HISTÓRIA DA IGREJA
Ano 1394.
Nasceu Henrique, o navegador, pioneiro da exploração marítima.
(069)-D. HENRIQUE O NAVEGADOR! !...
(1394-1460). Quinto filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, sendo geralmente considerado como o homem que decisivamente contribuiu para o impulso que levou à expansão ultramarina portuguesa, é, não obstante, das figuras mais discutidas da História de Portugal.
As discussões travadas em redor da acção que desenvolveu, ou a propósito dos objectivos finais que pretendia alcançar, são, porém, recentes.
Na Crónica da Guiné Azurara retratara o príncipe sobretudo como arquétipo do cruzado piedoso, ardente de fervor religioso e indómito na luta contra os infiéis; mas as posteriores gerações de cronistas e de historiadores foram acrescentando a esse primeiro esboço todas aquelas novas qualidades que se exigiam de uma figura absolutamente exemplar.
Este processo de mitificação, desenvolveu-se até ao século XIX, permitindo que a lenda se fosse agigantando e que levasse à divinização do Infante.
O Infante D. Henrique foi um dos mais avançados arautos da Cristandade e, sem dúvida, um dos primeiros homens do seu tempo a ter uma noção exacta da missão ecuménica da Igreja; e, finalmente, como um verdadeiro profeta do destino que se abria ao pequeno país que era o Portugal de então.
Todos os historiadores aceitaram que qualquer interpretação da obra do Infante teria de ser encadeada com as causas do movimento expansionista, quer elas fossem de natureza económica, religiosa, científica ou política.
QUINTA RAZÃO :
A Quinta Razão foi o grande desejo que havia de acrescentar em a santa fé de Nosso Senhor Jesus Cristo e trazer a ela todas as almas que se quisessem salvar, conhecendo que todo o mistério da encarnação, morte e paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo foi obrada a este fim, scilicet, por salvação das almas perdidas, as quais o dito senhor queria, por seus trabalhos e despesas, trazer ao verdadeiro caminho, conhecendo que se não podia, fazer ao Senhor maior oferta.(Zurara, Crónica dos Feitos da Guiné, cap. Vil).
Dominado pelo espírito religioso da sua época e ligado à Ordem de Cristo, de que veio a ser governador, não podia o príncipe deixar de se sentir obrigado a promover a expansão e a contribuir para a glória da fé católica; havendo, porém, diferenças essenciais entre os comportamentos do mouro infiel e do gentio, a expansão do Catolicismo teria de tomar dois caminhos : a evangelização dos bárbaros desamparados ao seu paganismo e o combate pelas armas aos sectários da religião do erro.
Quanto ao primeiro destes aspectos, o P. António Brásio concluiu que o Infante fora dos primeiros homens a terem uma perfeita consciência do Ideal Missionário, (1960).
A preocupação de alargar os conhecimentos geográficos do seu tempo, teria sido, para alguns historiadores, a mais evidente determinante da expansão promovida pelo Infante.
D. Henrique deve ser tomado como símbolo das vontades e dos esforços anónimos de navegadores, de cosmógrafos, de mercadores e de aventureiros que, embora com as suas limitações e os seus prejuízos, ajudaram o homem moderno a construir novas dimensões para a perspectiva do mundo.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]