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ZENIT O mundo visto de Roma
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ZENIT
O mundo visto de Roma
Serviço semanal - 27 de Janeiro de 2013
SANTA SÉ
Mídia Social: espaço de evangelização"
Monsenhor Claudio Celli e monsenhor Paul Tighe comentam a Mensagem do Papa para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais
Bento XVI recebe o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã
No primeiro encontro entre um secretário do Partido Comunista vietnamita e o Pontífice foram tratados temas de interesse para o Vietnã e a Santa Sé
Diálogo com a Fraternidade de São Pio X: carta a dom Fellay e aos sacerdotes lefebvrianos
Uma iniciativa de dom Augustin Di Noia
PREGAÇÃO SAGRADA
Como melhorar a Pregação Sagrada
Coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Interdiocesano Mater Ecclesiae de São Paulo
LITURGIA E VIDA CRISTÃ
Por que não se fala da Eucaristia no Credo?
Responde o padre Edward McNamara, L.C., professor de Teologia e diretor espiritual
Nada fora de Cristo
Meditação da Palavra de Deus - III Domingo do Tempo Comum
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE RIO 2013
Dom Orani e membros do Comitê Organizador Local da JMJ Rio 2013 saúdam o Papa
Arcebispo do Rio de Janeiro comenta os encontros em Roma e entrega foto da Serva de Deus Odetinha a Bento XVI na Audiência Geral
Ressocialização em meio à Jornada Mundial da Juventude
Internos do sistema prisional de Brasília trabalham para a JMJ Rio 2013
COMUNICAR A FÉ HOJE
Os desafios da comunicação da TV Século 21, agora Rede Século 21
Entrevista exclusiva com o fundador Padre Eduardo Dougherty, sj.
OBSERVATÓRIO JURÍDICO
O pecado, padre Vieira e o direito canônico
Uma fotografia formidável do pecado
FAMILIA E VIDA
Filhos de divorciado são menos propensos à prática religiosa
EUA: novo dossiê revela impacto sobre a fé nas famílias divididas
MUNDO
Santuário da Padroeira de Minas, no Brasil, recebe exposição itinerante de imagens e poesias que retratam a Estrada Real
Aberto à população, o concurso recebeu mais de 2,5 mil inscrições.
Assis: frades de todo o mundo elegem o novo sucessor de São Francisco
800 anos depois, é aberto o 200º Capítulo Geral dos Frades Menores Conventuais
ESPIRITUALIDADE
Dois corações livres para amar
23 de janeiro: a memória do casamento da Virgem Maria
FLASH
Nossos corações estão abalados com a morte de inúmeros jovens
Dom Orani João Tempesta envia nota pedindo que todos rezem por essa intenção
ANGELUS
Cada momento pode se tornar o hoje propício para nossa conversão
Palavras de Bento XVI ao recitar o Angelus
AUDIÊNCIA DE QUARTA-FEIRA
A fé nos faz peregrinos sobre a terra"
Catequese de Bento XVI durante a audiência Geral de hoje
SANTA SÉ
Mídia Social: espaço de evangelização"
Monsenhor Claudio Celli e monsenhor Paul Tighe comentam a Mensagem do Papa para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais
A Mensagem do Papa Bento XVI para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais expressa uma "avaliação positiva", mas "não ingênua" do social media . Afirmou esta manhã monsenhor Claudio Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, na apresentação da Mensagem para os jornalistas credenciados na Sala de Imprensa do Vaticano.
De acordo com monsenhor Celli, o Santo Padre na sua Mensagem vê as novas mídias como oportunidade para "favorecer formas de diálogo e debate", com potencial de "reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana".
Desde que "realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade" porque "nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma".
Na dinâmica da mídia social, há um dimensão mais ampla que está inserida naquela "ainda mais rica e mais profunda" da "busca existencial do coração humano".
O responsável pelo Dicastério das Comunicações Sociais destacou a abordagem comedida do Santo Padre que não transcura "a voz discreta da razão" e a oportunidade que a rede possa ser um espaço de evangelização.
Se por um lado é rejeitada a agressividade com que, muitas vezes, os internautas se confrontam, e por outro favorecida a atitude de "diálogo, escuta e respeito pelo outro", não é necessário, disse Celli, ceder em um conceito equivocado de "tolerância", que quase sempre indica uma latente hostilidade, e não um acolhimento autentico.
Fazendo um balanço das primeiras seis semanas do perfil Twitter do Papa Bento XVI, monsenhor Celli disse que os followers do Papa chegam a dois milhões e meio, enquanto o perfil em latim - (@ Pontifex_ln) - ativado há poucos dias, já tem cerca de 10 mil usuários.
Quanto às mensagens hostis que às vezes aparecem no perfil do Twitter @pontefix, Celli disse: "Fomos pegos de surpresa". O projeto de qualquer maneira vale à pena, disse o monsenhor, seja pelas "belas mensagens" de apoio ao Santo Padre, seja porque "se você quiser se comunicar com o homem de hoje," é oportuno fazê-lo através das novas tecnologias, com todos os riscos que isso comporta.
É melhor "estar presente do que estar ausente para evitar esses riscos", disse o responsável pelas comunicações do Vaticano. Quanto aos twits negativos, os moderadores optaram por cancelar apenas as "ofensas gratuitas", e manter as críticas mais ou menos respeitosas que, explicou Celli, "podem representar ocasião de reflexão e crescimento".
Respondendo a pergunta de um jornalista, monsenhor Celli assinalou que não será aberta uma página oficial no Facebook dedicada a Bento XVI, tratando-se de um social media de dimensão "pessoal", enquanto o Twitter é mais adequado para uma comunicação "institucional".
O monsenhor encorajou os seguidores do Santo Padre a "retwittar" as mensagens do Papa, lembrando que cerca de 7% dos usuários já o fazem.
A conferência de imprensa contou com a presença do monsenhor Paul Tighe, secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, lembrando que a Internet é uma forma de comunicação determinada pelos próprios usuários, portanto, eles têm uma grande responsabilidade de transmitir "comunicações positivas" destinadas a "promover o bem-estar individual e social".
Além disso, o ambiente digital não é "um tipo de mundo paralelo, ou apenas virtual", mas sim, um ambiente existencial onde as pessoas vivem e se movem", portanto, um "continente" onde a "Igreja deve estar presente" e onde "os crentes, se querem ser autênticos na sua presença, devem buscar partilhar com os outros a fonte mais profunda de sua alegria e sua esperança, Jesus Cristo".
Ao final, monsenhor Tighe mencionou o sucesso da página Facebook de News.va, através da qual os artigos do portal vaticano tem "mais ressonância". A este respeito, monsenhor Celli ressaltou que as notícias mais lidas no News.va são as de "conteúdo espiritual mais forte".
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Bento XVI recebe o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã
No primeiro encontro entre um secretário do Partido Comunista vietnamita e o Pontífice foram tratados temas de interesse para o Vietnã e a Santa Sé
CIDADE DO VATICANO, 22 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - O Serviço de Informação do Vaticano (VIS) divulgou que nesta manhã o Santo Padre Bento XVI recebeu em audiência o secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã (PCV), Nguyên Phu Trong. Posteriormente, o secretário-geral e sua comitiva se reuniu com o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, acompanhado pelo arcebispo Dominique Mamberti, secretário para as Relações com os Estados.
A nota destaca que esta é a primeira vez que um secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã encontra-se com o Pontífice e outros representantes da Secretaria de Estado. Nos cordias colóquios foram tratados temas de interesse para o Vietnã e a Santa Sé, e expresso o desejo de que possam ser resolvidas em breve algumas situações pendentes e seja reforçada a profícua colaboração existente.
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Diálogo com a Fraternidade de São Pio X: carta a dom Fellay e aos sacerdotes lefebvrianos
Uma iniciativa de dom Augustin Di Noia
Por Anita Sanchez Bourdin
ROMA, 21 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Por iniciativa pessoal, dom Augustin Di Noia tenta relançar o diálogo de Roma com a Fraternidade de São Pio X. O dominicano estadunidense, desde junho de 2012, é vice-presidente da Comissão Ecclesia Dei, interface de diálogo entre a Igreja católica e os discípulos de dom Marcel Lefebvre. A comissão depende da Congregação para a Doutrina da Fé. O prelado acaba de enviar uma carta a dom Bernard Fellay, superior, e a cada sacerdote da Fraternidade.
