sexta-feira, 1 de junho de 2012

Liturgia das Horas


SANTO ATANÁSIO, BISPO E DOUTOR
Hora Média
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 
HINO

O louvor de Deus cantemos
com fervor no coração,
pois agora a hora sexta
nos convida à oração.

Nesta hora foi-nos dada
gloriosa salvação
pela morte do Cordeiro,
que na cruz trouxe o perdão.

Ante o brilho de tal luz
se faz sombra o meio-dia.
Tanta graça e tanto brilho
vinde haurir, com alegria.

Seja dada a glória ao Pai
e ao Unigênito também,
com o Espírito Paráclito,
pelos séculos. Amém.
Salmodia
Ant.
Vós lhe destes, ó Senhor, um nome santo e glorioso,
e a coroa da justiça.
SANTO ATANÁSIO, BISPO E DOUTOR
Salmo 122(123)
Deus, esperança do seu povo Dois cegos. começaram a gritar: Senhor, Filho de Davi, tem piedade de nós! (Mt 20,30).
1 Eu levanto os meus olhos para vós, *
que habitais nos altos céus.
2 Como os olhos dos escravos estão fitos *
nas mãos do seu senhor,

– como os olhos das escravas estão fitos *
nas mãos de sua senhora,
– assim os nossos olhos, no Senhor, *
até de nós ter piedade.

3 Tende piedade, ó Senhor, tende piedade; *
já é demais esse desprezo!
4 Estamos fartos do escárnio dos ricaços *
e do desprezo dos soberbos!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Salmo 123(124)
O nosso auxílio está no nome do Senhor O Senhor disse a Paulo: Não tenhas medo, porque eu estou contigo (At 18,9-10).
1 Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, *
que o diga Israel neste momento;
2 se o Senhor não estivesse ao nosso lado, *
quando os homens investiram contra nós,
3 com certeza nos teriam devorado *
no furor de sua ira contra nós.

4 Então as águas nos teriam submergido, *
a correnteza nos teria arrastado,
5 e então, por sobre nós teriam passado *
essas águas sempre mais impetuosas.
6 Bendito seja o Senhor, que não deixou *
cairmos como presa de seus dentes!

7 Nossa alma como um pássaro escapou *
do laço que lhe armara o caçador;
– o laço arrebentou-se de repente, *
e assim nós conseguimos libertar-nos.
8 O nosso auxílio está no nome do Senhor, *
do Senhor que fez o céu e fez a terra!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Salmo 124(125)
Deus, protetor de seu povo A paz para o Israel de Deus (cf. Gl 6,16).
1 Quem confia no Senhor é como o monte de Sião: *
nada o pode abalar, porque é firme para sempre.
=2 Tal e qual Jerusalém, toda cercada de montanhas, †
assim Deus cerca seu povo de carinho e proteção, *
desde agora e para sempre, pelos séculos afora.

=3 O Senhor não vai deixar prevalecer por muito tempo †
o domínio dos malvados sobre a sorte dos seus justos, *
para os justos não mancharem suas mãos na iniqüidade.

=4 Fazei o bem, Senhor, aos bons e aos que têm reto coração, †
5 mas os que seguem maus caminhos, castigai-os com os maus! *
Que venha a paz a Israel! Que venha a paz ao vosso povo!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Vós lhe destes, ó Senhor, um nome santo e glorioso,
e a coroa da justiça.
Leitura breve Tg 1,12
Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que
o Senhor prometeu àqueles que o amam.

V.
O Senhor está comigo, nada temo.
R.
Que poderia contra mim um ser mortal?
Oração
Ó Deus, que destes ao mártir São Justino um profundo conhecimento de Cristo pela loucura da
cruz, concedei-nos, por sua intercessão, repelir os erros que nos cercam e permanecer firmes na
fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Demos graças a Deus.


Invitatório

V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.


R. Ao Senhor, Rei dos mártires, vinde, adoremos!.
Salmo 94(95)
--escolher outro--

Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.

(R.)



SÃO JUSTINO, MÁRTIR
Memória

Justino, filósofo e mártir, nasceu no princípio do século II, em Flávia Neápolis (Nablus), na Samaria, de família
pagã. Tendo-se convertido à fé cristã,escreveu diversas obras em defesa do cristianismo; mas se conservam apenas
as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. Abriu uma escola de filosofia em Roma, onde mantinha debates
públicos. Sofreu o martírio,juntamente com seus companheiros, no tempo de Marco Aurélio, cerca do ano 165.
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Invitatório
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Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino
Santo mártir, sê propício
no teu dia de esplendor,
em que cinges a coroa,
o troféu de vencedor.

Este dia sobre as trevas
deste mundo te elevou,
e, juiz e algoz vencendo,
todo a Cristo te entregou.

Entre os anjos ora brilhas,
testemunha inquebrantável,
com as vestes que lavaste
no teu sangue venerável.

Junto a Cristo, sê agora
poderoso intercessor;
ouça ele as nossas preces
e perdoe ao pecador.

