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Cantora comenta sobre temas polêmicos, como o aborto, e fala de sua relação com amores como o sanfoneiro Cezzinha
Carolina Santos - Diario de Pernambuco
Publicação: 05/02/2013 10:33 Atualização: 05/02/2013 11:51
Artista foi uma das atrações do Baile Municipal deste ano. Foto: Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.
Toda vestida de branco, Elba Ramalho chega pontualmente às 15h45 acompanhada de um assessor. Entra no Chevrolet Hall e vai direto para o palco. Cumprimenta o maestro Spok e técnicos de som. A música começa a tocar. Ela deixa a bolsa em cima de um case e se alonga para frente e para trás. Pega o papel com o programa do ensaio - é a sexta-feira anterior ao tradicionalíssimo Baile Municipal. "Frevo eu nunca cantei…é o único de Tom Jobim e Vinicius de Moraes", diz. Spok a tranquiliza: "A música é fácil". Elba olha novamente a letra e se desculpa. "A voz está fria, dormi o voo todo. Acordei já no Recife". Na segunda tentativa, canta como se a música fizesse parte do seu repertório desde sempre.
Aos 61 anos, mais de 30 de carreira, Elba Ramalho é uma artista incomparável. É a única mulher que consegue cantar frevo no carnaval e forró no São João com pertencimento e conhecimento de causa. Conseguiu alargar os limites do rótulo de cantora regionalista com interpretações definitivas de clássicos da Música Popular Brasileira, como Chão de giz e Banho de cheiro.
Só encontra paralelo em Alceu Valença, companheiro de arte quando se mudou para o Rio de Janeiro. Apaixonada por Pernambuco, a cantora tem hoje três residências: a oficial no Rio, uma casa de campo na serra fluminense e outra de praia em Trancoso, na Bahia. Quando vem para o Recife, fica em hotel. Uma realidade bem distante do começo da carreira, quando o dinheiro e até a comida eram contados.
Agora, lança o seu 31º disco, Vambora lá dançar (Ljs 3000. Preço médio: R$ 25) com frevos, forrós e músicas românticas, com a música Deitar e rolar já garantida em uma novela. Na entrevista abaixo, feita após o ensaio para o Baile Municipal, a cantora fala sobre música, defesa da vida e, principalmente, o caminho religioso no qual tem se aprofundado nos últimos anos.
Desde os meus primeiros discos tem forró e tem frevo. Eu estou no circuito da MPB também, mas lógico que a autenticidade do meu trabalho é o que vem daqui. Quando comecei a gravar meu primeiro disco, eu não pensei em ser um disco nordestino. O Nordeste, que é tão maravilhoso, já foi decantado. Ao longo dos anos eu fui caindo na vertente do forró, que era o que eu deveria ter feito mesmo e acho que fiz muito bem. Seguindo as pegadas de Marinês e indo além, por eu ter sido uma cantora que fez teatro, fez musical de Chico Buarque. Eu cantei de tudo. Então, sei passear por vários gêneros. É como Alceu, se ele pode cantar qualquer coisa.
Eu estava no primeiro, no segundo e no terceiro disco do Asas da América, de Carlos Fernando. No Rio de Janeiro éramos da mesma turma, com o Alceu, Geraldo Azevedo. Mas minha história começou bem antes. Meu pai era músico de orquestra de frevo. Quando virei baterista, tocava frevo na orquestra do meu pai. Tenho intimidade com o frevo por amor, por ele ser pernambucano, por eu ser paraibana, aqui do lado. Por eu ser literalmente apaixonada pelo Recife. Meu primeiro grande sonho foi morar no Recife.
Nunca entrei de fato no frevo, entrei nesse ano. Na época dos velhos carnavais era muito mais machista. Não é fácil cantar frevo, como não é fácil cantar forró. Tem muita cantora de fora vindo pra cá. Acho que é mais uma oportunidade de querer estar no carnaval e que está ousando gravar frevo. É porque quer cantar no carnaval. Tem que saber distinguir. Para um artista que não tem identidade é muito fácil ir aproveitando as ondas. Já vi convidados virem para o carnaval e ao encararem a orquestra de frente não conseguirem. E cantores bons, mas na hora que o bicho pega mesmo… não é fácil. A métrica, a divisão, a competência técnica de cantar frevo não é fácil.