Canais informativos ligados à Fraternidade afirmam que Roma defende a interpretação do concílio Vaticano II mediante uma hermenêutica de "continuidade" com a tradição. Mas a Fraternidade considera que certos documentos conciliares são errôneos, em particular no tocante ao diálogo inter-religioso e ao ecumenismo.
Com o "bloqueio" do diálogo ecumênico, dom Di Noia propõe um enfoque espiritual, convidando a Fraternidade a um exame de consciência com palavras-chave como humildade, doçura, paciência e caridade, por exemplo.
Roma espera, conforme a carta, a resposta de dom Fellay ao documento que lhe foi enviado em 14 de junho. Para sair do impasse provocado pela ausência de retorno, ele propõe que a Fraternidade reencontre o "carisma positivo" do seu início, em Friburgo e Écône: uma tentativa de reforma por meio da formação dos sacerdotes e da missão.
Di Noia recomenda ainda evitar o recurso aos meios de comunicação –a Assessoria de Imprensa da Santa Sé não publicou nada sobre esta carta–, e a prática de um "magistério paralelo". O ideal seria valorizar as objeções de maneira "construtiva" e fundamentá-las em uma teologia "profunda".
O prelado menciona a instrução do cardeal Joseph Ratzinger Donum veritatissobre "a vocação eclesial do teólogo", de 24 de maio de 1990, que propõe esta definição de teólogo: "tem a função especial de conseguir, em comunhão com o magistério, uma compreensão cada vez mais profunda da Palavra de Deus contida na Escritura, inspirada e transmitida pela tradição viva da Igreja". O documento recorda também a autoridade do magistério: "em seu compromisso no serviço da verdade, o teólogo deverá, para permanecer fiel à sua função, levar em conta a missão própria do magistério e colaborar com ele".
Após a exclusão de dom Richard Williamson, anunciada em 24 de outubro de 2012, a Fraternidade de São Pio X parece ter sofrido divisões internas. Dom Fellay seria partidário de manter o diálogo. A situação da Fraternidade –cujos responsáveis não estão mais excomungados, mas ainda não estão integrados à Igreja católica- é insustentável no longo prazo, de acordo com a avaliação de observadores.
A carta de dom Di Noia parece enviar uma mensagem realista: a comissão vaticana não deseja que a mão estendida por Bento XVI se torne uma ocasião perdida, já que as negociações não deverão ser eternas.
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PREGAÇÃO SAGRADA
Como melhorar a Pregação Sagrada
Coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Interdiocesano Mater Ecclesiae de São Paulo
Por Pe. Antonio Rivero, L.C.
SãO PAULO, 25 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Hoje vamos falar dos pré-requisitos da Pregação Sagrada:
O primeiro é estar ciente de que somos ministros da Palavra desde o batismo, e essa responsabilidade aumenta no dia na nossa ordenação sacerdotal. Por isso devemos ler, meditar, ruminá-la durante toda a nossa vida. Devemos fazê-la nossa, vestir-nos dessa Palavra, encarná-la na nossa vida. Somente assim a transmitiremos fielmente, sem cortes, sem mínguas, sem obscurecê-la ou rebaixá-la.
Em segundo lugar estar ciente de que é Deus que converte as almas, não nós. Mas Ele nos utiliza como canais, alto-falantes, aquedutos e ministros da sua Palavra para iluminar as mentes, aquecer os corações e mover as vontades para que amem a Deus e cumpram os seus mandamentos. Por isso, temos que estar bem preparados neste campo da pregação da Palavra. Todos os nossos estudos humanísticos, filosóficos, teológicos, pedagógicos... têm como termo final a nossa pregação, seja escrita (livros, artigos...), seja oral (homilias, retiros, congressos, palestras...) para a conversão das almas à luz desse Palavra transmitida e explicada por nós. Estudamos para estarmos melhor preparados na hora da nossa pregação sagração, não por desejo de vaidade, mas porque essa Palavra de Deus merece ser tratada e anunciada com dignidade, clareza e unção.
Em terceiro lugar estar ciente de que a Palavra de Deus está destinada a brotar, a crescer e a dar fruto na alma dos homens. Por si mesma, a Palavra tem toda a força de entrar no coração do homem e convertê-lo. Então, onde está o erro? Uma de duas coisas: ou em quem prega, que não sabe fazê-lo, ou no campo – na alma – que recebe essa Palavra pregada. Que pelo menos não seja por nossa culpa como pregadores sagrados. Se o coração dos homens está fechado como Cristo nos diz na parábola do semeador por causa das pedras, dos espinhos, da superficialidade (cf. Mateus 13, 1ss Parábola do Semeador)... aí está o desafio de um bom pregador: ajudar essas almas a se abrirem para a Palavra. E quais são os recursos que existem além da oração e do sacrifício? A pregação bem preparada, incisiva, respeitosa, profunda, clara, motivadora e bem pronunciada!
Na semana passada apresentei aos leitores de ZENIT essa coluna sobre Pregação Sagrada. Pode ler clicando aqui. Na próxima semana começaremos com alguns conselhos práticos que podem ajudar na Pregação Sagrada.
Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.
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LITURGIA E VIDA CRISTÃ
Por que não se fala da Eucaristia no Credo?
Responde o padre Edward McNamara, L.C., professor de Teologia e diretor espiritual
ROMA, 25 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Uma leitora da língua italiana enviou a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:
Porque nos dois Credos não se professa também "Creio na Eucaristia"? -- Sra. A.B., Coréia do Sul
Eis aqui a resposta dada pelo Padre McNamara:
As razões são principalmente de natureza histórica, mas dizem respeito também à própria finalidade da liturgia.
Do ponto de vista histórico, o Credo como o conhecemos, foi desenhado primeiro nos Concílios de Nicéia (325) e de Constantinopla (381), embora em sua forma elaborada aparece pela primeira vez nos atos do Concílio de Calcedônia (451) .
Este Credo estava provavelmente baseado numa profissão de fé batismal e continha todos os elementos essenciais da fé da Igreja.
Ele era principalmente uma resposta a Ário e às outras heresias, e defendia a doutrina da Trindade e da verdadeira e plena divindade e humanidade de Cristo. Nunca foi concebido como uma exposição exaustiva de cada aspecto da fé.
Uma vez que era necessário defender os fundamentos da fé, questões como a natureza da Eucaristia simplesmente não apareceram no horizonte teológico até vários séculos depois.
Além disso, durante este primeiro período, a plenitude da doutrina eucarística era muitas vezes explicada só depois do batismo, ou seja, só depois de que o novo cristão tinha recitado em público o Credo.
A prática de recitar o Credo na Missa é atribuída à Timóteo, Patriarca de Constantinopla (511-517), uma iniciativa que foi copiada por outras Igrejas sob influência bizantina, incluindo a parte da Espanha, que estava então sob o domínio de Bizâncio.
Por volta do ano 568, o imperador bizantino Justiniano ordenou que o Credo fosse recitado em cada Missa celebrada nos seus domínios. Vinte anos depois, em 589, o rei visigodo da Espanha, Recaredo, renunciou à heresia ariana em favor do catolicismo e, por sua vez ordenou que o Credo fosse proclamado em cada Missa.
Cerca de dois séculos mais tarde, reencontramos a prática de recitar o Credo na França e de lá o costume foi se espalhando lentamente em outras partes do Norte da Europa. Por fim, quando no ano de 1114 Henrique II veio à Roma para ser coroado imperador do Sacro Império Romano, ficou surpreso de que lá o Credo não fosse recitado. Responderam-lhe dizendo que Roma nunca tinha cometido um erro em matéria de doutrina, e que por isso não era necessário para os romanos proclamar o Credo durante a Missa. No entanto, foi incluído na liturgia em honra do imperador e, desde então, embora não em todas as missas, mas apenas aos domingos e em algumas festividades.
Os cristãos do Oriente e do Ocidente usam o mesmo Credo, com excessão da expressão Filioque (e o Filho), que a versão latina adiciona como uma referência da procissão do Espírito Santo, uma adição que deu origem a intermináveis e complicadíssimas discussões teológicas.
Apesar desta diferença, há um consenso entre todos os cristãos de que o Credo deveria permanecer assim como está e que nem o Credo, nem muito menos a mesma Missa, seja um lugar apto para dar expressão técnica a cada princípio da fé.
Em outro nível, no entanto, toda a Missa em si é uma profissão de fé. É a fé viva celebrada e anunciada num grande e sublime ato de culto que é transformada numa fé que permeia cada aspecto da atividade diária.
