domingo, 15 de janeiro de 2012

[ZP120115] O mundo visto de Roma

ZENIT

O mundo visto de Roma

Portugues semanal - 15 de janeiro de 2012

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Agradecimento da CNBB ao atual secretário da congregação para os bispos
Nota de Dom Raymundo Damasceno agradecendo o ex-núncio apostólico do Brasil.

BRASILIA, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012 (ZENIT.org).- O presidente da CNBB, Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, em nome de toda a conferência dos bispos do Brasil, nesta quarta-feira, publicou nota agradecendo a Dom Baldisseri, ex-núncio apostólico do Santo Padre no Brasil, nomeado para o cargo de Secretário da Congregação para os bispos.

Dom Damasceno agradece sua “excelente atuação tanto junto às autoridades brasileiras como representante do Papa”, como também pelo seu “zelo apostólico”, destacando o “recém-lançado livro ‘Ação e Missão’, fruto dos seus pronunciamentos durante seu serviço à Igreja no Brasil.

Dom Damasceno destacou, entre as várias contribuições de Dom Baldisseri à Igreja do Brasil, especialmente a “conclusão do acordo entre o governo brasileiro e a Santa Sé”, estabelecendo o estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, “promulgado no dia 11 de fevereiro de 2010.

Terminou a nota dizendo: “Temos a certeza de que a Igreja do Brasil será sempre grata pelo seu fecundo trabalho realizado como Núncio Apostólico em nosso país”.

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Observatório Jurídico


O fator religioso nas eleições dos Estados Unidos
O que está em jogo neste ano crucial de 2012

MADRID, terça-feira 10 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Publicamos a nossos leitores, em nossa seção de Observatório jurídico, um interessante artigo do nosso colaborador habitual Rafael Navarro-Valls, membro da Real Academia de Jurisprudência e Legislação da Espanha, em que analisa com precisão o que está em jogo nas eleições de 2012 nos EUA.

*****
Por Rafael Navarro-Valls

Acabou de começar nos Estados Unidos a maratona eleitoral que concluirá no dia 06 de novembro deste ano de 2012 com a nomeação de um novo presidente. Assim como o Partido Democrata já tem como candidato Obama, o Partido Republicano tem que percorrer um longo caminho até agosto, que elegerá na convenção de Tampa Bay (Flórida) o candidato que enfrentará o presidente eleito.

Este itinerário inclui uma série de estações intermediárias que são chamadas primárias: votações estado por estado que marcam esse largo percurso. A primeira delas acaba de acontecer no estado de Lowa. Os vencedores – praticamente empatados – entre os sete candidatos tem sido Mitt Romney, um mórmon de 61 anos e Rick Santorum, católico de 53 anos. A próxima votação é hoje, terça-feira dia 10, em New Hampshire.

Os vencedores de Iowa

Observemos de perto os contendores. Acabo de dizer que Rick Santorum é um católico, ex-senador pela Pensilvânia. Tem sete filhos e, como católico coerente com as suas convicções, é pró-vida, defensor do matrimônio heterossexual e preocupado com a educação. Em torno dele se reuniram os protestantes evangélicos e, em geral, os eleitores defensores dos valores cristãos. Seu adversário, Romney teve que superar algumas dificuldades por causa da sua religião Mórmon. No entanto, em uma recente pesquisa do Pew Research Center, o 91% dos evangélicos brancos - os eleitores republicanos mais propensos a rejeitar a religião do candidato – apoiariam a Romney se fosse designado como candidato republicano para competir com o presidente Obama.

E é que um fator que está jogando duro é a religião. Até um conhecido professor conhecido da Universidade de Notre Dame há alguns dias atrás chamou assim a sua análise das eleições em curso: "É a religião, estúpido, não a economia", colocando-a na cabeça das motivações dos eleitores. Não diria tanto, já que os problemas econômicos (desemprego e déficit público) estão muito presentes no atual contexto eleitoral. No entanto, a religião também conta, de acordo com a história dos Estados Unidos.

Até mesmo um presidente não especialmente fervoroso como Obama, tomou posse em uma cerimônia em que dois ministros protestantes fizeram considerações religiosas (um deles fazendo a invocação de Deus e o outro dando a bênção final), parte da multidão assistente rezou o Pai Nosso, o novo Presidente jurou sobre uma Bíblia (especificamente a utilizada por Lincoln numa cerimônia idêntica) e mencionou no texto do seu discurso a Deus até quatro vezes, incluindo duas invocações de assistência divina após a conclusão.

O sentido da separação da Igreja / Estado

O qual não é excepcional já que obedece uma antiga tradição americana que, com um ou outro detalhe, se repete desde que George Washington o fez em 1789. O fato objetivo que mostra essa simbologia é o significado da religião na vida pública americana. Note-se que o propósito da separação entre as Igrejas e Estado nos Estados Unidos não foi - colocado em palavras de William McLoughlin - "o de fazer os norte-americanos livres da religião, mas sim o de fazer-nos oficialmente livres para a prática da mesma".

Quer dizer-se com isto que o contexto histórico que emoldurava o tratamento jurídico do fator religioso nos EUA foi diferente do Europeu. Nos Estados Unidos, o poder político limitou-se a abolir a religião de Estado, colocando todas as igrejas numa situação de igualdade, em posse absoluta das suas propriedades e livres para organizar a sua vida interior. Foi uma separação amigável com neutralidade benévola com todas as igrejas. Algo bem diferente da intenção da Revolução Francesa, que marca o início do separatismo continental. Aqui o poder não perseguia uma separação benévola, mas uma subordinação da Igreja ao Estado.

Fica entendido dessa forma que, de acordo com estatísticas recentes, mais de 90% dos americanos entrevistados disseram que votariam num afro-americano, num judeu ou numa mulher, e um 59% estão dispostos a votar num homossexual. Apenas 49%, no entanto, estão dispostos a votar num candidato presidencial ateu.

Liberdade religiosa

No entanto, esta abordagem, que permite hoje um católico como Santorum ou um mórmon como Romney liderar a candidatura republicana precisou de um longo caminho até o triunfo definitivo da liberdade religiosa. Um exemplo: quando J.F. Kennedy começou no dia 02 de janeiro de 1960 a sua corrida em direção à Casa Branca, o fato de que um católico se apresentasse para a presidência produziu resistências. Tanto é assim que as referências à sua condição de católico foram tão constantes – principalmente nas primárias – que foi preciso enfrentar isso com certa repetição. Até que um dia estourou: "Ninguém me perguntou se eu era católica quando entrei para a Marinha dos E.U.A. Ninguém perguntou se meu irmão era um católico ou protestante, antes de que entrasse num bombardeiro dos EUA para voar sua última missão". No dia 20 de janeiro de 1961, como primeiro presidente católico da história, se sentava no Salão Oval.

Hoje é absolutamente normal que os católicos tenham acesso a cargos públicos, sem problemas particulares. Por exemplo, de um total de 435 congressistas dos EUA existem atualmente 135 católicos (31,03%). E o esforço das organizações católicas sobre questões sociais é especialmente valorizado. Não se esqueça que todos os anos, as organizações católicas investem cerca de 30 bilhões de dólares em serviços sociais e educativos.

Das eleições de 2004 às de 2012

Entendemos assim como nas eleições de 2004 se enfrentaram um católico (Kerry) com um protestante (Bush), mas sem reproduzir as tensões entre católicos e protestantes que existriam no confronto Nixon/Kennedy. Se falou de aborto, pena de morte, células-tronco, matrimônio homossexual, pedofilia entre o clero, etc, mas não de "relações de obediência dos católicos romanos com a sua Igreja".

A divisão ocorreu entre os eleitores “devotos” (protestantes ou católicos) e os chamados cristãos "self-service" (católicos ou protestantes), que praticam mais ou menos, mas que geralmente não seguem as indicações das suas Igrejas sobre temas controversos. Algo semelhante aconteceu nas eleições de 2008: seis précandidatos católicos começaram a corrida eleitoral e foi nomeado vice-presidente outro católico: J. Biden, embora não totalmente ortodoxo em suas opiniões sobre questões morais.

Historicamente os católicos, tradicionalmente, tenderam ao voto demócrata. Os republicanos representavam o eleitor branco e protestante. A tendência mudou com Reagan, como explicado por Michael Novak. Reagan compreendeu que uma das chaves do voto dos católicos era e é a família. A ênfase na família fez que ele ganhasse um apoio importante do voto dos católicos, que logo voltou aos democratas, com Clinton, e agora está – refiro-me aos católicos ativos – com aqueles candidatos que apoiam os valores cristãos. O Religion News Service sublinha que, durante o último período do século, os católicos ativos e os evangélicos brancos cada vez votaram mais nos republicanos, convertendo a oposição ao aborto e ao matrimônio entre pessoas do mesmo sexo em temas políticos importantes.

Talvez por isso, um dos fatores que está desempenhando um papel importante nas eleições atuais são as últimas políticas sociais de Obama sobre o aborto, os matrimônios entre pessoas do mesmo sexo e a política exterior de apoio ao controle populacional através da esterilização e da contracepção. Por exemplo, a administração Obama acaba de retirar os subsídios públicos ao Office of Migrations and Refugee Services, o organismo governamental de atenção a emigrantes e refugiados mais importante dos Estados Unidos. Levado pelos bispos dos EUA desde 2006, atende o 26% do total de imigrantes que chegam à União Americana, cobrindo um campo que o Estado não chega, em aspectos como o combate da prostituição de mulheres imigrantes e o comércio de órgãos. A verdadeira razão foi que este organismo se negava a financiar abortos. Os bispos protestaram energicamente declarando que “parece que existe uma nova regra não escrita do Departamento de Saúde. É a regra do ‘abc”: Anybody But Catholics (Todos, menos os católicos)”. Isso também irá ter consequências eleitorais.

[Tradução do espanhol aos cuidados de Thácio Siqueira]

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Familia e Vida


Líderes religiosos nos EUA em defesa do matrimônio e da liberdade religiosa
Cristãos, muçulmanos e judeus assinaram um documento conjunto

WASHINGTON, DC, sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Uma carta em defesa do matrimônio e da liberdade religiosa foi difundida ontem pelos líderes de algumas das comunidades mais importantes dos Estados Unidos.

O documento, intitulado Marriage and Religious Freedom: Fundamental Goods That Stand or Fall Together ("Matrimônio e Liberdade Religiosa: princípios fundamentais que crescem ou caem juntos"), foi assinado por representantes das comunidades Anglicanas, Batistas, católicas, Evangélicas, judaicas, Luteranas, Mórmons e pentecostais dos Estados Unidos.

O Arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, presidente da Conferência Episcopal dos EUA, recém-nomeado cardeal, é um dos quatro bispos católicos que assinaram.

"O matrimônio e a liberdade religiosa estão em crise nos Estados Unidos - diz monsenhor Dolan -. Esta carta é um sinal de esperança. Não só existem dezenas de milhares de cidadãos crentes representados pelos subscritores, mas a carta em si atesta a crescente e partilhada consciência do quanto o matrimônio e a liberdade religiosa são importantes para o bem-estar do país. A carta expressa argumentos convincentes que devem ser ouvidos por todos, especialmente por aqueles que detêm posições de autoridade: toda pessoa realmente preocupada pela liberdade religiosa deverá necessariamente ser também um defensor da indissolubilidade do matrimônio".

Na carta, os líderes manifestam uma referência comum segundo a qual a principal ameaça à liberdade religiosa é a possibilidade de que os ministros do culto sejam forçados a celebrar matrimônios homossexuais.

Os signatários escrevem: "Acreditamos que a maior armadilha seja esta: forçar ou fazer pressão seja sobre os indivíduos seja sobre as organizações, para que eles considerem a sexualidade homossexual no mesmo nível da sexualidade conjugal. Não há dúvida de que muitas pessoas e grupos, cujas convicções morais e religiosas são contrárias à homossexualidade, resistiriam à obrigatoriedade da lei e resultaria em conflitos estado-igreja". Conflitos que poderiam levar a "sérias conseqüências".

Os problemas poderiam surgir "no campo jurídico, porque alterando a definição civil do matrimônio não se muda uma lei mas centenas, talvez milhares de leis. Num só tiro todas as regras, cujos direitos dependem do estado conjugal - como os benefícios de emprego, adoção, educação, saúde, cuidado dos idosos, habitação, propriedade e o fisco - iriam mudar e as relações homossexuais seriam tratadas com paridade com relação aos matrimônios. Essa exigência, por sua vez, seria aplicada a pessoas e grupos religiosos no curso normal de suas ocupações públicas ou privadas, incluindo as escolas, os hospitais, as casas de cura e outras instalações residenciais que atendam aos serviços de adoção e de aconselhamento, e muitos outros".

Os líderes religiosos signatários alertam que redefinir o matrimônio iria causar consequências para a liberdade religiosa de todos os americanos e solicitam que os líderes leigos defendam o matrimônio, bem como a liberdade religiosa.

"Pedimos especialmente aos guardiões do bem público que apoiem leis que defendam a concepção tradicional do matrimônio, evitando assim ameaçar a liberdade religiosa de inúmeros cidadãos e instituições deste país", acrescentam os líderes religiosos. "O matrimônio e a liberdade religiosa estão profundamente enraizados no solo desta nação”.

A propagação desta carta sai alguns dias antes da proclamação presidencial do Dia da Liberdade Religiosa (16 de janeiro) e cerca de um mês antes do Dia Mundial do Matrimônio (12 de fevereiro) e a Semana Nacional do Matrimônio Americano. A carta é seguida por um documento análogo, publicado no dia 06 de dezembro de 2010.