A música hoje se produz de forma descartável. Muita gente faz música para ganhar dinheiro e para ser a música somente daquele momento. Tem muita coisa que acontece aí nas bandas de forró eletrônico… eu nem escuto isso. Quando eu vejo uma artista que faz um trabalho com fundamento, com ressonância, eu fico feliz. Eu não sou uma artista oportunista. Eu poderia regravar Banho de Cheiro todo ano. É mais ou menos assim que muitos artistas fazem, transformam suas vidas em uma carreira localizada. Não quis e não quero isso para mim. Sou uma artista plural. Esse ano vou fazer um DVD com Spok. Não se vai vender, se vai para o rádio. Mas eu quero fazer.
Tem muita coisa que poderia estar tocando nas rádios. Já coloquei algumas no meu show. O Lulu Santos uma vez disse: "a gente faz shows novos, com velhas canções". A gente cantas as velhas canções porque o povo quer ouvir. Mas a gente põe também vai botando músicas do novo disco. Mas é assim mesmo. É comigo e com todo mundo. O público acaba se apegando afetivamente a certas canções e você também. Ai de mim se não acantar Aconchego em algum show meu! Eu não posso negar isso. Seria uma crueldade.
Vou gravar esse ano um disco só de músicas religiosas. Estou escolhendo o repertório com o padre Fábio de Melo. Já cantei com ele, o padre Reginaldo Manzotti, padre Antônio Maria… Viajo o Brasil inteiro e até fora para palestrar sobre Nossa Senhora. Sou uma estudiosa e filha predileta de Nossa Senhora. Ela é tudo na minha vida.
Eu sempre fui religiosa. Ficava quietinha, do meu jeito. De uns 20 anos para cá estou no percalço de Nossa Senhora. Ela foi me mostrando muitas coisas bonitas. Essa pulseira (aponta para o braço direito) é minha pulseira de consagração. Acho que Deus é uma coisa de cada pessoa. Você pode contemplar uma árvore e ali falar com Deus. Eu medito, eu vou a missa, eu faço caridade. A religiosidade está na minha ação. Eu trabalho com caridade.
Não adianta chorar o leite derramado. Todas as mulheres que fizeram aborto devem ter essa busca, da confissão. Eu vou para a igreja. Ao invés de ficar me autojulgando, porque foi um momento de muitos anos atrás, eu era muito jovem. Eu achava o que muitas meninas acham hoje, que não tinha vida, que não tinha nada. Eu fiz algo errado e hoje eu já salvei dezenas de crianças. Meu grande trabalho social é aconselhar as meninas: não é coagir, é aconselhar. Se elas ouvem meu conselho e desistem do aborto, é menos uma criança morta. É mais uma vida no mundo. Foi uma ordem natural: pare de chorar o leite derramado, se recomponha e vá salvar.
Hoje me sinto completamente perdoada. A maior alegria da minha vida é quando alguém desiste do aborto. Todos nós devemos acreditar na misericórdia. Quem é que não é pecador? Quem é que não jogou pedra? Quem é que não feriu? Tudo lhe será cobrado um dia. O que eu acho mais maravilhoso em ser uma pessoa que tem fé e é que hoje eu procuro envelhecer com confiança na misericórdia. Ao invés de eu estar me lamuriando, estou fazendo coisas boas. Eu leio o evangelho e ele não está na minha mansão. Está na esquina, no Centro do Recife, na Cracolândia. Então eu procuro fazer aquilo que está na palavra.
Toda religião deve ser de ação. Não adianta de nada eu ter fé aqui, dizer que eu faço o rosário, leio a Bíblia, sou vegetariana, se um pobre na esquina me pede uma esmola e eu viro o rosto. A melhor parte de mim hoje é a minha doação ao outro. O cotidiano da gente é uma dor. A gente não pode caminhar indiferente ao mundo. Lamentavelmente, a cultura de morte é algo que faz com que o jovem imediatamente já pense no aborto. Pela minha experiência do passado eu digo: olha, não faz (o aborto). Não faz porque depois você vai se arrepender. Vai chorar. Vai ficar com um peso em cima de você. Respeito quem decide fazer isso, mas não vai com meu aval.