Desce a nós por um momento,
de Jesus traze o perdão,
e os que gemem sob o fardo
grande alívio sentirão.

A Deus Pai, ao Filho Único
e ao Espírito, a vitória.
Deus te orna com coroa
na mansão da sua glória.
Salmodia
Ant. 1 Vós sereis odiados por meu nome;
quem for fiel até o fim há de ser salvo.
Salmo 2

1 Por que os povos agitados se revoltam? *
por que tramam as nações projetos vãos?
=2 Por que os reis de toda a terra se reúnem, †
e conspiram os governos todos juntos *
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?

3 “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, *
“e lançar longe de nós o seu domínio!”
4 Ri-se deles o que mora lá nos céus; *
zomba deles o Senhor onipotente.
5 Ele, então, em sua ira os ameaça, *
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz:

6 “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
=7 O decreto do Senhor promulgarei, †
foi assim que me falou o Senhor Deus: *
“Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

=8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei †
por tua herança os povos todos e as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
9 Com cetro férreo haverás de dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de argila!”

10 E agora, poderosos, entendei; *
soberanos, aprendei esta lição:
11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória *
e prestai-lhe homenagem com respeito!

12 Se o irritais, perecereis pelo caminho, *
pois depressa se acende a sua ira!
– Felizes hão de ser todos aqueles *
que põem sua esperança no Senhor!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.
Vós sereis odiados por meu nome;
quem for fiel até o fim há de ser salvo.
Ant. 2 Os sofrimentos desta vida aqui na terra
não se comparam com a glória que teremos.

Salmo 10(11)

   =1 No Senhor encontro abrigo; †
 como, então, podeis dizer-me: *
 'Voa aos montes, passarinho!

 –2 Eis os ímpios de arcos tensos, *
 pondo as flechas sobre as cordas,
 – e alvejando em meio à noite *
 os de reto coração!

 =3 Quando os próprios fundamentos †
 do universo se abalaram, *
 o que pode ainda o justo?'

 –4 Deus está no templo santo, *
 e no céu tem o seu trono;
 – volta os olhos para o mundo, *
 seu olhar penetra os homens.

 –5 Examina o justo e o ímpio, *
 e detesta o que ama o mal.
 =6 Sobre os maus fará chover †
 fogo, enxofre e vento ardente, *
 como parte de seu cálice.

 –7 Porque justo é nosso Deus, *
 o Senhor ama a justiça.
 – Quem tem reto coração *
 há de ver a sua face.

 – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Os sofrimentos desta vida aqui na terra
não se comparam com a glória que teremos.


Ant. 3 Deus provou os seus eleitos como o ouro no crisol,
e aceitou seu sacrifício.

Salmo 16(17)

1 Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, *
escutai-me e atendei o meu clamor!
– Inclinai o vosso ouvido à minha prece, *
pois não existe falsidade nos meus lábios!
2 De vossa face é que me venha o julgamento, *
pois vossos olhos sabem ver o que é justo.

=3 Provai meu coração durante a noite, †
visitai-o, examinai-o pelo fogo, *
mas em mim não achareis iniqüidade.
4 Não cometi nenhum pecado por palavras, *
como é costume acontecer em meio aos homens.

– Seguindo as palavras que dissestes,*
andei sempre nos caminhos da Aliança.
5 Os meus passos eu firmei na vossa estrada, *
e por isso os meus pés não vacilaram.

6 Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, *
inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
=7 Mostrai-me vosso amor maravilhoso, †
vós que salvais e libertais do inimigo *
quem procura a proteção junto de vós.

8 Protegei-me qual dos olhos a pupila *
e guardai-me, à proteção de vossas asas,
9 longe dos ímpios violentos que me oprimem, *
dos inimigos furiosos que me cercam.
10 A abundância lhes fechou o coração, *
em sua boca há só palavras orgulhosas.
11 Os seus passos me perseguem, já me cercam, *
voltam seus olhos contra mim: vão derrubar-me,
12 como um leão impaciente pela presa, *
um leãozinho espreitando de emboscada.

13 Levantai-vos, ó Senhor, contra o malvado, *
com vossa espada abatei-o e libertai-me!
14 Com vosso braço defendei-me desses homens, *
que já encontram nesta vida a recompensa.

= Saciais com vossos bens o ventre deles, †
e seus filhos também hão de saciar-se *
e ainda as sobras deixarão aos descendentes.
15 Mas eu verei, justificado,a vossa face *
e ao despertar me saciará vossa presença.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 
Ant. 3 Deus provou os seus eleitos como o ouro no crisol,
e aceitou seu sacrifício.

V. Tribulação e sofrimento me assaltaram.
R. Minhas delícias são os vossos mandamentos.

Primeira leitura
Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 4,7―5,8

Nas tribulações manifesta-se a força de Cristo
Irmãos: 4,7 Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder
extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos
pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas
não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós
mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em
nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de
Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a
morte age em nós, enquanto a vida age em vós.

