado, mas chega na realidade” (“Fides non terminatur ad enunciabile sed ad rem”, São Tomas de Aquino, Suma Teológica, II-II, 1,2 ad 2; cit. no CIC n. 170). Bem, qual é a realidade, a “coisa” última da fé? Deus, é claro! Não, porém, um deus qualquer que cada um retrata a seu bel prazer, mas o Deus que se revelou em Cristo, que se “identifica” com ele a ponto de dizer: “Quem me vê, vê o Pai” e “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus, foi quem o deu a conhecer” (Jo 1, 18).
Quando dizemos fé “em Jesus Cristo” não separamos o Novo do Antigo Testamento, não começamos a nova fé com a vinda de Cristo à terra. Se fosse assim, excluiríamos do número dos crentes o mesmo Abraão que chamamos “nosso pai na fé” (cf. Rm 4, 16). Identificando o seu Pai com “o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” (Mt 22, 32) e com o Deus "da lei e dos profetas" (Mt 22, 40), Jesus autenticou a fé judaica, mostrou o caráter profético, afirmando que é dele que estavam falando (cf. Lc 24, 27. 44; Jo 5, 46). É isso que faz que, para os cristãos, a fé judaica seja diferente de qualquer outra fé e é isso que justifica o estatuto especial que tem, depois do Concílio Vaticano II, o diálogo com os judeus com relação ao diálogo com as outras religiões.
2. Querigma e didaquê
No começo da Igreja a distinção entre querigma e didaquê era clara. O querigma, que Paulo chama também de "o evangelho", dizia respeito à obra de Deus em Cristo Jesus, o mistério pascal de morte e ressurreição, e consistia em fórmulas breves de fé, como aquela que se deduz do discurso de Pedro no dia de Pentecostes: “Vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou, e o constituiu Senhor” (cf. At 2,23-36), ou também, “Se, pois, com tua boca confessares que Jesus é Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”(Rm 10,9).
A didaquê, por outro lado, tratava do ensinamento que se tinha depois de ter abraçado a fé, o desenvolvimento e a formação completa do crente. Estavam convencidos (principalmente Paulo) de que a fé, como tal, só florescia na presença do querigma. Este não era um resumo da fé ou uma parte dela, mas a semente que faz crescer todo o resto. Também os 4 Evangelhos foram escritos depois, justamente para explicar o querigma.
Até mesmo a parte mais antiga do credo falava de Cristo, e esclarecia a dupla composição, humana e divina. Um exemplo disso está no versículo da Carta aos Romanos que fala de Cristo “segundo a carne, descendente de Davi, segundo o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com poder, desde a ressurreição dos mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1,3-4). Logo este núcleo original, ou credo cristológico, foi incorporado em um contexto mais amplo, como o segundo artigo do símbolo de fé. Nascem, até mesmo por exigências ligadas ao batismo, os símbolos trinitários que chegaram até nós.
Esse processo é parte do que Newman chama “o desenvolvimento da doutrina cristã”; é um enriquecimento, não um afastamento da fé original. Cabe a nós hoje – em primeiro lugar aos bispos, aos pregadores, aos catequistas – ressaltar o aspecto “a parte” do querigma como momento germinal da fé. Numa obra lírica, para retomar a imagem musical, há o recitativo e o cantado e no cantado estão os “agudos” que agitam o auditório e provocam emoções fortes, às vezes também calafrios. Agora sabemos qual é o agudo de toda catequese.
A nossa situação voltou a ser a mesma que no tempo dos apóstolos. Eles tinham diante de si um mundo pré-cristão para evangelizar; nós temos diante de nós, pelo menos até certo ponto, e em alguns ambientes, um mundo pós-cristão para evangelizar. Devemos voltar para o método deles, trazer à luz "a espada do Espírito", que é o anúncio, em Espírito e poder, de Cristo morto pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação (cf. Rm 4,25).
O querigma não é apenas o anúncio de alguns fatos ou verdades de fé claramente definidas; é também uma certa atmosfera espiritual que pode ser criada dizendo qualquer coisa, um pano de fundo sobre o qual coloca-se tudo. É responsabilidade do anunciador, por meio da sua fé, permitir ao Espírito Santo criar esta atmosfera.
Então, qual é o sentido do CIC? O mesmo do que era na Igreja apostólica a didaquê: formar a fé, dar-lhe um conteúdo, mostrar-lhe as exigências éticas e práticas, levar a fé a se tornar “operante na caridade” (cf. Gl 5,6). Isso é bem destacado em um parágrafo do mesmo CIC. Depois de ter lembrado o princípio tomista de que “a fé não termina nas fórmulas, mas na realidade”, acrescenta:
“ No entanto, é através das fórmulas da fé que nos aproximamos dessas realidades. As fórmulas permitem-nos exprimir e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assimilá-la e dela viver cada vez mais” (CIC nº 170).
Por isso a importância do adjetivo “católica” no título do livro. A força de algumas Igrejas não católicas está em colocar tudo no momento inicial, na chegada na fé, na adesão ao querigma e na aceitação de Jesus como Senhor, visto como um"nascer de novo”, ou como “segunda conversão". Porém, pode tornar-se um limite se nos limitamos a isso e tudo continua a girar em torno disso.
Nós, católicos, temos que aprender algo dessas igrejas, mas temos muito para dar também. Na Igreja Católica tudo isso é o começo, não o fim da vida cristã. Depois daquela decisão, abre-se o caminho para o crescimento e a plenitude da vida cristã e, graças à sua riqueza sacramental, ao magistério, ao exemplo de muitos santos, a Igreja Católica está em uma posição privilegiada para conduzir os fiéis à perfeição da vida de fé. O Papa escreve na carta "Porta Fidei":
“Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé” (Bento XVI, Carta apost. “Porta fidei”, nº 11).
3. A unção da fé
Falei do querigma como do “agudo” da catequese. Mas para produzir este agudo não basta levantar o tom da voz, se precisa mais do que isso.
“Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! [esta é, por excelência, a nota aguda!] a não ser no Espírito Santo" (1 Coríntios 12, 3). O evangelista João faz uma aplicação do tema da unção que se mostra especialmente atual neste ano da fé. Escreve:
“Vós recebestes a unção do Santo, e todos vós tendes conhecimento [...] a unção que recebestes de Jesus permanece convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme vos ensinou, permanecei nele” (1 Jo 2, 20.27).
O autor desta unção é o Espírito Santo, como deduzido do fato de que em outros lugares a função de "ensinar todas as coisas" é atribuída ao Paráclito como "Espírito de verdade" (Jo 14, 26). É, como vários Padres escrevem, uma “unção da fé”: “A unção que vem do Santo – escreve Clemente de Alexandria – se realiza na fé”; “A unção é a fé em Cristo”, diz outro escritor da mesma escola (Clemente Al. Adumbrationes in 1 Johannis (PG 9, 737B); Homélies paschales (SCh 36, p.40): textos citados por I. de la Potterie, L’unzione del cristiano con la fede, in Biblica 40, 1959, 12-69).
Em seu comentário, Agostinho faz, a este respeito, uma pergunta para o evangelista. Porque, diz ele, escreveste a tua carta, se aqueles aos quais te dirigias, já tinham recebido a unção que ensina todas as coisas e não tinham necessidade de que alguém lhes instruísse? E aqui está a sua resposta, baseada no tema do mestre interior:
"O som das nossas palavras atinge o ouvido, mas o verdadeiro mestre está dentro [...] falei a todos, mas àqueles aos quais a unção não fala, aqueles que o Espírito não ensina internamente, vão embora sem terem aprendido nada [...]. O mestre é, portanto, interior o mestre que realmente instrui; é Cristo, é a sua inspiração para ensinar". (S. Agostinho, Commento alla Prima Lettera di Giovanni 3,13 (PL 35, 2004 s), Tradução nossa).
Portanto, a instrução exterior é necessária. Os mestres são necessários. Mas as suas vozes só penetram o coração se adicionada aquela interior do Espírito. “E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem" (At 5,32). Com estas palavras, pronunciadas diante do Sinédrio, o Apóstolo Pedro não só afirma a necessidade do testemunho interior do Espírito, mas também indica qual é a condição para recebê-la: a disponibilidade para obedecer, para submeter-se à Palavra.
É a unção do Espírito que faz passar dos enunciados de fé à sua realidade. Um tema caro ao evangelista João é aquele do crer que é também conhecer: “E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco” (1 Jo 4,16). "Nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus" (Jo 6, 69). "Conhecer", neste caso, como no geral em toda a Escritura, não significa o que significa para nós hoje, ou seja, ter a ideia ou o conceito de uma coisa. Significa experimentar, entrar em relação com a coisa ou com a pessoa. (Cf. C.H. Dodd, L’interpretazione del Quarto Vangelo, Brescia, Paideia1974, pp. 195 s.). A afirmação da Virgem: "Não conheço homem", não queria dizer que não sabia o que era um homem...
