TEMPO DO ADVENTO !
(27) JESUS COMO MESSIAS – O UNGIDO
-"O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação dos cativos e aos cegos, o recobrar a vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano de graça do Senhor". (Lc.4,18-19).
- "És tu o que está para vir, ou devemos esperar outro ?". (Jo.7,20).
Foi a antecipação do Reino de Deus com a Ressurreição de Jesus que levou a Igreja Primitiva a proclamar Jesus como Messias.
Uma das mais evidentes coisas que nós conhecemos a respeito de Jesus foi a de que o Seu ministério foi anunciado como o Reino de Deus :
- "Depois de João ter sido preso, Jesus veio para a Galileia pregar a Boa-Nova, dizendo : Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está perto : Arrependei-vos, e acreditai na Boa-Nova". (Mc.1,14-15).
Jesus pregou o Reino, as Suas palavras descrevem-no e os Seus milagres comprovam-no.
Jesus ensinou : Venha a nós o Vosso Reino.
Depois da Sua horrível morte, os Seus discípulos acreditaram que Deus havia de ressuscitar Jesus da morte, mas fica por esclarecer o que é que significava para eles a ressurreição, e porque é que a ressurreição é a Boa-Nova.
O Reino é que nos dá a resposta.
Para os judeus do primeiro século a ressurreição estava invariavelmente ligada ao Reino de Deus.
Portanto, quando Jesus ressuscitou da morte, era lógico que os Seus seguidores concluíssem que o Reino tinha começado.
S. Paulo argumenta que a Ressurreição de Jesus nos conduz à nossa própria ressurreição e ao completo estabelecimento do Reino :
- "Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Porque assim como por um homem veio a morte, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também em Cristo, todos serão vivificados".(1 Cor.15, 20-22).
A ressurreição de Jesus, quando unida à compreensão dos judeus sobre o Reino de Deus, leva-nos à inevitável conclusão de que Jesus é o enviado de Deus, o ungido de Deus, o Messias.
Não havia nada na expectativa dos judeus que o Messias teria que sofrer e morrer, nem que Deus havia de ressuscitar um homem antes do resto da humanidade.
Estes traços da morte de Jesus e da Sua ressurreição, eram únicos para Ele.
Mas Jesus consistentemente ligava a ressurreição ao Reino, e esta ligação ultrapassou todas as expectativas e deu aos Apóstolos a clara mensagem de que, obviamente, Jesus era o Messias.
Para além de todas as expectativas de que os judeus não faziam uma ideia do que era o Messias e Jesus não dava provas disso, a diversidade de expectativas dos judeus, permitiu à Igreja do primeiro século, seleccionar alguns traços messiânicos da Tradição que se conformassem com Jesus e acrescentassem alguns aspectos que eles acreditavam que tinham sido revelados.
Para sua surpresa, Deus tinha escolhido para ressuscitar apenas uma pessoa, antes de todos os justos que já tinham morrido.
Além disso esta pessoa tinha sido sujeita a uma morte criminosa.
Mas através da Sua Ressurreição, estava bem claro que a escolha de Deus de um só homem, o Messias, era para destruir todo o mal e inaugurar uma nova criação.
E assim nasceu o Evangelho, o resumo de toda a Boa-Nova com o cumprimento de Deus de todas as antigas promessas.
Assim Deus estabeleceu o Reino e fê-lo através de Jesus, a quem nós chamamos o Cristo, o enviado de Deus, o Messias..
E é este o Messias cujo nascimento nós vamos celebrar, que veio ao mundo para ser a nossa redenção.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]