13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso,
falei”, nós também cremos e, por isso, falamos,14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor
Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15E
tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas
faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. 16Por isso, não desanimamos. Mesmo se o
nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se
renovando, dia a dia. 17Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea
acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável. 18E isso acontece, porque voltamos os
nossos olhares para as coisas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é
passageiro, mas o que é invisível é eterno.

5,1 De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá
uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna.2Aliás, é por isso
que nós gememos, suspirando por ser revestidos com a nossa habitação celeste; 3revestidos,
digo, se, naturalmente, formos encontrados ainda vestidos e não despidos. 4Sim, nós que
moramos na tenda do corpo estamos oprimidos e gememos, porque, na verdade, não queremos
ser despojados, mas queremos ser revestidos, de modo que o que é mortal, em nós, seja
absorvido pela vida. 5E aquele que nos fez para esse fim é Deus, que nos deu o Espírito como
penhor.

6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo,
somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8Mas estamos
cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do
Senhor.

Responsório Mt 5,11.12a.10

R. Felizes quando a vós insultarem, perseguirem
e, calúnias proferindo, disserem todo mal
contra vós por minha causa.
* Alegrai-vos e exultai,
pois a vossa recompensa no céu é muito grande.
V. Felizes os que são perseguidos
por causa da justiça do Senhor,
porque o reino dos céus há de ser deles. * Alegrai-vos.
 Segunda leitura
Das Atas do martírio dos santos Justino e seus companheiros

(Cap.1-5: cf.PG 6, 1566-1571)

(Séc. II)

Abracei a verdadeira doutrina dos cristãos
Aqueles homens santos foram presos e conduzidos ao prefeito de Roma, chamado Rústico.
Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: “1Em primeiro lugar,
manifesta tua fé nos deuses e obedece aos imperadores”. Justino respondeu: “Não podemos ser
acusados nem presos, só pelo fato de obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso
Salvador”.

Rústico indagou: “Que doutrinas professas?” E Justino: “Na verdade, procurei conhecer todas
as doutrinas, mas acabei por abraçar a verdadeira doutrina dos cristãos, embora ela não seja
aceita por aqueles que vivem no erro”.

O prefeito Rústico prosseguiu: “E tu aceitas esta doutrina, grande miserável?” Respondeu
Justino: “Sim, pois a sigo como verdade absoluta”.

O prefeito indagou: “Que verdade é esta?” Justino explicou: “Adoramos o Deus dos cristãos, a
quem consideramos como único criador, desde o princípio, artífice de toda a criação, das coisas
visíveis e invisíveis: adoramos também o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que os profetas
anunciaram vir para o gênero humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina.
E eu, um simples homem, considero insignificante tudo o que estou dizendo para exprimir a sua
infinita divindade, mas reconheço o valor das profecias que previamente anunciaram aquele que
afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a sua
vinda entre os homens”.

Rústico perguntou: “Então, tu és cristão?” Justino afirmou: “Sim, sou cristão”.

O prefeito disse a Justino: “Ouve,tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira
doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao céu?” Disse
Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes. Pois sei que para todos
os que viverem santamente está reservada a recompensa de Deus até o fim do mundo inteiro”.

O prefeito Rústico continuou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum
prêmio em retribuição”? Justino respondeu-lhe: “Não suponho, tenho a maior certeza”.

O prefeito Rústico declarou: “Basta, deixemos isso e vamos à questão que importa, da qual não
podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses”. Justino
respondeu: “Ninguém de bom senso abandona a piedade para cair na impiedade”.
O prefeito Rústico insistiu: “Se não fizerdes o que vos foi ordenado, sereis torturados sem
compaixão”. Justino disse: “Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos
que sofrermos por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento nos garante a salvação e
nos dá confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível
que o teu”.

O mesmo também disseram os outros mártires: “Faze o que quiseres; nós somos cristãos e não
sacrificaremos aos ídolos”.

O prefeito Rústico pronunciou então a sentença: “Os que não quiseram sacrificar aos deuses e
obedecer ordem do imperador, depois de flagelados, sejam conduzidos para sofrer a pena
capital, segundo a norma das leis”. Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o local
determinado, onde foram decapitados e consumaram o martírio proclamando a fé no Salvador.

Responsório Cf. At 20,21.24; Rm 1,16

R. Ao dar meu testemunho de fé em Jesus Cristo,
Senhor nosso, nada temo,
* Nem dou tanto valor à minha própria vida,
contanto que eu leve a bom termo minha carreira
e o ministério da palavra que, de Cristo, recebi:
dar testemunho do Evangelho da graça do Senhor.
Aleluia.
V. Não me envergonho do Evangelho;
pois é o poder de Deus para salvar todo o que crê,
primeiro, o judeu e depois, também o grego.
* Nem dou. 

Oração

Ó Deus, que destes ao mártir São Justino um profundo conhecimento de Cristo pela loucura da
cruz, concedei-nos, por sua intercessão, repelir os erros que nos cercam e permanecer firmes na
fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]