Foi um caso de evidente unção da fé aquele que Pascal experimentou na noite do dia 23 de novembro de 1654 e que colocou em breves frases exclamativas em um escrito encontrado depois da morte costurado dentro de sua jaqueta:
"Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó, não dos filósofos e dos estudiosos. Certeza. Certeza. Sentimento. Alegria. Paz. Deus de Jesus Cristo [...]. Ele é encontrado somente pelo caminho do Evangelho. [...]. Alegria, alegria. Alegria, lágrimas de alegria. [...] E isso é a vida eterna, que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro e aquele que enviaste: Jesus Cristo"( B. Pascal, Memoriale, ed. Brunschvicg. Tradução nossa).
A unção da fé acontece geralmente quando, em uma palavra de Deus ou em uma afirmação de fé, cai subitamente a iluminação do Espírito Santo, acompanhada normalmente por uma forte emoção. Lembro-me que um ano, na festa de Cristo Rei, escutava na primeira leitura da Missa a profecia de Daniel sobre o Filho do Homem:
" Em imagens noturnas tive esta visão: Entre as nuvens do céu vinha alguém semelhante a um filho do homem. Chegou até perto do ancião, e foi levado à sua presença. Foi-lhe dada a soberania, a glória e a realeza. Todos os povos, nações e línguas hão de servir-lhe. Seu poder é um poder eterno, que nunca lhe será tirado e sua realeza é tal, que jamais será destruída!” (Dn 7,13-14).
Sabe-se que o Novo Testamento viu realizada a profecia de Daniel em Jesus; ele mesmo diante do sinédrio a faz própria (cf. Mt 26, 64); uma frase do texto entrou até mesmo no credo (“cuis regnum non erit finis”). Eu sabia, pelos meus estudos, tudo isso, mas naquele momento era uma outra coisa. Era como se a cena acontecesse ali, diante dos meus olhos. Sim, aquele filho do homem que avançava era ele, Jesus. Todas as dúvidas e explicações alternativas dos estudiosos, que também conhecia, pareciam-me, naquele momento, simples pretextos para não crer. Experimentava, sem saber, a unção da fé.
Em outra ocasião (acho que já compartilhei essa experiência no passado, mas que ajuda a entender) participava da Missa de Meia Noite presidida pelo Papa João Paulo II em São Pedro. Chegou a hora do canto da Kalenda, ou seja, a proclamação solene do nascimento do Salvador, presente no antigo Martirológio e reintroduzida na liturgia do Natal depois do Vaticano II:
"Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo...
Treze séculos depois da saída de Israel do Egito...
Na nonagésima quarta Olimpíada...
No ano 752 da fundação de Roma...
No quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto,
Jesus Cristo Deus eterno e Filho do Eterno Pai, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses nasceu da Virgem Maria em Belém de Judá".
Quando cheguei nessas últimas palavras senti uma repentina clareza interior, e me lembro que dizia para mim mesmo: “É verdade! Tudo isso que se canta é verdade! Não são só palavras. O eterno entra no tempo. O último evento da série rompeu a série; criou um "antes" e um "depois" irreversíveis; o cálculo do tempo que antes acontecia com relação a diferentes eventos (Olimpíada tal, reino tal), agora acontece com relação a um único evento”: antes dele, depois dele. Uma comoção súbita me atravessou toda a pessoa, enquanto podia somente dizer: “Obrigado, Santíssima Trindade, e obrigado também a vós, Santa Mãe de Deus!”.
A unção do Espírito Santo também produz um efeito, por assim dizer, "colateral" no anunciador: faz que ele experimente a alegria de proclamar Jesus e o seu Evangelho. Transforma a evangelização de tarefa e dever, numa honra e num motivo de orgulho. É a alegria que conhece bem o mensageiro que chega a uma cidade sitiada dizendo que sítio foi tirado. Ou o aralto que na antiguidade corria na frente para levar ao povo o anúncio de uma vitória decisiva obtida no campo do próprio exército. A “boa notícia”, antes mesmo de quem a recebe, faz feliz quem a traz.
A visão de Ezequiel, do rolo comido, realizou-se uma vez na história em sentido também literal e não apenas metafórico. Foi quando o livro das palavras de Deus esteve contido em uma única Palavra, o Verbo. O Pai o levou à Maria; Maria o acolheu, encheu, também fisicamente, as vísceras, e depois o deu ao mundo, o “pronunciou” dando-lhe a luz. Ela é o modelo de todo evangelizador e de todo catequista. Nos ensina a encher-nos de Jesus para dá-lo aos outros. Maria concebeu Jesus “por obra do Espírito Santo” e assim deve ser também com cada anunciador.
O Santo Padre conclui sua carta de convocação do ano da fé com uma referência à Virgem: "Confiamos, escreve, à Mãe de Deus, proclamada “beata” porque “acreditou” (Lc 1, 45), este tempo de graça" (“Porta fidei”, nº 15.). Peçamos a Ela a graça de experimentar, neste ano, muitos momentos de unção da fé. "Virgo fidelis, ora pro nobis”. Virgem fiel, rogai por nós.
[Traduzido por Thácio Siqueira]
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Como um canto, o kerygma é a nota aguda de toda catequese
Na primeira pregação do Advento, padre Cantalamessa exorta a realçar o anúncio de Cristo morto e ressuscitado pelos nossos pecados, como momento germinal da fé
Salvatore Cernuzio
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - O Ano da Fé, o 50º aniversário do Concílio Vaticano II e do Sínodo para a Nova Evangelização. Três graças que a Igreja Católica está enfrentando este ano, que são os pontos de reflexão para as pregações propostas pelo Padre Raniero Cantalamessa para o tempo do Advento.
Na primeira, o pregador da Casa Pontifícia se concentra no Ano da Fé, e portanto, no tema “tão grande como o mar" da fé. Em particular, concentrando-se na carta Porta fidei de Bento XVI, Cantalamessa aprofunda a “calorosa” exortação do Papa a "fazer do Catecismo da Igreja Católica o instrumento privilegiado para viver frutuosamente a graça deste ano."
Não é uma explicação das palavras do Papa, diz o capuchinho, mas sim um esforço para "mostrar como fazer este livro passar de instrumento mudo, como um violino caro encostado num pano de veludo, a um instrumento que soe e faça vibrar os corações".
Lembrando a visão de Ezequiel "da mão estendida segurando um rolo de papel" (Ezequiel 2,9-3,3), o padre Cantalamessa mostra que é o Papa, neste ano, "a mão que dá de volta para Igreja o Catecismo da Igreja Igreja Católica, dizendo para cada fiel: Pega este livro, coma-o, encha a barriga".
O que significa comer um livro? Significa "assimilar", como comida - diz o pregador - assim "não apenas estudá-lo, analisá-lo, memorizá-lo, mas fazê-lo carne da própria carne e sangue do próprio sangue." É necessário "transformá-lo de fé estudada em fé vivida” – acrescenta – e isso só é possível fazê-lo captando “o coração pulsante do Catecismo”, que não é “um dogma, ou uma verdade, uma doutrina ou um princípio ético, mas uma pessoa: Jesus Cristo!”.
Na primeira parte do Catecismo dedicada à fé lembra-se, de fato, o grande princípio de São Tomás de Aquino que "o ato de fé do crente não pára nas proposições, mas atinge a realidade." Esta realidade é "certamente Deus", diz o padre Raniero, "não, porém, qualquer deus, que cada um cria ao seu bel prazer, mas o Deus que se revelou em Cristo”. A reflexão de Cantalamessa se concentra portanto na distinção entre Querigma e didaquê. O primeiro, explica, “ falava sobre a obra de Deus em Cristo Jesus, o mistério pascal de morte e ressurreição”. A didaquê, pelo contrário, indicava “o ensino após a vinda da fé, a formação completa do crente."
"Estavam convencidos de que a fé, como tal, florescesse somente na presença do querigma - relata o Capuchinho -. Não era um resumo da fé ou uma parte dela, mas a semente da qual nasce todo o resto”. “Também os quatro Evangelhos foram escritos depois para explicar o querigma” acrescenta. E o mesmo Credo, no seu núcleo primitivo, colocava Cristo no centro e a sua composição humana e divina.
Como herdeiros de um processo de "desenvolvimento da doutrina cristã", conforme definido pelo beato Newman, todos nós – “em primeiro lugar os bispos, pregadores e catequistas” – somos portanto chamados a realçar o caráter “a parte” do querigma como momento “germe da fé”.
Como no canto de uma ópera lírica onde existem as notas ‘agudas’ que fazem o auditório vibrar e provocam emoções fortes, as vezes também calafrios”, o querigma “é a nota aguda de toda catequese”.
Depois dessa maravilhosa metáfora o Pe. Cantalamessa, no entanto, advertiu: “A nossa situação voltou a ser a mesma do tempo dos apóstolos: eles tinham diante de si um mundo pré-cristão para ser evangelizado, nós temos diante de nós um mundo pós-cristão para re-evangelizar”. Portanto, é preciso "voltar à sua abordagem, trazer de novo à luz" a espada do Espírito, que é o anúncio de Cristo morto pelos nossos pecados e ressuscitado pela nossa justificação”.