Já apanhei muito por conta dessa minha luta contra o aborto. Sou perseguida sim. As feministas veem o aborto como o resgate da identidade da mulher. A mulher tem o direito de fazer qualquer coisa com o corpo dela, só que aquela criança, no meu entender, é de Deus e do Estado. É preciso ter responsabilidade. Se toda mulher resolver matar seu filho, qual o fuuro da humanidade? E se mata muito. Muitas dessas meninas não tem base. Se você não quer dá para adoção. Eu estou no meio artístico onde quase todos os artistas que eu conheço são a favor do aborto. As feministas me levantam várias faixas nos shows. Anunciam na internet que vão me apedrejar, vão me perseguir. Até isso eu já sofri. Só porque defendo os bebezinhos.
Sempre querem me arranjar namorado. Por enquanto, estou fechada para um relacionamento. Estou sozinha. Tenho 60 anos. Perdi a virgindade aos 21. Casei umas três, quatro vezes. Estou dando meu testemundo de fé, de fidelidade a Deus. Sou separada, divorciada. Ser casta tem a ver também com a religião, é uma coisa muito pessoal. Uma decisão de cada um. Eu posso um dia encontrar um bom José e me casar de novo. Eu estou tranquila. Esses trabalhos todos que eu faço não me deixam tempo para pensar em ninguém. É muito show, tenho minhas filhas do coração, meu filho Luan, tenho muita coisa para fazer.
E depois eu vivi um grande amor. Minha história com Cézar foi muito forte, de muita paixão. Eu preciso agora desse distanciamento. Na medida do possível, estamos bem. Foi, passou. Nunca fiquei inimiga de nenhum ex meu. Sou muito prática: ele é um grande músico, então não posso fechar a porta. Ele é um amigo, a gente sai, conversa.
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Tags: Elba Ramalho disco música cantora lançamento entrevista
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Artista foi uma das atrações do Baile Municipal deste ano. Foto: Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.
Toda vestida de branco, Elba Ramalho chega pontualmente às 15h45 acompanhada de um assessor. Entra no Chevrolet Hall e vai direto para o palco. Cumprimenta o maestro Spok e técnicos de som. A música começa a tocar. Ela deixa a bolsa em cima de um case e se alonga para frente e para trás. Pega o papel com o programa do ensaio - é a sexta-feira anterior ao tradicionalíssimo Baile Municipal. "Frevo eu nunca cantei…é o único de Tom Jobim e Vinicius de Moraes", diz. Spok a tranquiliza: "A música é fácil". Elba olha novamente a letra e se desculpa. "A voz está fria, dormi o voo todo. Acordei já no Recife". Na segunda tentativa, canta como se a música fizesse parte do seu repertório desde sempre.
Aos 61 anos, mais de 30 de carreira, Elba Ramalho é uma artista incomparável. É a única mulher que consegue cantar frevo no carnaval e forró no São João com pertencimento e conhecimento de causa. Conseguiu alargar os limites do rótulo de cantora regionalista com interpretações definitivas de clássicos da Música Popular Brasileira, como Chão de giz e Banho de cheiro.
Só encontra paralelo em Alceu Valença, companheiro de arte quando se mudou para o Rio de Janeiro. Apaixonada por Pernambuco, a cantora tem hoje três residências: a oficial no Rio, uma casa de campo na serra fluminense e outra de praia em Trancoso, na Bahia. Quando vem para o Recife, fica em hotel. Uma realidade bem distante do começo da carreira, quando o dinheiro e até a comida eram contados.
Agora, lança o seu 31º disco, Vambora lá dançar (Ljs 3000. Preço médio: R$ 25) com frevos, forrós e músicas românticas, com a música Deitar e rolar já garantida em uma novela. Na entrevista abaixo, feita após o ensaio para o Baile Municipal, a cantora fala sobre música, defesa da vida e, principalmente, o caminho religioso no qual tem se aprofundado nos últimos anos.
