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    sexta-feira, 29 de março de 2013

    [Catolicos a Caminho] VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA - C Som !

     

     

                               VIGÍLIA PASCAL  NA NOITE SANTA  !

                                                        ANO  C ! 

                       Maria !...          Rabboni !...       

     

                 As duas primeiras Leituras da Liturgia da Palavra que são comuns aos três Ciclos A, B e C, preparam-nos, já em tom festivo, para a maior das Festas da Igreja, que é a Festa da Páscoa.

                Nesta «noite de vigília em honra do Senhor»(Êx.12,42), os cristãos reúnem-se para celebrarem, na esperança e na alegria, o grande acontecimento da História da Salvação, pelo qual Jesus, depois do Seu aniquilamento voluntário, foi constituído «Filho de Deus  em  todo o Seu Poder» (Rom.1,4), «Senhor da Glória» (1 Cor.2,8), «Chefe e Salvador».(Act.5,31).

                            A noite pascal é o grande sacramento da vida do cristão.

                Baptismo e Eucaristia, que são o centro da liturgia de hoje, tornam-nos presentes e contemporâneos os acontecimentos que celebramos, e nos comunicam o seu valor salvífico.

                A 1ª Leitura, do Livro do profeta Ezequiel, diz-nos que, com os seus pecados de idolatria e de homicídio, o Povo de Deus profanara o Seu Nome, merecendo por isso, o castigo de ser disperso entre povos pagãos.

                Contudo, nem mesmo na provação ele soube voltar-se para o Senhor e glorificar o Seu Nome.

                Pelo contrário, a sua vida e o seu destino levavam os pagãos a dizer : «O Deus de Israel não será um Deus impotente para salvar o Seu Povo?»

                Por isso, sem que o Povo o merecesse, Deus reconduzi-lo-á à sua terra, de novo tornada fértil, recriando-o, mediante uma transformação interior tão profunda que os mesmos corações de pedra se tornarão corações de carne.

                - "Dar-vos-ei um coração renovado e porei em vós um espírito novo. Hei-de retirar do vosso corpo o coração de pedra, para vos dar um coração de carne". (1ª Leitura).,

                 Será, porém, na nova economia que, com a Páscoa de Cristo, se realizará plenamente essa transformação.

                Com o perdão do pecado e a efusão do Espírito Santo, o homem receberá um coração filial, podendo repetir, cada dia : «Pai nosso». (Mt.6,9).

                É esta uma aspiração proclamada também pelo Salmo Responsorial :

                - "Como suspira o veado pelas torrentes das águas, assim minha alma suspira por Vós, Senhor" !

                 Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Romanos, e hoje também a todos os povos da terra, que a justificação vem de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo, o Qual, com a Sua Morte, destruiu a escravidão do pecado e da morte, em que o homem vivia, comunicando aos resgatados a própria vida divina.

                Mas, para que os homens recebam a eficácia da Morte e Ressurreição de Jesus, é necessário que se insiram no Seu Mistério Pascal.

                - "O homem que éramos anteriormente foi crucificado com Cristo para ser destruída em nós a força do pecado e não mais sermos escravos dele(...)Se nós morrermos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele". (2ª Leitura).

                 Ora o Baptismo é o Sacramento que nos une à Morte de Cristo, para nos fazer viver com Ele a nova vida, que «não morre mais».

                Comunicando aos baptizados os frutos da Paixão e da Ressurreição, o Baptismo não é, porém, uma simples aplicação do Mistério Pascal : é a sua realização actual em  cada um de nós.

                O Evangelho deste Ano C é de S. Lucas  que nos descreve a reacção dos Apóstolos perante o anúncio da Ressurreição, que foi a da incredulidade.

                Como os outros Evangelistas, também Lucas faz a devida referência às mulheres e ao primeiro dia da semana.

                Em contacto com a vida concreta, dotados de grande sentido crítico, os Apóstolos não eram, na verdade, pessoas sugestionáveis.

                Precisavam de verificar pessoalmente, a realidade do Acontecimento e, por isso, Pedro acorre ao sepulcro.

                Mas os caminhos para Cristo não são os dos sentidos e Pedro não consegue ver o que os olhos são incapazes de descobrir.

                - "Mas tais palavras pareceram-lhes um desvario, e não acreditaram nelas. Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao túmulo. Debruçou-se, mas só viu as ligaduras, e voltou para casa, admirado  com o sucedido".(Evangelho).

                 E só quando, renunciando aos meios humanos, volta ao caminho da fé e vai reunir-se aos irmãos, encontra e vê o Ressuscitado.

                 Cristo, verdadeiro homem, experimentou profundamente o aniquilamento da morte, para efectuar a vitória sobre ela e tornar dela participante quem nele crê.

                Em Cristo, novo Adão, os justos do Antigo Testamento e todos os homens que buscaram a Deus com coração recto, encontram a plenitude daquilo que viveram na esperança.

                Cristo, o homem fiel a Deus, não foi "entregue à corrupção", mas, "vivificado pelo Espírito", subiu ao céu, proclamando a glória de Deus e manifestando-Se Senhor de "todas as coisas", "no céu, na terra e debaixo da terra".

                Assim, para todo aquele que crê, a morte não é o fim da vida, mas a vitória sobre os limites da condição terrena e a participação da vida eterna de Deus.

                E o Baptismo é uma descida simbólica à morte junto com Cristo, para emergir, com Ele, na liberdade dos flhos de Deus.

                Tudo isto faz parte do plano da História da Salvação.

                                                    .................

             Diz o Catecismo da Igreja Católica :

                640. - «Por que motivo procurais entre os mortos Aquele que está vivo ? Não está aqui, ressuscitou»(Lc.24,5-6). No quadro dos acontecimentos da Páscoa, o primeiro elemento que se nos oferece é um sepulcro vazio. Isso não é, em si,  um argumento directo. A ausência do corpo de Cristo do sepulcro poderia explicar-se  doutro modo. Apesar disso, o sepulcro vazio constitui para todos um sinal essencial. A descoberta do facto pelos discípulos foi o primeiro passo para o reconhecimento do facto da Ressurreição. Foi, primeiro, o caso das santas mulheres, depois o de Pedro. «O discípulo que Jesus amava»(Jo.20,2) afirma que, ao entrar no sepulcro vazio e descobrir «os lençóis no chão»(Jo.20,6), «viu e acreditou»(Jo.20,8); o que supõe ter ele verificado, no estado do sepulcro vazio, que a ausência do corpo de Jesus não podia ter sido obra humana e que Jesus não tinha simplesmente regressado a uma vida terrena, como fora o caso de Lázaro.

     

                                              

                                               Foram ao sepulcro com perfumes.                    Não está aqui. Ressuscitou !

             

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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