Evocando a imagem do querigma como "a nota aguda da catequese", o Pe. Raniero esclarece que “para produzir esta nota aguda não é suficiente o tom da voz”, mas é necessário outro elemento fundamental: “a unção”.
Autor desta "unção" é, de acordo com muitos Padres da Igreja, o Espírito Santo, o Paráclito, o Espírito da verdade, que "ensina todas as coisas." Aqueles, no entanto, "a quem o Espírito não ensina internamente – escrevia Santo Agostinho – vão embora sem terem aprendido nada”. Portanto, precisamos de mestres; mas a sua voz só penetra no coração se é acrescentada a essa voz aquela interior do Espírito”.
Em virtude desta "passamos das proposições de fé à sua realidade” afirma o religioso. Além do mais a unção da fé – acrescenta – produz “um efeito colateral” no anunciador: transforma a evangelização “de dever e tarefa, em honra e motivo de glória”. A “alegre notícia”, de fato, “antes mesmo que quem a recebe, faz feliz quem a leva”. O último pensamento é dedicado a Maria. Ela é, diz o pregador da Casa Pontifícia, "o modelo de cada evangelizador e de cada catequista", porque “ensina que primeiro devemos encher-nos de Jesus para depois dá-lo aos outros”.
(Tradução Thácio Siqueira)
Cultura e Sociedade
Natal na Praça de São Pedro
Homenagem da Região de Basilicata ao Papa Bento XVI
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de dezembro, 2012 (ZENIT.org) – O tradicional presépio de Natal, construído como todos os anos aos pés do Vaticano no belo cenário das colunas de Bernini, será doado pela Região de Basilicata.
Expressando o sentimento da comunidade Lucane de proximidade à Igreja Universal e ao seu Pastor, Basilicata presta homenagem a Sua Santidade o Papa Bento XVI doando um presépio monumental realizado pelo maestro Francesco Artese, considerado um dos mais importantes representantes das escolas da natividade.
A tradição do presépio, renovada pelo trabalho artístico de Artese, que há anos exibe em locais de prestígio o Mistério da Sagrada Família, com seus valores de simplicidade e fé, é especialmente sentida na região lucana como documentam os vários presépios permanentes presente na região.
O fascínio e a peculiaridade da obra de Artese residem em sua reinterpretação artística da paisagem das Pedras de Matera e na encenação da vida cotidiana dos camponeses. A instalação do Mestre remete - de acordo com uma nota informativa - à paisagem cultural da murgia materana, cuja morfologia do território lembra os lugares da Terra Santa.
Uma paisagem enriquecida pelo trabalho de religiosos que escolhendo viver naquele ambiente transformaram o lugar num lar de sacralidade edificando 154 igrejas rupestres, mosteiros e santuários que desde a Idade Média até o século XIX delinearam a identidade de uma ampla área agora considerada como "Patrimônio Mundial" (UNESCO).
Toda a cena da Natividade, na Praça de São Pedro, mesmo tendo a inspiração de um gênero iconográfico tradicional, é definida por elementos que imitam a arquitetura e os lugares típicos da paisagem daquela região.
O ambiente humano é aquele da antiga civilização Lucacana, a civilização das mãos, com base nos antigos artesanatos, transmitida de pai para filho, e caracterizado por uma dimensão laboriosa e frugal. As estátuas, mais de 100 peças, feitas inteiramente de barro, são cobertas com roupas de pano feitas à mão e inspirada nos trajes típicos dos camponeses.
O Presépio, cujo layout é personalizado pelos Serviços Técnicos do Estado da Cidade do Vaticano, tem aproximadamente 150 metros quadrados. O complexo da arquitetura da obra é feito inteiramente de poliestireno e coberto com uma camada de argamassa de cimento, apoiado numa estrutura de metal e madeira com dimensões de 11 por 13 metros. Desta maneira, toda a estrutura é levantada do solo de cerca de 90 cm, com uma altura que varia de 6 a 8 metros.
A iluminação foi realizada pelo cenógrafo Mario Carlo Garrambone, com objetivo particular de valorizar com a luz o trabalho de Artese, utiliza sistemas tecnológicos do âmbito cinematográfico.
(Tradução e adaptação MEM)
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Boa sorte Charlie: comédia familiar
Série apresenta dilemas enfrentados pelos adolescentes
Andréia Medrado
BELO HORIZONTE, quinta-feira, 06 de dezembro de 2012(ZENIT.org) - A série de comédia familiar "Boa sorte, Charlie!" apresenta os divertidos dilemas enfrentados pelos adolescentes Teddy e PJ Duncan e seu irmão de 10 anos, Gabe, ao serem designados como “babás” do novo bebê da família, quando sua mãe, Amy, precisa voltar ao hospital onde trabalha como enfermeira em horário noturno, e seu pai deve levar adiante o seu negócio. Agora toda a família deve se unir para tomar conta da pequena Charlotte (apelidada Charlie), e seus irmãos devem cuidar dela ao voltarem da escola, ao mesmo tempo em que atravessam a adolescência.
Em tempos nos quais ter pouco ou nenhum filho é a grande lição deixada às crianças e adolescentes, surpreende uma série da Disney caminhar na contramão. Com humor levíssimo, próprio para o público infanto-juvenil, “Boa sorte, Charlie” encanta com seu roteiro simples e mensagens diretas sobre a importância da família, amizade, perdão etc.
A série conta a história de Amy e Bob Duncan, que casaram cedo; têm três filhos adolescentes, quando Amy engravida de Charlotte. O casal é frequentemente questionado e ironizado pela quantidade de filhos a que optaram ter. Contudo, as respostas são sempre encaminhadas para: “poucos são para os fracos”.
Durante toda a temporada, a família enfrenta situações não tão comuns, mas que colocam à prova os valores fundamentais da formação humana. Em todas as ocasiões, algum valor é passado para os telespectadores. Tudo o que acontece é, depois, relatado em vídeo feito diariamente por Teddy, irmã de Charlie, a fim de que a pequena aprenda um pouco mais sobre a família na qual nasceu. Esse documentário é um diário em vídeo, e nele, Teddy, ao mencionar as aventuras familiares dos Duncan, encerra com um sonoro “Boa sorte, Charlie”.
A série é leve e corrida, não cansa nos seus vinte minutos de exibição diária, e pode, com suas tiradas geniais sobre quase todos os dramas familiares, temas politicamente corretos bem abordados por Phil Baker, criador e que assina a direção executiva da série.
Amy, a mamãe Duncan, cuida de seus filhos e mantém as rédeas curtas, deixando bem claro quem manda na casa, e não deixa de estar com eles (embora nem sempre eles queiram) em suas maiores dificuldades. Ao melhor estilo Michael Kyle, ela ensina lições aos filhos, que passam, então, a não mais reincidir no erro.
Um ano após o início da temporada, Amy engravida novamente. Alguns protestos, principalmente de Teddy, surgem para “apimentar” a relação da família. Mas o casal surpreende ao responder aos filhos que “sempre haverá espaço para mais um, e quanto mais Duncan, melhor”. Nasce, portanto, o quinto filho de Amy e Bob.
Os Duncan mostram que é possível, em meio a essa onda de mito populacional e total escassez familiar, criar um lar farto: de amor, valores e principalmente de gente!
É possível encontrar nessa família um pouco do que ainda resta de valorização da inocência e da infância. As crianças são realmente crianças; os adolescentes, tipicamente adolescentes. Com suas crises, mas permeadas, cercadas dos cuidados dos pais. Enquanto vemos “Modern Family” como novo padrão familiar, “Good Luck, Charlie” chega para desestabilizar a visão moderna, e restaurar a família em sua forma mais imponente!
Ao ler o Catecismo da Igreja Católica, é possível associar a relação do casal Duncan com os filhos -uma vez que com eles assumem o compromisso de construir uma família que viva o respeito, o perdão, a comunhão -, com aquilo que é natureza da família sonhada por Deus. Este mesmo, nos números 2203 e 2223, a este respeito nos ensina:
"Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a de sua constituição fundamental. Seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum de seus membros e da sociedade, a família implica uma diversidade de responsabilidades, de direitos e de deveres.""Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar no qual a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar 'as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais.' Dar bom exemplo aos filhos é uma grave responsabilidade para os pais. Sabendo reconhecer diante deles seus próprios defeitos, ser-lhes-á mais fácil guiá-los e corrigi-los: 'Aquele que ama o filho usará com frequência o chicote; aquele que educa seu filho terá motivo de satisfação' (Eclo 30,1-2). 'E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor' (Ef 6,4).