Tradução TS

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Santa Sé


Os imigrantes "são protagonistas do anúncio do Evangelho"
O Papa recorda o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

CIDADE DO VATICANO, domingo, 15 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Em ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, após a oração do Angelus, o Papa falou sobre os “milhares de pessoas envolvidas neste fenômeno”.

***

O Papa recordou que os imigrantes “não são somente destinatários mas também protagonistas do anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo”, se referindo à sua própria mensagem para esta Jornada, em que se destaca o tema “Migrações e Nova Evangelização".

Os imigrantes “não são números! São homens e mulheres, crianças, jovens e anciãos à procura de um lugar para viver em paz”, afirmou Bento XVI.

E lembrando da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que acontecerá do dia 18 ao dia 25 deste mês de janeiro, Bento XV convidou a todos, "a nível pessoal e comunitário, a unirem-se espiritualmente e, onde possível , também na prática, para invocar a Deus pelo dom da plena unidade entre os discípulos de Cristo”.

Maria Emília Marega

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"A crise pode e deve ser um incentivo para meditar sobre a existência humana"
Discurso do Papa ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 09 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Apresentamos a seguir o discurso do Santo Padre Bento XVI ao Corpo Diplomático creditado junto à Santa Sé para troca de bons votos de início de ano, durante Audiência realizada nesta segunda-feira na Sala Régia.

***

Senhoras e Senhores Embaixadores,

É sempre para mim um grande prazer poder receber-vos, ilustres Membros do Corpo Diplomático acreditados junto da Santa Sé, neste esplêndido cenário da Sala Régia, a fim de vos formular os meus ardentes votos para o ano que inicia. Desejo, em primeiro lugar, agradecer ao vosso Decano, o Embaixador Alejandro Valladares Lanza, bem como ao Vice-Decano, o Embaixador Jean-Claude Michel, pelas palavras deferentes com que se fizeram intérpretes dos vossos sentimentos e dirijo uma saudação especial a todos os que participam pela primeira vez no nosso encontro. E os meus votos estendem-se, por vosso intermédio, a todas as nações de que sois representantes e com as quais a Santa Sé mantém relações diplomáticas. Motivo de alegria para nós é o facto de a Malásia se ter juntado a esta comunidade no decurso do último ano. O diálogo que mantendes com a Santa Sé favorece a partilha de impressões e informações, bem como a colaboração em âmbitos de carácter bilateral ou multilateral de particular interesse. A vossa presença aqui hoje recorda a importante contribuição dada pela Igreja às vossas sociedades em sectores como a educação, a saúde e a assistência. Sinais da cooperação entre a Igreja Católica e os Estados são os Acordos que foram assinados, em 2011, com o Azerbaijão, Montenegro e Moçambique. O primeiro já foi ratificado; espero que em breve ocorra o mesmo com os outros dois, e cheguem a bom termo aqueles que estão em fase de negociação. De igual modo, a Santa Sé deseja estabelecer um diálogo profícuo com as Organizações internacionais e regionais; e, nesta linha, apraz-me sublinhar o facto de os países membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) terem acolhido a nomeação dum Núncio Apostólico acreditado junto da organização. Não posso deixar de mencionar que a Santa Sé reforçou a sua longa colaboração com a Organização Internacional para as Migrações ao tornar-se membro pleno da mesma, no passado mês de Dezembro. Isto dá testemunho do empenhamento da Santa Sé e da Igreja Católica ao lado da comunidade internacional na busca de soluções adequadas para este fenómeno que se reveste de muitos aspectos, desde a protecção da dignidade das pessoas até à solicitude pelo bem comum das comunidades que os recebem e daquelas donde provêm.

Durante o ano findo, encontrei-me pessoalmente com numerosos Chefes de Estado e de Governo e também com destacados representantes das vossas nações que participaram na cerimónia daBeatificação do meu bem-amado Predecessor, o Papa João Paulo II. Também por ocasião dosexagésimo aniversário da minha Ordenação Sacerdotal houve diversos representantes dos vossos países que tiveram a amabilidade de estar presentes. A todos eles e a quantos encontrei nas minhas viagens apostólicas à CroáciaSan MarinoEspanhaAlemanha e Benim, renovo a minha gratidão pela delicadeza manifestada. Além disso, dirijo uma saudação especial aos países da América Latina e das Caraíbas que festejaram, em 2011, o bicentenário da sua independência. No passado dia 12 de Dezembro, quiseram sublinhar a sua ligação à Igreja Católica e ao Sucessor do Príncipe dos Apóstolos com a participação de eminentes representantes da comunidade eclesial e de autoridades institucionais na solene celebração que teve lugar na Basílica de São Pedro, durante a qual dei a conhecer a minha intenção de visitar proximamente o México e Cuba. Desejo, por fim, saudar o Sudão do Sul que, no passado mês de Julho, se constituiu como um Estado soberano. Lamentando as tensões e confrontos que se foram sucedendo nestes últimos meses, espero que todos unam os seus esforços para que se abra finalmente um período de paz, liberdade e progresso para as populações do Sudão e do Sudão do Sul.

Senhoras e Senhores Embaixadores,

O encontro de hoje desenrola-se tradicionalmente no termo das festas do Natal, quando a Igreja celebra a vinda do Salvador. Ele vem na obscuridade da noite, e no entanto a sua presença torna-se imediatamente fonte de luz e alegria (cf. Lc 2, 9-10). Verdadeiramente torna-se sombrio o mundo, quando não é iluminado pela luz divina! Verdadeiramente fica na escuridão o mundo, quando o homem deixa de reconhecer a sua ligação com o Criador, pondo assim em perigo também as suas relações com as outras criaturas e com a própria criação. Infelizmente, o momento actual está marcado por um profundo mal-estar, sendo uma expressão dramática disto mesmo as diversas crises económicas, políticas e sociais.

A este respeito, não posso deixar de mencionar, antes de mais nada, as graves e preocupantes consequências da crise económica e financeira mundial. Esta não atinge só as famílias e as empresas dos países economicamente mais avançados, onde a mesma teve origem, criando uma situação na qual muitos, sobretudo entre os jovens, se sentiram desorientados e frustrados nas suas aspirações por um futuro sereno, mas tal crise marcou profundamente também a vida dos países em vias de desenvolvimento. Não devemos desanimar, mas redesenhar decididamente o nosso caminho com novas formas de compromisso. A crise pode e deve ser um incentivo para meditar sobre a existência humana e a importância da sua dimensão ética, antes mesmo de reflectir sobre os mecanismos que governam a vida económica: não só para procurar conter as perdas individuais ou das economias nacionais, mas para nos impormos novas regras que assegurem a todos a possibilidade de viver dignamente e desenvolver as suas capacidades em benefício da comunidade inteira.

Desejo ainda lembrar que os efeitos do actual momento de incerteza afectam particularmente os jovens. Do seu mal-estar nasceram os fermentos que nos últimos meses investiram, por vezes duramente, várias regiões. Refiro-me antes de mais ao Norte da África e ao Médio Oriente, onde os jovens – que, para além do mais, sofrem pobreza e desemprego e temem pela ausência de perspectivas seguras – lançaram aquilo que veio a tornar-se um amplo movimento de reivindicação de reformas e de participação mais activa na vida política e social. É difícil actualmente traçar um balanço definitivo dos recentes acontecimentos e compreender plenamente as suas consequências para os equilíbrios da Região. O optimismo inicial cedeu, entretanto, o passo ao reconhecimento das dificuldades deste momento de transição e mudança, e parece-me evidente que a senda adequada para prosseguir no caminho empreendido passe pelo reconhecimento da dignidade inalienável de toda a pessoa humana e dos seus direitos fundamentais. O respeito da pessoa deve estar no centro das instituições e das leis, deve conduzir ao fim de toda e qualquer violência e prevenir contra o risco de que a atenção devida às solicitações dos cidadãos e a necessária solidariedade social se transformem em meros instrumentos para manter ou conquistar o poder. Convido a comunidade internacional a dialogar com os actores dos processos em curso, no respeito dos povos e com a consciência de que a construção de sociedades estáveis e reconciliadas, contrapostas a toda a discriminação injusta, particularmente de ordem religiosa, constitui um horizonte mais amplo e transcendente que o dos prazos eleitorais. Sinto uma grande preocupação pelas populações dos países nos quais continuam tensões e violências, particularmente na Síria, onde espero que se ponha rapidamente termo ao derramamento de sangue e comece um diálogo frutuoso entre os actores políticos, favorecido pela presença de observadores independentes. Na Terra Santa, onde as tensões entre palestinianos e israelitas têm repercussões sobre os equilíbrios de todo o Médio Oriente, é preciso que os responsáveis destes dois povos adoptem decisões corajosas e clarividentes a favor da paz. Soube com satisfação que, na sequência duma iniciativa do Reino da Jordânia, foi retomado o diálogo; espero que o mesmo continue a fim de se chegar a uma paz duradoura, que garanta o direito de ambos os povos a viver em segurança em Estados soberanos e dentro de fronteiras seguras e, internacionalmente, reconhecidas. Por sua vez, a comunidade internacional deve estimular a sua criatividade e as iniciativas de promoção deste processo de paz, no respeito dos direitos de cada parte. Sigo também com grande atenção o desenrolar dos factos no Iraque, deplorando os atentados que ainda recentemente causaram a perda de numerosas vidas humanas, e encorajo as suas autoridades a continuarem, firmes, pelo caminho duma plena reconciliação nacional.

O Beato João Paulo II lembrava que «o caminho da paz é também o caminho dos jovens»[1], constituindo eles «a juventude das nações e das sociedades, a juventude de todas as famílias e da humanidade inteira»[2]. Por isso, os jovens pressionam-nos para que sejam consideradas seriamente as suas exigências de verdade, justiça e paz. Nesta linha, foi a eles que dediquei a Mensagem anual para a celebração do Dia Mundial da Paz, intitulada Educar os jovens para a justiça e a paz. A educação é um tema crucial para todas as gerações, pois depende dela tanto o desenvolvimento saudável de cada pessoa como o futuro da sociedade inteira. Por isso mesmo, aquela constitui uma tarefa de primária grandeza num tempo difícil e delicado. Para além de um objectivo claro, como é o de levar os jovens a um pleno conhecimento da realidade e, consequentemente, da verdade, a educação tem necessidade de lugares. Dentre estes, conta-se em primeiro lugar a família, fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher; não se trata duma simples convenção social, mas antes da célula fundamental de toda a sociedade. Por conseguinte, as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade. O quadro familiar é fundamental no percurso educativo e para o próprio desenvolvimento dos indivíduos e dos Estados; consequentemente, são necessárias políticas que o valorizem e colaborem para a sua coesão social e diálogo. É na família que a pessoa se abre ao mundo e à vida e, como tive ocasião de lembrar durante a minha viagem à Croácia, «a abertura à vida é um sinal da abertura ao futuro»[3]. Neste contexto de abertura à vida, recebi com satisfação a recente sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia, que proíbe atribuir alvarás em processos relativos às células estaminais embrionárias humanas, e também a Resolução da Assembleia parlamentar do Conselho da Europa que condena a selecção pré-natal em função do sexo.

Mais em geral, visando sobretudo o mundo ocidental, estou convencido de que se opõem à educação dos jovens e, consequentemente, ao futuro da humanidade as medidas legislativas que permitem, quando não incentivam, o aborto por motivos de conveniência ou por razões médicas discutíveis.

Continuando a nossa reflexão, um papel também essencial no desenvolvimento da pessoa é desempenhado pelas instituições educativas: estas são as primeiras instâncias que colaboram com a família e estão a cumprir mal a sua função precisamente quando falta uma harmonia de objectivos com a realidade familiar. É preciso implementar políticas de formação para que a educação escolar seja acessível a todos e que a mesma, mais do que promover o desenvolvimento cognoscitivo da pessoa, cuide do crescimento harmonioso da personalidade, incluindo nisso a sua abertura ao Transcendente. A Igreja Católica sempre esteve particularmente activa no campo das instituições escolares e académicas, cumprindo uma obra apreciável ao lado das instituições estatais. Por isso espero que esta contribuição seja reconhecida e valorizada também pelas legislações nacionais.

