Fwd: [MUNDO CATÓLICO] LITURGIA DA PALAVRA 3o. DOMINGO DA QUARESMA - B Som !

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De: <nascimentoja@shaw.ca>
Data: 5 de março de 2012 21:01:04 BRT
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Assunto: [MUNDO CATÓLICO] LITURGIA DA PALAVRA 3o. DOMINGO DA QUARESMA - B  Som !
Responder A: MundoCatolico@yahoogrupos.com.br

 

É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

                    3º DOMINGO DA QUARESMA - ANO  B !

                        

            A Liturgia da Palavra deste 3º Domingo da Quaresma –B, é um convite ao cumprimento da Lei como sinal da Aliança e caminho para se chegar a Deus Pai autor, tanto da Lei como da Aliança.

            Deus sempre falou aos homens e lhes manifestou a Sua vontade de salvação, mediante a cooperação do homem e não o abuso contra a vontade de Deus.

            A Igreja sempre nos tem apresentado as maravilhas assombrosas desta vida, que começou no dia do nosso Baptismo em que nos tornámos filhos de Deus e membros da Igreja.

            Vida misteriosa pela sua dimensão transcendente, mas vida real, a única que pode saciar plenamente, toda a sede de verdade, de amor, de justiça e de liberdade, que atormenta o coração do homem.

            Na 1ª Leitura o Livro do Êxodo recorda ao Povo Judeu, que havia sido salvo, quer da escravidão do Egipto, quer das dificuldades do Deserto, que Deus deu uma Lei.

            - «Eu sou o Senhor teu Deus : fui eu que te retirei da terra do Egipto, dessa casa de escravidão. Não terás nenhum Deus além de Mim".(1ª Leitura).

             Não se trata de uma intervenção despótica ou paternalista de Deus, mas sim de um dom, pelo qual a salvação alcançada poderá ter continuidade.

            Os mandamentos são uma exigência da realidade nova  que a Aliança com Deus operou.

            Eles ajudam, na verdade, o homem a viver a sua vida de relações pessoais com Deus e de comunhão com os irmãos, para se poder alcançar a Vida Eterna prometida por Deus, como aclama o Salmo Responsorial :

            - "Senhor, Vós tendes palavras de Vida Eterna".

             Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Coríntios, e hoje também a todos nós, que muitas vezes nós nos parecemos também com os judeus e com os pagãos.

            - "Os Judeus pedem milagres, e os Gregos procuram a sabedoria".(2ª Leitura).

             Desejosos de levar a vida coberta de todos os riscos, queremos um Deus e uma religião de conveniência, sempre à nossa disposição, para nos deixar fazer o que mais nos agrada, ainda que fora da lei, mas ironicamente cobertos apenas pela Sua infinita misericórdia e sem a nossa cooperação.

            Contudo, não é esse o caminho do Reino.

             Não é este o meio de realizar o plano da História da Salvação.

             Em vez de Se impor pelo poder, pela sabedoria humana, foi pelo escândalo da Cruz que Cristo nos abriu as portas da salvação.

            Na Igreja o que conta é aceitar e seguir a Jesus no Seu caminho de sacrifício até à Ressurreição.

            No Evangelho S. João apresenta-nos Jesus na defesa da Casa do Pai, que os vendilhões fizeram  casa de comércio.

            Também aqui a Lei tem o seu lugar e Jesus quer mostrar o seu zelo pela Casa de Seu Pai.

            Nesse momento nem os discípulos O compreenderam, especialmente quando lhes disse :

            - «Arrasai este Templo, e Eu o levantarei em três dias». (Evangelho).

             Só depois da Ressurreição compreenderam que Jesus falava do Seu Corpo.

            O templo de Jerusalém era para os Judeus o lugar do seu encontro com o Deus verdadeiro, mas o culto materializou-se em tanta demasia que se tornou abuso.

            O Deus verdadeiro não está limitado a um lugar, mas destina-se a uma Pessoa viva que reunirá à sua volta todos os crentes, para dar ao Pai o culto «em Espírito e Verdade»(Jo.4,23).

            O Corpo de Jesus, destruído pela morte e reedificado com a Ressurreição é o novo lugar de encontro com Deus, é a salvação.

            O pacto com Deus só pode ser quebrado pelo homem.

            Deus "é fiel".

            Comungando o pão eucarístico, selamos a nossa aliança pessoal com Deus, no corpo e sangue, no sacraifício de Jesus Cristo.

            Essa nossa aliança com Deus,  não pode ser uma cerimónia vazia; deve coprometer toda a nossa vida, para não se derramar em vão o sangue do Filho de Deus.

            Uma vez comprometidos entre os filhos da luz não podemos mais ter hesitações nem fingimentos, falsa modéstia, preocupações temerosas; saibamos proclamar : "Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos".

            Não podemos temer as fáceis ironias de quem escarnece de nós ou o ódio do mundo pela loucura da Cruz, porque, como a Cristo "o zelo da vossa casa me devora".

            A nossa fé exige a coragem de ser vivida integralmente na nossa vida.

            Frequentemente, a nossa aliança com Deus é reduzida a uma apressada visita dominical a uma Igreja ou a um passeio turístico  a algum santuário.

            O tédio da monotonia quotidiana abafa muita s vezes os gestos mais  entusiastas.

            Muitos cristãos são capazes de actos heróicos uma vez por ano, e depois deixam-se enredar nas malhas da esclerose espiritual e do legalismo.

            O Cristianismo não consta de práticas a cumprir em determinados momentos

            A confissão não é um problema de estatística.

            A justiça deve ser aplicada, mesmo que por isso nos considerem "pouco espertos".

            Perante a "lei de Cristo", uma pequena fraude cometida contra um irmão não é julgada segundo o seu valor real,  mas segundo a lei do amor.

            As pequenas infidelidades endurecem a nossa sensibilidade a tal ponto que não podemos mais ouvir os chamamentos concretos de Cristo; e que, imperceptível mas inexoravelmente, na ânsia de autojustificação, se forma em nós uma outra lei que não é mais a lei de Cristo

            Na lei de Cristo realiza-se a Nova Aliança, e nele se manifesta a «glória de Deus», através do plano da História da Salvação..

                                                            .......

            Diz o Catecismo da Igreja Católica :

            584. – Jesus subiu ao Templo como quem sobe ao lugar privilegiado de encontro com Deus. O Templo é para Ele a casa de seu Pai, uma casa de oração, e indigna-Se com o facto de o átrio exterior se ter tornado lugar de tráfico. Se expulsa os vendilhões do Templo é pelo amor zeloso a seu Pai : «Não façais da casa de meu Pai casa de comércio». «Os discípulos recordaram-se de que estava escrito : "O zelo pela tua casa devorar-me-á" (Sl.68,10)». (Jo.2,16-17). Depois da Ressurreição, os Apóstolos guardaram para com o Templo um respeito religioso.

 

                                        

                                 Não façais da casa de meu Pai,     Destruí este Templo e Eu o reedificarei

                                             uma casa de comércio.                             em três dias.

 

           

 

 

           

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