Julio Severo: “Radicais da “Primavera Árabe” Islâmica Recebem Apoio do Governo dos EUA” plus 1 more |
Radicais da “Primavera Árabe” Islâmica Recebem Apoio do Governo dos EUA Posted: 05 Mar 2012 02:40 AM PST Radicais da "Primavera Árabe" Islâmica Recebem Apoio do Governo dos EUAMindy Belz (WORLD News Service) — Na última vez que vimos uma região tirânica inteira do mundo desmoronar, podíamos mencionar os heróis e os momentos que impeliram o acontecimento: Um eletricista chamado Lech Walesa pulando um muro no estaleiro de Gdansk, na Polônia. Boris Yeltsin em cima de um tanque em frente à Casa Branca russa, desafiando a antiga guarda comunista em 1991. O pastor Laszlo Tokes recusando uma ordem de despejo do seu apartamento na Romênia enquanto uma multidão de manifestantes se juntava. Um dramaturgo chamado Vaclav Havel diante de uma sessão conjunta do Congresso, dando um discurso em tcheco citando a Declaração de Independência dos EUA. Esses homens não eram perfeitos, mas executaram atos corajosos em momentos importantes da história. Eles ajudaram os ocidentais a encontrar um denominador comum com uma parte do mundo bloqueada da vista até a queda do Muro de Berlin, por trás de línguas e costumes estranhos e uma história abafada. Agora, 15 meses depois do começo das revoluções no Oriente Médio, onde estão os heróis da Primavera Árabe? O intelectual egípcio Essam Abdallah tem uma razão provocante pela qual não surgiu nenhum herói da democracia: Os grupos islâmicos de pressão política nos EUA, os quais contam com a atenção da Casa Branca, garantiram que não houvesse nenhum. "A opressão mais drástica das sociedades civis na região e da Primavera Árabe não é por meio de armas, ou sequer acontece no Oriente Médio. Ela não é levada a cabo por Kadafi, Mubarak, Bin Ali, Saleh ou Assad. Ela é liderada por poderosos grupos de pressão política em Washington", afirma Abdallah, professor da Universidade de Ain Shams no Egito, que escreve para a publicação pan-árabe Elaph. Abdallah afirma que alguns meses após o início da Primavera Árabe, ele e outros defensores da liberdade se deram conta de que "os poderes do Ocidente e do governo de Obama colocaram seu apoio por trás dos novos ditadores". Por meio das suas representações nos EUA, a Irmandade Islâmica, o partido islâmico Nahda da Tunísia, o Partido da Justiça de Marrocos e o Conselho Nacional de Transição, das milícias islâmicas líbias, têm recebido apoio sistemático dos EUA, escreve Abdallah, "a custa das reais forças liberais e seculares". Ele afirma que os representantes incluem Dalia Mogahed, conselheira do presidente em assuntos muçulmanos e membro do Conselho Presidencial de Assuntos de Fé e Parcerias Comunitárias; John Esposito, professor de Assuntos Internacionais e Estudos Islâmicos na Universidade de Georgetown, e lobistas do Conselho para Relações Islâmicas Americanas (Council on American Islamic Relations, CAIR), o Conselho de Assuntos Públicos Islâmicos, e a Sociedade Islâmica da América do Norte. "O bloco de regimes e organizações agora está se tornando o maior lobby islâmico que já penetrou e se infiltrou na Casa Branca, no Congresso, no Departamento de Estado e nos principais centros de tomada de decisão do governo americano". E como que para provar o argumento de Abdallah, o diretor do FBI Robert Mueller se encontrou no dia 8 de fevereiro com vários desses grupos para confirmar que a maior agência de segurança pública do país, sob diretrizes não publicadas do procurador-geral Eric Holder, removeu mais de 1000 apresentações do programa de treinamento do FBI sobre o islã considerados "ofensivos" e "racistas" pelos grupos, incluindo o uso dos termos "islã radical" e "jihad". Em janeiro, o Departamento de Polícia de Nova Iorque, sob pressão implacável do CAIR, parou de mostrar um documentário chamado A Terceira Jihad no seu programa de treinamento antiterrorista. Se você traçar as quedas na Tunísia, no Egito, na Líbia e talvez chegando à Síria, encontrará momentos iniciais de determinação individual (Mohamed Bouazizi na Tunísia, Wael Ghonim no Cairo) rapidamente abafados pela violência e pelo caos de extremistas muçulmanos se escondendo cada vez menos atrás dos defensores da liberdade mais seculares. E você também verá que a Casa Branca fez silêncio nos momentos iniciais importantes. Na Tunísia, no Egito, no Iêmen, na Líbia e na Síria, não antes que as revoluções se tornassem islâmicas e extremistas (um sinal: quando motins de muçulmanos atacaram cristãos e suas igrejas), o presidente Obama interveio, tomou o lado do motim e pediu a saída do governo. E no que continua sendo uma das maiores revoltas populares no mundo islâmico, o movimento verde do Irã em 2009, Obama nunca pediu a saída do regime. Coincidentemente, as ruas também continuaram nas mãos de uma oposição organizada e legítima (que Obama em determinado momento afirmou que "não era tão diferente do que fora publicado" pelos que estavam no poder), pelo menos até que o exército dos aiatolás os reprimisse brutalmente. Quando a poeira tiver baixado e a história for escrita, os americanos, que deveriam estar narrando contos de heróis, terão em vez disso um conto de cumplicidade pelo qual prestar contas. Mindy Belz é editora da revista WORLD, onde o artigo foi originalmente publicado. Traduzido por Luis Gustavo Gentil de artigo do Crosswalk: Islamist 'Arab Spring' Radicals Find Support in the White House Fonte: www.juliosevero.com |