Nesta perspectiva, é bem compreensível que uma obra educativa eficaz exija igualmente o respeito da liberdade religiosa. Esta caracteriza-se por uma dimensão individual, bem como por uma dimensão colectiva e uma dimensão institucional. Trata-se do primeiro dos direitos do homem, porque expressa a realidade mais fundamental da pessoa. Muitas vezes, por variados motivos, este direito é ainda limitado ou espezinhado. Não posso evocar este tema sem começar por saudar a memória do ministro paquistanês Shahbaz Bhatti, cuja luta incansável pelos direitos das minorias terminou com uma morte trágica. E não se trata, infelizmente, dum caso único. Em numerosos países, os cristãos são privados dos direitos fundamentais e postos à margem da vida pública; noutros, sofrem ataques violentos contra as suas igrejas e as suas casas. Às vezes, vêem-se constrangidos a abandonar países que eles mesmos ajudaram a edificar, por causa de tensões contínuas e por políticas que frequentemente os relegam para a condição de espectadores secundários da vida nacional. Noutras partes do mundo, encontram-se políticas tendentes a marginalizar o papel da religião na vida social, como se ela fosse causa de intolerância em vez de uma apreciável contribuição na educação para o respeito da dignidade humana, para a justiça e a paz. O terrorismo religiosamente motivado ceifou, no ano passado, também numerosas vítimas, sobretudo na Ásia e na África. Por esta razão, como lembrei em Assis, os responsáveis religiosos devem repetir, com vigor e firmeza, que «esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição»[4]. A religião não pode ser usada como pretexto para pôr de lado as regras da justiça e do direito em favor do «bem» que ela persegue. Nesta perspectiva, tenho o gosto de recordar, como fiz no meu país natal, que a visão cristã do homem constituiu a verdadeira força inspiradora para os Pais constituintes da Alemanha, como aliás o foi para os Pais fundadores da Europa unida. Queria mencionar também alguns sinais encorajadores no campo da liberdade religiosa. Refiro-me à alteração legislativa, pela qual a personalidade jurídica pública das minorias religiosas foi reconhecida na Geórgia; penso também na sentença do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos favorável à presença do Crucifixo nas salas de aulas italianas. E, precisamente falando da Itália, desejo dirigir-lhe uma saudação particular na conclusão dos 150 anos da sua unificação política. As relações entre a Santa Sé e o Estado italiano atravessaram momentos difíceis depois da unificação. Mas, com o passar do tempo, prevaleceram a concórdia e a vontade mútua de cooperar, cada qual no seu próprio campo, para favorecer o bem comum. Espero que a Itália continue a promover uma relação equilibrada entre a Igreja e o Estado, constituindo deste modo um exemplo para o qual as outras nações possam olhar com respeito e interesse.

Quanto ao continente africano, que visitei de novo indo recentemente ao Benim, é essencial que a cooperação entre as comunidades cristãs e os Governos ajude a percorrer um caminho de justiça, paz e reconciliação, onde os membros de todas as etnias e religiões sejam respeitados. É triste constatar como está ainda distante, em vários países deste continente, um tal objectivo. Penso, em particular, na recrudescência das violências que afectam a Nigéria – como o indicam os atentados perpetrados contra várias igrejas durante o período natalício –, nas sequelas da guerra civil na Costa do Marfim, na instabilidade que persiste na Região dos Grandes Lagos e na urgência humanitária nos países do Corno da África. Peço uma vez mais à comunidade internacional que ajude, com solicitude, a encontrar uma solução para a crise que há anos perdura na Somália.

Finalmente, sinto o dever de sublinhar que uma educação correctamente entendida não pode deixar de favorecer o respeito pela criação. Não podemos esquecer as graves calamidades naturais que, ao longo de 2011, afectaram várias regiões do Sudeste asiático e os desastres ecológicos como o da central nuclear de Fukushima no Japão. A salvaguarda do ambiente, a sinergia entre a luta contra a pobreza e a luta contra as alterações climáticas constituem áreas importantes para a promoção do desenvolvimento humano integral. Por isso espero que, depois da XVII sessão da Conferência dos Estados Membros da Convenção da ONU sobre as Alterações Climáticas, que recentemente terminou em Durban, a comunidade internacional se prepare para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável («Rio+20») como uma autêntica «família das nações», ou seja, com grande sentido de solidariedade e responsabilidade para com as gerações presentes e as do futuro.

Senhoras e Senhores Embaixadores,

O nascimento do Príncipe da Paz ensina-nos que a vida não acaba no nada, que o seu destino não é a corrupção mas a imortalidade. Cristo veio para que os homens tenham a vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10, 10). «Somente quando o futuro é certo como realidade positiva, é que se torna vivível também o presente»[5]. Animada pela certeza da fé, a Santa Sé continua a dar à Comunidade internacional o seu contributo próprio, guiada por um duplo intento que o Concílio Vaticano II – cujo cinquentenário se celebra este ano – definiu claramente: proclamar a sublime vocação do homem e a presença nele dum germe divino, e oferecer à humanidade uma cooperação sincera a fim de instaurar a fraternidade universal que a esta vocação corresponde[6]. Neste espírito, renovo a todos vós, extensivos aos membros das vossas famílias e aos vossos colaboradores, os meus votos mais cordiais para este novo ano.

Agradeço pela vossa atenção.

[1] Carta apostólica por ocasião do Ano Internacional da Juventude Dilecti amici (31 de Março de 1985), 15.

[2] Ibidem, 1.

[3] Homilia da Missa por ocasião do Dia Nacional das Famílias Católicas Croatas (Zagreb, 5 de Junho de 2011).

[4] Discurso na Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo (Assis, 27 de Outubro de 2011).

[5] Carta encíclica Spe salvi (30 de Novembro de 2007), 2.

[6] Cf. Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes, 3.

© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

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"Renovemos a nossa alegria de ser filhos "
Durante o Angelus, Bento XVI reflete sobre o Batismo como renascimento no seio da Igreja

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de janeiro, 2012 (ZENIT.org) - A condição que une todos os seres humanos, sem exceção, é ser filho de alguém, especialmente filho de Deus, afirmou o Santo Padre olhando pela janela do seu escritório do Palácio Apostólico Vaticano, no Angelus.

"Vir ao mundo nunca é uma escolha, não nos perguntam antes se queremos nascer", disse o Santo Padre. No entanto, é possível, ao longo da vida, acolher a mesma vida "como um dom" e "tornar-se aquilo que já somos: tornar-se filhos".

O reconhecimento do próprio relacionamento de filiação é um sinal de maturidade que, por outro lado, ajuda na relação pais-filhos e ajuda os pais e as mães a serem o que realmente são "não biologicamente, mas moralmente", acrescentou Bento XVI, chamando a atenção para a liturgia da festa do Batismo de Jesus, durante a qual o Papa administrou o Sacramento para dezesseis crianças.

O Pontífice centrou-se na paternidade de Deus que tem, com cada um de nós, “uma relação única, pessoal". Cada homem "é querido, é amado por Deus", e isso nos permite "tornar-se o que somos."

O nosso "sim" ao Pai celeste, é consequência de uma fé que se baseia em Jesus Cristo, cuja pessoa e cuja história "nos revelam o Pai, nos fazem conhecê-lo, na medida do possível, neste mundo".

O significado do Batismo é, portanto, aquele de um nascimento "do alto", um "novo nascimento que ocorre por meio do Espírito Santo no seio da Igreja."

Bento XVI exortou, porém, os fiéis a renovar "a alegria de ser filhos: como homens e como cristãos. Nascidos do amor de um pai e de uma mãe, e renascidos pelo amor de Deus através do Batismo".

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Mobilização para o Ano da Fé
O cardeal William Levada indica as tarefas da Igreja

Antonio Gaspari

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 10 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Através da Nota com Indicações Pastorais para o Ano da Fé, a Congregação para a Doutrina da Fé lançou uma mobilização que envolverá todos os componentes da Igreja.

No texto, divulgado em 7 de janeiro, o cardeal William Levada, prefeito da congregação, deu prosseguimento à carta apostólica Porta Fidei, de 11 de outubro de 2011, anunciando que o Ano da Fé começará em 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, na solenidade de Cristo Rei.

O início do Ano da Fé coincide não só com este quinquagésimo aniversário, mas também com o vigésimo da promulgação do Catecismo da Igreja Católica.

O Concílio Vaticano II e a publicação do catecismo são dois eventos que marcaram profundamente a história da Igreja, embora talvez não tenha havido suficiente reflexão e estudo a respeito.

De acordo com a nota, a reflexão sobre estes dois eventos é crucial para “um compromisso mais firme da Igreja em favor de uma nova evangelização, para redescobrir a alegria de crer e para reencontrar o entusiasmo na comunicação da fé”.

O cardeal explicou que a nota foi preparada pela congregação em nome do papa Bento XVI, conjuntamente com os respectivos dicastérios da Santa Sé e com a contribuição do comitê para a preparação do Ano da Fé.

As instruções precisas e detalhadas são dez para cada uma das quatro áreas: os componentes da Igreja universal, as conferências episcopais, as dioceses e a área formada pelo conjunto de paróquias, comunidades, associações e movimentos.

Existe uma recomendação especial para que, no Ano da Fé, "os fiéis sejam convidados a olhar com particular devoção para Maria, imagem da Igreja, que resume e irradia as principais verdades da fé". Por isto, "será muito conveniente realizar peregrinações, celebrações e encontros junto aos grandes santuários".

A nota anuncia grande número de conferências dedicadas à redescoberta dos ensinamentos do Concílio Vaticano II. São convidados todos os membros da Igreja universal para "um acolhimento mais cuidadoso das homilias, do catecismo, dos discursos e de outras intervenções do Santo Padre".

As conferências episcopais são exortadas a "dedicar um dia para estudar o tema da fé" e a considerar a republicação dos documentos do Concílio Vaticano II, o Catecismo da Igreja Católica e o seu compêndio, inclusive em línguas para as quais eles ainda não foram traduzidos.
Os bispos são ainda incentivados a difundir o conhecimento dos santos dos seus territórios, através do uso dos modernos meios de comunicação social, além de divulgar "o patrimônio de obras de arte encontradas em lugares confiados ao seu cuidado pastoral".

A nota prossegue destacando que "os professores nos centros de estudos teológicos nos seminários e nas universidades católicas são aconselhados a verificar a relevância, no seu ensino, dos conteúdos do Catecismo da Igreja Católica e das implicações para as suas respectivas disciplinas".

Junto com as ferramentas de caráter apologético, a nota pede "uma revisão dos catecismos locais e dos subsídios em uso nas Igrejas particulares, para garantir a sua plena conformidade com o Catecismo da Igreja Católica".

Neste sentido, considera-se adequada "uma verificação da presença dos conteúdos do Catecismo da Igreja Católica na ratio formativa dos futuros sacerdotes e no programa dos seus estudos teológicos".

Bispos e arcebispos são convidados a organizar uma conclusão solene do Ano da Fé: uma carta pastoral sobre o assunto e um dia de reflexão sobre o Catecismo da Igreja Católica.
Além disso, os bispos são também chamados a "organizar, especialmente durante a quaresma, celebrações de penitência em que se peça perdão a Deus especialmente pelos pecados contra a fé".

Para as paróquias, comunidades, associações e movimentos, propõe-se ler cuidadosamente a carta apostólica Porta Fidei, do papa Bento XVI.

Nas paróquias, espera-se um renovado compromisso com a divulgação e com a distribuição do Catecismo da Igreja Católica ou de outros subsídios adequados para as famílias.

Às comunidades contemplativas, pede-se uma especial intenção na oração para a renovação da fé do povo de Deus e para um novo impulso na sua transmissão às gerações mais jovens.
A nota termina recordando que a fé é "uma companheira de vida que nos permite perceber com olhos sempre novos as maravilhas que Deus faz por nós" e que "compromete cada um de nós a ser um sinal vivo da presença de Cristo ressuscitado no mundo".

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Deus chora na Terra


"Que as dioceses ajudem as famílias cristãs da Terra Santa a conseguirem uma casa
O patriarca de Jerusalém convida, pela Rádio Vaticana, à um gesto concreto

HAIFA, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) – Encontraram-se ontem, em Haifa, Israel, os bispos europeus e americanos do encontro de Coordenação da Terra Santa para um compromisso com a comunidade católica local, especialmente com os sacerdotes de tradição latina, melquita e maronita.

Suscitou grande interesse o encontro ocorrido ontem da delegação de bispos com as autoridades israelenses, que permitiu abordar algumas das questões relativas à presença da Igreja nos lugares santos.

O Patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, entrevistado pela Rádio Vaticano, disse: "Estamos muito satisfeitos por ter a visita desta coordenação, como todos os anos. É um sinal de comunhão com a Igreja Internacional, é um sinal de solidariedade". Esta é a comunhão que o mesmo Sínodo tem tanto pregado, a comunhão entre todas as Igrejas do mundo que muitas vezes fala o Santo Padre. "

Falando, em seguida, dos projetos das casas e dos lares para as famílias como uma das necessidades mais urgentes e caras que a comunidade cristã na Terra Santa deve enfrentar, o patriarca disse: "Uma família, sozinha, nunca terá a oportunidade de ter uma casa e faço de novo um apelo a todos aqueles que podem dar uma ajuda. Não podemos colocar todo o projeto a cargo de uma pessoa, de uma igreja, de uma diocese".

"Se cada diocese assumir o compromisso de fornecer um apartamento para uma família cristã, daremos a oportunidade a muitas jovens famílias cristãs a permanecerem e evitarem assim a tentação de emigração” continuou Mons. Fouad Twal, convidando a assumir um "senso de responsabilidade, uma sensibilidade clara e um senso de comunhão entre nós e vós”.

Diante do pedido do que ele achava sobre a crítica de muitos que dizem que a criação de edifícios habitados só por cristãos equivaleria à criação de uma espécie de gueto, o prelado respondeu: "O fato de que hajam casas para os cristãos não representa um gueto porque também os outros recebem muitas ajudas da Arábia Saudita, dos seus respectivos governos. Ajudemos os cristãos porque eles precisam".

"Além disso, a Igreja Católica administra 14 hospitais no Patriarcado e nós católicos somos o 2-3% - disse – não acredito portanto que todos os hospitais trabalhem com os cristãos, a maioria são os outros e nós estamos felizes de dar a nossa contribuição, a nossa caridade e o nosso testemunho aos outros”.