Mesmo se não é explicitamente mencionada a presença real no Credo, os católicos proclamam a sua fé eucarística com quase cada palavra e gesto da Missa e, de modo particular, com o seu Amém no final da oração eucarística e quando recebem a Comunhão.
De forma semelhante expressam liturgicamente a sua fé em outros dogmas não contemplados no Credo. Ir à missa na Festa da Imaculada Conceição e da Assunção, proclama também a nossa fé nestas doutrinas.
Confessar ou receber o sacramento da unção dos enfermos confirmam a nossa confiança no próprio sistema sacramental e a nossa fé de que Cristo concedeu à Igreja o poder de perdoar os pecados.
Em suma, todo ato de culto litúrgico é, pela sua mesma natureza, também uma proclamação de fé.
* Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org. Pede-se que, por gentileza, se mencione a palavra "Liturgia" no campo do objeto. O texto deveria incluir as iniciais, o nome da cidade e estado, província ou nação. Padre McNamara poderá responder somente a uma pequena seleção das muitas perguntas que chegam na redação.
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Nada fora de Cristo
Meditação da Palavra de Deus - III Domingo do Tempo Comum
Por Frei Patrício Sciadini
ROMA, 25 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - 27 de janeiro 2013 – III Domingo do Tempo Comum
Nada fora de Cristo
Hoje, precisamos fixar o nosso olhar em Jesus que age em comunhão com o Pai e o Espírito Santo, para eliminarmos o egoísmo e o individualismo, presenteem nós. Jesus, em momento algum deixou placa de inauguração das obras que fez, nem foi em busca de reconhecimento, a não ser o reconhecimento constante de que tudo o que Ele faz é em plena comunhão com o Pai. "Eu e o Pai somos um". Nada pode ser feito fora de Cristo e nada pode ser feito fora do Pai e do Espírito Santo.
Jesus faz parte da nossa história
O Evangelho de hoje é a união de dois textos de Lucas. Os primeiros quatro versículos são tirados do primeiro capítulo do Evangelho. Lucas está preocupado, como também nós, em como falar de Jesus. Como responder a perguntas do tipo: quando Jesus veio? Como Ele viveu? Ele realmente existiu? São tantas as dúvidas que circulam na nossa cabeça, que ficamos um pouco perdidos. Isso não acontece somente devido os meios de comunicação, ou porque muitas seitas ou muitas pessoas se sentem incomodadas por Jesus. Na verdade, isso sempre aconteceu. Lucas, escrevendo ao amigo "imaginário" que ele chama de Teófilo, "amigo de Deus", o alerta dizendo que se é verdade que muitos escreveram sobre Jesus, ele também quer escrever, mas de modo distinto. Ele quer pesquisar e estudar sobre tudo o que aconteceu. Sabemos que Lucas não conheceu Jesus pessoalmente, mas pelo anúncio dos apóstolos. Nós também conhecemos a vida de Jesus através do anúncio dos apóstolos. Sentimo-nos felizes de que alguém nos tenha anunciado o Evangelho. Quem foi que pela primeira vez falou de Jesus para você? Quem o evangelizou? Pensa nestas pessoas com gratidão e seja um evangelizador. Não tenha medo de estudar a Bíblia, anunciar com firmeza e discutir com os que põem em discussão a verdade da vida.
Jesus lê o profeta Isaías
Jesus entra na sinagoga de Nazaré e lê a Escritura sagrada. A maior graça que recebemos é quando somos chamados a fazer a leitura durante as celebrações litúrgicas, porque emprestamos a nossa voz a Deus. Por isso sempre devemos nos preparar com amor, com consciência e responsabilidade. O que diz o profeta Isaías? Revela que todo profeta é ungido pela força de Deus, é escolhido no meio do povo, é enviado para anunciar a Boa Nova a todos os que sofrem. Ninguém é profeta para si mesmo, mas para anunciar a todos que o tempo do sofrimento terminou, que uma nova vida se inicia e que tudo será novo quando o Evangelho for vivido por todos.
Hoje se cumpriram estas palavras
Somos como Jesus, enviados a anunciar a Boa Nova. Anunciar a quem? Aos cegos, aos coxos, aos pobres, aos pecadores, aos que sofrem o jugo da escravidão. Todos serão libertados por Cristo. É momento de parar um pouco neste Evangelho e fazer a nós mesmos uma pergunta: afinal, quem são hoje os destinatários do anúncio deste texto de Isaías? Não é difícil dar a resposta, mas ela pode machucar e incomodar. Temos medo de romper as nossas correntes de comodismo, somos cegos e não vemos os que estão ao nosso redor, somos coxos e não corremos para o anúncio, somos escravos e não queremos a liberdade. A autoridade de Jesus não é política, nem se fundamenta no poder ou no dinheiro. A autoridade de Jesus lhe vem porque Ele é o Filho bem-amado, que faz somente a vontade do Pai, que está no céu. Como você e eu anunciamos o Evangelho? Será que acolhemos somente as pessoas que já estão evangelizadas? Não será o caso de partir para novos destinatários, buscar todos os que estão incapazes de escutar Jesus? Mas não esqueçamos, para libertar os outros, necessitamos nós mesmos sermos livres.
Frei Patrício Sciadini, ocd.
*Meditação a cura de Frei Patrício Sciadini, ocd, da liturgia diária Pão da Vida, gentilmente cedida pelas Edições Shalom. Maiores informações:www.edicoesshalom.com.br
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JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE RIO 2013
Dom Orani e membros do Comitê Organizador Local da JMJ Rio 2013 saúdam o Papa
Arcebispo do Rio de Janeiro comenta os encontros em Roma e entrega foto da Serva de Deus Odetinha a Bento XVI na Audiência Geral
Por Maria Emília Marega
ROMA, 23 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira o Santo Padre Bento XVI saudou os responsáveis pelas várias comissões do Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 presentes hoje na Sala Paulo VI do Vaticano.
O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, apresentou os responsáveis das diversas comissões ao Santo Padre e entregou uma foto da serva de Deus Odetinha "para que ele abençoasse e soubesse que em pleno Ano da Fé e da JMJ a diocese está trabalhando no processo de beatificação de uma jovem".
Dom Orani chegou a Roma dia 22 de fevereiro para acompanhar o andamento dos trabalhos realizados entre as comissões do COL e os representantes do governo brasileiro com o Pontifício Conselho para os leigos (PCL) e também com os responsáveis pelas viagens papais e pela segurança do Vaticano. "Eu disse ao Santo Padre que agradecia muito por todas as reuniões que foram feitas"- afirmou o arcebispo -.
A novidade proposta hoje por D. Orani ao Papa é que Guaratiba, região onde serão celebradas a Vigília e a Missa de envio, seja chamada Campus Fidei (Campo da fé). "O Papa gostou muito da idéia e a abençoou" – afirmou o Arcebispo -.
Agora, o COL aguarda a visita do Dr. Gasbarri, que organiza o programa das viagens papais e do Monsenhor Guido Marini, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, para acertar os últimos detalhes e poder assim anunciar a programação final da JMJ Rio 2013.
Antes de rezar o Pai-Nosso em latim e conceder a benção apostólica aos presentes na Sala Paulo VI, Bento XVI dirigiu a seguinte saudação em português:
"Amados peregrinos por rotas e caminhos diversos, mas hoje com paragem comum neste Encontro com o Papa que vos dá as boas-vindas e saúda, especialmente à tripulação da fragata «Liberal» do Brasil e à delegação de várias entidades eclesiais e civis comprometidas na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e guiadas pelo Arcebispo local, Dom Orani. Só de mãos dadas, podereis realizar a travessia… Agradecido pela visita, dou-vos a minha Bênção, extensiva às vossas famílias."
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Ressocialização em meio à Jornada Mundial da Juventude
Internos do sistema prisional de Brasília trabalham para a JMJ Rio 2013
Por Thacio Siqueira
BRASíLIA, 21 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Paulo Fernando Melo, advogado, católico, vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família e um dos sócios proprietários da Jabuti Artigos Religosos (www.lojajabuti.com.br), em entrevista à Zenit, nos fala sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido com os irmãos sentenciados de Brasília na confecção de alguns produtos oficiais da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro, em julho deste ano.
ZENIT: Como surgiu a ideia de agrupar apenados para a execução desse trabalho?