"A série não é um primor em atuações, mas é, de longe, uma proposta que encara a nova ordem mundial. É feita para adolescentes, como dito. E exatamente por isso, não se encaixa na tão comum alienação por nós já tão conhecida. Como acontecia nos desenhos dos anos 80, Teddy faz um balanço do dia, e dele retira uma lição. A diferença é o bom humor empregado. As risadas são garantidas. O seu filho pode assistir, e você também, caso queira rir e reviver as molecagens possivelmente vividas.
Sinopse
Original: Good Luck Charlie (2009)
Gênero: Comédia
Criador: Phil Baker
Roteirista: Drew Vaupen
Maiores informações: http://www.projecoesdefe.com
Liturgia e Vida Cristã
A oração de advento e a encarnação
Responde padre Edward McNamara, LC, professor de Teologia e diretor espiritual
ROMA, sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Um leitor Inglês apresentou a seguinte pergunta para o padre Edward McNamara:
A oração coleta da segunda-feira, na segunda semana do Advento, pede: “prepare-nos para celebrar a encarnação do Teu filho”. A encarnação é celebrada no dia 25 de março, não no dia 25 de dezembro. Há muitos outros erros deste tipo durante o Advento. O Vaticano não deveria corrigí-los? Uma pessoa que eu conheço usa esse argumento como pró-aborto, dizendo: "Também a Igreja reconhece que Cristo se fez homem apenas no Natal. Antes ele não era um homem, não era um ser humano no ventre de Maria". Está errado, mas não totalmente. - AC fornecimento, Carlisle, Inglaterra.
Padre McNamara deu a seguinte resposta: Eu hesitaria em dizer que a Igreja cometa “erros” ao propor as orações que devem ser proclamadas diante de Deus e dos fieis.
Quando certa oração nos deixa perplexos ou maravilhados, a nossa atitude deveria ser a de considerar que talvez seja errada a nossa interpretação do texto ou as nossas expectativas sobre a função das orações litúrgicas.
Do ponto de vista histórico as orações usadas durante o Advento são tiradas dos antigos manuscritos conhecidos, como o Pergaminho de Ravenna (V-VI século) e o Sacramentário Gelasiano (VII século). O seu tema constante é a vinda de Cristo, seja na encarnação (a primeira vinda) seja no final dos tempos (a segunda vinda).
Na verdade, tanto o Natal como a Anunciação celebram diferentes aspectos do mesmo mistério da Encarnação e demostram relativamente pouca precisão biológica ou cronológica.
A festa do Natal tem as suas origens na cidade de Roma e é celebrada pela primeira vez por volta do ano 330, ou seja, cerca de 15 anos depois do fim das perseguições, e, talvez, na basílica de São Pedro acabada de constuir.
Os primeiros vestígios de uma festa da Anunciação estão por volta do 624, no Egito. Após esta data, os testemunhos aumentam em diversas regiões do cristianismo. Desde o começo é celebrado o dia 25 de março por causa da convição de que o equinócio de primavera era tanto no dia da criação quanto no começo da nova criação em Cristo.
Esta data tem causado problemas em algumas igrejas, como por exemplo naquelas de rito moçárabe espanhol e de rito ambrosiano em Milão, por causa da sua estrita proibição de celebrar festas durante a Quaresma. Por este motivo optaram por celebrar a Anunciação no dia 18 de dezembro, uma tradição mantida até hoje.
Portanto, é evidente que nem o calendário litúrgico nem qualquer oração litúrgica em particular podem ser usadas no debate sobre o aborto ou sobre o momento exato do início da vida.
A intenção da liturgia não é resolver estas questões, mas glorificar e louvar a Deus pelo maravilhoso mistério do Verbo que se fez carne e "se encarnou no seio da Virgem Maria e se fez homem" (Credo Niceno-constantinopolitano ) para a nossa salvação.
(Tradução Thácio Siqueira)
Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
Assessores da juventude de todo o Brasil se encontram para discutir desafios e oportunidades da evangelização dos jovens
Mais de 300 assessores da pastoral juvenil de todo o país se reuniram em Brasília entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro
BRASÍLIA, segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Conforme anunciado pela assessoria de imprensa dos Jovens conectados, da Comissão para a Juventude da CNBB, mais de 300 assessores da pastoral juvenil de todo o país se reuniram em Brasília entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro para discutir os desafios e as oportunidades da evangelização dos jovens.
Organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também estiveram presentes no encontro o cardeal Stanislaw Rilko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL); o núncio apostólico Dom Giovanni D’Aniello; o padre Eric Jacquinet, responsável pelo Setor Juventude no PCL e integrantes do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013; entre outros convidados especiais.
Na primeira noite do encontro, os participantes discutiram a nova evangelização e suas perspectivas em três diferentes realidades: no meio universitário, nas comunicações e entre os mais fragilizados. A ideia de que o cristão deve anunciar o Evangelho, mas ainda mais do que isso, vivê-lo e dar testemunho dele com seus atos, foi a mensagem que perpassou as falas de todos os palestrantes: o fundador da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo; a Irmã Maria Eugênia Lloris Aguado, assessora do Setor Universidades da CNBB; o padre Ari Antônio dos Reis, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB; e o padre Wagner Ferreira, formador geral da Comunidade Canção Nova.
No segundo dia, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, falou sobre o Ano da Fé e explicou que a nova evangelização pressupõe confessar a fé, celebrar a fé na liturgia e testemunhar a fé, sobretudo através da caridade.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, lembrou que no próximo ano, quando será focada na Juventude, a Campanha da Fraternidade estará completando 50 anos. Ele explicou que a CF 2013 apresentará como o jovem de hoje vive a mudança de época pela qual o mundo está passando.
Jornada Mundial da Juventude
Vários integrantes do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 também participaram do encontro. Eles explicaram detalhes da preparação, falaram das expectativas e esclareceram dúvidas dos assessores da pastoral juvenil a respeito do evento. A Semana Missionária, período que antecederá a Jornada, foi explicada pelo assessor nacional da Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro, e pelo padre Jefferson Araújo, do COL.
O cardeal Rilko falou sobre os frutos que as jornadas mundiais da juventude. Segundo ele, “As jornadas têm se tornado uma força propulsora para a solicitude pastoral da Igreja em favor dos jovens. Vamos formar uma geração de operadores de pastoral que estão sabendo extrair boas inspirações para os jovens”.
Os trabalhos de evangelização da juventude depois da JMJ também estiveram no centro dos debates durante o encontro. Padre Antônio Ramos do Prado, assessor nacional da Comissão para a Juventude, comandou a reflexão sobre o tema e informou que os regionais da CNBB, além de outras instâncias, estão sendo consultados sobre a aplicação das linhas de ação propostas no Documento 85, sobre Evangelização da Juventude.
Confira a cobertura completa do evento no site www.jovensconectados.org.br .
Comunicar a fé hoje
O Papa no Twitter
Mais de 350 mil followers de @pontifex, conta oficial de Bento XVI
Salvatore Cernuzio
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 05 de dezembro de 2012(ZENIT.org) - “@pontifex_pt”. Esta é a conta oficial de Bento XVI no Twitter, uma das redes sociais mais difundidas no planeta, que conta com mais de um milhão e meio de pessoas.
O perfil do Santo Padre está pronto para conquistar a todos, considerando que, lançado oficialmente na segunda-feira(03), já conta com mais de 350.000 followers somente na língua inglesa e aumenta a cada atualização também nas outras línguas.
“@pontefix_pt” ainda não enviou nenhum tweet, o primeiro “envio” do Papa será publicado oficialmente dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe e dia da Audiência Geral, quando às 12h, Bento XVI lançará ao vivo a primeira mensagem.
Quase certo é que os primeiros 140 caracteres postados pelo Santo Padre serão extraídos das catequeses, por isso, Inicialmente, os tweets do Papa serão publicados sempre na Audiência Geral de quarta-feira. É possível que posteriormente sejam enviados com mais frequência.
Atualmente os tweets do perfil @pontefix são respostas do Papa às perguntas enviadas por usuários de todo o mundo sobre questões relativas a vida de fé. As perguntas podem ser enviadas até o dia 12 de dezembro para #askpontifex.
Os tweetes serão publicados em inglês e outras 7 línguas: italiano, espanhol, francês, alemão, polonês, árabe e português. Outras serão acrescentadas em breve. A conta oficial é «@pontifex» e para cada língua muda o sufixo final com a sigla do país (por exemplo, para o português: @pontifex_pt, para espanhol: @pontefix_es).
A iniciativa foi apresentada segunda-feira na Sala de Imprensa do Vaticano por Monsenhor Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para a Comunicação Social, e Greg Burke, Media Advisor da Secretaria de Estado; apoiados pelo mons. Paul Tighe, secretário do Dicastério e Giovanni Maria Vian, diretor do Osservatore Romano.
A presença de Bento XVI no Twitter – destacou Mons. Celli – demonstra “o forte desejo de um Papa, aparentemente não muito “de mídia”, de dialogar com o homem e a mulher de hoje, e encontrá-los onde eles estiverem”. Esta iniciativa é “uma expressão concreta de sua convicção de que a Igreja deve estar presente no mundo digital”.