A esperança, finalmente, de destruir, na Terra Santa "os muros visíveis”: os muros nos corações dos homens, como o medo, o ódio e a ignorância” com a finalidade de que chegue o dia de uma verdadeira integração entre as diversas religiões, no sinal do respeito.
(Fonte: Rádio Vaticano/ Tradução TS)

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China: pressões sobre o bispo clandestino de Tianshui
Monsenhor John Wang Ruowang foi forçado a ter sessões de estudo

ROMA, quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Na China, a polícia aumentou recentemente a pressão sobre o bispo da diocese de Tianshui (em Gansu), o bispo John Wang Ruowang. O prelado - ordenado recentemente - e muitos dos seus sacerdotes foram obrigados a participar das assim chamadas "sessões de estudo" durante as quais agentes da segurança pública tentaram obter informações sobre a ordenação de Wang, acontecida na clandestinidade com mandato Papal no final do ano passado. A agência UCA News eEglises d'Asie difundiu a notícia ontem.

De acordo com fontes da Igreja local, citadas pela agência, o bispo foi preso no dia 30 de dezembro de 2011, enquanto saia de uma igreja paroquial, para primeiro ser transferido para um estabelecimento da polícia de Tianshui. Monsenhor Wang, 50 anos, que pôde permanecer na posse do telefone celular, foi contatado pelos seus parentes, e lhes disse que estava em "boa saúde" e de "alto astral".

O bispo disse que foi submetido à "conversas e sessões de formação" e teme que o mesmo destino corresponda a uma série dos seus sacerdotes. De fato, no passado 04 de Janeiro 7 sacerdotes da diocese de Tianshui foram levados pela polícia para serem submetidos, por sua vez, a "sessões de estudo". Dois deles já voltaram em liberdade, porém com a tarefa de  estudar em casa alguns "documentos".

Como lembra Eglises d'Asie, já no mês de agosto do ano passado prisões semelhantes haviam sido realizadas entre o clero diocesano de Tianshui. De acordo com relatos da agência de notícias das Missões Estrangeiras de Paris, parece que a ação policial está ligada à ordenação episcopal do bispo Wang. O prelado pertence de fato à parte "clandestina" da diocese de Tianshui, que tem 20.000 fiéis e uns trinta sacerdotes, divididos igualmente entre "clandestinos" e "oficiais".
Para o bem da unidade, a Santa Sé havia nomeado no ano passado monsenhor Wang bispo titular de Tianshui e padre Bosco Zhao Jianzhang bispo "coadjutor". A ordenação deste último, que estava na cabeça da parte "oficial" da diocese, ainda não ocorreu. Mas, aquela de Monsenhor Wang aconteceu no final do ano passado sem o conhecimento das autoridades chinesas. É esse segredo, ao que parece, que está mobilizando agora a polícia, que por meio de pressões está buscando obter informações precisas sobre data e sobre circunstâncias da ordenação.
Em Gansu, uma província remota do noroeste da China, a diocese de Tianshui apresenta segundo Eglises d'Asie um "quadro frustrado". A comunidade clandestina foi guiada até o 2003, ano da sua saída, por Mons. Casimir Wang Milu. Desde então, a diocese foi administrada pelo Padre João Batista Wang Ruohan (Wang Milu, Wang Ruohan e Wang Ruowang são três irmãos). Da parte "oficial", a diocese foi administrada até a sua morte em 2004, por Mons. Augustine Zhao Jinglong. Desde então, o administrador "oficial" foi o padre Bosco Zhao Jianzhang, sobrinho de Mons. Augustine Zhao.

No contexto atual, caracterizado pelas ordenações ilegítimas dos últimos meses, parece que as autoridades do Gansu estejam querendo promover o padre Bosco Zhao Jianzhang para bispo ordinário de Tianshui. De fato, como lembra Eglises d'Asie, um documento do Departamento do Frente Unida do Gansu chama a eleição de um novo bispo para Tianshui de uma prioridade. A ordenação episcopal de Mons. Wang, no entanto, pegou todos de surpresa.

(Tradução TS)

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Espírito da Liturgia


"O Espírito da Liturgia"
Rubrica de teologia litúrgica aos cuidados do Pe. Mauro Gagliardi

Juan José Silvestre*

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012 (ZENIT.org).- A profissão de fé, abordada na primeira parte do Catecismo da Igreja Católica, é seguida pela explicação da vida sacramental, por cujo meio Cristo está presente e age, continuando a edificação da sua Igreja. Se na liturgia, aliás, não se destacasse a figura de Cristo, que é o seu princípio e está realmente presente para torná-la válida, nem sequer teríamos a liturgia cristã, que depende do Senhor e é sustentada pela sua presença.

 Existe, então, uma relação intrínseca entre fé e liturgia, ambas intimamente unidas. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não teria eficácia, pois careceria da graça que alicerça o testemunho dos cristãos. “Por outro lado, a ação litúrgica nunca pode ser considerada genericamente, prescindindo-se do mistério da fé. A fonte da nossa fé e da liturgia eucarística, de fato, é o mesmo acontecimento: o dom que Cristo fez de si mesmo no mistério pascal” (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, 34).

Se abrirmos o catecismo na sua segunda parte, leremos que a palavra “liturgia” significa, originariamente, “serviço de e em favor do povo”. Na tradição cristã, significa que o povo de Deus faz parte da “obra de Deus” (CIC, 1069).

Em que consiste essa obra de Deus da qual fazemos parte? A resposta do catecismo é clara e nos permite descobrir a íntima conexão que existe entre a fé e a liturgia: “No símbolo da fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e o seu desígnio benevolente (Ef 1,9) para toda a criação: o Pai realiza o "mistério da sua vontade" dando o seu Filho Amado e o Espírito Santo para a salvação do mundo e para a glória do seu nome” (CIC, 1066).

“Cristo, o Senhor, realizou esta obra da redenção humana e da perfeita glorificação, preparada pelas maravilhas que Deus fez no povo da antiga aliança, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada paixão, da ressurreição dentre os mortos e da sua gloriosa ascensão” (CIC, 1067). É este o mistério de Cristo, que a Igreja “anuncia e celebra na sua liturgia a fim de que os fiéis vivam dele e dêem testemunho dele no mundo” (CIC, 1068).

Por meio da liturgia, “exerce-se a obra da nossa redenção” (Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, 2). Assim como foi enviado pelo Pai, Cristo enviou os apóstolos para anunciarem a redenção e “realizarem a obra de salvação que proclamavam, mediante o sacrifício e os sacramentos, em torno dos quais toda a vida litúrgica gira” (ibidem, 6).

Vemos assim que o catecismo sintetiza a obra de Cristo no mistério pascal, que é o seu núcleo essencial. E o nexo com a liturgia se mostra óbvio, pois “por meio da liturgia é que Cristo, nosso Redentor e Sumo Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa redenção” (CIC, 1069). Assim, esta “obra de Jesus Cristo”, perfeita glorificação de Deus e santificação dos homens, é o verdadeiro conteúdo da liturgia.

Este é um ponto importante porque, embora a expressão e o conteúdo teológico-litúrgico do mistério pascal devam inspirar o estudo teológico e a celebração litúrgica, isto nem sempre foi assim. “A maior parte dos problemas ligados às aplicações concretas da reforma litúrgica têm a ver com o fato de que não foi suficientemente considerado que o ponto de partida do concílio é a páscoa [...]. E páscoa significa inseparabilidade da cruz e da ressurreição [...]. A cruz está no centro da liturgia cristã, com toda a sua seriedade: um otimismo banal, que nega o sofrimento e a injustiça do mundo e reduz o ser cristãos a ser educados, não tem nada a ver com a liturgia da cruz. A redenção custou a Deus o sofrimento do seu Filho e a sua morte. Daí que o seu exercitium, que, segundo o texto conciliar, é a liturgia, não pode acontecer sem a purificação e sem o amadurecimento que provêm do seguimento da cruz” (Bento XVI, Teologia della Liturgia, LEV, Vaticano, 2010, págs. 775-776).

Esta linguagem conflita com aquela mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade de uma intervenção divina real neste mundo em socorro do homem. Por isso, “quem compartilha uma visão deísta considera como integrista a confissão de uma intervenção redentora de Deus para mudar a situação de alienação e de pecado, e este mesmo juízo é emitido a propósito de um sinal sacramental que torne presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, aos seus olhos, seria a celebração de um sinal que correspondesse a um vago sentimento de comunidade. Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia pressupõe que Deus responde e nos mostra como podemos adorá-lo. “A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na eucaristia precisamente porque o próprio Cristo se entregou antes a ela no sacrifício da cruz” (Sacramentum Caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem a difusão desta presença no mundo inteiro como a sua razão de ser e de existir” (Bento XVI,Discurso de 15 de abril de 2010).

Esta é a maravilha da liturgia, que, como o catecismo recorda, é culto divino, anúncio do evangelho e caridade em ato (cf. CIC, 1070).  É Deus mesmo quem age, e nós nos sentimos atraídos por esta sua ação, a fim de sermos, deste modo, transformados nele.

* Juan José Silvestre é professor de Liturgia na Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Santa Croce) e Consultor da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, além das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

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Mundo


Espanha: fugi da fornicação
Uma carta do bispo de Córdoba causa polêmica

CORDOBA, sexta-feira 13 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Uma carta pastoral do bispo de Córdoba, Espanha, Demetrio Fernandez, tem levantado polêmica na opinião pública espanhola, a ponto de muitos meios terem reproduzido, de modo sensacionalista, as afirmações do bispo em relação à educação sexual dos jovens.

O título da carta, tirada de São Paulo, e dirigida aos jovens, é certamente uma provocação evangélica: "Fugi da fornicação."

O bispo, na realidade, comenta a palavra de Deus da liturgia deste domingo. Na sua opinião, "parece dirigida especialmente ao nosso tempo, onde a incitação à fornicação é contínua na mídia, nos filmes, na TV, e até mesmo em algumas escolas de ensino médio dentro do currículo escolar."
São Paulo - diz o bispo - "dirige-se aos Coríntios, uma cidade portuária, onde tinha de tudo, também do ruim."

No Império Romano, acrescenta, "a honestidade e a castidade foi decaindo e os costumes entre os jovens e adolescentes foi, em alguns ambientes, especialmente de esportes, uma depravação."
São Paulo, diz monsenhor Fernandez, "fala diretamente aos jovens e lhes exorta: "Fugi da fornicação”, e lhes dá uma razão forte: "Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo... que habita em vós? Não pertencei a vós mesmos, porque alguém pagou um alto preço pelo vosso resgate" (1 Cor 6, 20)."

Na verdade, diz o bispo, "uma das idéias que hoje mais gritam ansiosamente de liberdade é o oposto:" Eu sou minha/meu, e com o meu corpo faço o que quero'."

O Evangelho de Jesus Cristo, segundo o pastor de Córdoba, tem implicações em todas as áreas da pessoa, também no campo da sexualidade: "A sexualidade humana vista com olhos claros é a linguagem e a expressão do verdadeiro amor, de um amor que não busca só o seu interesse e satisfação, mas que é entrega e doação. Um amor que busca a felicidade do outro e que está disposto ao sacrifício e à renúncia. Um amor que tem sua origem e seu âmbito no matrimônio estável e abençoado por Deus ", diz ele.

E convida a praticar a castidade como uma "virtude que educa a sexualidade, tornando-a humana e tirándo-a da sua mais brutal animalidade.

"Chamou-me a atenção - explica o bispo -  um livro publicado nestes dias, no qual uma candidata à Miss Venezuela explicou sua experiência recente com um título que explica tudo:" Virgem aos trinta". Só não alcançou o título ao qual se apresentava por não aceitar a proposta da fornicação, que aparentemente era uma condição (não escrita) do concurso. Nela cumpriu-se esta palavra de São Paulo. E o livro se tornou um best-seller (o mais vendido) entre os meninos e meninas do seu entorno, do nosso tempo".

"É possível chegar virgem ao matrimônio, diz Mons Fernandez - embora o ambiente não seja favorável. É possível viver uma consagração total de corpo e alma, ao Senhor como uma oferta ao Senhor que beneficia aos demais. É possível ser fiel ao próprio marido, à própria mulher. Mais ainda, a isso nos convida a Palavra de Deus chama neste domingo, fugindo da fornicação. E a Palavra de Deus tem o poder de ser cumprida nas nossas vidas. "

Para ler a carta na completa: http://www.diocesisdecordoba.com/.

Tradução TS

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A força e a beleza da fé a ser descobertas
Começa série de encontros da Fundação João Paulo II em Roma

Pe. Andrzej Dobrzynski

ROMA, quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) . Começou em Roma neste domingo (8 de janeiro) uma série de reuniões organizadas pela Fundação João Paulo II - Centro de Documentação e de Estudo do Papado, junto com a Reitoria da Igreja de Santo Estanislau. O tema do ciclo, intitulado Força e Beleza da Fé, se baseia nas catequeses de João Paulo II sobre o credo. A nova série de reuniões acontece em preparação para o Ano da Fé, que começa em 11 de outubro de 2012.

O encontro foi iniciado com a missa presidida pelo Pe. Piotr Studnicki, celebrada na intenção de "realizar os ensinamentos de João Paulo II em nossa vida pessoal e social". Depois da Eucaristia, os participantes passaram para a sala da igreja de Santo Estanislau, onde Mons. Pawel Ptasznik, reitor da igreja, observou que estes tempos seguintes à beatificação do papa são oportunos para nos aprofundarmosnos ensinamentos de João Paulo II.