PF – Na verdade trata-se de colocar em prática uma das verdades contidas no evangelho de São Mateus (25:36) "Eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar'. Um aspecto importante é o aprendizado do ofício de artesão de peças religiosas. Ele poderá lhe ser útil ao regressar à sociedade e, ao mesmo tempo, é uma oportunidade de exercer uma profissão digna.
ZENIT: Quantos apenados foram recrutados para a realização desse trabalho?
PF – Inicialmente, em parceria com a Fundação de Apoio ao Preso (Funap), capacitamos 50 internos do sistema prisional masculino e mais 30 do feminino, com a perspectiva de aumento do efetivo de acordo com os recursos futuros disponíveis. Eles trabalham seis horas por dia, quatro vezes por semana, confeccionando diversos modelos de terços , pulseiras, o cordão oficial da JMJ e os chaveiros relativos ao evento.
ZENIT: E quais são os benefícios que esses apenados terão com esse trabalho?
PF – A legislação processual penal prevê o benefício a cada três dias trabalhados, a redução de um dia da pena, além de eles receberem uma remuneração pela peça confeccionada. Outro benefício é que os internos não ficam ociosos. Além disso, o grupo de trabalho da empresa Jabuti, quando do andamento dos trabalhos, realiza com os internos, orações e meditações ao som de música ambiente católica.
ZENIT: De que maneira outros empreendedores poderão participar desse projeto?
PF – A nossa intenção é estender esse programa a outros presídios, aumentar o número de internos em Brasília, estimular que outras empresas possam também fazer parcerias de trabalho com os internos e, despertar no empresariado, o desejo de também ajudar nesse tipo de empreendimento. Outro propósito após o término da JMJ , continuar o trabalho na produção de ícones e ensiná-los a confecção de batinas,clergimans romanos, solidéus , véus, barretes e toda indumentária da tradição litúrgica católica.
Contato:
Paulo Fernando Melo
providafamilia@hotmail.com
Fone: (55) 61 99673759
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COMUNICAR A FÉ HOJE
Os desafios da comunicação da TV Século 21, agora Rede Século 21
Entrevista exclusiva com o fundador Padre Eduardo Dougherty, sj.
Por Fabiano Fachini
CAMPINAS, 25 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Em entrevista concedida com exclusividade à ZENIT, Padre Eduardo Dougherty (sj), idealizador da Fundação Século 21, fala sobre a história da TV, os desafios e novos projetos da comunicação e da evangelização no Brasil.
Prestes a dar um grande passo na história, Padre Eduardo explica a mudança da TV Século 21 para Rede Século 21 e do lançamento do Portal rs21 (www.rs21.com.br).
Para o futuro: gerar o sinal para transmissão da Via Sacra na JMJ Rio2013, a gravação de um filme sobre a história de Jesus Cristo e dos quatro evangelhos.
Zenit: Pe. Eduardo, como nasceu a Fundação Século 21?
Padre Eduardo: A Fundação Século 21 (detentora dos direitos do canal de TV Século 21, que agora se chama Rede Século 21) nasceu em 1989, quando veio à palavra de Deus, a inspiração que Jesus Cristo estaria na televisão. Então nós organizamos uma produtora pensando que futuramente poderíamos ter um canal de televisão, e tudo isso aconteceu. Agora nós temos a Rede Século 21 transmitindo para o Brasil inteiro via satélite, entrando em mais de 25 milhões de lares por antenas parabólicas, em 130 cidades por sinal aberto e em mais de 100 TVs por assinatura.
Nossa cabeça de rede fica na cidade de Campinas com estúdios grandes, são cinco no total. A nossa ideia é de transmitir as boas notícias pela televisão e agora via internet. Tudo começou com a ideia que Jesus Cristo estaria nos meios de comunicação se estivesse aqui como nós estamos hoje.
Zenit: E essa inspiração, como ela surgiu para o Pe. Eduardo?
Pe.Eduado: Surgiu a partir do cansaço, porque a minha vocação é de pregar a palavra de Deus. Lembro-me que durante os anos 70 eu me cansei muito, porque o Brasil é grande, um continente, um verdadeiro continente. E então eu viajava todo fim de semana pregando em retiros do Brasil inteiro - consegui um passe livre numa companhia aérea e viajei. Daí surgiu a ideia, no meio daquele cansaço, de que Jesus estaria no meio de comunicação e a Igreja Católica precisava estar também. Se algo é da vontade de Deus, ele dá graça de fazer isso. E agora, 33 anos depois, a gente vê que tivemos a graça e conseguimos fazer algo importante.
Zenit: Pe Eduardo, como se dá o apoio da TV aos bispos, aos padres, a todo o Clero? Como a TV participa desse processo de evangelização?
Pe. Eduardo: Nós somos uma produtora e um canal e TV a serviço da evangelização. Nós já gravamos programas de formação da conferência de Bispos e vamos fazer mais e mais. Recebemos os bispos aqui nos estúdios da TV, os assessores dos bispos para gravar conteúdo que é importante. A conferência de bispos não é estruturada para ter uma grande produtora, e nós achamos que somos grandes com cinco estúdios, 240 funcionários e estamos a serviço do povo brasileiro e da Igreja Católica Apostólica Romana.
Zenit: Como se dá a presença dos movimentos e carismas na Rede Século 21?
Pe. Eduardo: Nós estamos às ordens da Igreja inteira, de todas as partes da Igreja: movimentos, apostolados, pastorais, congregações, enfim, a graça que surge. Eu creio que todo meio de comunicação que é da Igreja tem que estar a serviço de toda a Igreja.
Zenit: Qual o grande desafio que a TV enfrenta hoje?
Pe. Eduardo: São muitos os desafios. Um deles é a internet. Porque pela internet pode-se compartilhar vídeos sobre demanda. É possível fazer uma videoteca, uma biblioteca de vídeos na internet. É possível fazer um banco de programas para as pessoas assistirem em casa seus vídeos preferidos. Outro grande desafio para nós é a dramaturgia. Por exemplo, um grande desafio é um filme de longa metragem, um filme para o cinema que nós esperamos produzir sobre a vida de Cristo. E nós vamos produzir, ainda, os quatro evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João –, e esse será um serviço que vamos oferecer para a Igreja e para o mundo inteiro.
Zenit: A TV Século 21 passa a ser Rede Século 21 a partir do dia 30 de janeiro de 2013. O que isso representa?
Pe. Eduardo: Uma rede é a união de muitos canais de TV, e nós estamos unidos com outras TVs para formar esta rede. Além da TV, agora estamos acelerando bastante com os projetos de internet, pois dentro desta rede é possível ter WebRadio, WebTV, tudo a serviço da Igreja. E é possível fazer muito mais com a internet.
Zenit: Um dos desafios que o senhor citou é a internet, e junto dessa novidade da Rede Século 21 chega o portal www.rs21.com.br. Esse Portal é uma das respostas para esse desafio da internet?
Pe. Eduardo: Com certeza! Imagine que agora que a nossa TV é digital, nós podemos colocar em instantes nesse portal o sermão do dia, aulas de catequese, formação espiritual e mandar tudo isso para milhares de pessoas. É possível ter dentro desta rede muitas escolas de formação, educativas, de culinária e artesanato. Rede é muito mais que um canal. Jesus quer que nós sejamos "conectados", que nós estejamos dentro de uma rede de relacionamentos servindo a Igreja.
Zenit: Pe. Eduardo, estamos há poucos meses da Jornada Mundial da Juventude. Qual será a participação da Rede Século 21, qual a expectativa também do Pe Eduardo para esse grande encontro da juventude católica do mundo?
Pe. Eduardo: A nossa Rede Século 21 vai gerar o sinal para transmissão da Via Sacra conduzida pelo Papa Bento XVI para todo o mundo. E agora, antes da jornada, vamos lançar cursos de formação para os jovens do Brasil inteiro e porque não para jovens de outros países também, tudo pelo nosso canal de Educação a Distância (EAD). A programação da emissora também está voltada para a formação da juventude, com linguagem "jovem" e interativa.
Zenit: Pe Eduardo, diante de toda essa sua história de comunicação, qual a mensagem que fica?
Pe. Eduardo: Tomara que a Igreja tenha uma união, um entrosamento entre todos os meios de comunicação. Eu acredito que cada TV e cada rádio, cada jornal e revista é uma benção. E tomara que nós, meios de comunicação, possamos ter uma união maior como nunca imaginamos no passado.
