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    terça-feira, 18 de dezembro de 2012

    [Catolicos a Caminho] Escuta da Palavra e Meditação - 18/12/2012 - Deus está conosco

     

    Leituras do dia:

     

    Jr 23,5-8

    Sl 71/72

     

    ESCUTA DA PALAVRA - VER

    Evangelho:

    Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 1,18-24

     

    "A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: ‘José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados’. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: ‘Deus está conosco’. José, ao despertar do sono." 

    MEDITAÇÃO - JULGAR
    (O que diz o texto para mim?)

     

    Meditação

     

     

    A perícope evangélica da concepção virginal de Jesus tem sido objeto de controvérsia. As interpretações são desencontradas tanto por desconhecermos elementos fundamentais para compreendê-la, o que não acontecia com as comunidades primitivas, quanto por projetarmos nossos preconceitos sobre o texto bíblico.

    O Evangelho detém-se na soleira do mistério insondável de Deus, numa atitude de respeito e reverência, sem se importar com especulações de caráter anatômico ou fisiológico. Só lhe interessam os elementos teológico-espirituais deste dado da fé da Igreja.

    O “noivado” nos tempos de Cristo – De modo geral, não eram os jovens que escolhiam com quem iam casar. Eram os pais deles que se encarregavam disso. O noivo ou a noiva era escolhido entre os membros da mesma parentela, mas não podiam ser escolhidos parentes muito próximos deles. O Levítico (18,6-18) não permitia: “Nenhum de vós se aproximará de sua parenta próxima para descobrir a sua nudez.” (...)

    O noivado durava cerca de 12 meses, durante os quais a casa era preparada pelo noivo e o enxoval era preparado pela noiva. No ato do noivado, o pai do noivo ou o próprio rapaz tinha que pagar um dote ao pai da noiva. O valor do dote dependia do lugar, do tempo, da posição social dos pretendentes, mas correspondia, em média, a uns cinco ciclos de prata.

    “Um homem ficava oficialmente noivo quando, entregando o presente à moça, dizia: com isso você é separada para mim, segundo as leis de Moisés e Israel.” (Vide Ralph Gower in “Usos e Costumes dos tempos bíblicos”, pag 65).

    O noivado era muito mais sério do que os noivados de hoje. Tornando-se noivo, o jovem passava a ser dispensado do serviço militar. Se alguém estuprasse uma noiva, não podia casar-se com ela, pois era tida como pertencente ao jovem compromissado.

    De modo geral, pouco se fala na parte que cabe a José no episódio da encarnação. Mas também ele teve a sua grande e importante participação.

     

    Ora, aconteceu que Maria, estando noiva com ele, apareceu grávida antes de coabitarem. Considerando-se as implicâncias do noivado no tempo de Cristo, como narramos acima, podemos avaliar o grande constrangimento que teve José.

     

    Uma das presunções que passou pela cabeça dele é que Maria tivesse sido seduzida ou violentada. José preparava-se para tomar a providência mais delicada e suave que a Lei permitia, quando recebeu a mensagem de Deus em sonho comunicando-lhe a ação do Espírito Santo.

     

    Então, sem hesitar, recebeu Maria como sua esposa, dando a Jesus um nome, uma descendência e uma casa. José mostrou muita serenidade e caráter nesses momentos críticos e foi bem o que Deus queria para o homem que devia criar o seu filho. Sobretudo, foi decisiva nele a fé, que pode ser comparada à de Abraão.

    “Do ponto da vista da Lei, José não estava fazendo nada de errado se repudiasse Maria. ... Mas o Evangelho nos apresenta algo inusitado: José não abandona Maria...por ter ouvido a voz de Deus.” (Pe. Claudiano A. dos Santos)

    No momento atual, a cada dia se nos deparam casos mais freqüentes de separação matrimonial. Alguns casais antigos, unidos há tantos anos, nos deixam sem fôlego ao nos pararem para contar com a maior naturalidade a inacreditável aventura.