Em várias mensagens pelas Jornadas Mundiais das Comunicações Sociais, Bento XVI fala da necessidade de evangelizar o “continente digital”. Isto agora ficou mais evidente, disse Celli, afirmando quase profeticamente: "Na essência das breves mensagens, muitas vezes, não maior do que um versículo da Bíblia, pensamentos profundos podem ser expressos se cada um cultivar a própria interioridade".
Os 140 caracteres publicados por @pontifex não será um limite, mas sim "faíscas de verdade" para todos os seus followers. Afinal, disse o bispo, bastam "apenas algumas palavras para dar novo sentido à vida de uma pessoa”.
A presença do Papa no Twitter mais do que uma novidade, pode ser considerado o resultado de um processo de cooperação entre a Igreja e as novas tecnologias, como citado pelo Papa Paulo VI em 1975 quando declarou: "A Igreja se sentiria culpada se não utilizasse o que a tecnologia moderna coloca em suas mãos para anunciar o Evangelho”.
Sobre a questão do envolvimento pessoal do Papa, os relatores informaram que o pontífice "será informado sobre as escolhas das frases" e que “vai escrever seus discursos levando isto em consideração”.
De qualquer maneira, disse Gregor Burke, "todos os tweets do Papa serão palavras do Papa e ele não terá following, acrescentou o Media advisor.
Quando perguntado sobre por que o Twitter em vez de Facebook, Burke disse que "é mais fácil de gerenciar e permite transmitir rapidamente e com facilidade a mensagem”.
As curtas mensagens do Papa devem suscitar questões em pessoas de diferentes países, línguas e culturas. Este é um "desafio" para a Igreja de hoje: estabelecer uma presença ramificada, que possa efetivamente competir com os debates transmitidos pelas redes sociais, que requer réplicas diretas e pessoais.
Por esta razão, concluíram os porta-vozes, foi decidido lançar a conta Twitter do Papa em formato de perguntas e respostas, como um sinal da "importância que a Igreja atribui à escuta e ao diálogo respeitoso com o homem de hoje e a sua verdade”.
Enquanto isso, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, anunciou outras mudanças na estrutura de comunicação da Santa Sé. Primeiro, o portal News.va, que aumentou o número de línguas e criou "microsites" com eventos do Papa e que, a partir da próxima semana, terá um app para iPhone, como a Rádio Vaticano, que tem o aplicativo para Android .
A presença no YouTube é enriquecida com novos canais em polonês, francês e chinês, e no final do Ano da Fé será lançado um e-book em 6 volumes, um dedicado ao Magistério do Papa e outras atividades da Igreja nos cinco continentes.
(Tradução e adaptação MEM)
Brasil
Dom Filipe assume o Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Dom Filipe da Silva, 50 anos, é o novo abade da Abadia de Nossa Senhora do Monserrate do Rio de Janeiro (Mosteiro de São Bento), informou à ZENIT a assessoria de imprensa da arquidiocese.
Presidida pelo abade-presidente da Congregação Beneditina do Brasil, de Salvador (BA), Dom Emanuel d’Able do Amaral, a celebração de entronização foi realizada na manhã de sábado, 1º de dezembro, na Igreja abacial do Mosteiro de São Bento.
Entre os presentes, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e o então prior administrador, Dom Henrique de Gouvêa Coelho, que governou o Mosteiro desde a sua vacância, em 7 de agosto de 2010.
Fez parte do rito de posse, o beijo no crucifixo, a profissão de fé, o juramento de fidelidade e o recebimento da mitra e do báculo. Ainda, a leitura do decreto de nomeação, como 87º na sucessão abacial, assinado em 3 de novembro, pelo cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, com sede no Vaticano.
Perfil
Nos últimos seis anos, desde o dia 22 de agosto de 2006, Dom Filipe exercia o oficio de abade do Mosteiro de São Bento, em Olinda, no Estado de Pernambuco, além de ser o primeiro assistente do abade presidente da Congregação Beneditina do Brasil.
Nascidoem Rio Largo, Alagoas, a 5 de junho de 1962, foi batizado com o nome de José Cláudio da Silva. Técnico em agropecuária e formadoem Ciências Sócias, ingressou em 1988 como postulante no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, emitindo os primeiros votos em 8 de dezembro de 1990.
Depois de formar-se em filosofia e teologia pela Escola Teológica da Congregação Beneditina do Brasil, foi ordenado sacerdote por Dom Clemente Isnard, bispo emérito de Nova Friburgo (RJ), no dia 27 de dezembro de 1997.
No Mosteiro do Rio de Janeiro, onde ingressou e viveu boa parte de sua vida monástica, Dom Filipe desempenhou diversas funções, como vice-mestre de noviços, capelão e professor do Colégio e da Faculdade de São Bento, hospedeiro, mestre dos professores trienais e, notadamente a de subprior (de fevereiro do ano 2000 até sua eleição como abade).
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Dom Orani recebe medalha no Tribunal Regional do Trabalho
A insígnia, instituída em 2004, tem por finalidade agraciar cidadãos que tenham se destacado por suas atividades em prol da Justiça do Trabalho ou prestado relevantes serviços à cultura jurídica.
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Segundo informou à ZENIT a assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, neste domingo (2), o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT/RJ) concedeu, na tarde de sexta-feira, 30 de novembro, a medalha da Ordem do Mérito Judiciário a 70 personalidades entre autoridades, magistrados, advogados, empresários e profissionais de diversas áreas.
A insígnia, instituída em 2004, tem por finalidade agraciar cidadãos que tenham se destacado por suas atividades em prol da Justiça do Trabalho ou prestado relevantes serviços à cultura jurídica.
Representando a sociedade civil, estava o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que recebeu a medalha Grã-Cruz das mãos da presidente do Tribunal (TRT/RJ), desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry.
Entre os agraciados, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, o deputado federal Alessandro Molon, e os ministros do Tribunal Superior do Trabalho Renato de Lacerda Paiva e Kátia Magalhães Arruda.
“Todas as pessoas que estão recebendo a medalha hoje prestaram serviços à Justiça do Trabalho, cidadãos cujos nomes são referência em cada um dos seus setores – servidores, advogados, juízes, ministros e outras personalidades que representam a qualidade do Poder Judiciário. Todos eles estão muito emocionados, sabem o valor da medalha e porque estão sendo homenageados” afirmou a desembargadora Maria de Lourdes.
A medalha concedida pela Ordem do Mérito Judiciário é constituída de quatro graus: Grão Colar; Grã-Cruz; Grande–oficial e Comendador. A medalha de Grã-Cruz é concedida ao vice-presidente da República, presidente do Senado Federal, presidente da Câmara dos Deputados, ministros e secretário de Estado, deputados federais e outras hierarquias equivalentes.
A partir de agora, todos eles passam a integrar o quadro da Ordem do Mérito Judiciário, reunindo-se a outros que, anteriormente, obtiveram o reconhecimento pelo trabalho realizado, em diferentes áreas de atuação, que contribuiu para o fortalecimento do Poder Judiciário Trabalhista fluminense e sua mais missão – solucionar conflitos decorrentes das relações de trabalho – que, em última instância, significa proporcionar a concretização da cidadania.
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Missão Thalita Kum 2012
Grande missão evangelizadora na arquidiocese de São Paulo
Por Thácio Siqueira
BRASÍLIA, quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Dos dias 9 ao 16 de Dezembro de 2012, nas ruas do centro de São Paulo, nos presídios e nos hospitais da capital, acontecerá a 12ª edição da Missão Thalita Kum. O evento é organizado pela comunidade Aliança de Misericórdia e nesse ano o tema escolhido é: “Natal feliz é Natal com fé”.
O evento, que desde 2007 é realizado em parceria com o SEJUSP (Setor da Juventude da Arquidiocese de São Paulo), torna-se em 2012 um projeto de comunhão de diversas Novas Comunidades e Movimentos presentes na cidade: Shalom, Canção Nova, Betel Santa Mãe de Deus, Olhar Divino, Totus Mariae, Magnificat, Cenáculo de Amor, Voz dos Pobres, Aliança de Cristo Rei, Mensagem de Paz, Instrumento de Deus, Missão Belém, Divina Misericórdia, dentre outras.
Trata-se de uma Evangelização Católica, aberta a todo tipo de público, especialmente os moradores de Rua.
Na programação se contempla encontros de Cura e Libertação com os padres João Henrique e Antonello, formação de evangelizadores para os participantes do evento e mobilização na Av. Paulista, evangelizações nas ruas, ônibus, hospitais, praças, cortiços, presídios e fundação CASA; apresentação do musical “Canto das Írias” da comunidade Shalom; shows de música católica; circo da Misericórdia, Coral e banda da GCM; cristoteca com DJs, os Ministérios Aliança de Misericórdia e Banda Arkanjos; almoço para a população de rua; e Dom Odilo Pedro Sherer encerrará com a Santa Missa às 15hs no dia 16 de dezembro.