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OBSERVATÓRIO JURÍDICO
O pecado, padre Vieira e o direito canônico
Uma fotografia formidável do pecado
Por Edson Sampel
SãO PAULO, 24 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Nalgumas comunidades eclesiais, evita-se falar em pecado. Vamos cuidar das coisas boas, dizem certas pessoas. Há, até, quem afirme que o pecado não existe; é obsessão de gente moralista! Por que tal postura? Afinal de contas, hoje em dia, o pecado está tão presente e atuante no mundo. Se não, vejamos. Atentemo-nos para as guerras intestinas em vários países. Observemos os inúmeros assassínios e chacinas que ocorrem dia a dia na nossa cidade, no nosso país; as falcatruas, os roubos e prevaricações libidinosas e administrativas; os crimes de trânsito impunes; a pedofilia; o sexo como mercadoria; o aborto institucionalizado... Meu Deus! Difícil afirmar que não se perpetram pecados hodiernamente. Há-os tantos!
Em geral, esquecemo-nos de um tipo de pecado: o pecado de omissão. Quando questionados, respondemos: eu não cometo pecado nenhum, pois não faço mal a ninguém! Todavia, é pecado deixar de praticar boas obras; esquivar-se do dever de socorrer o próximo, sobretudo o pobre. Jesus no-lo confirma esta doutrina no evangelho do juízo final: "estive com fome, com sede, faminto, e não me socorreste" (Mt 25, 31-46).
Ninguém soube descrever melhor a feiúra do pecado que o "imperador da língua portuguesa", pe. Antônio Vieira, SJ. Transcrevo a seguir um excerto do Sermão da Publicação do Jubileu, pregado em 1654. Ouçamos o grande jesuíta:
"Sabeis vós (...) por que não tendes ao pecado o horror e aborrecimento que o menor deles merece? É porque não conheceis a sua fealdade. Representá-la como verdadeiramente é não é possível (...).
Considerai-me uma cara (que não mereça nome de rosto, nem ainda de monstro) deformissimamente macilenta, seca e escaveirada, a cor verde-negra e funesta, as queixadas sumidas, a testa enrugada, os olhos sem pestanas nem sobrancelhas e, em lugar das meninas, duas grossas belidas; calva, remelosa, desnarigada: a boca torta, os beiços azuis, os dentes enfrestados, amarelos e podres, a garganta carcomida de alparcas, em lugar de barba um lobinho que lhe chega até os peitos, e no meio dele um cancro fervendo em bichos, manando podridão e matéria, não só asqueroso e medonho à vista, mas horrendo, pestilento e insuportável ao cheiro. Cuidais que disse alguma coisa? Do que verdadeiramente é [o pecado], nem sobras (...)."
O pecado tem de ser debelado, destruído. No lugar dele, há de vicejar a caridade, verdadeira antítese do mal. Aí, sim, surgirão coisas boas de que tratar. É oportuno termos em mente uma fotografia formidável do pecado, como a tirada por Vieira. Contudo, jamais percamos de vista o princípio de que o pecado tem de ser realmente odiado; já o pecador será sempre amado e respeitado.
O modo ordinário de se conseguir a absolvição do pecado é o sacramento da penitência, consoante prescreve o cânon 960. De fato, Jesus, sumamente misericordioso, instituiu o mencionado sacramento, ofertando-nos a oportunidade de lograrmos a absolvição até mesmo com uma contrição imperfeita ou atrição, isto é, quando nos arrependemos precipuamente pelo temor das consequências nefastas da ofensa a Deus. Segundo o estatuído no cânon 989, todo fiel deve confessar os pecados graves, ao menos uma vez por ano.
Edson Luiz Sampel é Doutor em direito canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano. Membro da União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp).
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FAMILIA E VIDA
Filhos de divorciado são menos propensos à prática religiosa
EUA: novo dossiê revela impacto sobre a fé nas famílias divididas
Por John Flynn, LC
ROMA, 22 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - As consequências sociais negativas do divórcio são bem conhecidas, mas uma nova pesquisa mostra que ele também leva à diminuição da prática religiosa.
Na semana passada, o Instituto de Valores Americanos publicou o dossiê "O modelo da família modela a fé? Os impactos das mudanças da família desafiam as Igrejas", apresentando os resultados de uma pesquisa feita com estudantes.
A cada ano, cerca de um milhão de crianças vivem a experiência do divórcio dos pais, diz o relatório. Um quarto dos jovens adultos vem de famílias divorciadas.
Os autores do estudo dizem que os filhos de divorciados se tornam menos religiosos quando chegam à idade adulta do que aqueles que crescem em famílias unidas. Enquanto dois terços das pessoas que cresceram em famílias intactas afirmam ser muito religiosas, apenas metade dos que têm pais divorciados diz a mesma coisa.
Em termos de prática religiosa, mais de um terço dos adultos jovens de famílias unidas é praticante, contra um quarto das pessoas que vêm de lares desfeitos.
De acordo com o relatório do Instituto de Valores Americanos, a influência mais significativa para os jovens em termos de fé e prática religiosa vem dos pais. "Os pais desempenham um papel vital na influência religiosa sobre os filhos após o divórcio, especialmente em uma cultura em que os compromissos associativos e outras formas de participação cívica não são mais uma referência normativa, como ocorria no passado", diz o dossiê.
Falta de apoio
Uma das razões para os filhos de pais divorciados serem menos praticantes, de acordo com o estudo, é o fato de que, na hora da separação dos pais, dois terços dos entrevistados afirmarem que ninguém da comunidade religiosa lhes ofereceu qualquer apoio.
Outra razão é o fato de o divórcio provocar um declínio na frequência das crianças à igreja. O número de adultos crescidos em famílias divididas que são frequentadores regulares da igreja é a metade do número dos filhos de famílias unidas que praticam a religião.
Quem passou pelo divórcio dos pais também afirma ter encontrado menos referências espirituais e religiosas na família. Apenas um terço dos pais divorciados encorajou os filhos a praticarem a fé, contra dois terços das famílias unidas.
O divórcio tem impacto direto sobre a fé como tal, dizem os entrevistados, alguns dos quais interpretam o divórcio dos pais como um dano aos seus valores espirituais essenciais. Estes são mais propensos a se definir como "espirituais" em vez de "religiosos".
Outro estudo conclui que os filhos de famílias desestruturadas são menos interessados em buscar um sentido, a verdade ou uma relação com Deus, além de menos inclinados a pensar que as instituições religiosas podem ajudá-los.
Os pesquisadores avaliaram o impacto do chamado "bom divórcio", aquele que acontece de modo amigável ou sem conflitos. O resultado indica que os jovens criados em famílias felizes e unidas têm o dobro de propensão à prática religiosa dos que os que experimentaram um "bom divórcio" dos pais. O dossiê enfatiza: "Embora o chamado 'bom divórcio' seja melhor que um divórcio conflitivo, ele continua não sendo um bem".
Os filhos de pais que se divorciaram amigavelmente, aliás, podem até sofrer mais do que aqueles cujas famílias enfrentaram altos níveis de conflito, já que podem interpretar que, se pessoas amáveis não conseguiram realizar um casamento feliz, talvez a própria instituição do casamento seja a culpada, e não o comportamento dos pais.
As igrejas devem envolver-se mais com os pais divorciados e com seus filhos, pede o relatório. Um pastor protestante oferece sugestões a este respeito. Pastores e líderes juvenis deveriam trabalhar mais para determinar modelos de fé, diz o pastor, já que o divórcio complica o papel que os pais normalmente desempenham. Também é importante ouvir quem sofreu um divórcio e promover um ambiente em que eles possam questionar e tentar descobrir como lidar com o que aconteceu.
A igreja pode representar um importante santuário e um espaço acolhedor para os jovens divididos entre "a casa da mãe" e "a casa do pai". "Para um filho de divorciados, a igreja pode ser um lugar estável para a recepção e um santuário para a adoração, para os sacramentos, a música, o estudo, a socialização e a diversão", acrescenta o pastor.
"Não é apenas o divórcio que deve ser discutido", prossegue um dos autores do dossiê. "Nós sabemos pouco também sobre as consequências para a fé dos filhos de casais que coabitam, dos nascidos por inseminação artificial, dos que são criados por casais do mesmo sexo".
O dossiê destaca o quanto é importante para a sociedade a instituição da família fundamentada na união estável entre um homem e uma mulher.
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MUNDO
Santuário da Padroeira de Minas, no Brasil, recebe exposição itinerante de imagens e poesias que retratam a Estrada Real
Aberto à população, o concurso recebeu mais de 2,5 mil inscrições.
