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As Praias em Seu Aspecto Moral
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PRIMEIRAMENTE, para se entender o tema da moralidade nas praias é preciso que se reconheça a existência da prática da nudez neste ambiente.
Em segundo lugar, como a existência das leis naturais não depende de que nós a pensemos, nem está sob nossa decisão a possibilidade de impedir seus efeitos, tão pouco depende de nós que elas existam ou não, que deixem ou não de efetivar as leis psicológicas: pense ou não pense, queira ou não queira, se eu solto este objeto que tenho em minha mão, irremediavelmente ele cai direto ao solo, pela mesma razão de que a atuação da gravidade não depende do meu subjetivismo, senão que é uma lei objetiva e natural, intrínseca aos corpos pesados. Do mesmo modo, pensasse ou não pensasse, quisesse ou não quisesse, se a nudez põe-se ante a vista, irremediavelmente saltará em quem a veja, e mais ainda em quem a contemple, o ímpeto da paixão que a desencadeia. Deus Nosso Senhor pôs estímulos psicossomáticos para assegurar a existência do gênero humano. No plano da Providência, Deus determinou que os homens viessem ao mundo por via da geração (procriação). E como gerar homens - e não bestas - não é um processo meramente fisiológico como no caso dos animais, mas que compreende todo o problema da educação integral do ser da pessoa gerada, e essa educação, com todos os cuidados a ela inerentes e os problemas de atender ao cuidado e conservação da prole, são verdadeiras cargas e estão cheios de preocupações e trabalhos, Deus pôs seus atrativos naturais dotando o homem e a mulher de meios psíquicos e fisiológicos peculiares e específicos para que com eles mais facilmente aceitem o plano divino de serem procriadores e educadores de homens - que elevados a ordem sobrenatural, fossem um dia moradores do Céu, por o haverem herdado legitimamente, guardando e conservando a filiação divina, enxertada no Batismo, e devolvida, se a perderam, no Sacramento da Penitência. Para obter este fim, tão nobre e santo, Deus dispôs na mútua atração do homem e da mulher a existência e o uso dos estímulos psicossomáticos. E fora do matrimônio legítimo, usar ou aceitar os aliciantes da procriação é violar gravemente a lei expressa por Deus e é também deslocar o plano do Criador.
Em segundo lugar, como a existência das leis naturais não depende de que nós a pensemos, nem está sob nossa decisão a possibilidade de impedir seus efeitos, tão pouco depende de nós que elas existam ou não, que deixem ou não de efetivar as leis psicológicas: pense ou não pense, queira ou não queira, se eu solto este objeto que tenho em minha mão, irremediavelmente ele cai direto ao solo, pela mesma razão de que a atuação da gravidade não depende do meu subjetivismo, senão que é uma lei objetiva e natural, intrínseca aos corpos pesados. Do mesmo modo, pensasse ou não pensasse, quisesse ou não quisesse, se a nudez põe-se ante a vista, irremediavelmente saltará em quem a veja, e mais ainda em quem a contemple, o ímpeto da paixão que a desencadeia. Deus Nosso Senhor pôs estímulos psicossomáticos para assegurar a existência do gênero humano. No plano da Providência, Deus determinou que os homens viessem ao mundo por via da geração (procriação). E como gerar homens - e não bestas - não é um processo meramente fisiológico como no caso dos animais, mas que compreende todo o problema da educação integral do ser da pessoa gerada, e essa educação, com todos os cuidados a ela inerentes e os problemas de atender ao cuidado e conservação da prole, são verdadeiras cargas e estão cheios de preocupações e trabalhos, Deus pôs seus atrativos naturais dotando o homem e a mulher de meios psíquicos e fisiológicos peculiares e específicos para que com eles mais facilmente aceitem o plano divino de serem procriadores e educadores de homens - que elevados a ordem sobrenatural, fossem um dia moradores do Céu, por o haverem herdado legitimamente, guardando e conservando a filiação divina, enxertada no Batismo, e devolvida, se a perderam, no Sacramento da Penitência. Para obter este fim, tão nobre e santo, Deus dispôs na mútua atração do homem e da mulher a existência e o uso dos estímulos psicossomáticos. E fora do matrimônio legítimo, usar ou aceitar os aliciantes da procriação é violar gravemente a lei expressa por Deus e é também deslocar o plano do Criador.
Além dos dois pontos acima referidos, salientemos um terceiro: o estado afetivo peculiar (da atração entre os sexos) com a subseqüente tendência que produzem as sensações desses estímulos psíquico-fisiológicos, são fenômenos naturais. 3 Senti-las, sem dar atenção e consentimento ao sentimento, não constitui falta moral. Mas, procurar o sentimento e consentir nele, ainda que tenha surgido involuntariamente, é contra o desígnio expresso por Deus, que somente o dispôs para o fim já indicado – que vem a ser o da procriação dentro do matrimônio.
Ainda um quarto elemento: como estes estímulos são de ordem sensitiva, as tendências sensitivas do homem se lançam a eles antes que o psiquismo superior (intelectivo e volitivo) venha e determine se os deve aceitar ou rechaçar. E a parte sensitiva não somente precede a intelectivo-volitiva, mas que atrai e cativa a vontade, reforçando com enormes cargas afetivas os atrativos dos estímulos psíquicofisiológicos ordenados por Deus aos altos fins da perpetuação da vida humana.
Pela parte sensitiva, tende o homem, com força de fera, com faíscas de desejos, ao gozo destes estímulos. Mas, pela parte racional e da Fé, esse mesmo homem conhece e sabe que não pode tender a estes estímulos nem gozar deles fora do plano divino. E em um mesmo “Eu”, por radicar nele estas duas faculdades sensitivoafetivas e intelectivo- volitivas, se sente o antagonismo da luta destas duas tendências.
Não está em nossas mãos e em nosso subjetivismo transformar e mudar a constituição essencial do homem. O homem tem faculdades sensitivo-afetivas e intelectivo-volitivas. E, fora do mesmo subjetivismo do homem, existem estímulos independentes de seu querer, que, uma vez que se teve a sensação deles, desencadeiam as subseqüentes cargas afetivas com as tendências a que elas dão lugar. E como estas tendências e cargas afetivas hão de mover-se dentro dos casos assinalados pelo plano divino, de nenhum modo é lícito a livre admissão e utilização delas, e por isto se deve procurar a eliminação das sensações que, voluntariamente e indevidamente, são causa destas mesmas tendências. E como essas sensações seguem indefectíveis como efeito ou causa dos estímulos psíquico-fisiológicos que as provoca, há que evitar que esses estímulos atuem indevidamente em nossa consciência. Agora vemos que, entre os estímulos de que viemos falando, o de eficácia mais geral é o da nudez: e nada pode negar que seja precisamente o dominante nas praias de hoje. Estímulo, o da nudez, que naturalmente desencadeia com toda potência o curso de enormes cargas afetivas e de tendências tempestuosas, que de nenhum modo é lícito ao homem e mais ainda ao cristão, nem despertá-las nem consenti-las. Na praia há gente que, apenas por estar nela, vê e contempla a nudez. Que dizer da moralidade destas duas realidades, claramente inegáveis, nas praias de hoje? Haverá quem se atreva a negar que na praia, tal como a comentamos, os estímulos passionais se transbordem em atividade luxuriante e violem, portanto fortemente os altos fins da Divina Providência?
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