     

    As razões apresentadas quase sempre são inspiradas na voz do egoísmo. As partes beligerantes nunca fazem calar as vozes dos próprios ressentimentos. Essas vozes não deixam ouvir, por exemplo, as vozes dos filhos deles que os rodeiam e, principalmente, a voz de Deus.

     

    Reflexão Apostólica:

     

    O Evangelho de hoje fala de um dos homens que eu mais admiro na Bíblia: José. Não só pelo importantíssimo papel de pai terreno de Jesus, mas principalmente por aceitar casar-se com Maria, estando ela grávida antes de deitar-se com ele, confiando apenas em um sonho que ele teve. Admito que não sei se teria a mesma atitude dele... Talvez me falte essa fé... E talvez por isso eu o admire tanto...

    Maria poderia ter dito ao anjo: "Posso conversar com meu noivo antes de aceitar essa proposta de Deus?" Mas ela deu a sua resposta independente da resposta de José. E isso deixa clara uma característica de Maria: a sua impulsividade.

     

    A mesma impulsividade que fez com que ela antecipasse a vida pública de Jesus nas Bodas de Caná. Fico imaginando... e se José não tivesse aceito casar com Maria? Ele estaria sendo justo, e ninguém iria poder condená-lo, pois ele não foi consultado para concordar ou discordar da concepção de Jesus por Maria, sob a ação do Espírito Santo, sem a sua participação.

    Há muito tempo eu me pergunto se Deus foi justo com José... Só um homem que se guarda para o casamento poderia entender o que eu estou falando.

     

    A única resposta que me vem é que Deus não tiraria algo tão importante de José, se não lhe concedesse uma boa compensação... Ser o pai terreno do Filho de Deus. Nenhum outro homem na história teve esse papel de ser o formador, o educador, a referência de pai para Jesus.

     

    Quando Jesus pensava em Deus e o chamava de Pai, não tinha como não associar a José, seu pai de criação. Da mesma forma que nós, quando pensamos em Deus, associamos com o nosso pai terreno... e é isso que muitas vezes explica a nossa afinidade ou falta de afinidade com Deus.

     

    É por isso que muitas pessoas só conseguem rezar por intercessão de Maria... porque só conseguia falar com seu pai por intercessão da sua mãe.

     

    Da mesma forma, muitas pessoas não conseguem se identificar com Maria, Mãe de Jesus, porque não se dão bem com sua mãe terrena...

    Vou dizer algo bastante óbvio, mas que muitas vezes não nos damos conta: Jesus não nasceu adulto! Ele foi criança, e precisou aprender a andar, falar, ler, escrever, pensar, tratar, observar e tocar as pessoas... Isso não se nasce sabendo: se aprende. E o papel de José foi fundamental para o crescimento físico, social e espiritual de Jesus.

    Observe que em Mateus 12,50 Jesus diz que quem faz a vontade de seu Pai que está nos Céus é seu irmão, sua irmã e sua mãe, mas não diz que pode ser seu pai.

     

    O único que pôde desempenhar o papel de pai terreno de Jesus foi José. E eu acredito que tão difícil quanto encontrar a mãe ideal para Jesus, foi encontrar esse pai ideal.

     

    Feliz da mulher que encontra um marido como José, e feliz do(s) filho(s) que tem(têm) um pai como José. Uma boa mulher edifica a casa, mas um bom homem é salvação para toda a família.
     

     

    ORAÇÃO
    (O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)

     

    Oração: Pai, ajuda-me a contemplar sua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.

     

    REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
    (Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)

     

    Propósito: Procurar ouvir a voz de Deus sobre quem devemos acolher.

                 

     

    RETIRO - CONTEMPLAÇÃO

    (Para onde Deus quer me conduzir?)

     

    - Mergulhar no mistério de Deus.

    - Passar da cabeça para o coração (Silêncio).

    - Saborear Deus. Repousar em Deus.

    - Ver a realidade com os olhos de Deus.

     

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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