BELO HORIZONTE, 24 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - O Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, que fica em Caeté (MG), Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi o local escolhido para a abertura da exposição itinerante Estrada Real: Imagens e Poesia, que vai percorrer diversos pontos da Estrada Real. A abertura será na próxima sexta-feira, 25 de janeiro, às 15h. A mostra reúne vídeos, fotografias e poemas que retratam diversos pontos turísticos de Minas Gerais, dentro da rota conhecida como Estrada Real, caminho aberto pela Coroa Portuguesa há mais de 300 anos para a exploração do Brasil colonial.
Ao todo, são 24 fotos, oito poesias escritas, uma poesia sonora e quatro vídeos que apresentam paisagens, momentos e sensações vividas por quem mora ou passa por uma das 199 cidades da Estrada Real (169 em Minas Gerais, 22 em São Paulo e nove no Rio de Janeiro). Os trabalhos foram selecionados a partir do Concurso Estrada Real - Imagens e Poesias, realizado no ano passado. Aberto à população, o concurso recebeu mais de 2,5 mil inscrições. Entre os vencedores selecionados a partir de votação popular na internet, está a imagem do Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, do fotógrafo Henrique Caetano Fonseca.
No dia 25, a abertura da exposição itinerante Estrada Real: Imagens e Poesia, no Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade contará apenas com a presença de convidados. Do dia 26 de janeiro a 3 de fevereiro, das 8h às 18, todos que visitarem o Santuário poderão conhecer os trabalhos vencedores. A entrada é gratuita.
Reconhecido como Atrativo Turístico de Especial Relevância pelo governo de Minas, o Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, fica no alto da Serra da Piedade, em Caeté (MG). Em 2012, o Santuário foi reconhecido como hors concours durante premiação que elegeu as maravilhas da Estrada Real.
Abertura para convidados: 25 de janeiro, às 15h
Abertura para o grande público: 26 de janeiro, às 8h
Local: Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, Serra da Piedade, Caeté (MG)
Informações: 3269-3011 | 3269-3161
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Assis: frades de todo o mundo elegem o novo sucessor de São Francisco
800 anos depois, é aberto o 200º Capítulo Geral dos Frades Menores Conventuais
ROMA, 21 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Foi aberto neste sábado, 19, na Basílica de São Francisco de Assis, o 200º Capítulo Geral dos Frades Menores Conventuais. São cerca de 99 religiosos, dos cinco continentes, reunidos até 17 de fevereiro para eleger o sucessor de São Francisco. O evento acontece a cada seis anos e tem o objetivo de projetar a vida da ordem durante os próximos seis, além de eleger o ministro geral e os membros do conselho geral.
"É o evento mais importante da família franciscana, que permitirá que os frades reunidos ao redor do túmulo do seu fundador reencontrem energia e força para projetar o seu caminho futuro", diz a nota divulgada pelo Sagrado Convento de Assis. "Acolhidos pelo guardião do Sacro Convento de Assis, padre Giuseppe Piemontese, pelo bispo de Assis, dom Domenico Sorrentino, e pelo prefeito de Assis, Claudio Ricci, os padres capitulares permanecerão cerca de um mês na cidade seráfica".
"Somos de 65 países", declara o atual ministro geral, padre Marco Tasca. "Em alguns deles, a ordem acaba de nascer; em outros, já tem tradições centenárias. A nossa família religiosa é composta por 4.300 frades. Em alguns países há centenas de frades, em outros são poucas dezenas". Tasca definiu como "muito positivos e encorajadores os dados a respeito do grande crescimento numérico dos frades em alguns continentes, como a Ásia, a África e a América Latina".
A Ordem dos Frades Menores Conventuais tem nos ombros 800 anos de história. A data de fundação remonta a 1209 e corresponde à aprovação oral que o papa Inocêncio III concedeu a São Francisco, quando o fundador se apresentou em Roma com os 12 primeiros companheiros, que se juntaram a ele no casebre abandonado de Rivotorto de Assis. O primeiro capítulo geral se realizou em Assis e foi chamado, pelos biógrafos da época, de Capítulo das Esteiras. Nele foi eleito o primeiro sucessor do fundador, frei Elias, um dos primeiros companheiros de São Francisco e autor do projeto e da construção do complexo monumental que abriga os restos mortais do santo padroeiro da Itália.
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ESPIRITUALIDADE
Dois corações livres para amar
23 de janeiro: a memória do casamento da Virgem Maria
Por Pe. Mario Piatti, ICMS
ROMA, 23 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - O evangelho de Lucas nos diz que o Salvador nasceu num estábulo pobre e humilde: não havia lugar para Jesus, Maria e José nas estalagens de Belém. Uma família (e era a sagrada família de Nazaré) não foi acolhida num ambiente adequado, apesar do iminente nascimento daquele Menino: imagem certamente profética, prelúdio das incontáveis e recorrentes rejeições que, ao longo da história, sofreram e ainda sofrem os discípulos do Senhor no seu trabalho de evangelização.
Não havia lugar para aquele jovem casal nas hospedarias: como há cada vez menos espaço para a "família tradicional" no panorama cultural e nos costumes do nosso tempo. Promovem-se, agora, inclusive no âmbito legislativo, outras "formas" de convivência: substitutos, mais ou menos desajeitados, da instituição da família, da qual pretenderia preservar-se, pelo menos aparentemente, a "estrutura", mas renegando-se, de fato, a sua natureza , caráter e missão.
Uma guerra foi deflagrada para minar os alicerces da nossa civilização. O conflito está em ato, sustentado, paradoxalmente, por aqueles que dizem defender os "sagrados direitos civis", mas que, na prática, apagam a verdade do homem e favorecem a deriva moral de magnitude e gravidade sem precedentes que está varrendo o mundo.
Foi invocada no passado, e ainda é, a "Deusa Razão" contra os crentes tidos por irracionais, mas a fé constitui agora o último bastião razoável que defende o homem de si mesmo e da sua fúria assassina e suicida.
O pecado, qualquer pecado, na grande e milenar reflexão da Igreja, sempre foi entendido como um gesto irracional, contrário aos ditames da reta razão, e desumano, dirigido contra o nosso verdadeiro bem. Em nome de uma Razão cínica e fria, foram planejados e executados os crimes mais hediondos: da crueldade dos campos de concentração e do gulag aos genocídios e expurgos em massa; foram introduzidos na vida e na mentalidade das pessoas, como se fossem simples e inocentes "práticas médicas", a tragédia do aborto, a manipulação genética, a eutanásia.
A luta contra a vida e contra a família sempre tem uma raiz perversa e diabólica. Não por acaso, o livro da Gênese apresenta a "primeira família" mediante uma denúncia do trabalho sutil de Satanás, dedicado, desde o início, a obstaculizar e destruir os projetos do Criador. Nosso inimigo desencadeia incompreensões, ódios e suspeitas contra o plano original de Deus, mesmo sem nunca podê-lo comprometer definitivamente.
Lutar para apagar esse bem, que é o casamento e a vida dos filhos, confiado hoje pelos céus ao coração de um homem e de uma mulher, nos leva novamente ao cenário trágico de Sodoma e Gomorra: cidades destruídas não pela fúria devastadora de uma divindade vingativa e cruel, mas lançadas inexoravelmente no abismo do vício e vítimas das suas próprias contradições.
O "contra-ataque do céu", em face da profanação desenfreada da vida e da família, não se baseia em raciocínios complexos, nem invoca tribunais ou inquisições: ao contrário, apela mais uma vez ao bom senso, à evidência inscrita no coração das coisas e esculpida no santuário da consciência.
Os desafios frequentes e insistentes do mundo exigem uma "guerra cultural" clara, documentada e apaixonada, mas nunca ofensiva nem remissiva: os riscos que estão em jogo são simplesmente altos demais. A resposta mais bonita passa pela santidade, vivida, conservada e compartilhada no coração das nossas casas. Passa através do exemplo de uma família, modelo perfeito e paradigma de amor para cada lar: a família de Nazaré, que ensina como amar e servir, e em cujo seio a alegria é de casa, apesar das tribulações de cada dia. Uma família especialista no sofrer, no gesto de dar pleno e completo sentido a cada lágrima e a cada tristeza, vividos como dons da graça e generosamente oferecidos pela salvação do mundo.
