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    terça-feira, 18 de dezembro de 2012

    [Catolicos a Caminho] IGREJA NO MUNDO ACTUAL (03) ESPERANÇAS E TEMORES Som !

     

     

                        

     

         (03)–ESPERANÇAS E TEMORES !

     

    4. – Para levar a cabo esta missão,(a condição do homem no mundo actual), é dever da Igreja, investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura, e da relação entre ambas.

    É, por isso, necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as suas esperanças e aspirações, e o seu carácter tantas vezes dramático.

    Algumas das principais características do mundo actual podem delinear-se do seguinte modo.

    A humanidade vive hoje uma fase nova da sua história, na qual profundas e rápidas transformações se estendem progressivamente a toda a terra.

    Provocadas pela inteligência e actividade criadora do homem, elas reincidem sobre o mesmo homem, sobre os seus juízos e desejos individuais e colectivos,  sobre os seus modos de pensar e agir, tanto em relação às coisas como às pessoas.

    De tal modo que podemos já falar duma verdadeira transformação social e cultural, que se reflecte também na vida religiosa.

    Como acontece em qualquer crise de crescimento, esta transformação traz consigo não pequenas dificuldades.

    Assim, o homem, que tão imensamente alarga o próprio poder, nem sempre é capaz de o pôr ao seu serviço.

    Ao procurar penetrar mais fundo no interior de si mesmo, aparece frequentemente mais incerto a seu próprio respeito.

    E, descobrindo gradualmente com maior clareza as leis da vida social, hesita quanto à direcção que a esta deve imprimir.

     Nunca o género humano teve ao seu dispor tão grande abundância de riquezas,  possibilidades e poderio económico; e, no entanto, uma imensa parte dos habitantes da terra é atormentada pela fome e pela miséria, e inúmeros são ainda os analfabetos.

    Nunca os homens tiveram um tão vivo sentido da liberdade como hoje, em que surgem novas formas de servidão social e psicológica.

    Ao mesmo tempo que o mundo experimenta  intensamente a própria unidade e a interdependência mútua dos seus membros na solidariedade necessária, ei-lo gravemente dilacerado por forças antagónicas; persistem ainda, com efeito, agudos conflitos políticos, sociais, económicos, "raciais" e ideológicos, nem está eleminado o perigo duma guerra que tudo subverta.

    Aumenta o intercâmbio das ideias; mas as próprias palavras com que se exprimem conceitos da maior importância assumem sentidos muito diferentes segundo as diversas ideologias.

    Finalmente, procura-se com todo o empenho uma ordem temporal mais perfeita, mas sem que a acompanhe um progresso espiritual proporcionado.

    Marcados por circunstâncias tão complexas, muitos dos nossos contemporâneos são incapazes de discernir os valores verdadeiramente permanentes e de os harmonizar com os novamente descobertos.

    Daí que, agitados entre a esperança e a angústia, sentem-se oprimidos pela inquietação, quando se interrogam acerca da evolução actual dos acontecimentos.

    Mas esta desafia o homem, força-o até à sua resposta.

    5. – A actual perturbação dos espíritos e a mudança das condições de vida, estão ligadas a uma transformação mais ampla, a qual tende a dar o predomínio, na formação do espírito, às ciências matemáticas e naturais, e, no plano da acção, às técnicas, fruto dessas ciências.

    Esta mentalidade científica modela a cultura e os modos de pensar duma maneira diferente do que no passado.

    A técnica progrediu tanto que transforma a face da terra e tenta já dominar o espaço.

    Também sobre o tempo estende a inteligência humana o seu domínio : quanto ao passado, graças ao conhecimento histórico; relativamente ao futuro, com a prospectiva e a planificação.

    Os progressos das ciências biológicas, psicológicas e sociais não só ajudam o homem a conhecer-se melhor, mas ainda lhe permitem exercer, por meios técnicos, uma influência directa na vida das sociedades.

    Ao mesmo tempo,  a humanidade preocupa-se cada vez mais com prever e ordenar o seu  aumento demográfico.

    O próprio movimento da história torna-se tão rápido, que os indivíduos dificilmente o podem seguir.

    O destino da comunidade humana torna-se um só, e não já dividido entre histórias independentes.

    A humanidade passa, assim, duma concepção predominantemente estática da ordem das coisas para uma outra, preferentemente dinâmica e evolutiva; daqui nasce uma nova e imensa problemática, a qual está a exigir novas análises e novas sínteses.

     

    Nota.  Ora esta Constituição Pastoral foi promulgada há mais de 40 anos e, de então para cá, nós sabemos qual tem sido a evolução no domínio das técnicas e das ciências.

    Basta dizer, por exemplo, que há 40 anos nem se falava em Computadores nem em telefones celulares ou telemóveis, e hoje são quase uma praga ou epidemia que, no mundo das técnicas, além dos grandes benefícios que nos trouxeram, vieram também com eles, enormes perigos devastadores para todas as camadas humanas, especialmente entre os mais jovens.

    E a Igreja, hoje, como então, continua a alimentar as esperanças da sociedade humana, sobretudo no campo religioso e a estar de sobreaviso contra todos os temores que afectam a moral e a fé dos cristãos, como, por exemplo, contra a peste do aborto contra a vida, e contra todas as anormalidades que vão surgindo por toda a parte e que pretendem invadir o domínio da Igreja Católica, por exemplo, com a legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, com a banalização do amor livre e do divórcio contra a indissolubilidade do Matrimónio, assim como quem quer fazer uma Igreja à vontade de cada um, que deixe fazer tudo sem responsabilidade.

    Está bem à vista que isto não é possível e que a Igreja tem as suas  regras que é preciso cumprir em ordem à salvação eterna.

    Por esta razão e outras equiparadas, devemos conhecer bem todos os documentos da Igreja em prol da sociedade e, reconhecendo alguns valores noutras religiões ou filosofias mais modernas, não percamos tempo, nem deixemos que se ponham ao mesmo nível da Igreja que Cristo fundou e, em vez de polémicas inúteis ou perniciosas, tentemos ignorar simplesmente tudo aquilo que não é construtivo numa sociedade sempre em evolução, às vezes perigosa, deixando bem clara toda mensagem da Igreja dentro do espírito das nossas Listas católicas.

     

                                                              John

                                                               Nascimento

     

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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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