Segundo informou à ZENIT a assessoria de imprensa do evento “De acordo com Pe. João Henrique, que junto com o Pe. Antonello Caddeddu, é um dos responsáveis pelo Movimento Aliança de Misericórdia, a Missão é realizada na época do Natal para ajudar as pessoas a voltarem seu olhar ao autêntico sentido desta festa e também para proporcionar momentos de promoção social e maior dignidade à população de rua do centro da cidade”.
Contato para mais informações:
Comunidade Aliança de Misericórdia - Assessoria de Imprensa
Telefone: (11) 3257-8805 / 98183-2444
assessoria@misericordia.com.br – a/c Paula Leme
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A capital e a PUC
É tempo de festejar o aniversário de Belo Horizonte e de um grande patrimônio do ensino: a PUC Minas
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 07 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Memorável data, o dia 12 de dezembro deve ser celebrado intensamente. É tempo de festejar o aniversário de Belo Horizonte e de um grande patrimônio do ensino: a PUC Minas. A nova capital dos mineiros foi inaugurada em 1897. Já em 1958, foi instituída a Universidade Católica de Minas Gerais. A cidade e a universidade compartilham um mesmo selo: os valores da fé cristã católica.
A nova capital, cidade planejada, vocacionada ao contemporâneo, foi inaugurada três meses depois da reconstrução da Capela do Rosário, demolida e reconstruída na confluência das ruas Tamoios e São Paulo, de frente para a Avenida Amazonas. Um fato que guarda a relevância da associação da nova capital à lógica da valorização das raízes na religiosidade. Na verdade, uma tradição das Minas Gerais nos seus trezentos anos de história. Uma religiosidade que não se esgota em ritos, promessas ou palavreados. É fonte inesgotável de referência para alimentar, sustentar e produzir parâmetros críticos de avaliação e de produção das novas respostas.
Entre essas respostas, aquelas que são devidas aos mais pobres e aos cidadãos comuns, contracenando com a audácia de ser um lugar contemporâneo, no solo esplêndido e na história altaneira deste Estado diamante. Uma capital à sua altura, desafiada a não se acomodar, que congrega uma civilização referência, marcada pelo amor e pela justiça. Uma “capital-coração” de uma importante região metropolitana, com o desafio de ser política, cultural e socialmente o epicentro da articulação da mineiridade, com suas ricas tradições. Minas são muitas e nesta cidade elas se amalgamam como unidade, sem perder as particularidades e riquezas de cada uma.
Ao completar 115 anos, Belo Horizonte reúne os traços de uma sabedoria centenária e a jovialidade de debutante. Uma metáfora que deve remeter ao mais profundo sentido das raízes, em tesouros de grande tradição, assim como ao tempo sempre novo que é chamada a viver, com respostas cidadãs e inteligentes, na sua infraestrutura, nas relações e diálogos na praça dos diferentes, povoada por sua gente. Um aniversário de maturidade que a cidade guarda no seu coração em projetos grandes, providências urgentes, respostas novas para fazer desta capital um lugar de referência para se viver, conviver e trabalhar. Um lugar para exercícios inteligentes e audaciosos de administração, cidadania e diálogos, sua moldura é feita pela beleza singular das montanhas, brindando seu burburinho com o silêncio e a aragem que só as serras têm. Uma capital rodeada pela Serra do Curral, a Serra do Cipó, a Serra da Piedade, com vocação turística e potencial cultural inesgotável. Esta cidade merece, por parte de seus moradores e dos mineiros todos, ser pensada, amada e construída por cidadania lúcida, capaz de ver o dom de Deus que está neste Belo Horizonte.
É no coração desta cidade-dom que nasceu a PUC Minas, também iluminada pelo selo de religiosidade. Uma instituição internacionalmente reconhecida, com uma importante história de serviço à educação, à ciência, ao ensino, à arte e à cultura. Os protagonistas dessa história, desde os mais tenros anos, foram e são gigantes merecedores de reverência, pela condução, crescimento e consolidação de uma grande Universidade. O berço desta criação não é um simples projeto de escola, pautado pela lógica mercantilista. A base que sustenta e inspira o crescimento da PUC Minas é o compromisso cristão, manifesto nos documentos da Igreja Católica. Esses documentos definem a Universidade Católica como “uma comunidade acadêmica que, inspirada na mensagem e pessoa de Jesus Cristo e fiel à Igreja, se dedica, de modo refletido, sistemático e crítico, ao ensino, à pesquisa e extensão, nos variados ramos do conhecimento, e se consagra à evangelização e formação integral dos seus membros – alunos, professores e funcionários - bem como ao serviço qualificado do povo, contribuindo para o aumento da cultura, a afirmação ética da solidariedade, a promoção da dignidade transcendente da pessoa, e ajudando a Igreja em seu anúncio salvífico e serviço ao Reino de Deus”.
Nesta cidade-capital, e em outros municípios das Gerais, com a missão de ajudar na configuração de um tecido social, político e cultural, continua a PUC Minas a escrever suas páginas. Sua história suscita reverências e admiração. Participam desse horizonte, os professores, os pesquisadores, os membros do corpo técnico, os funcionários. Todos eles, desde o começo, comprometidos com a excelência que faz da PUC Minas a maior universidade católica do mundo e a melhor universidade privada do Brasil. Desafio permanente é continuar neste caminho, trilhado de modo competente pela Diretoria nos últimos cinco anos, na lucidez inteligente e nobreza de princípios da Reitoria, consolidando esta importante academia nos caminhos que lhe garantem nunca desviar do seu destino próprio. Que todos, de modo especial no dia 12 de dezembro, peçam a Deus para que continue iluminando Belo Horizonte e a PUC Minas, patrimônios do nosso Brasil.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
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Arquidiocese de Brasília tem agora Faculdade de Teologia
As inscrições para o processo seletivo estão abertas até o dia 7 de dezembro de 2012.
Por T.S
BRASÍLIA, terça-feira, 4 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) – No começo do Ano da Fé a Arquidiocese de Brasília recebeu a aprovação do Ministério da Educação para o seu projeto da FATEO - Faculdade de Teologia da arquidiocese de Brasília.
Em solenidade realizada no 17 de abril de 2008, foi criada a Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília (FATEO), por Dom João Braz de Aviz, então Arcebispo de Brasília e, atualmente, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica,na Santa Sé.
Agora, porém, no dia 23 de outubro de 2012, o Ministério da Educação aprovou o Credenciamento da Faculdade de Teologia – FATEO – conforme portaria nº 1.296 publicada no DOU de 24 de outubro de 2012 e autorizou o funcionamento do Curso de Teologia, bacharelado, Portaria nº 253 da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, de 9 de novembro de 2012, publicada no DOU de 12 do mesmo mês e ano.
O projeto da FATEO alcançou, na avaliação do MEC, o conceito 4, numa escala de 1 a 5. Começa-se assim, uma instituição de ensino superior de orientação católica, que espera poder atender a formação dos leigos e religiosos não só da cidade de Brasília, mas também de toda a região do Centro Oeste do País.
A nova Instituição funcionará a partir do 1º semestre de 2013. As inscrições para o processo seletivo estão abertas até o dia 7 de dezembro de 2012.
Clique aqui e leia entrevista que ZENIT realizou com a coordenação do então Curso Superior de Teologia no mês de maio desse ano.
Para mais informações:
Fone: (61) 3345-0102 ou (61) 3245-6491
E-mail: mitracst@gmail.com
Observatório Jurídico
O caráter confessional das universidades católicas
Numa universidade confessional católica, não se abdica da ciência. Muito pelo contrário. Princípio caro à Igreja é que a fé e a razão não estão contrapostas.
Por Edson Sampel*
SÃO PAULO, quinta-feira, 06 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Numa universidade católica, por definição aberta a todo o mundo, ou seja, aos católicos, aos acatólicos e aos que não professam nenhum credo religioso, não pode haver rancor, ufanismo, orgulho, gueto ou fechamento de ideias. Devem sempre coexistir a afabilidade, o amor, a concórdia, a capacidade de compreender o outro e, precipuamente, a liberdade de pensamento.
O caráter confessional da instituição católica implica um compromisso e uma missão da parte dos professores: inculcar os valores do evangelho através da mediação sociológica da universidade. Isto quer dizer um diálogo honesto e corajoso entre fé e razão, que permeie os variegados setores do saber científico. Para tanto, é mister que haja docentes não só bem preparados do ponto de vista do manejo da riquíssima doutrina católica, mas espiritualmente convictos das verdades que a Igreja ensina. Outrossim, frise-se que todos quantos exerçam cargos representativos têm o dever de respeitar a identidade da instituição.