O Pe. Andrzej Dobrzynski, diretor do Centro de Documentação e Estudos do Pontificado de Roma, apresentou o relatório Mar adentro! A teologia da fé em João Paulo II. A fé inclui a razão e também um ato de confiança em Deus. O relator explicou a doutrina da fé como graça e virtude. O papa nos ensinou o que significa acreditar hoje em dia. Segundo ele, a fé viva, consciente e madura é a resposta para os problemas humanos e para o mundo contemporâneo. João Paulo II era um mestre e uma testemunha de profunda fé, vivida de uma forma muito pessoal, com amor por Deus, pela Igreja e pelos outros. Esta fé dá força e significado para as nossas vidas. Para seguir os seus passos, é preciso "remar mar adentro", confessando a fé, conhecendo-a e praticando-a todos os dias.

Após este pronunciamento, houve um debate sobre o papel da razão, sobre os argumentos para a existência de Deus e sobre as dúvidas que podem acompanhar a fé.

A próxima reunião, sobre o tema "Deus Criador e Pai misericordioso", acontecerá no domingo 5 de fevereiro, às 19h.

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Por uma economia solidária na América Latina
Uma chamada do Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM

ROMA, 13 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- O Arcebispo do Peru, Pedro Barreto, SJ, presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), denunciou o sistema econômico dominante que condena a pobreza para um grande número pessoas.

O jornal Vaticano, L'Osservatore Romano, publicou nesta edição de sexta-feira as afirmações  do arcebispo peruano Dom Pedro Barreto que assegura [traduzido da edição italiana do L'Osservatore Romano]: "A Igreja continua criticando o sistema econômico dominante", um plano cruel de interesses que castiga amplos segmentos da população da América Latina, aumentando as desigualdades sociais e a pobreza. Especialmente nas periferias das grandes cidades, que continuam sem serviços básicos indispensáveis como a água e a eletricidade. É um fato inadmissível para um continente com imensos recursos naturais".

Referindo-se também ao Peru, de acordo com o L'Osservatore Romano, o arcebispo destacou um paradoxo: apesar da crise internacional generalizada, o ano que começa deixa ver uma "ligeira melhoria económica e financeira na América Latina."

No entanto, este crescimento econômico -  pergunta - "é um crescimento de todos e para todos, ou continua existindo uma grande proporção da população que luta para sobreviver?".
A resposta está numa visão e numa prática da economia ainda profundamente enraizada, que é caracterizada por interesses pessoais e corporativos, o que contradiz a necessária busca do bem comum.

De acordo com o arcebispo, para superar, ou pelo menos mitigar as desigualdades sociais e a pobreza generalizada na América Latina - agravada por velhos e novos males - como a violência e as drogas, deve-se "distribuir a riqueza" recuperando o irrenunciável valor social e a dimensão ética da economia e das finanças; são necessários projetos de desenvolvimento sustentável de âmplo alcance, que tenham em conta os excluídos da sociedade.

Em suma, "um novo modelo econômico baseado na doutrina social da Igreja", que contém um conjunto de princípios, ensinamentos e orientações destinadas a resolver, no espírito do Evangelho, os problemas sócio-políticos e econômicos.

Tradução TS

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Entrevistas


O que é importante para ajudar a reconstruir o Haiti?
Após dois anos da tragédia, responsável pelo projeto de ajuda da AIS fala ao ZENIT

ROMA, quinta-feira, 12 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Rafael D’Aqui, advogado, estudou Direito Civil e Canônico na Universidade Lateranense de Roma , é responsável pela Seção América Latina I, da Fundação Pontifícia - Ajuda à Igreja que Sofre  (AIS) - . Ele contou ao ZENIT sobre sua experiência de trabalho no projeto de ajuda ao Haiti.

***

Quando você recebeu a proposta para acompanhar os projetos no Haiti, já havia acontecido a tragédia do terremoto do 12 de janeiro de 2010?

Durante o meu tempo de estágio preparatório para o trabalho aqui na sede internacional da AIS, entre julho e setembro de 2009, já havia tido contato com projetos do Haiti. No dia da tragédia, estava trabalhando na redação brasileira da Rádio Vaticano e a notícia da morte da Dra. Zilda Arns no terremoto em Porto Príncipe, recordo-me, nos deixou a todos consternados. Alguns meses, mais tarde, em julho de 2010, assumi o cargo de Responsável de Projetos da Seção que já acompanhava os trabalhos no Haiti, o que me satisfaz, pois a grande necessidade do país nos motiva a trabalhar mais e com redobrada motivação por esse povo tão sofrido. Em minha seção, acompanho projetos pastorais na região geográfica entre a Bolívia e o México (excluindo, portanto Cuba, Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que pertencem à Seção América Latina II).

A tragédia mudou alguma coisa na execução dos trabalhos da AIS naquele país?

Nossa Seção sempre buscou acompanhar de perto toda a situação haitiana, especialmente do nosso interlocutor principal, que é a Igreja – na pessoa dos bispos, sacerdotes, religiosas e religiosos – gente que sempre esteve em primeira linha muito comprometida com o desenvolvimento do país. Nossa primeira atitude foi buscar de todo jeito contactar nossos parceiros de projeto no local. Três meses após a catástrofe, convidamos o presidente da Conferência Episcopal Haitiana, Dom Kébreau e o então Administrador Apostólico de Porto Príncipe, Dom Lafontant, para uma visita à nossa sede. Antes de minha chegada para assumir o cargo na Seção, já uma equipe de trabalho nossa havia estado nos locais mais tocados pela tragédia.

Quando você foi ao Haiti, qual foi a maior necessidade encontrada?

Vimos logo a necessidade de visitas e contatos mais frequentes para atender bem a demanda. Ouvir e conhecer mais profundamente a dor e a consternação de nossos irmãos haitianos tornou-se assim uma prioridade para nossa seção. Por isso em meu primeiro ano de trabalho aqui busquei dedicar-me especialmente a conhecer pessoalmente mais deste país. Já realizei 2 viagens ao Haiti neste último ano e pude encontrar todos os bispos e conhecer mais de perto mais do sofrimento da população. Ambas as viagens que realizei contaram com especial ajuda e colaboração da Conferência Episcopal Haitiana, que articulou um programa e algumas entrevistas nas 10 dioceses do país.

Qual é o critério utilizado para a execução dos projetos que você acompanha? Vocês contam com a ajuda da população local?

Nosso trabalho na AIS prioriza atender, como desejava o nosso fundador, Pe. Werenfried van Straaten, as urgências e as carências mais sentidas da Igreja local para que a boa nova chegue a todos os homens. Para isso, dedicamos muito de nossa viagem para deixar que a própria Igreja no Haiti nos mostre o que podemos fazer, dentro de nossas possibilidades, para que os seus agentes continuem sendo “tudo para todos”. Essa foi a impressão mais forte que tive da Igreja nesse país. O sacerdote, a religiosa, os agentes da pastoral do dia-a-dia são sinal de esperança para a população. Entrevistando alguns sacerdotes, nos surpreende ver estes homens que dedicam a sua juventude – muitos são bem jovens! – em localidades onde faltam todas as estruturas. E eles nos dizem: “amigo, aqui o pároco sou eu, mas o padre é também pro povo médico, advogado, juiz, motorista... se um pessoa está doente ou uma mulher grávida precisa dar à luz, não tenha dúvida que a nossa gente não hesitará em nos chamar, mesmo que seja no meio da madrugada”.

O que mais te impressionou durante estas viagens? Você se lembra de algum momento em particular?

Durante as duas viagens, certamente muitas cenas me impressionaram. Mas particularmente nos dá uma grande sensação de impotência e uma certa tristeza ver a Catedral e o Palácio Presidencial de Porto Príncipeem ruínas. Osdois monumentos da capital haitiana continuam incomodando a paisagem até hoje, 2 anos após a tragédia. Eles são símbolo de muitas vidas que ficaram em pedaços naquele país, depois da catástrofe natural. Hoje, acredita-se que apenas 50% dos escombros foram retirados das ruas. A impressão que deixa após a segunda viagem de trabalho é que eles quase que se “integraram” à paisagem urbana, em meio a uma avalanche de carros que entopem as vias e alguns acampamentos que resistem à provisoriedade para os quais foram criados.

A primeira viagem de trabalho, em novembro de 2010, foi especialmente marcada por um período tenso que pudemos testemunhar. Coincidiram, durante a visita de nossas equipes, o início da trágica epidemia de cólera, algumas rebeliões contra a MINUSTAH (forças de paz da ONU que ocupam o território) e clima tenso em razão da disputa presidencial.

A segunda viagem foi em maio do ano passado. Nela buscamos compreender melhor a dinâmica na qual o país foi introduzido. Procuramos conhecer um pouco mais das localidades igualmente necessitadas fora do eixo Porto Príncipe-Jacmel. Com a migração interna após o 12 de janeiro de 2010, alguns tentam a vida em outras regiões do país, longe da agitação da capital e em terras onde supostamente estariam livres de tremores. Dessa segunda viagem nasceram alguns posts em meu blog:www.novavereda.blogspot.com/search/label/Haiti com entrevistas, pessoas, histórias e músicas que ouvi na minha estada.  

As pessoas do local, especialmente após a catástrofe de 2010, sonham com alguma coisa?

Surpreendeu-me o fato de que muitos haitianos sonham com um visto que lhes possibilitava uma chance de vida melhor no exterior. Isso é, em minha opinião, um sintoma de que muitos não encontram oportunidade, as desigualdades no país são assustadoras e, infelizmente, o Estado historicamente não foi capaz de atender às demandas da população. Milhares tentam a vida no Canadá, outros na França e alguns também nos EUA. Essa comunidade da diáspora é o “ganha pão” de muitas famílias. A insegurança alimentar, a falta de infra-estrutura de base (água, esgoto, educação para todos, moradia digna), somada ao altíssimo índice de desemprego, faz com que muitas lideranças, muitos “cérebros” fujam da realidade. Outros tantos que se encontram no país, não tem oportunidade.

Qual era a situação das pessoas, particularmente, nos acampamentos? Como você foi recebido?

Eram os lugares de maior sofrimento, mesmo acompanhados por alguma presença eclesial, nem sempre é fácil... Há dois sentimentos: os estrangeiros nos trouxeram a tragédia, ou é do exterior que vem a salvação. Nunca sabemos com qual atitude vamos nos deparar. Mesmo um bom tempo após a tragédia, há uma ferida “psicológica” que pode custar a sarar. Com razão muitos não aceitam serem fotografados em condições indignas, como as que oferecem os acampamentos ou favelas como a de Cité Soleil, na capital, onde o lixo se confunde com os animais, os veículos e as pessoas. Mas em geral, há que ser sincero e dizer que tive uma experiência muito positiva. O povo é em geral bastante acolhedor e simpático. Há muita gente cansada de esperar. Há muitos que trabalham também para reacender a esperança.

Passaram-se dois anos desde a catástrofe, o que a população espera de vocês e das outras organizações que ajudam na reconstrução do Haiti? Como você acompanha a situação do local atualmente?

A grande tentação nesse momento pode ser a de reconstruir tudo de qualquer maneira. Talvez alguns esperem uma resposta mais ágil das organizações, mas precisamos assegurar nossos benfeitores e a população beneficiada pelos projetos de que as construções que serão feitas respeitarão realmente medidas técnicas anti-sísmicas e também anti-ciclônicas, já que anualmente o país é tocado por fenômenos naturais que ocasionam danos nesse sentido.

Acompanhamos a situação principalmente através do parecer dos bispos de cada localidade. Mesmo não podendo estar mais presente fisicamente, pois tenho que acompanhar projetos também em outros países, buscamos estar unidos sempre na oração e obter informações. Um princípio de trabalho da Fundação AIS (www.acn-intl.org) é tudo começar pela oração. Rezamos primeiro com nossos benfeitores pela situação dos nossos irmãos no mundo. Buscamos nos atualizar com os nossos contatos para manter nossa rede de benfeitores em dia com as notícias que nos chegam das diversas partes do mundo. Por fim, aqueles que se sentem tocados por uma ou outra realidade tem também a ocasião de fazer uma partilha concreta pelo bem de outros mais necessitados no mundo.

E o que seria realmente mais importante para ajudar a população Haitiana?

Creio firmemente que investir e apoiar o trabalho com a Igreja católica é um ponto chave. Temos visto que os missionários fazem o bem a todos sem discriminação. Muitas seitas e outros movimentos religiosos, além das ONGs tem entrado no país com uma caridade que infelizmente faz bem só a si mesmo ou a grupos restritos. Uma irmã uma vez indignada dizia que o trabalho das ONGs é assim: “precisa não enxergar de um olho ou ter uma perna torta pra poder receber alguma coisa dessa gente”. Claro que cada um tempo o seu papel e há organizações que trabalham com seriedade. A Igreja trabalha diretamente com a população e está aberta a todos. Um bispo nos explicava: “aqui a primeira coisa que a gente faz quando abre uma missão é criar a escola. O padre é também professor. Se não ensinarmos o povo a ler, não encontramos ninguém que possa fazer as leituras na missa!”. De fato, há um costume de construir “capelas-escolas”, onde nas localidades mais desatendidas dá-se uma oportunidade a muita gente pra começar seus estudos. Da mesma maneira, trabalha-se com os órfãos, com os doentes (nos dispensários e nos hospitais). Temos buscado ajudar especialmente às congregações religiosas locais, pois boa parte da educação passa pela mão das irmãs que são professoras seja no ensino público que privado.

