domingo, 13 de janeiro de 2013

[catolicos_respondem] ANDAM BALÕES NO AR (01) VIDA Som !

 

 

                       ANDAM BALÕES NO AR

                                                     (01).-   VIDA !

          

 

               Na definição da Vida há dois factores que dão uma evidência essencial e que são :

            Espontaneidade pela qual um organismo tem o seu princípio de movimento ou auto-movimento.

            Imanência ou capacidade de se manter e perpetuar, ou manter o seu próprio movimento.

            Assim, a pessoa humana numa vida experimental consegue realizar o sentido auto-evidente da vida, e as suas acções revelam essa actividade.

            A partir dos sentimentos da pessoa humana, dos seus pensamentos e auto-propulsão ou auto-movimento, a consciência do seu próprio movimento pelos seus próprios esforços, mostra que a pessoa é o seu auto-agente.

            Assim se pode ver distintamente que o princípio vital está separado da matéria e das suas propriedades físicas e químicas.

            A vida biológica tem várias actividades que são características da vida :

                        * Resposta aos estímulos ou Irritabilidade.

                    * Mudança na posição como partes da criatura, isto é, o Movimento.

                        * Assimilação dos alimentos, isto é, Nutrição.

                        * Desenvolvimento do organismo até à maturação, isto é, o Crescimento.

                        * Capacidade de reproduzir novas criaturas da mesma espécie, isto é, a Reprodução.

            Modernamente surgiram várias definições autónomas da vida a partir de várias disciplinas do conhecimento : ciência, filosofia ou religião.

            E cada uma delas dá esclarecimentos da vida por caminhos diversos.

            Como a nós nos interessa sobremaneira o que diz respeito à religião, tomamos como base o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica a respeito da Criação :

            282. - A catequese sobre a criação reveste-se duma importância capital. Diz respeito aos próprios fundamentos da vida humana e cristã, porque torna explícita a resposta da fé cristã à questão elementar que os homens de todos os tempos têm vindo a pôr-se: "De onde vimos?" "Para onde vamos?" "Qual a nossa origem?" "Qual o nosso fim?" "Donde vem e para onde vai tudo quanto existe?" As duas questões, das origem e do fim, são inseparáveis. E são decisivas para o sentido e a orientação da nossa vida e do nosso proceder.

            283. - A questão das origens do mundo e do homem tem sido objecto de numerosas investigações científicas, que enriquecem magnificamente os nossos conhecimentos sobre a idade e a dimensão do cosmos, a evolução dos seres vivos, a aparição do homem. Tais descobertas convidam-nos, cada vez mais, a admirar a grandeza do Criador e a dar-Lhe graças por todas as suas obras, e pela inteligência e saber que dá aos sábios e investigadores. Estes podem dizer como Salomão : "Foi Ele quem me deu a verdadeira ciência de todas as coisas, a fim de conhecer a constituição do Universo e a força dos elementos [...], porque a Sabedoria, que tudo criou, mo ensinou" (Sab.7/17-21).

            284. - O grande interesse dado a estas pesquisas é fortemente estimulado por uma questão de outra ordem, que ultrapassa o domínio próprio das ciências naturais. Porque não se trata de saber quando e como surgiu materialmente o cosmos, nem quando é que apareceu o homem ; mas, sobretudo, de descobrir qual o sentido de tal origem :

                        - Se foi determinada pelo acaso...

                        - Por um destino cego ou uma fatalidade anónima...

                        - Ou antes, por um Ser transcendental, inteligente e bom, chamado Deus.

            E se o mundo provém da sabedoria e da bondade de Deus, qual a razão do mal ?  

                        - De onde vem o mal ?

                        - Quem é responsável pelo mal ?

                        - E será que existe uma libertação do mesmo ?

             E depois de enumerar todos os problemas levantados sobre as origens no N. 285, o Catecismo da Igreja Católica conclui :

            289. - Entre tudo quanto a Sagrada Escritura nos diz sobre a criação, os três primeiros capítulos do Génesis ocupam um lugar único. Do ponto de vista literário, estes textos podem ter diversas fontes. Os autores inspirados puseram-nos no princípio da Escritura, de maneira a exprimirem, na sua linguagem solene, as verdades da Criação, da sua origem e do seu fim em Deus, da sua ordem e da sua bondade, da vocação do homem, enfim, do drama do pecado e da esperança da salvação. Lidas à luz de Cristo, na unidade da Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja, estas palavras continuam a ser a fonte principal para a catequese dos mistérios do "princípio" : criação, queda, promessa de salvação.

             E nos números seguintes trata de :

                        * A Criação - obra da Santíssima Trindade. (290-292).

                        * O Mundo foi criado para glória de Deus (293-294).

                        * O Mistério da Criação. (295-301).

                        * Deus realiza o seu desígnio : A divina Providência. (302-314).

 

       A mais alta forma de vida é Deus que não só se move a Si próprio, como move todas as criaturas e não é movido por nada nem por ninguém.

 

              Ele é o Acto puro e não tem limites de vida.

            Ele é o "Deus vivo" e a Vida que nos faz viver.

            Deus é o Todo-Poderoso e deve ser ouvido pelo homem.

            Deus é a fonte de toda a vida e o homem responde :

            * A minha alma desfalece e consome-se pelos átrios do Senhor. O meu coração e a minha carne gritam de alegria, de encontro ao Deus vivo. (Sl.84/3).

            Para o cristão a vida tem um sentido de eternidade no cumprimento da vontade salvífica de Deus que é a própria Vida.

            A manipulação dos seres vivos, tanto humanos como não humanos é agora possível para os cientistas e, radicalmente se levantam novos problemas éticos por causa destas possibilidades.

            A fé católica continua a ensinar que a vida dos seres vivos, não humanos, existe para servir a humanidade e que é moralmente legítimo usá-los para as necessidades humanas legítimas.

            Os seres vivos, não humanos, não são estritamente "titulares de direitos" mas, estritamente falando, não se podem violar os seus próprios direitos por malvadez, crueldade ou abuso.

            Os possíveis "direitos dos animais" não são equivalentes aos "direitos humanos".

            Os próprios seres vivos, não humanos, não têm quaisquer direitos entre si, pois que nós vemos que eles se comem uns aos outros indistintamente por uma necessidade de sobrevivência.

            Fora das necessidades humanas, os seres vivos, não humanos, devem ser tratados com respeito, de harmonia com o seu género de vida e de serviço para com a humanidade, como trabalho e como sustento.

            Naturalmente, os seres vivos, não humanos, que podem ser um perigo para a vida humana, estão sujeitos a um extermínio necessário.

            Como conclusão lógica do sentido da Vida, da origem da Vida e do Valor da Vida, tudo quanto se fizer em desrespeito ou abuso da Vida humana, atinge directamente o próprio Deus que a criou.

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            Querer ignorar tudo isto em busca de um meio de vida mais fácil, sem compromissos e com acesso a tudo sem escrúpulos de ordem material, familiar, política, racial, social e religiosa, é tentar enfrentar todos os riscos e fugir para os Balões que andam no ar.

             É a isto que se pode chamar : Morrer com o esforço que fazemos para viver !

                       

                                                               A Vida é uma flor que se deve cultivar

                                                                John

                                                               Nascimento

              

 

 

 

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Atividade nos últimos dias:
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]