Como se dá na faina pedagógica essa saudável permuta entre o catolicismo e a ciência? Demos um exemplo. É simples. Na faculdade de direito, ao se lecionar o tema da propriedade privada, ilumina-se a aula com os incrementos da doutrina social católica, com sua teoria da função social da propriedade, historicamente desenvolvida pela Igreja. É nesse nível que a dinâmica confessional atua! A Igreja, perita em humanidades (Populorum Progressio, 13), tem sempre uma palavra a dizer. Demais, é sabido que a própria universidade, surgida na idade média, é uma criação da Igreja católica, como no-lo recordou recentemente o prof. Ives Gandra, em brilhante palestra proferida na XI Semana de Direito Canônico da Arquidiocese de São Paulo.
Certa vez, disseram-me que o que caracteriza a universidade católica é o respeito à dignidade humana. Não é verdade. Enaltecer e fomentar a dignidade humana é obrigação de todas as pessoas e de todas as instituições que existem na face da terra. Vejamos o que reza o artigo 5.º das Diretrizes e Normas para as Universidades Católicas no Brasil (Doc. 64; CNBB): “Missão da universidade católica é servir à humanidade e à Igreja: garantindo, de forma permanente e institucional, a presença da mensagem de Cristo, luz dos povos, centro e fim da criação, no mundo científico e cultural (...).” Demais, preceitua a constituição apostólica Ex Corde Ecclesiae, a lei canônica que disciplina as universidades católicas, que uma das características essenciais desse jaez de instituição de ensino consiste na “fidelidade à mensagem cristã tal como é apresentada pela Igreja” (13, 3).
Numa universidade confessional católica, não se abdica da ciência. Muito pelo contrário. Princípio caro à Igreja é que a fé e a razão não estão contrapostas. Destarte, escreveu o bem-aventurado João Paulo II no preâmbulo de sua inolvidável encíclica Fides et Ratio: “A fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade.”
A confessionalidade não pode se restringir às aulas de Introdução à Teologia, geralmente ministradas nas universidades católicas. Com efeito, essa disciplina é o mínimo que a legislação canônica exige. De fato, a genuína veia confessional da universidade católica tem de se manifestar o tempo inteiro, em todas as cadeiras universitárias, num respeitoso debate acadêmico entre a ciência e a fé. Toda universidade de inspiração autenticamente cristã é uma dádiva à sociedade, pois não forma apenas profissionais, mas humanistas.
Edson Luiz Sampel é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano. Professor do Instituto Teológico Pio XI (Unisal) e da Escola Dominicana de Teologia (EDT). Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC) e da União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp).
Familia e Vida
Um prêmio para todas as mães da Europa
Movimento italiano pela Vida entrega Prêmio Europeu Teresa de Calcutá
Antonio Gaspari
ROMA, quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Chiara Corbella, Sabrina Paluzzi e mamma Irene de Nomadelfia serão as três mães homenageadas em Roma nesta segunda-feira, dia 10, pela iniciativa patrocinada e organizada pelo Movimento italiano pela Vida.
O Prêmio Europeu pela Vida “Madre Teresa de Calcutá” é concedido idealmente a todas as mães da Europa, porque, com seu amor, acolhimento e coragem, elas continuam acreditando, protegendo e perpetuando a vida.
O reconhecimento acontece no aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 de dezembro de 1948), já que o direito do feto a nascer é o primeiro dos direitos humanos. A lei é a força dos fracos: as civilizações são medidas de acordo com a sua forma de se relacionar com os fracos e com os pobres. O Movimento italiano pela Vida criou o prêmio, precisamente, para recordar perante o mundo os mais frágeis dentre os seres humanos.
É um evento de caráter europeu para que a União Europeia renove o seu compromisso com a defesa da vida e dos direitos humanos no mundo. Traz o nome da Madre Teresa de Calcutá porque ela foi uma mulher europeia que se tornou cidadã do mundo, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, presidente honorária de todos os movimentos pró-vida, mulher que acolheu e defendeu os mais pobres do mundo, a começar pelas crianças ainda não nascidas.
Em edições anteriores, o prêmio foi atribuído à memória de Jerôme Lejeune, fundador da genética moderna (2008); ao ator Eduardo Verástegui, produtor do filme Bella (2009); ao cardeal Elio Sgreccia, fundador da bioética personalista na Itália (2010); e à memória de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares (2011).
Na edição 2012, o prêmio será atribuído a Chiara Corbella, a mamma Irene e à associação Quercia Millenaria, presidida por Sabrina Paluzzi, por terem testemunhado de maneira heroica a coragem materna.
A entrega do prêmio acontece em conjunto com a iniciativa europeia Um de nós, a fim de ressaltar o reconhecimento ao direito à vida desde a concepção. Estarão presentes no evento os representantes dos movimentos pró-vida de vários países europeus.
A programação prevê, após os cumprimentos do prefeito de Roma, Gianni Alemanno, uma mesa redonda moderada por Marco Tarquinio, diretor do periódico Avvenire, com Roberto Colombo, UCSC, diretor do Centro de Estudos de Doenças Raras Hereditárias, de Milão; Giuseppe Noia, ginecologista e vice-presidente da associação Quercia Millenaria; e Carlo Casini, presidente na Itália do Movimento pela Vida e da Comissão de Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu.
Após a mesa redonda, Enrico Petrillo dará um depoimento sobre a maternidade heroica de Chiara Corbella, sua esposa falecida em junho passado, poucas semanas depois de dar à luz o pequeno Francesco, o filho que ela não quis abortar. Ao meio-dia, o prêmio em homenagem a todas as mães da Europa será entregue in memoriam a Chiara Corbella (representada pelo marido Enrico), à Quercia Millenaria (pelas mãos da presidente, Sabrina Pietrangeli Paluzzi) e a mamma Irene de Nomadelfia.
A entrega dos prêmios será feita pelo ministro italiano Andrea Riccardi. O evento terá entrada gratuita.
(Trad.ZENIT)
Mundo
Entregue ao papa Ratzinger o primeiro volume das suas obras completas em espanhol
Editada pela Biblioteca de Autores Cristãos, a coletânea terá 16 volumes
ROMA, sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - O cardeal Antonio Maria Rouco Varela, presidente da Conferência Episcopal Espanhola, da qual depende a Biblioteca de Autores Cristãos (BAC), entregou a Bento XVI o primeira exemplar da coletânea das obras completas do pontífice.
O volume 1 das “Obras Completas de Joseph Ratzinger” em espanhol foi entregue ao papa pelo cardeal na companhia de Carlos Granados, diretor da BAC.
A editora foi fundada por um dos mais renomados membros da Asociación Nacional de Propagandistas (ACNdeP) da Espanha, Máximo Cuervo Radigales, cuja biografia, bastante completa, foi recentemente publicada pelo jornalista e pesquisador Manuel Gutiérrez Navas.
Com este grandioso projeto, a BAC retoma o seu objetivo inicial de pôr à disposição do público, em especial dos seminários, as grandes obras do pensamento cristão. Depois de um período difícil, em que esteve ligada a outros meios de comunicação, a BAC passou às mãos da Conferência Episcopal Espanhola. O primeiro volume lançado, por decisão do próprio papa, foi o número XI da Teologia da Liturgia.
As “Obras Completas” de Joseph Ratzinger serão publicadas em 16 volumes ao longo de seis anos. Cada volume terá em torno de 500 a 700 páginas. A previsão da editora é publicar três volumes por ano, a partir de novembro de 2012.
As “Obras Completas” foram apresentadas no dia 3 de dezembro na Biblioteca Nacional da Espanha, em ato que contou com a presença do cardeal Rouco Varela, do padre Granados, do teólogo Olegário González de Cardedal, de jornalistas e de Ana Bustelo, da editora Planeta, que lançou na Espanha o último livro de Bento XVI, “A infância de Jesus”.
(Trad.ZENIT)
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Assis: até fogos de artifício vão celebrar a Imaculada Conceição
Missa, exposição internacional de presépios e concerto Anúncio Angélico
Sergio Mora
ASSIS, sexta-feira, 7 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Neste sábado, 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição de Maria, os frades menores de Assis, na Itália, festejarão na Porciúncula uma das data mais importantes para a ordem juntamente com os peregrinos que chegaram de vários lugares do mundo. Estão programados diversos eventos associados aos festejos em honra da Virgem Puríssima.
A Porciúncula é a pequena capela que se encontra dentro da hoje basílica de Santa Maria dos Anjos, a poucos quilômetros do mosteiro franciscano de Assis. Foi lá que São Francisco ouviu o chamado à vida de pobreza e passou a morar depois de restaurar a igreja de São Damião.
São Boaventura nos conta que Francisco “amou esse lugar mais do que todos os outros do mundo” e por isso “recomendou-o para os frades como o mais querido pela Virgem Maria”. Boaventura ressaltou particularmente que Francisco escolheu a Porciúncula precisamente por causa da especial devoção que tinha por Maria: “Na igreja da Virgem Mãe de Deus, vivia o seu servo Francisco”.
A programação deste ano prevê a abertura da jornada com a missa celebrada pelo cardeal Domenico Calcagno, presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica.