MPB X Regional
Desde os meus primeiros discos tem forró e tem frevo. Eu estou no circuito da MPB também, mas lógico que a autenticidade do meu trabalho é o que vem daqui. Quando comecei a gravar meu primeiro disco, eu não pensei em ser um disco nordestino. O Nordeste, que é tão maravilhoso, já foi decantado. Ao longo dos anos eu fui caindo na vertente do forró, que era o que eu deveria ter feito mesmo e acho que fiz muito bem. Seguindo as pegadas de Marinês e indo além, por eu ter sido uma cantora que fez teatro, fez musical de Chico Buarque. Eu cantei de tudo. Então, sei passear por vários gêneros. É como Alceu, se ele pode cantar qualquer coisa.
Frevo
Eu estava no primeiro, no segundo e no terceiro disco do Asas da América, de Carlos Fernando. No Rio de Janeiro éramos da mesma turma, com o Alceu, Geraldo Azevedo. Mas minha história começou bem antes. Meu pai era músico de orquestra de frevo. Quando virei baterista, tocava frevo na orquestra do meu pai. Tenho intimidade com o frevo por amor, por ele ser pernambucano, por eu ser paraibana, aqui do lado. Por eu ser literalmente apaixonada pelo Recife. Meu primeiro grande sonho foi morar no Recife.
Frevo 2
Nunca entrei de fato no frevo, entrei nesse ano. Na época dos velhos carnavais era muito mais machista. Não é fácil cantar frevo, como não é fácil cantar forró. Tem muita cantora de fora vindo pra cá. Acho que é mais uma oportunidade de querer estar no carnaval e que está ousando gravar frevo. É porque quer cantar no carnaval. Tem que saber distinguir. Para um artista que não tem identidade é muito fácil ir aproveitando as ondas. Já vi convidados virem para o carnaval e ao encararem a orquestra de frente não conseguirem. E cantores bons, mas na hora que o bicho pega mesmo… não é fácil. A métrica, a divisão, a competência técnica de cantar frevo não é fácil.
Consumo de música
A música hoje se produz de forma descartável. Muita gente faz música para ganhar dinheiro e para ser a música somente daquele momento. Tem muita coisa que acontece aí nas bandas de forró eletrônico… eu nem escuto isso. Quando eu vejo uma artista que faz um trabalho com fundamento, com ressonância, eu fico feliz. Eu não sou uma artista oportunista. Eu poderia regravar Banho de Cheiro todo ano. É mais ou menos assim que muitos artistas fazem, transformam suas vidas em uma carreira localizada. Não quis e não quero isso para mim. Sou uma artista plural. Esse ano vou fazer um DVD com Spok. Não se vai vender, se vai para o rádio. Mas eu quero fazer.
Velhas e novas canções
Tem muita coisa que poderia estar tocando nas rádios. Já coloquei algumas no meu show. O Lulu Santos uma vez disse: "a gente faz shows novos, com velhas canções". A gente cantas as velhas canções porque o povo quer ouvir. Mas a gente põe também vai botando músicas do novo disco. Mas é assim mesmo. É comigo e com todo mundo. O público acaba se apegando afetivamente a certas canções e você também. Ai de mim se não acantar Aconchego em algum show meu! Eu não posso negar isso. Seria uma crueldade.
Disco católico
Vou gravar esse ano um disco só de músicas religiosas. Estou escolhendo o repertório com o padre Fábio de Melo. Já cantei com ele, o padre Reginaldo Manzotti, padre Antônio Maria… Viajo o Brasil inteiro e até fora para palestrar sobre Nossa Senhora. Sou uma estudiosa e filha predileta de Nossa Senhora. Ela é tudo na minha vida.
Religião
Eu sempre fui religiosa. Ficava quietinha, do meu jeito. De uns 20 anos para cá estou no percalço de Nossa Senhora. Ela foi me mostrando muitas coisas bonitas. Essa pulseira (aponta para o braço direito) é minha pulseira de consagração. Acho que Deus é uma coisa de cada pessoa. Você pode contemplar uma árvore e ali falar com Deus. Eu medito, eu vou a missa, eu faço caridade. A religiosidade está na minha ação. Eu trabalho com caridade.