O Coração da Virgem e do seu Esposo se repropõem como modelos inigualáveis de caridade mútua, em plena conformidade com o plano de Deus. No ambiente doméstico muito concreto, tecido de trabalho e de esforço cotidiano, eles souberam lutar juntos pelo único objetivo real da vida: abraçar a vontade de Deus, andar pelos caminhos da santidade, alcançar juntos a meta do céu. Eles acreditaram, mesmo sofrendo a provação mais amarga, e ajudaram um ao outro a acreditar.
Contemplamos neles, finalmente, dois corações livres das amarras do egoísmo e comprometidos com a plena compreensão mútua, com o apreço e com o apoio do bem um do outro, na comum custódia de um tesouro que excedeu todas as expectativas possíveis: o próprio Filho de Deus, confiado aos seus cuidados e ao seu amor.
Que o modelo ideal dos esposos de Nazaré se reflita na imagem dos nossos lares, dê alívio às nossas preocupações, nos sustente na jornada dolorosa da vida.
Aos desafios crescentes de um mundo enlouquecido, que confunde as mentes, que apoia e defende leis devastadoras, nós queremos aprender na escola de Nazaré a ser homens e mulheres de verdade, santos, caridosos, células vitais de um tecido social desintegrado, mas sedento, mais do que nunca, da luz e da verdade.
O pe. Mario Piatti, ICMS, é diretor da revista Maria de Fátima.
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FLASH
Nossos corações estão abalados com a morte de inúmeros jovens
Dom Orani João Tempesta envia nota pedindo que todos rezem por essa intenção
Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.
RIO DE JANEIRO, 27 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos nota de solidariedade do Arcebispo Dom Orani João Tempesta por ocasião do incidente que provocou a morte de vários jovens em uma boate no Rio Grande do Sul, Brasil.
"Eu sei que meu Redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó" (Jó 19,25)
Nossos corações estão abalados com a morte de inúmeros jovens estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, RS, e outras pessoas que estavam no local. A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Coordenação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013 e o Regional Leste 1 da CNBB rezam pelos falecidos, como pelos hospitalizados e os que estão trabalhando com afinco para minorar a dor de todos, como também pelo consolo dos amigos e familiares das vítimas.
Em solidariedade ao acontecimento trágico, transformamos um evento para jovens programado para este domingo a tarde em momento de oração e sufrágio pelas almas dos jovens e outras pessoas falecidas, com caminhada e missa saindo às 15 horas da Igreja da Candelária até a Catedral Metropolitana, onde será celebrada missa às 16 horas com transmissão ao vivo para todo o Brasil pela Rede Vida de Televisão. Pedimos a todos os párocos que nas missas de hoje à noite também rezem por essa intenção.
Sentimo-nos como preparadores da Jornada Mundial da Juventude, evento que reunirá jovens de todo o mundo, tristes por esses jovens e outras pessoas que foram ceifadas de forma trágica da vida. Esperamos que o Senhor Ressuscitado, vencedor da morte, possa ser o consolo e a esperança neste momento de sofrimento e dor.
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro
Presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio 2013
Presidente do Regional Leste 1 da CNBB, bispos auxiliares e eméritos da arquidiocese do RJ
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ANGELUS
Cada momento pode se tornar o hoje propício para nossa conversão
Palavras de Bento XVI ao recitar o Angelus
CIDADE DO VATICANO, 27 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs,
A liturgia de hoje nos mostra, unidas, duas passagens distintas do Evangelho de Lucas. A primeira, (1, 1-4) é o prólogo, dirigido a um certo "Teófilo"; porque este nome em grego significa "amigo de Deus", podemos ver nele cada crente que se abre a Deus e deseja conhecer o Evangelho. A segunda passagem (4, 14-21), por sua vez, mostra-nos Jesus que "com a potência de Espírito" ia aos sábados na sinagoga de Nazaré. Como bom observador, o Senhor não se abstém ao ritmo litúrgico semanal e se une à assembléia de seus compatriotas na oração e na escuta das Escrituras. O rito prevê a leitura de um texto da Tora ou dos Profetas, seguida de um comentário. Naquele dia Jesus levantou-se para ler e encontrou uma passagem do profeta Isaias que começa assim: "o Espírito do Senhor Deus repousa sobre mim, / porque o Senhor consagrou-me pela unção; / enviou-me a levar a boa nova aos humildes" (61, 1-2). Comenta Orígenes: "Não é por acaso que ele abriu o pergaminho e encontrou o capítulo da leitura que profetiza sobre ele, mas também isto foi obra da providência de Deus" (Homilia sobre o Evangelho de Lucas, 32, 3). Jesus, de fato, terminada a leitura, em um silêncio cheio de atenção, disse: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir" (Lc 4,21). São Cirilo de Alexandria afirma que o "hoje", situado entre a primeira e a última vinda de Cristo, está ligado à capacidade do crente de escutar e arrepender-se (cfr PG 69, 1241). Mas, em um sentido mais radical, é o próprio Jesus o "hoje" da salvação na história, pois cumpre a plenitude da redenção. O termo "hoje", muito caro a São Lucas (cfr 19,9; 23,43), relata-nos o título cristológico preferido pelo próprio Evangelista, aquele de "salvador" (sōtēr). Já nas narrações da infância, este é apresentado nas palavras do anjo aos pastores: "Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, Cristo Senhor" (Lc 2,11).
Queridos amigos esta passagem interpela "hoje" também nós. Antes de tudo nos faz pensar no nosso modo de viver o domingo: dia de repouso e da família, mas antes, de dedicar ao Senhor, participando da Eucaristia, na qual nos nutrimos do Corpo e Sangue de Cristo e da sua Palavra de vida. Em segundo lugar, no nosso tempo disperso e distraído, este Evangelho nos convida a questionar-nos sobre nossa capacidade de escuta. Antes de poder falar de Deus e com Deus, é preciso escutá-Lo, e a liturgia da Igreja é a "escola" desta escuta do Senhor que nos fala. Enfim, nos diz que cada momento pode se tornar o "hoje" propício para nossa conversão. Cada dia (kathēmeran) pode se transformar no hoje salvífico, porque a salvação é historia que continua para a Igreja e para cada discípulo de Cristo. Este é o sentido Cristão do "carpe diem": aproveite o hojeem que Deuste chama para doar-te a salvação!
AVirgem Maria seja sempre o nosso modelo e a nossa guia no saber reconhecer e acolher em cada dia da nossa vida, a presença de Deus, Salvador nosso e de toda a humanidade.
(Depois do Angelus)
Queridos irmãos e irmãs,
Acontece hoje a "Dia da Memória" que recorda o Holocausto das vítimas do nazismo. A memória desta terrível tragédia, que atingiu duramente, sobretudo o povo hebreu, deve representar para todos um alerta constante a fim que não se repitam os horrores do passado, se supere qualquer forma de ódio e de racismo e se promova o respeito e a dignidade da pessoa humana.
É celebrada também hoje a 60° Jornada Mundial do doente de hanseníase. Exprimo minha proximidade às pessoas que sofrem deste mal e encorajo os pesquisadores, os profissionais da saúde e voluntários, particularmente os que fazem parte das organizações católicas e das Associações Amigos de Raoul Follereau. Invoco sobre todos o apoio espiritual de São Damião de Veuster e de Santa Mariana Cope, que deram a vida pelos doentes de lepra.
Neste domingo acontece também o Dia de intercessão pela paz na Terra Santa.
Agradeço àqueles que a promovem em várias partes do mundo e saúdo em particular aos aqui presentes.
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AUDIÊNCIA DE QUARTA-FEIRA
A fé nos faz peregrinos sobre a terra"
Catequese de Bento XVI durante a audiência Geral de hoje
ROMA, 23 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs,gostaria de iniciar hoje a refletir convosco sobre o Credo, isso é, sobre a solene profissão de fé que acompanha a nossa vida de crentes. O Credo começa assim: "Eu creio em Deus". É uma afirmação fundamental aparentemente simples na sua essencialidade, mas que abre ao infinito mundo do relacionamento com o Senhor e com o seu mistério. Crer em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da sua Palavra e obediência alegre à sua revelação. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, " a fé é um ato pessoal: é a livre resposta do homem à iniciativa de Deus que se revela" (n. 166). Poder dizer acreditar em Deus é também um dom - Deus se revela, vem ao nosso encontro - e um empenho, é graça divina e responsabilidade humana, em uma experiência de diálogo com Deus que, por amor, "fala aos homens como aos amigos" (Dei Verbum, 2), fala a nós a fim de que, na fé e com a fé, possamos entrar em comunhão com Ele.