A tarde começa com um concerto em honra da Virgem dos Anjos, intitulado “Anúncio Angélico”, com o frei e tenor Alessandro Brustenghi e o coral infantil Octava Aurea, de Perugia.
Logo depois, será aberta a grande mostra internacional de presépios, que todos os anos traz novidades. O destaque desta edição é um belíssimo presépio trazido da região italiana do Friuli-Venezia Giulia.
A noite deverá terminar com “A Sinfonia do Fogo”, show pirotécnico organizado pela Confraria da Imaculada.
(Trad.ZENIT)
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A solenidade da Imaculada Conceição em Assis
Concerto e Exposição Internacional de Presépios celebra a festa nacional italiana de 8 de dezembro
ROMA, quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) – São Boaventura de Bagnoregio nos conta que, depois de restaurar a igreja de São Damião, Francisco de Assis fixou a sua morada na Porciúncula. O poverello "amou esse lugar mais do que qualquer outro no mundo. [...] Este local, no momento da morte, ele pediu que os frades cuidassem como o mais querido de Nossa Senhora". São Boaventura ressaltou particularmente que a principal razão da escolha da Porciúncula por Francisco era a sua devoção especial a Maria: “na igreja da Virgem Maria, Mãe de Deus, vivia o seu servo Francisco”.
Os discípulos do pobrezinho de Assis ficaram marcados pela devoção de Francisco a tal ponto que, em 1645, o Capítulo Geral dos Frades Menores declarou a Imaculada Virgem Maria como sua padroeira.
Esta é uma das muitas razões históricas de as igrejas franciscanas darem destaque especial à Imaculada Conceição. Neste sábado, 8 de dezembro, os frades menores de Assis, juntamente com todos os peregrinos reunidos na Porciúncula, viverão a data intensamente, mais uma vez, com muitas festas e eventos agendados. Os mais significativos:
- 11h30: Missa solene, presidida pelo cardeal Domenico Calcagno, presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica.
- 15h00: Concerto em honra da Virgem dos Anjos, intitulado Annunzio Angelico, com o tenor frei Alessandro Brustenghi e o coral de crianças Octava Aurea, de Perugia.
- 16h30: Abertura da Grande Exposição Internacional de Presépios, tradicional e sempre renovada. Destaque neste ano para as obras procedentes da região italiana de Friuli-Venezia Giulia e para o presépio feito pelo artista Umberto Palumbo na Capela da Basílica de Santo Antônio.
- 19.30: Espetáculo pirotécnico Sinfonia de Fogo, organizado pela Confraria da Imaculada Conceição.
(Trad.ZENIT)
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Advento Pop Up
Projeto foi lançado neste domingo, 2 de dezembro
PÁDUA, segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Acontece novamente neste ano o projeto Advento Pop Up, da diocese italiana de Pádua. O público-alvo principal são os adolescentes e jovens.
O Advento Pop Up é um incentivo eletrônico de preparação para o Natal, que aborda os temas litúrgicos das quatro semanas do advento combinando-os com a música rock. Nesta segunda edição do projeto, foram escolhidos trechos de músicas do álbum mais recente da banda The Sun, intitulado Luce: as letras contêm muitas referências a temas cristãos, como o perdão e a ressurreição do corpo. O material está disponível no endereço www.diweb.it/index.php/advento-ups, para download gratuito. É obrigatório, porém, cadastrar-se no site.
O projeto contou com análise teológica específica e vem acompanhado de quatro vídeos no Youtube, em que Francesco Lorenzi, vocalista do The Sun, comenta a gênese e o significado das quatro obras selecionadas para o advento 2012.
É possível também receber uma mensagem diária (em italiano) através da conta @AvventoPopup no Twitter (https://twitter.com/AvventoPopup).
(Trad.ZENIT)
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Morre Inácio IV, chefe da Igreja greco-ortodoxa da Síria
Bento XVI reza pelo patriarca, que morreu aos 92 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral
BEIRUTE, quinta-feira, 6 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Morreu ontem, 5 de dezembro, em Beirute, o chefe da Igreja greco-ortodoxa da Síria, Inácio IV Hazim, patriarca de Antioquia e todo o Oriente.
Conforme relato da Rádio Vaticano, o patriarca morreu aos 92 anos de idade, após ter sofrido um derrame cerebral na véspera. Bento XVI, ao ser informado do falecimento, recolheu-se em oração.
Com a saúde já deteriorada havia um longo tempo, Inácio IV tinha lançado nos últimos meses inúmeros apelos pela paz na Síria e, em conjunto com os bispos católicos e líderes religiosos muçulmanos, estava intensamente comprometido com a reconciliação no país.
Nascido em 4 de abril de 1920 em Muharda, perto de Hama, na Síria, ele se mudou para Beirute em 1936. Formou-se em 1945 na Universidade Americana e estudou teologia no Instituto Teológico de São Sérgio, em Paris. Foi ordenado sacerdote no Líbano, onde mais tarde fundou o Movimento da Juventude Ortodoxa. Em 1961, foi nomeado bispo de Palmira e vigário patriarcal; em 1970, metropolita de Latakia; finalmente, em 1979, tornou-se o primaz da Igreja de Antioquia.
Inácio IV publicou grande quantidade de livros e artigos de teologia, que lhe valeram o doutorado honoris causa pela Sorbonne, em Paris, e pela Universidade de Minsk, na Bielorrússia.
(Trad.ZENIT)
Espiritualidade
O sexto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus (parte II)
Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti
Pe. Reginaldo Manzotti
CURITIBA, terça-feira, 4 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - Dando continuidade ao sexto Mandamento da Lei de Deus, “não cometerás adultério” (Êxodo 20, 14), lembremos que este enfatiza também a pureza, ou seja, a vida em castidade. A luxúria, um dos Sete Pecados Capitais, é uma das ofensas a esta Lei. Falo do desejo desregrado do prazer venéreo, ou seja, quando o prazer sexual é pelo próprio e único sentido do prazer, sem qualquer outra finalidade.
A castidade também é ofendida através da pornografia, sejam nos filmes ou no meretrício. Significa e consiste em retirar os atos sexuais e exibi-los de maneira deliberada. É um erro, porque desfigura o ato conjugal, o momento de doação, de entrega e fere a dignidade da pessoa.
Lembremos que Cristo condena o adultério, assim como os profetas. O adultério é uma injustiça, uma falta grave com os compromissos e fere o sinal da aliança, que é o vinculo do matrimônio.
O adúltero lesa, fere e denigre a imagem do cônjuge. Quando uma mulher trai, ela fere a dignidade do marido. Da mesma forma, quando o esposo trai, ele desfigura a esposa. São atitudes irreparáveis, porque prejudicam e quebram a aliança. É uma violência que se comete entre duas pessoas que se supunham “ser uma só carne”.
O adultério tem uma consequência gravíssima na vida pessoal, porque ela se divide. Divide seu coração, seu afeto e quase sempre um coração dividido no amor, divide no trabalho, nas relações e acaba em nada.
O adultério machuca profundamente os filhos e destrói a base da confiança familiar. Há quem diga: o que os olhos não veem o coração não sente. Sente! Sente quem foi traído e o que é pior: marca com uma “cicatriz” para sempre no coração dos filhos.
Nos dias de hoje, com os divórcios permitidos pela sociedade, mesmo não sendo o ideal da vida de um casal, o que percebo é que existem dois erros. O primeiro é achar que estando no segundo matrimônio, o casal já estaria excomungado e exposto ao inferno. Sendo assim, levam do jeito que der, mesmo pelo fato de não poderem confessar e comungar, ou seja, se der certo está bom, se não der, tudo bem.
Lembremos que as pessoas que não tiveram felicidade no primeiro casamento, não se encontrarão no segundo, no terceiro, no quarto ou no quinto se levarem uma vida sem seriedade e, infelizmente, tenho visto isto com muita frequência.
O segundo pensamento: tudo é permitido, tudo está certo, ou seja, a misericórdia de Deus cobre tudo. Tanto um como outro são equivocados. Duas visões que são erradas. Se não deu certo no primeiro, se esforce no segundo. Lembrem-se: fidelidade e respeito sempre. Caso contrário, passarão uma vida inteira sem se encontrar na vida afetiva e emocional.
Por isso, falo também para aqueles que estão no segundo casamento: procurem ter uma vida na presença de Deus. Não se afaste da presença de Deus. Lembremos que a reta conduta e a caridade cobrem uma multidão de pecados.
Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – obra que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos por milhares de emissoras do país e exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br.
Para ler as catequeses anteriores:
Primeira catequese: http://www.zenit.org/article-30044?l=portuguese
Segunda catequese: http://www.zenit.org/article-30528?l=portuguese
Terceira catequese: http://www.zenit.org/article-30727?l=portuguese
Quarta catequese: http://www.zenit.org/article-30972?l=portuguese
Quinta catequese: http://www.zenit.org/article-31827?l=portuguese
Sexta catequese (parte I): http://www.zenit.org/article-31446?l=portuguese
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