Aborto
Não adianta chorar o leite derramado. Todas as mulheres que fizeram aborto devem ter essa busca, da confissão. Eu vou para a igreja. Ao invés de ficar me autojulgando, porque foi um momento de muitos anos atrás, eu era muito jovem. Eu achava o que muitas meninas acham hoje, que não tinha vida, que não tinha nada. Eu fiz algo errado e hoje eu já salvei dezenas de crianças. Meu grande trabalho social é aconselhar as meninas: não é coagir, é aconselhar. Se elas ouvem meu conselho e desistem do aborto, é menos uma criança morta. É mais uma vida no mundo. Foi uma ordem natural: pare de chorar o leite derramado, se recomponha e vá salvar.
Perdão
Hoje me sinto completamente perdoada. A maior alegria da minha vida é quando alguém desiste do aborto. Todos nós devemos acreditar na misericórdia. Quem é que não é pecador? Quem é que não jogou pedra? Quem é que não feriu? Tudo lhe será cobrado um dia. O que eu acho mais maravilhoso em ser uma pessoa que tem fé e é que hoje eu procuro envelhecer com confiança na misericórdia. Ao invés de eu estar me lamuriando, estou fazendo coisas boas. Eu leio o evangelho e ele não está na minha mansão. Está na esquina, no Centro do Recife, na Cracolândia. Então eu procuro fazer aquilo que está na palavra.
Religião na prática
Toda religião deve ser de ação. Não adianta de nada eu ter fé aqui, dizer que eu faço o rosário, leio a Bíblia, sou vegetariana, se um pobre na esquina me pede uma esmola e eu viro o rosto. A melhor parte de mim hoje é a minha doação ao outro. O cotidiano da gente é uma dor. A gente não pode caminhar indiferente ao mundo. Lamentavelmente, a cultura de morte é algo que faz com que o jovem imediatamente já pense no aborto. Pela minha experiência do passado eu digo: olha, não faz (o aborto). Não faz porque depois você vai se arrepender. Vai chorar. Vai ficar com um peso em cima de você. Respeito quem decide fazer isso, mas não vai com meu aval.
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Já apanhei muito por conta dessa minha luta contra o aborto. Sou perseguida sim. As feministas veem o aborto como o resgate da identidade da mulher. A mulher tem o direito de fazer qualquer coisa com o corpo dela, só que aquela criança, no meu entender, é de Deus e do Estado. É preciso ter responsabilidade. Se toda mulher resolver matar seu filho, qual o fuuro da humanidade? E se mata muito. Muitas dessas meninas não tem base. Se você não quer dá para adoção. Eu estou no meio artístico onde quase todos os artistas que eu conheço são a favor do aborto. As feministas me levantam várias faixas nos shows. Anunciam na internet que vão me apedrejar, vão me perseguir. Até isso eu já sofri. Só porque defendo os bebezinhos.
Casta
Sempre querem me arranjar namorado. Por enquanto, estou fechada para um relacionamento. Estou sozinha. Tenho 60 anos. Perdi a virgindade aos 21. Casei umas três, quatro vezes. Estou dando meu testemundo de fé, de fidelidade a Deus. Sou separada, divorciada. Ser casta tem a ver também com a religião, é uma coisa muito pessoal. Uma decisão de cada um. Eu posso um dia encontrar um bom José e me casar de novo. Eu estou tranquila. Esses trabalhos todos que eu faço não me deixam tempo para pensar em ninguém. É muito show, tenho minhas filhas do coração, meu filho Luan, tenho muita coisa para fazer.
Cezzinha
E depois eu vivi um grande amor. Minha história com Cézar foi muito forte, de muita paixão. Eu preciso agora desse distanciamento. Na medida do possível, estamos bem. Foi, passou. Nunca fiquei inimiga de nenhum ex meu. Sou muito prática: ele é um grande músico, então não posso fechar a porta. Ele é um amigo, a gente sai, conversa.
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