Um bispo nos dizia durante nossa viagem: “Mais importante que reconstruir paredes hoje – que também precisamos – é educar o povo e reconstruir o país a partir do coração de cada homem”.  

Por: Maria Emília Marega

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O cine-fórum e a evangelização
Entrevista com padre Federico Juarez, L.C, missionário no Brasil.

Por Tarcisio Siqueira

BRASILIA, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012 (ZENIT.org).- Entrevista com o Padre Federico Juárez, LC, sacerdote, originário da cidade mexicana de Aguas Calientes. Missionário em terras brasileiras há mais de dez anos, atuando hoje no Estado do Rio Grande do Sul, tendo passado por Brasilia, a capital do Brasil, e pelo Rio de Janeiro. Ao longo destes anos desenvolveu várias atividades apostólicas.

Diante disso o convidei para contar um pouco de uma destas atividades, conhecida como cine-fórum, que consiste em organizar pequenos grupos para assistir bons filmes, como por exemplo o filme "Bella" do ator e produtor Eduardo Verastequi:

1 – Como conheceu o filme "Bella"?

Eu conheci o filme pela promoção que se fez no México. E lá a promoção era de um filme onde se apresentava de forma original, e de acordo com os tempos de hoje, um tema atual que é defesa da vida. Eu gostei do filme porque, embora apresente um drama pessoal dos dois atores principais, ambos de mundos diferentes, ao final compartilham o respeito à vida e a felicidade por respeitar a mesma vida, pois não cabe a homem algum decidir pela interrupção de uma gravidez por motivos econômicos. No desenrolar da história o ator matou uma criança e leva consigo o drama de querer repor o dano feito, e a autora engravida de outro  sem desejar, querendo se libertar do "produto" porque não conseguiria trabalho algum para sustentar a criança. Ao final ambos realizam seu sonhos: ele tenta emendar o dano que fez, e ela, mesmo não ficando com sua filha, respeita a vida dela e a abraça como sua mãe.

2 – Como nasceu a idéia dos cine-fóruns? E Quando?

Esta ideia já é velha, pois eu faço cine-fóruns há muitos anos, e com filmes que realmente ajudam os jovens a refletirem sobre temas que atingem em primeira pessoa suas vidas, sempre com o intuito de "despertar" neles, no debate, o desejo de conhecer a verdade e de querer abraçá-la custe o que custar. Apenas saiu este filme em DVD para comprar, e passou a fazer parte da minha lista de cine-fóruns. E as pessoas gostam de debater sobre temas reais e atuais. Em concreto este filme faz que a juventude pense nas consequências que pode ter uma decisão mal feita, e a alegria de respeitar a natureza, quer dizer, os planos de Deus, mesmo nos equivocando numa decisão que não tínhamos a visão do que isso provocaria.

3 – Quantos cine-foruns já realizou? Quantos Participaram?

Vários, todos eles em grupos de 15 a 20 pessoas, para poder ter debates que os jovens possam participar, acrescentar, pensar e fazer suas colocações a vontade. Também para que o moderador possa motivar às pessoas que queiram falar.

4 – Qual testemunho dos participantes vale a pena recordar?

Ainda me lembro de uma menina que falou que tinha sido para ela uma grande lição de vida a menina do filme, pois não é a beleza física que faz com que as decisões estejam certas, mas a própria consciência de que a vida vale muito mais, e de que está acima de tudo, e deve ser respeitada para poder compartilhar com o próximo a própria existência.

5 – O Senhor indicaria como atividade complementar às atividades paroquiais? 

Com certeza, acho que na pastoral da juventude poderia ser uma atividade que pudesse dar espaço à juventude, que, desejosa de conhecer e abrir-se à realidade, busca modelos de vida diferentes aos modelos que o mundo apresenta, e que são fictícios. Os jovens querem dividir, conhecer a verdade, e este filme apresenta uma realidade em que a família, a educação, a mesma vida leva às pessoas a valorizarem o dia a dia que está perto de nós, e que temos que assumir as consequências dos nossos atos, pois, como diz Saint Exupéry: “nós nos fazemos eternamente responsáveis pelas pessoas que cativamos”.

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Espiritualidade


"Minha Mãe, se Lúcifer fosse capaz de se arrepender, a senhora lhe conseguiria o seu perdão
Livro do padre Stanzione sobre o Cura d'Ars e Nossa Senhora

Por Alfonso Maraffa

ROMA, segunda-feira, 9 de janeiro, 2012 (ZENIT.org) .- No início do ano de 2012, a editora Tau de Assis publica o texto do Pe. Marcello Stanzione, intitulado "O santo Cura d'Ars devoto de Maria e dos anjos" no preço de 15 euros.

Recentemente, o Papa Bento XVI abençoou uma imagem do Santo Cura de Ars, com nome secular de Jean Marie Baptiste Vianney, doada pelo Bispo da Diocese de Bellery-Ars, monsenhor Guy Bagnard, na manhã de quarta-feira, 30 de novembro de 2011, por ocasião da audência geral na Sala Paulo VI, no Vaticano.

"Querido peregrinos de lingua francesa - disse Bento XVI após sua catequese francófona - tenho o prazer de dar as boas-vindas e cumprimentar o Pontifício Seminário francês de Roma e a delegação da diocese de Belley-Ars, acompanhada pelo bispo, Dom Guy Bagnard, vinda para oferecer à Basílica Vaticana um retrato do Santo Cura de Ars, em comemoração do Ano Sacerdotal ".

Bento XVI exortou os convidados de língua francesa à oração, na escola do Santo cura D’Ars. "Seguindo São João Maria Vianney reaprendamos a importância da oração na nossa vida! Orando regularmente, entraremos com Jesus no plano amoroso de Deus sobre nós e encontraremos a força e a alegria para responder com generosidade".

O quadro, destinado à sacristia de São Pedro, foi oferecido por Monsenhor Bagnard "em lembrança e agradecimento pelo Ano Sacerdotal 2009-2010", de modo que os padres possam se preparar para celebrar a Missa sob o olhar caloroso do Santo sacerdote", assim o comentou o reitor do Pontifício Seminário Francês de Roma, padre Sylvain Bataille, membro da Sociedade de São João Maria Vianney.

O retrato é uma cópia, executada de acordo com as regras da arte, do quadro realizado pelo pintor inglês Arthur Shelley em 1876, considerado o retrato mais autêntico de São João Maria Vianney.

É, portanto, com autêntica alegria que apresento este novo trabalho do padre Marcello sobre o Santo  Padroeiro dos Sacerdotes e dos párocos, convidando todos vós a lê-lo. O seminarista João Batista Maria Vianney, conhecido como "debilissimus" e, no máximo, "debilior", no seminário Santo Irineu de Lião, com a ajuda e nas mãos da Santíssima Virgem tornou-se o “Santo Cura de Ars".

É à sua devoção que nós devemos que São João Vianney tivesse o domínio de si e a paz. Ele costumava dizer: "Agradeço a Deus por ter pego um coração tão bom e por ter dado um tão bom à sua Mãe". O coração de Maria permanecia para ele bem aberto. Ele recorria à ele incansavelmente. "Tenho ido tantas vezes àquela fonte, reconhecia ele, que não teria sobrado nada há muito tempo, caso ela não fosse inesgotável".

Sua confiança filial era à toda prova. Catarina Lassagne, sempre atenta aos seus ensinamentos catequéticos, conservou esta história narrada pelo Santo Cura: "Que houve um santo ou uma santa, não me lembro bem, que tinha escutado Nosso Senhor dizer à Santíssima Virgem: “Minha Mãe, se Lúcifer fosse capaz de se arrepender, a senhora lhe conseguiria o seu perdão”. 

(Tradução TS)

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Angelus


O mediador ajuda as pessoas a reconhecer a voz de Deus e a segui-la
Bento XVI reflete sobre o chamado vocacional, durante o Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 15 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Apresentamos as palavras de Bento XVI pronunciadas neste II Domingo do Tempo Comum, aos fiéis e peregrinos presentes na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.

***

Queridos irmãos e irmãs!

Nas leituras bíblicas deste domingo – o segundo do Tempo Comum - emerge o tema da vocação: no Evangelho é o chamado dos primeiros discípulos por Jesus; na primeira leitura é o chamado do profeta Samuel. Em ambas as narrações, se destaca a importância da figura de quem faz o papel de mediador, ajudando as pessoas chamadas a reconhecer a voz de Deus e a segui-la.

 No caso de Samuel, se trata de Eli, sacerdote do templo de Shiloh, onde era guardada antigamente a arca da aliança, antes de ser transportada para Jerusalém. Uma noite Samuel, que era ainda um garoto e desde pequeno vivia a serviço do templo, por três vezes seguidas escutou ao chamado no seu sono e foi a Eli. Mas não era ele que o chamava. Na terceira vez Eli compreendeu, e disse a Samuel: Se te chamarem novamente, responda: “Fala-me, Senhor, porque teu servo te escuta" (1 Sam 3,9). E assim foi, e daquele momento em diante Samuel aprendeu a reconhecer a palavra de Deus e se tornou seu fiel profeta.

No caso dos discípulos de Jesus, a figura mediadora é a de João Batista. Efetivamente, João tinha um vasto número de discípulos, e entre eles, dois pares de irmãos: Simão e André, João e Tiago, pescadores da Galiléia. Exatamente a dois desses, Batista indicou Jesus, no dia seguinte do seu batismo, no rio Jordão.  Indicou-o dizendo: "Eis o cordeiro de Deus!" (Jo 1,36), que quer dizer: Eis o Messias. E aqueles dois seguiram Jesus, permaneceram durante muito tempo com Ele e se convenceram que realmente era o Cristo. Assim disseram aos outros, e assim foi formado o primeiro núcleo do que viria a ser o colégio dos Apóstolos.

Sob a luz desses dois textos, gostaria de destacar o papel decisivo do guia espiritual no caminho da fé e, particularmente, na resposta à vocação de especial consagração a serviço de Deus e de seu povo. A própria fé cristã, por si mesma, pressupõe o anuncio e o testemunho: de fato essa consiste na adesão à boa nova de que Jesus de Nazaré morreu e ressuscitou, e que é Deus. E assim também ao chamado a seguir Jesus de perto, renunciando a formar uma família própria para dedicar-se à grande família da Igreja, passa normalmente através do testemunho e da proposta de um "irmão maior", geralmente um sacerdote. Isso, sem se esquecer do papel fundamental dos pais, que com uma fé genuína e alegre e o amor conjugal, mostram aos filhos que é belo e possível construir toda a sua vida sobre o amor de Deus.

Queridos amigos, rezemos à Virgem Maria por todos os educadores, especialmente pelos sacerdotes e pelos pais, para que tenham consciência da importância do papel espiritual, em favorecer aos jovens, além do crescimento humano, a reposta ao chamado de Deus, a dizer: "Fala, Senhor, o teu servo te escuta".

 ***

Depois do Angelus

Celebramos hoje o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Milhões de pessoas estão envolvidas no fenômeno da migração, mas isso não são números! São homens e mulheres, crianças, jovens e anciãos à procura de um lugar para viver em paz.

Na minha Mensagem para este Dia do Migrante e do Refugiado chamei a atenção para o tema "Migrações e nova evangelização", destacando que os migrantes não são somente destinatários mas também protagonistas do anuncio do Evangelho no mundo contemporâneo. Neste contexto, tenho prazer em dirigir uma saudação cordial aos representantes das comunidades de imigrantes em Roma, hoje presentes na Praça de São Pedro. Bem-vindos!

Gostaria de lembrar que do dia 18 ao dia 25 deste mês de janeiro, será realizada a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Convido todos, a nível pessoal e comunitário, a unirem-se espiritualmente e, onde possível , também na prática, para invocar a Deus pelo dom da plena unidade entre os discípulos de Cristo.

 Tradução:MEM

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Audiência de quarta-feira


"Recorda-te de quem é a tua Cabeça e de qual Corpo és membro"
As palavras de Bento XVI na primeira Audiência geral do ano

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras de Bento XVI, na primeira Audiência do ano, realizada no dia 4 de janeiro. 

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Natal do Senhor: Mistério de alegria e de luz

Queridos irmãos e irmãs!

Estou feliz por vos acolher nesta primeira Audiência geral do ano novo e de todo o coração apresento a vós e às vossas famílias os meus votos afectuosos: Deus, que no nascimento de Cristo seu Filho inundou de alegria o mundo inteiro, disponha obras e dias na sua paz. Estamos no tempo litúrgico do Natal, que inicia na noite de 24 de Dezembro com a vigília e se conclui com a celebração do Baptismo do Senhor. O arco dos dias é breve, mas denso de celebrações e mistérios e concentra-se todo em volta de duas grandes solenidades do Senhor: Natal e Epifania. O próprio nome destas duas festas indica a sua respectiva fisionomia. O Natal celebra o acontecimento histórico do nascimento de Jesus em Belém. A Epifania, nascida como festa no Oriente, indica um facto, mas sobretudo um aspecto do Mistério: Deus revela-se na natureza humana de Cristo e é este o sentido do verbo grego epiphaino, tornar-se visível. Nesta perspectiva, a Epifania recorda uma pluralidade de acontecimentos que têm como objecto a manifestação do Senhor: de modo particular a adoração dos Magos, que reconhecem em Jesus o Messias esperado, mas também o Baptismo no rio Jordão com a sua teofania — a voz de Deus do alto — e o milagre nas Bodas de Caná, como primeiro «sinal» realizado por Cristo. Uma lindíssima antífona da Liturgia das Horas unifica estes três acontecimentos em volta do tema das núpcias entre Cristo e a Igreja: «Hoje a Igreja une-se ao seu Esposo celeste, porque no Jordão Cristo lavou os seus pecados; os Magos acorrem com dons às núpcias reais, e os convidados rejubilam ao ver a água transformada em vinho» (Antífona das Laudes). Podemos quase dizer que na festa do Natal se ressalta o escondimento de Deus na humanidade da condição humana, no Menino de Belém. Ao contrário, na Epifania evidencia-se o seu manifestar-se, o aparecer de Deus através desta mesma humanidade.