Onde podemos escutar Deus e a sua Palavra? Fundamental é a Sagrada Escritura, na qual a Palavra de Deus se faz escutável para nós e alimenta a nossa vida de "amigos" de Deus. Toda a Bíblia narra o revelar-se de Deus à humanidade; toda a Bíblia fala de fé e nos ensina a fé narrando uma história na qual Deus leva adiante o seu projeto de redenção e se faz próximo a nós homens, através de tantas luminosas figuras de pessoas que acreditam Nele e Nele confiam, até a plenitude da revelação no Senhor Jesus.
Muito belo, a este respeito, é o capítulo 11 da Carta aos Hebreus, que escutamos há pouco. Aqui se fala da fé e se colocam à luz grandes figuras bíblicas que a viveram, transformando-se modelo para todos os crentes. Diz o texto no primeiro versículo: "A fé é fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê" (11, 1). Os olhos da fé são, portanto, capazes de ver o invisível e o coração do crente pode esperar além de toda a esperança, propriamente como Abraão, do qual Paulo diz na Carta aos Romanos que "acreditou, esperando contra toda a esperança" (4,18).
E é propriamente sobre Abraão que gostaria de concentrar-me e concentrar a nossa atenção, porque é ele a primeira grande figura de referência para falar de fé em Deus: Abraão o grande patriarca, modelo exemplar, pai de todos os crentes (cfr Rm 4, 11-12). A Carta aos Hebreus o apresenta assim: "Foi pela fé que Abraão, obedecendo ao apelo divino, partiu para uma terra que devia receber em herança. E partiu não sabendo para onde ia. Foi pela fé que ele habitou na terra prometida, como em terra estrangeira, habitando aí em tendas com Isaac e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. Por que tinha a esperança fixa na cidade assentada sobre os fundamentos (eternos), cujo arquiteto e construtor é Deus" (11,8-10).
O autor da Carta aos Hebreus faz também referência ao chamado de Abraão, narrado no Livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia. O que pede Deus a este patriarca? Pede-lhe para partir abandonando a própria terra para ir para o país que lhe mostraria, "Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrar" (Gen 12, 1). Como respondemos nós a um convite similar? Trata-se, na verdade, de uma partida à escuridão, sem saber onde Deus o conduzirá; é um caminho que pede uma obediência e uma confiança radical, ao qual só a fé concede o acesso. Mas a escuridão do desconhecido – onde Abraão deve ir – é iluminada pela luz de uma promessa; Deus acrescenta ao comando uma palavra tranquilizante que abre diante de Abraão um futuro de vida em plenitude: "farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome...e todas as famílias da terra serão benditas em ti" (Gen 12, 2.3).
A benção, na Sagrada Escritura está ligada primeiramente ao dom da vida que vem de Deus e se manifesta antes de tudo na fecundidade, em uma vida que se multiplica, passando de geração em geração. E à benção está ligada também a experiência da posse de uma terra, de um lugar estável no qual viver e crescer em liberdade e segurança, temendo a Deus e construindo uma sociedade de homens fiéis à Aliança, "reino de sacerdotes e nação santa" (cfr Es 19, 6).
Por isso Abraão, no projeto divino, está destinado a transformar-se "pai de uma multidão de povos" (Gen 17, 5; cfr Rm 4, 17-18) e a entrar em uma nova terra onde habitar. Porém, Sara, sua esposa, é estéril, não pode ter filhos; e o país para o qual Deus o conduz é distante da sua terra de origem, já está habitado por outras populações, e não lhe pertencerá mais verdadeiramente. O narrador bíblico o enfatiza, com muita discrição: quando Abraão chega ao lugar da promessa de Deus: "os cananeus estavam então naquela terra" (Gen 12, 6). A terra que Deus doa a Abraão não lhe pertence, ele é um estrangeiro e como tal permanecerá para sempre, com tudo aquilo que isto comporta: não ter ambição de propriedade, sentir sempre a própria pobreza, ver tudo como presente. Esta é também a condição espiritual de quem aceita seguir o Senhor, de quem decide partir acolhendo o seu chamado, sob o sinal de sua invisível mas poderosa benção. E Abraão, "pai dos crentes", aceita este chamado, na fé. Escreve São Paulo na Carta aos Romanos: "Ele acreditou, esperando contra toda a esperança e assim e se tornou pai de muitas nações, segundo o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. Ele não vacilou na fé, embora reconhecendo o seu próprio corpo sem vigor – pois tinha quase cem anos – e o seio de Sara igualmente amortecido. Ante a promessa de Deus, não vacilou, não desconfiou, mas conservou-se forte na fé deu glória a Deus. Estava plenamente convencido de que Deus era poderoso para cumprir o que prometera" (Rm 4, 18-21).
A fé conduz Abraão a percorrer um caminho paradoxal. Ele será bendito, mas sem os sinais visíveis da benção: recebe a promessa de formar grande povo, mas com uma vida marcada pela esterilidade de sua esposa Sara; é conduzido em uma nova pátria, mas deverá viver como estrangeiro; e a única posse de terra que lhe será concedida será aquela de um pedaço de terreno para enterrar Sara (cfr Gen 23, 1-20). Abraão é bendito porque, na fé, sabe discernir a benção divina indo além das aparências, confiando na presença de Deus também quando os seus caminhos lhe parecem misteriosos.
O que significa isto para nós? Quando afirmamos: "Eu creio em Deus", dizemos como Abraão: "Confio em ti, confio-me a ti, Senhor", mas não como a Qualquer um a quem recorrer somente nos momentos de dificuldade ou a quem dedicar qualquer momento do dia ou da semana. Dizer "Eu creio em Deus" significa fundar sobre Ele a minha vida, deixar que a sua Palavra a oriente a cada dia, nas escolhas concretas, sem medo de perder algo de mim mesmo. Quando, no Rito do Batismo, por três vezes pergunto: "Crês?" em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, a santa Igreja Católica e as outras verdades de fé, a tríplice resposta é no singular: "Creio", porque é a minha existência pessoal que deve receber um avanço com o dom da fé, é a minha existência que deve mudar, converter-se. Cada vez que participamos de um Batismo devemos perguntar-nos como vivemos cotidianamente o grande dom da fé.
Abraão, o crente, ensina-nos a fé; e, como estrangeiro na terra, nos indica a verdadeira pátria. A fé nos torna peregrinos na terra, inseridos no mundo e na história, mas em caminho para a pátria celeste. Crer em Deus nos torna, portanto, portadores de valores que frequentemente não coincidem com a moda e a opinião do momento, pede-nos para adotar critérios e assumir comportamentos que não pertencem ao modo comum de pensar. O cristão não deve ter temor de ir "contra a corrente" para viver a própria fé, resistindo a tentação da "uniformidade". Em tantas de nossas sociedades Deus se tornou o "grande ausente" e no seu lugar estão muitos ídolos, diversos ídolos e sobretudo a posse e o "eu" autônomo. E também os significativos e positivos progressos da ciência e da técnica têm levado o homem à ilusão de onipotência e de auto-suficiência, e um crescente egocentrismo criou não poucos desequilíbrios dentro dos relacionamentos interpessoais e dos comportamentos sociais.
No entanto, a sede de Deus (cfr Sal 63, 2) não foi extinta e a mensagem evangélica continua a ecoar através das palavras e obras de tantos homens e mulheres de fé. Abraão, o pai dos crentes, continua a ser pai de muitos filhos que aceitam caminhar sob seus passos e se colocam em caminho, em obediência à vocação divina, confiando na presença benevolente do Senhor e acolhendo a sua benção para fazer-se benção para todos. É o mundo abençoado da fé ao qual todos somos chamados, para caminhar sem medo seguindo o Senhor Jesus Cristo. E é um caminho às vezes difícil, que conhece também o julgamento e a morte, mas que abre a vida, em uma transformação radical da realidade que somente os olhos da fé são capazes de ver e desfrutar em plenitude.
Afirmar "Eu creio em Deus" leva-nos, então, a partir, a sair continuamente de nós mesmos, como Abraão, para levar na realidade cotidiana na qual vivemos a certeza que nos vem da fé: a certeza, isso é, da presença de Deus na história, também hoje; uma presença que leva vida e salvação, e nos abre a um futuro com Ele para uma plenitude de vida que não conhecerá nunca o pôr do sol.
Fonte da Tradução: Canção Nova
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]