domingo, 31 de março de 2013

[Catolicos a Caminho] ANDAM BALÕES NO AR (21) REINO DE DEUS Som !

 

 

                       ANDAM BALÕES NO  AR

                                        (21).-REINO DE DEUS !         

             

              Cristo ressuscitou glorioso, Senhor dum Reino Eterno !

 

            Esta expressão Reino de Deus deve entender-se melhor na esfera da autoridade e do poder, na soberania de Deus como Senhor do destino da história, que nos conduz ao fim eterno de viver com Ele em perfeito amor.

            Baseado no "Pai Nosso" (A Oração do Senhor), o Reino de Deus  deve entender-se que está onde se faz a vontade de Deus.

            O Reino de Deus, no Novo Testamento, seja qual for o  aspecto em que seja considerado, refere-se a um duplo tempo :

            * Em referência ao tempo de agora.

            * Em referência ao tempo fora da história, para além da história dos últimos dias.

            Jesus, logo que começou a sua Vida Pública também pregava e anunciava o Reino :

            - "Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino".(Mt.4,23).

            - "Tenho de anunciar também a Boa-Nova do  Reino de Deus".(Lc.4,43).

                                                                         Em muitas das Suas Parábolas, Jesus começava assim :

                                                                               O Reino de Deus é comparável....

             Foi assim, por exemplo :

                        * Na Parábola do Joio. (Mt.13,24...).

                        * Na Parábola  do grão de Mostarda.(Mt. 13,31...).

                        * Na Parábola do tesouro e da pérola. (Mt.13,44...).

                        * Na Parábola da rede. (Mt.13,47...).

             Em muitos textos do Novo Testamento o carácter escatológico do Reino não é aparente.

 

             Em S. João afirma-se que o Reino de Jesus não é deste mundo:

            -" O Meu Reino não é deste mundo : se o Meu Reino fosse deste mundo, pelejariam os Meus servos para que Eu não fosse entregue aos judeus". (Jo. 18,36).

             No contexto não se afirma uma realidade extra temporal ou celestial, mas simplesmente a negação de que o reino de Jesus seja secular ou temporal.

            Cristo não só proclamou o Reino, mas n'Ele o próprio Reino se tornou presente e foi cumprido.

            Isto aconteceu não apenas através das Suas palavras e das Suas acções : "Acima de tudo" o Reino manifestou-se na verdadeira pessoa de Cristo, Filho de Deus e Filho do Homem, que veio para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos.(Mc. 10/45).

            No Antigo Testamento, o Reino de Deus era o Reino de Israel do qual Javé era o verdadeiro rei.

            Quando caiu a Monarquia Israelita, esse Reino passou a ser futuro - seria inaugurado pelo rei-Messias, descendente de David.

            Jesus, de facto, pregou o Reino de Deus, mas trata-se dum reino de ordem espiritual, e não a libertação das esperanças nacionalistas judaicas.

            Este Reino começa neste mundo - a Igreja - e consuma-se no céu.

            O Reino de Deus que Jesus pregou, abre o seu caminho silenciosa mas decididamente, mesmo que os homens não lhe dêem importância, pois nada há que resista aos planos de Deus.

            Cristo enriqueceu a Igreja, Seu Corpo, com a plenitude de todos os benefícios e meios de salvação.

            O Espírito Santo habita nela, vivifica-a com os seus dons e carismas, santifica-a, guia-a e renova-a constantemente.

            Assim, pela especial união da Igreja com o Reino de Deus e de Cristo, ela tem a "missão de o anunciar e inaugurar entre todos os povos".

            S. João anuncia ainda que o Baptismo é a condição necessária para se entrar no Reino :

            - "Quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus(...) Quem não nascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no Reino de Deus".(Jo.3,3-5).

             No Pai Nosso nós pedimos : Venha a nós o Vosso Reino.

            O Catecismo da Igreja Católica explica :

            2816. - Novo Testamento, a mesma palavra "basileía" pode traduzir-se por realeza (nome abstracto),  reino (nome concreto) ou reinado (nome de acção). O Reino de Deus é anterior  a nós. Aproximou-se de nós no Verbo Encarnado, foi anunciado através de todo o Evangelho e veio até nós na Morte e Ressurreição de Cristo. O Reino de Deus vem desde a última ceia e, na Eucaristia, está no meio de nós. O Reino virá na glória, quando Cristo o entregar a Seu Pai.

É mesmo possível que o reino de Deus signifique Cristo em pessoa, Ele por Quem todos os dias chamamos em nossos votos, e cuja vinda queremos apressar pela nossa espera. Do mesmo modo que Ele é a nossa Ressurreição, pois n'Ele ressus­citamos, pode ser também o Reino de Deus porque n'Ele reina­remos.  (S.Cipriano. Dom.or.13).      

A Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II, sobre a Igreja no mundo actual, diz :

            - O Senhor Jesus deu Início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras : "Cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo". (Mt.l/15).(cf.Mt.4/17). Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença  de Cristo (LG.5).

             É ao reino de Deus que todos estamos destinados pelo plano da História da Salvação.

             É este Reino que nós devemos procurar fazendo tudo para o alcançar, caso contrário é o mesmo que deixá-lo em Balões que andam no  ar com todos os riscos e responsabilidades eternas.

 

                                                  

                                                        Depois de confirmar os Seus...      Elevou-Se ao Seu Reino.

 

                       

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]