Nesta Catequese, gostaria de recordar brevemente alguns temas próprios da celebração do Natal do Senhor, para que cada um de nós possa beber na fonte inexaurível deste Mistério e dar frutos de vida.

Antes de tudo, perguntemo-nos: qual é a primeira reacção face a esta extraordinária acção de Deus que se faz menino, que se torna homem? Penso que a primeira reacção só pode ser a alegria. «Rejubilemos todos no Senhor, porque nasceu no mundo o Salvador»: assim começa a Missa da noite de Natal, e acabámos de ouvir as palavras do Anjo aos pastores: «Eis que vos anuncio uma grande alegria» (Lc 2, 10). É o tema que abre o Evangelho, e é o tema que o encerra porque Jesus Ressuscitado reprovará aos Apóstolos precisamente o facto de estarem tristes (cf. Lc 24, 17 — incompatível com o facto de que Ele permanece Homem eternamente. Mas demos um passo em frente: de onde provém esta alegria? Diria que vem da admiração do coração ao ver como Deus está próximo de nós, como Deus pensa em nós, como Deus age na história; por conseguinte, é uma alegria que nasce da contemplação do rosto daquele menino humilde porque sabemos que é o Rosto de Deus presente para sempre na humanidade, para nós e connosco. O Natal é alegria porque vemos e finalmente temos a certeza de que Deus é o bem, a vida, a verdade do homem e se abaixa até ao homem, para o elevar a Si: Deus torna-se tão próximo que o podemos ver e tocar. A Igreja contempla este mistério inefável e os textos da liturgia deste tempo estão imbuídos da admiração e da alegria; todos os cânticos de Natal expressam esta alegria. O Natal é o ponto no qual Céu e terra se unem, e várias expressões que ouvimos nestes dias ressaltam a grandeza de quanto aconteceu: o distante — Deus parece muito longe — tornou-se próximo; «o inacessível quis ser alcançável, Ele que existe antes do tempo começou a estar no tempo, o Senhor do universo, ocultando a grandeza da sua majestade, assumiu a natureza de servo» — exclama são Leão Magno (Sermão 2 sobre o Natal, 2. 1). Naquele Menino, necessitado de tudo como as crianças, aquilo que Deus é: eternidade, força, santidade, vida e alegria, une-se ao que nós somos: debilidade, pecado, sofrimento e morte.

A teologia e a espiritualidade do Natal usam uma expressão para descrever este acontecimento, falando de admirabile commercium, ou seja, de um admirável intercâmbio entre a divindade e a humanidade. Santo Atanásio de Alexandria afirma: «O Filho de Deus fez-se homem para nos fazer Deus» (De Incarnatione, 54, 3: pg 25, 192), mas é sobretudo com são Leão Magno e com as suas célebres Homilias sobre o Natal que esta realidade se torna objecto de profunda meditação. Com efeito, afirma o santo Pontífice: «Se nos apelamos à condescendência inefável da divina misericórdia que induziu o Criador dos homens a fazer-se homem, ela elevar-nos-á à natureza d’Aquele que adoramos na nossa» (Sermão 8 sobre o Natal: CCL 138, 139). O primeiro acto deste intercâmbio maravilhoso realiza-se na própria humanidade de Cristo. O Verbo assumiu a nossa humanidade e, em contrapartida, a natureza humana foi elevada à dignidade divina. O segundo acto do intercâmbio consiste na nossa participação real e íntima na natureza do Verbo. Diz São Paulo: «Quando veio a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adopção de filhos» (Gl 4, 4-5). O Natal é, por conseguinte, a festa na qual Deus se torna tão próximo do homem que partilha o seu próprio acto de nascer, para lhe revelar a sua dignidade mais profunda: ser filho de Deus. E assim o sonho da humanidade, começando no Paraíso — gostaríamos de ser como Deus — realiza-se de maneira inesperada não pela grandeza do homem que não se pode fazer Deus, mas pela humanidade de Deus que desce e assim entra em nós na sua humildade e nos eleva à verdadeira grandeza do seu ser. A este propósito o Concílio Vaticano II disse: «Na realidade, só no mistério do Verbo encarnado o mistério do homem encontra verdadeira luz» (Gaudium et spes, 22); ao contrário, permanece um enigma: o que significa esta criatura, homem? Unicamente vendo que Deus está connosco podemos ver luz para o nosso ser, sentir-nos felizes por sermos homens e viver com confiança e alegria. E onde se torna presente de modo real este intercâmbio maravilhoso, para que aja na nossa vida e faça dela uma existência de verdadeiros filhos de Deus? Torna-se muito concreta na Eucaristia. Quando participamos na Santa Missa apresentamos a Deus o que é nosso: o pão e o vinho, fruto da terra, para que Ele os aceite e transforme doando-se a Si mesmo a nós e fazendo-se nosso alimento, para que recebendo o seu Corpo e o seu Sangue participemos da sua vida divina.

Por fim, gostaria de falar de outro aspecto do Natal. Quando o Anjo do Senhor se apresenta aos pastores na noite do Nascimento de Jesus, o Evangelista Lucas anota que «a glória do Senhor os envolveu de luz» (2, 9); e o Prólogo do Evangelho de João fala do Verbo que se fez carne como da luz verdadeira que vem ao mundo, a luz capaz de iluminar todos os homens (cf. Jo 1, 9). A liturgia de Natal está imbuída de luz. A vinda de Cristo dissipa as trevas do mundo, enche a Noite santa de um brilho celeste e difunde sobre o rosto dos homens o esplendor de Deus Pai. Também hoje. Envolvidos pela luz de Cristo, somos convidados com insistência pela liturgia de Natal a deixar-nos iluminar a mente e o coração pelo Deus que mostrou o esplendor do seu Rosto. O primeiro Prefácio de Natal proclama: «No mistério do Verbo encarnado apareceu aos olhos da nossa mente a luz nova do teu esplendor, para que conhecendo Deus visivelmente, por seu meio sejamos atraídos pelo amor das realidades invisíveis». No mistério da Encarnação Deus, depois de ter falado e agido na história mediante mensageiros e com sinais, «apareceu», saiu da sua luz inacessível para iluminar o mundo.

Na Solenidade da Epifania, 6 de Janeiro, que celebraremos daqui a poucos dias, a Igreja propõe um texto muito significativo do profeta Isaías: «Levanta-te e resplandece, chegou a tua luz; a glória do Senhor levanta-se sobre ti! Olha: a noite cobre a terra e a escuridão os povos; mas sobre ti levantar-se-á o Senhor, a sua glória te iluminará. As nações caminharão à tua luz, os reis, ao esplendor da tua aurora» (60, 1-3). É um convite dirigido à Igreja, mas também a cada um de nós, a tomar consciência ainda mais viva da missão e da responsabilidade em relação ao mundo ao testemunhar e levar a luz nova do Evangelho. No início da Constituição Lumen gentium do Concílio Vaticano II encontramos as seguintes palavras: «Sendo Cristo a luz das nações, este santo Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente com a luz d’Ele, resplandecer no rosto da Igreja, iluminar todos os homens anunciando o Evangelho a todas as criaturas» (n. 1). O Evangelho é a luz que não se deve esconder, que se deve pôr na candeia. A Igreja não é a luz, mas recebe a luz de Cristo, acolhe-a para ser por ela iluminada e para a difundir em todo o seu esplendor. E isto deve acontecer também na nossa vida pessoal. Mais uma vez cito são Leão Magno, que disse na Noite Santa: «Reconhece, cristão, a tua dignidade e, tornando-se partícipe da natureza divina, não pretendas voltar a cair na condição desprezível de outrora com um comportamento indigno. Recorda-te de quem é a tua Cabeça e de qual Corpo és membro. Recorda-te de que, arrancado ao poder das trevas, foste transferido para a luz e para o Reino de Deus» (Sermão I sobre o Natal, 3, 2: CCL 138, 88).

Amados irmãos e irmãs, o Natal é deter-se para contemplar aquele Menino, o Mistério de Deus que se faz homem na humildade e na pobreza, mas é sobretudo acolher de novo em nós próprios aquele Menino, que é Cristo Senhor, para viver da sua mesma vida, para fazer com que os seus sentimentos, os seus pensamentos e as suas acções, sejam os nossos sentimentos, os nossos pensamentos e as nossas acções. Celebrar o Natal é, por conseguinte, manifestar a alegria, a novidade, a luz que este Nascimento trouxe a toda a nossa existência, para sermos também nós portadores da alegria, da verdadeira novidade, da luz de Deus aos outros. Faço de novo a todos os bons votos de um tempo natalício abençoado pela presença de Deus!

* * *

Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! O Natal é um convite a contemplar no Menino Jesus o Mistério de Deus que se faz homem na humildade e pobreza, e, sobretudo, a acolher em nós mesmos este Menino, que é o Cristo Senhor, para fazer com que os seus sentimentos, pensamentos e ações sejam também os nossos. Portanto, sede portadores da alegria, novidade e luz de Deus manifestadas no Natal. De todo o coração, desejo-vos um Ano Novo abençoado!

© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

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"A instituição da Eucaristia, é a grande oração de Jesus e da Igreja"
A meditação de Bento XVI durante a Audiência Geral de hoje

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras do Santo Padre Bento XVI na Audiência Geral de hoje, dirigidas aos fiéis e peregrinos presentes na Sala Paulo VI.

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Queridos irmãos e irmãs,

No nosso caminho de reflexão sobre a oração de Jesus apresentada nos Evangelhos, queremos meditar hoje sobre o momento, particularmente solene, da sua oração na última Ceia. A cena temporal e emocional do momento no qual Jesus se despede dos amigos é a iminência da sua morte que Ele sente próxima naquele momento. Há muito tempo Jesus já tinha começado a falar da sua paixão e procurou envolver sempre mais os seus discípulos nesta prospectiva. O Evangelho segundo Marcos narra que desde o início da viagem em direção a Jerusalém, nos vilarejos da distante Cesareia de Filipe, Ele tinha começado a ensinar-lhes que Filho do Homem deveria sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos do povo, pelos sumo sacerdotes e pelo escribas, ser morto e depois de três dias, ressuscitar (Mc 8,31). Além disso, exatamente nos dias nos quais se preparava para se despedir dos discípulos, a vida do povo estava marcada pela proximidade da Páscoa, ou seja, pelo memorial da libertação de Israel do Egito. Essa libertação experimentada no passado e esperada de novo no presente e para o futuro, se tornava viva nas celebrações familiares da Páscoa. A ultima ceia se insere neste contexto, mas com uma novidade de fundo. Jesus olha para a sua paixão, morte e ressurreição plenamente consciente. Ele quer viver esta ceia com seus discípulos, Jesus celebra a sua Páscoa, antecipa a sua Cruz e a sua Ressurreição.

Essa novidade nos vem evidenciada pela cronologia da Ultima ceia no Evangelho de São João, o qual não a descreve como ceia pascal, exatamente porque Jesus pretende inaugurar algo novo, celebrar a Sua Páscoa, ligada certamente aos eventos do Êxodo. E para João, Jesus morreu na cruz exatamente no momento no qual no templo de Jerusalém eram imolados os cordeiros pascais.

Qual é então o núcleo desta ceia? São os gestos do partir o pão, do distribui-lo aos seus e do partilhar o cálice de vinho com as palavras que os acompanham e no contexto de oração no qual se colocam: é a instituição da Eucaristia, é a grande oração de Jesus e da Igreja. Mas olhemos mais profundamente para este momento.

Antes de tudo, as tradições neotestamentárias da Instituição da Eucaristia indicam na oração que introduz os gestos e as palavras de Jesus sobre o pão e sobre o vinho, usam dois verbos paralelos e complementários. Paulo e Lucas falam de eucaristia/agradecimento: “Tomou o pão, deu graças, o partiu e deu-lhes” (Luc 22,19). Marcos e Mateus, ao invés disso, sublinham o aspecto de benção/eulogia: “Tomou o pão, proferiu a benção, o partiu e deu-lhes (Mc14,22). Ambos os termos gregos eucaristéin e eulogéin têm a ver com a beraka hebraica, isto é, a grande oração de agradecimento e de benção da tradição de Israel que inaugurava as grandes refeições. As duas diferentes palavras gregas indicam as duas direções intrínsecas e complementares desta oração. A beraka, de fato, é antes de tudo agradecimento e louvor que sobe a Deus para o dom recebido: na Ultima Ceia de Jesus, se trata do pão – trabalhado pelo trigo que Deus faz germinar e crescer na terra e pelo vinho produzido e maturado nas videiras. Essa oração de louvor e agradecimento, que se eleva para Deus, retorna como benção, que provém de Deus sobre o dom e o enriquece. O agradecer, louvar a Deus, se torna benção, e a oferta doada a Deus retorna ao homem abençoada pelo Onipotente. As palavras da instituição da Eucaristia se colocam neste contexto de oração; na mesma oração , o louvor e a benção da beraka se tornam benção e transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus.