Paixão indígena: a luta de Damares Alves para resgatar crianças indígenas Posted: 04 Mar 2012 02:31 PM PST Paixão indígena: a luta de Damares Alves para resgatar crianças indígenasNão eram nem 19h da última segunda-feira quando a advogada Damares Alves recebeu uma ligação desesperada. Uma índia suplicava ajuda na rodoviária do Plano Piloto. Carregava a filha de 4 anos em um cesto agarrado às costas. Escondida de sua tribo, esperava que Damares acolhesse a criança, que vivera dentro do cesto desde o dia em que veio ao mundo. Não fosse a coragem da mãe, teria sido morta logo após o nascimento. A tradição de sua tribo, que rege também outras 40 etnias pelo Brasil, a obrigaria a ceifar a vida da menina, por ser filha de mãe solteira. Por causa dos anos escondidas no cesto, mal mexia os bracinhos. Foi recebida e levada para um hospital. Não foi por acaso que o celular de Damares tocou no dia anterior à entrevista. Quando menina, ela teve o sonho de que trabalharia com crianças indígenas. Seus pais, que acolhiam idosos em casa, sempre a incentivaram a dedicar parte de seu tempo ao próximo. Com a ideia de focar seu trabalho nas tribos brasileiras, escreveu aos 16 anos cartas para instituições nacionais que ofereciam cursos na área de linguística. Recebeu como resposta de todas que seria bem-vinda, desde que bancasse os estudos. Sem dinheiro, colocou o sonho em stand by e foi trabalhar com realidades mais próximas. Ainda adolescente, estava nas ruas ajudando crianças carentes e usuárias de drogas em Aracaju, onde vivia. Dormiu nas ruas, entrou no camburão e desacatou policiais em defesa dos menores. "Eram meninos de essência boa. Precisavam de oportunidades. E eu, na minha inocência, não via o perigo de estar ao lado deles durante a madrugada. Achava que ao meu lado, ninguém os exterminaria." Anos depois se mudou para São Carlos e lá começou a trabalhar com usuários de drogas de diversas classes sociais, enquanto cursava direito. Como advogada, recebeu um convite para trabalhar como consultora parlamentar em Brasília. E foi em um dia comum do trabalho que viu entrar cinco homens de terno pela porta do gabinete. Eram os presidentes das cinco instituições de linguística que procurou quando adolescente. Queriam uma intervenção política para manter as equipes de pesquisa dentro das tribos. Daí em diante se apaixonou pela causa. Entrou nas aldeias, deu voz e ouvidos às suas reivindicações. No fim dos anos 1990, levantou junto ao Congresso a questão do infanticídio nas aldeias. A partir daí, se tornou conhecida por salvar crianças que seriam mortas por motivos diversos: gêmeos, deficientes, filhos de mãe solteiras, primogênitas mulheres. É ela a redatora da Lei Muwaji, que visa proteger crianças indígenas rejeitadas pela tribo. O nome é uma homenagem a uma índia Suruwahá que abandonou seu povo para salvar a filha deficiente, com paralisia cerebral. A filha adotiva da advogada foi resgatada em uma tribo. Quando bebê foi abandonada pela mãe na floresta. Era a terceira filha do casal, que ainda não havia conseguido um filho homem. Foi achada por outra família, que a criou em condições precárias. Aos 6 anos, a menina, que passava os dias ralando mandioca e era proibida de brincar com as outras crianças da tribo, estava desnutrida, desidratada e tinha um problema na arcada dentária que deixava sua boca torta. Damares pediu à família de criação que deixassem levar a menina para que recebesse tratamento adequado. Seis meses depois, vieram buscar a menina e, ao verem-na usando aparelhos ortodônticos, a recusaram. Desde então, ela vive com Damares. Estuda em uma escola pública e faz tudo o que meninas da cidade grande fazem. Os pais, no entanto, querem que ela estude e volte para a casa. Damares concorda. Com a educação que recebeu, ela se tornará uma porta-voz do seu povo. "Assim como muitas famílias amigas me tornei uma acolhedora porque quando essas crianças chegam para tratamento nem sempre têm onde ficar. Elas estão com o psicológico muito abalado. Se não estivessem aqui, estariam mortas. Provavelmente, enterradas vivas. Luto por essa segunda chance. Pelo direito à vida", frisa a advogada. Fonte: Correio Braziliense Divulgação: www.juliosevero.com |
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