Blog Ecclesia
O jornalismo da Agência Ecclesia e dos Programas Ecclesia e 70x7 gera opiniões entre os profissionais que o realizam e os colaboradores em quem encontram contributos decisivos para a qualidade com que o querem desenvolver. São essas opiniões, esses olhares de um trabalho diário que se apresentam no BlogEcclesia.
04/04/12
Considero que o grande desafio que hoje se coloca à Renascença (e aos demais meios de comunicação social da Igreja) diz respeito às pessoas
Sonhada por Monsenhor Lopes da Cruz, a Rádio Renascença completa, em 10 de abril, 75 anos de serviço à Igreja e a Portugal.
A data merece festiva comemoração; mas aconselha, sobretudo, que se reflita sobre o presente e o futuro de uma instituição que não vive isenta de desafios, nem da tensão dos riscos.
Comemorando, a Renascença reconhece o entusiasmo lúcido de quem pensou a rádio como meio de intervir servindo; e reconhece, também, o esforço profissional e crente de quem desenvolveu a emissora católica, tornando-a uma referência incontornável no setor da comunicação social.
Refletindo, a Renascença reafirma a sua identidade, nem sempre percebida - quer pelos que se possam deixar contagiar pela erosão das convicções, quer pelos que não escondem o desconforto de encontrar no Evangelho a necessidade de ir a outros lugares ou almoçar com publicanos…
Sei, por experiência própria, como é difícil este caminho e fácil a imperfeição. Considero, por isso, que o grande desafio que hoje se coloca à Renascença (e aos demais meios de comunicação social da Igreja) diz respeito às pessoas. Ou seja, à necessidade de encontrar e formar quem seja capaz de transmitir fiel e credivelmente a Mensagem nas linguagens e tecnologias deste tempo; e o faça de coração aberto a quem desenvolve esforço idêntico, dando visibilidade corporativa a ações que, sendo embora individuais, não têm de ser individualistas!
Esta última afirmação remete-nos, contudo, para outro patamar, ainda que suportado em clara doutrina (Aetatis Novae, 17): «o trabalho dos meios de comunicação social não é só uma atividade complementar que se vem juntar à outras atividades da Igreja: a comunicação social tem, com efeito, um papel a desempenhar em todos os aspetos da missão da Igreja». Daí, a lógica advertência: «não é suficiente ter um plano pastoral da comunicação; é necessário que a comunicação faça parte integrante de todos os planos pastorais, visto que a comunicação tem, de facto, um contributo a dar a qualquer outro apostolado, ministério ou programa».
Padre João Aguiar Campos
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04/04/12
- Comemorar e refletir
Considero que o grande desafio que hoje se coloca à Renascença (e aos demais meios de comunicação social da Igreja) diz respeito às pessoas
Sonhada por Monsenhor Lopes da Cruz, a Rádio Renascença completa, em 10 de abril, 75 anos de serviço à Igreja e a Portugal.
A data merece festiva comemoração; mas aconselha, sobretudo, que se reflita sobre o presente e o futuro de uma instituição que não vive isenta de desafios, nem da tensão dos riscos.
Comemorando, a Renascença reconhece o entusiasmo lúcido de quem pensou a rádio como meio de intervir servindo; e reconhece, também, o esforço profissional e crente de quem desenvolveu a emissora católica, tornando-a uma referência incontornável no setor da comunicação social.
Refletindo, a Renascença reafirma a sua identidade, nem sempre percebida - quer pelos que se possam deixar contagiar pela erosão das convicções, quer pelos que não escondem o desconforto de encontrar no Evangelho a necessidade de ir a outros lugares ou almoçar com publicanos…
Sei, por experiência própria, como é difícil este caminho e fácil a imperfeição. Considero, por isso, que o grande desafio que hoje se coloca à Renascença (e aos demais meios de comunicação social da Igreja) diz respeito às pessoas. Ou seja, à necessidade de encontrar e formar quem seja capaz de transmitir fiel e credivelmente a Mensagem nas linguagens e tecnologias deste tempo; e o faça de coração aberto a quem desenvolve esforço idêntico, dando visibilidade corporativa a ações que, sendo embora individuais, não têm de ser individualistas!
Esta última afirmação remete-nos, contudo, para outro patamar, ainda que suportado em clara doutrina (Aetatis Novae, 17): «o trabalho dos meios de comunicação social não é só uma atividade complementar que se vem juntar à outras atividades da Igreja: a comunicação social tem, com efeito, um papel a desempenhar em todos os aspetos da missão da Igreja». Daí, a lógica advertência: «não é suficiente ter um plano pastoral da comunicação; é necessário que a comunicação faça parte integrante de todos os planos pastorais, visto que a comunicação tem, de facto, um contributo a dar a qualquer outro apostolado, ministério ou programa».
Padre João Aguiar Campos
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]