Antes das palavras da instituição vem os gestos: aquele do partir do pão e do oferecer o vinho. Quem parte o pão e passa o cálice é chefe de família, que acolhe à sua mesa os familiares, mas estes gestos também são de hospitalidade, de acolhida à comunhão com o estrangeiro, que não faz parte da casa. Esses mesmo gestos, na ceia com a qual Jesus se despede dos seus, adquirem uma profundidade nova. Ele dá o sinal visível da acolhida à mesa na qual Deus se doa. Jesus no pão e no vinho oferece e comunica si mesmo.

Mas como pode realizar-se tudo isto? Como pode Jesus dar, naquele mesmo, Si mesmo? Jesus sabe que a vida está para ser-lhe tirada através do suplício da cruz, a pena capital dos homens não livres, aquela que Cicerone definia a mors turpissima crucis (morte vergonhosa da cruz). Com os dons do pão e do vinho oferecidos na Ultima Ceia, Jesus antecipa a sua morte e a sua ressurreição realizando aquilo que havia dito no discurso do Bom Pastor: “Eu dou a minha vida para depois tomá-la de novo. Ninguém me tira: eu a dou. Tenho o poder de dá-la e o poder de tomá-la de novo. Este é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10, 17-18). Ele, portanto, oferece antecipadamente a vida que lhe sará tirada e deste modo transforma a sua morte violenta em um ato livre de doação pelos outros e aos outros. A violência suportada se transforma em sacrifício ativo, livre e redentor.

Mais uma vez na oração, iniciada segundo as formas rituais da tradição bíblica, Jesus mostra a sua identidade e a determinação de cumprir até o fim a sua missão de amor total, de oferta em obediência à vontade do Pai. A profunda originalidade do dom de si aos Seus, através do memorial eucarístico, é o cume da oração que caracteriza na ceia do adeus com os seus. Contemplando os gestos e as palavras de Jesus naquela noite, vemos claramente que o relacionamento intimo e constante com o Pai é o lugar onde Ele realiza o gesto de deixar aos seus e a cada um de nós, o Sacramento do Amor, o “Sacramentum caritatis”. Por duas vezes no cenáculo ressoam as palavras: “Fazei isto em memória de mim” (I Cor 11, 24.25). Com o dom de si, Ele celebra a sua Páscoa, se tornando o verdadeiro Cordeiro que leva à plenitude todo o culto antigo. Por isto São Paulo falando aos cristãos de Corinto afirma: “Cristo, nossa Páscoa (o nosso cordeiro pascal!) foi imolado! Celebremos, portanto, a festa com ázimos de sinceridade e de verdade (I Cor 5, 7-8).

O evangelista Lucas conservou um outro elemento precioso dos eventos da Última Ceia, que nos permite ver a profundidade comovente da oração de Jesus para os seus naquela noite, a atenção por cada um. Partindo da oração de agradecimento e benção, Jesus chega ao dom eucarístico, ao dom de si mesmo e, enquanto doa a realidade sacramental decisiva, se dirige a Pedro. Ao final da ceia, ele diz: “Simão, Simão, eis: Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, por tua vez, confirma os teus irmãos” (Luc 22,31-32). A oração de Jesus, quando se aproxima a prova também para os seus discípulos, os sustenta diante da fraqueza, da fadiga de compreender que a via de Deus passa através do Mistério Pascal de morte e ressurreição, antecipado na oferta do pão e do vinho. A Eucaristia é alimento dos peregrinos que se torna força também para quem está cansado, desorientado, esgotado. E a oração é particularmente por Pedro, para que, uma vez convertido, confirme os irmãos na fé. O evangelista Lucas recorda que foi exatamente o olhar de Jesus a procurar o rosto de Pedro no momento no qual ele havia apenas consumado a sua tríplice negação, para dar-lhe força de retomar o caminho em direção à Ele:”Naquele instante, enquanto ainda falava, um galo cantou. Então o Senhor se voltou e fixou o olhar em Pedro, e Pedro se recordou da palavra que o Senhor lhe havia dito (Luc 22,60-61).

Queridos irmãos e irmãs, participando da Eucaristia, vivemos em modo extraordinário a oração que Jesus fez e continuamente faz por cada um a fim que o mal, que todos encontramos na vida, não tenha a vitória e possa agir em nós a força transformante da morte a da ressurreição de Cristo. Na Eucaristia, a Igreja responde ao mandamento de Jesus: “Fazei isto em memória de mim” (Luc 22,19; cfr I Cor 11, 24-26); repete a oração de agradecimento e de benção e, com ela, as palavras da transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor. As nossas Eucaristias estão ligadas a este momento de oração, um unir-se sempre de novo à oração de Jesus. Desde o início, a Igreja compreendeu as palavras de consagração como parte da oração feita junto a Jesus, como parte central do louvor repleto de gratidão, através do qual o fruto da terra e do trabalho do homem nos vem novamente doado por Deus como corpo e sangue de Jesus, como auto-doação de Deus mesmo no amor acolhedor do Filho (Jesus de Nazaré II, pag. 146). Participando da Eucaristia, nutrindo-nos da Carne e do Sangue do Filho de Deus, unimos a nossa oração àquela do Cordeiro pascal na sua noite suprema, para que a nossa vida não seja perdida, apesar das nossas fraquezas e das nossas infidelidades, mas venha transformada.

Queridos amigos, peçamos ao Senhor depois de estarmos devidamente preparados, também com o Sacramento da Penitência, que a nossa participação à sua Eucaristia, indispensável para a vida do cristão seja sempre o ponto mais alto de toda a nossa oração. Pedimos que, unidos profundamente à sua mesma oferta ao Pai, que possamos também nós transformar as nossas cruzes em sacrifício livre e responsável, de amor a Deus e aos irmãos. Obrigado.

Ao final da Catequese, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa:

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, desejando-vos que o ponto mais alto da vossa oração seja uma digna participação na Eucaristia para poderdes, também vós, transformar as cruzes da vossa vida em sacrifício livre de amor a Deus e aos irmãos. Obrigado pela vossa presença. Ide com Deus.

(CN Notícias)

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Testemunho


Os jovens buscam novidade :uma alternativa para as férias
O testemunho de jovens que encontraram a Deus e se divertem

ROMA, sábado, 14 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Os jovens do Brasil e do mundo buscam alternativas para um bom divertimento. A Comunidade Católica Shalom vai ao encontro dessa necessidade e oferece uma opção particular para o período das férias.

***

Saindo do conforto de suas casas para dormir em barracões com colchonetes ou em barracas, dividindo o espaço com muitas pessoas, a princípio desconhecidas, muitos jovens procuram algo novo para suas férias. Uma aventura!

Talvez muitos não saibam que a novidade que procuram está mais perto do que imaginam, está dentro de si: é o próprio Deus, o Amor!

Como ação evangelizadora eficaz, o Projeto Juventude para Jesus da Comunidade Católica Shalom propõe um acampamento, conhecido como ACAMP`S para jovens de13 a29 anos. O evento teve sua primeira edição em 1989 e espalhou-se por várias cidades do Brasil e em diversos países como Uruguai, Itália e França.

“Nascida no meio dos jovens a Comunidade Católica Shalom tem para com eles carinho e dedicação especiais”, afirma os Estatutos da Associação Privada Internacional de Fieis que surgiu em 1980 quando seu fundador Moysés Azevedo, ofereceu ao então papa João Paulo II sua vida em favor da evangelização dos jovens em 9 de julho de 1980.

Na rotina do acampamento, depois de um bom café da manhã, os jovens participam de um agradável momento de fraternidade e oração, onde começam a se conhecer mais, fazem novas amizades e, entre elas, vai lhes sendo apresentado o grande amigo: Jesus! 

Para isso, os jovens contam com cursos de aprofundamento da fé, seminário de vida no Espírito Santo, gincanas, práticas esportivas, confissões e muito mais.

O ponto central dos dias de Acampamento são os atos litúrgicos da Santa Missa e da Adoração ao Santíssimo Sacramento, celebrados de modo mistagógicos de formas a conduzir o participante à compreensão aprofundada do mistério. 

No período da noite, as bandas de música cristã, fazem a animação, além de apresentações artísticas de dança e teatro.

A cada ano o Acampamento recebe um tema que orienta as atividades. Este ano, na cidade de Fortaleza, o ACAMP´S, que já acontece há 22 anos, tem como tema “Vida melhor não há”.

Mais de 50 mil jovens já participaram do Evento e nas últimas edições, foi registrada uma média de 1.200 participantes, somente na cidade de Fortaleza.

O Acamp´s de Natal, no Rio Grande do Norte, espera receber mil jovens. Na última edição o evento contou com a participação de 800.

Já o Acamp´s do Rio de Janeiro aguarda 300 jovens e acontecerá no Faraó do Alto. O encontro na cidade maravilhosa terá o mesmo tema da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em 2013, “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.

Os jovens inscritos contarão com uma superestrutura especialmente preparada. Além dos barracões de acampamento, terão também lanchonetes, stands, capela e uma excelente área de lazer com piscinas, quadras de esportes e equipamentos de práticas esportivas. Tudo com total segurança para a melhor comodidade dos participantes e para garantir a alegria e o espírito de aventura.

O Acampamento acontece de norte a sul do Brasil, no mês de janeiro e especificamente nas seguintes cidades: Aracajú, Fortaleza, Curitiba, Macapá, Maceió, Natal,Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, Santo Amaro e Sobral.

As inscrições para o Acampamento de Jovens Shalom podem ser feitas no site do Projeto Juventude (www.comshalom.org/juventude) ou nos centros de evangelização da Comunidade Shalom.

Vejam o que os próprios jovens dizem sobre o ACAMP´s

A primeira vez que fui para o ACAMP`S eu tinha 14 anos. Na época não sabia bem o que era realmente o ACAMPS, mas como todo jovem fui atraído por ser um acampamento diferente, com lazer, teatro, apresentações... e o melhor me veio como surpresa, um encontro que não esperava, mas que iria mudar a minha vida por completo, uma experiência pessoal com Deus. Esse foi o maior presente para as minhas férias.

Marcelo Firmeza Siqueira, 20 anos, estudante de administração.


A primeira vez que eu participei foi em 98, na verdade fui apenas visitar os meus 2 irmãos que estavam participando e achei meio loucura aquele lugar, meio sinistro, digo em estrutura, barracas, banheiros.Até ai tudo bem porque eu tava lá apenas de visita. No ano seguinte eu fui para participar e foi maravilhoso, uma experiência ótima, apesar de todas as "mazelas" do lugar.

De 2000 em diante eu já estava mais engajado no projeto juventude, e fui para servir, nas duas primeiras vezes estava na equipe de lazer, na organização das atividades que são realizadas na parte da manhã ( volei, futebol, piscina, lancha, jet ski, gincanas etc)

Nos demais anos eu já estava engajado no ministério de música da comunidade Shalom, e servia tocando bateria, e foi assim por mais 9 ou 10 Acamp's, pois a partir de 1999, salvo engano, o Acamp's passou a ter 2 edições anuais.

Servir era uma forma de retribuir tudo aquilo que eu já havia experimentado, e poder ajudar de alguma forma para que outras pessoas também pudesse sentir e viver o que eu havia sentido e vivido, para mim era uma grande motivação, e o ambiente do Acamp's é muito bom. As pessoas são muito felizes, é muito bom estar ali com todos! É uma grande experiência! 

Ricardo Mattos,27 anos, publicitário.

“Ja participei do acampamento Shalom várias vezes, e depois também servi, algumas vezes na limpeza, outras na organização, outras nas relações pessoais. Servi os jovens no acampamento Shalom é renovar a própria fé vendo Deus agir de forma tão real na vida de cada jovem. Podemos perceber a transformação dos corações e das vidas com o passar de cada dia do evento. Realmente, todos saímos transformados com tamanha força do amor de Deus. Já participei também de um Acampamento de Verão organizado pela Comunidade Shalom na Itália. Tínhamos a manhã de louvor, oração e pregação e a tarde de lazer, a noite eram momentos de fraternidade com algumas festas”.

Maíra Frate Capistrano, 29 anos, psicóloga.

O momento que eu mais esperava era o louvor e adoração da manhã porque todos os jovens se reuniam pra louvar a Deus cantando e dançando. Era uma festa, todos muito alegres, mas uma alegria diferente daquela que se encontra nas festas mundanas,  pois é uma alegria que não passa. Depois vinha a adoração, o momento de estar aos pés do Senhor e deixar que Ele transformasse as nossas vidas, quantos milagres eu pude testemunhar na minha própria vida e na vida dos outros jovens.

Verena Almeida,25 anos, publicitária.

O momento que mais me diverti foram os das Dinâmicas. E quando dei mais risadas foi nas horas de convivências em Almoços e jantares, era cada um só comédia.

Antes de fazer o Acamp`s já tinha convidados os meus amigos, que diziam que eram ateus e que acreditavam nas coisas reais e não foram, depois que fiz o Acamp´s partilhei com eles o que aconteceu comigo, o que senti, daí eu estando em Recife e eles no Rio foram agora para o Acamp´s do Rio.

 Hoje sou realmente feliz e busco viver a minha juventude da melhor forma possível, sem vícios, sem ídolos e sem apegos mundanos.
 
Thais Silva da Anunciação, 23 anos, 3° Sargento da Aeronáutica.

Por Maria Emília Marega
 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]