quinta-feira, 11 de abril de 2013

[Catolicos a Caminho] HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 3o DOMINGO DA PÁSCOA - C Som

 

 

                                     

                     HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

 

                                                    (142)-MISTÉRIO DAS ÁGUAS PROFUNDAS...

                                                  

                  (3º Domingo da Páscoa  – C)

 

 

- "Lançai a rede para a direita do barco e haveis de encontrar".

 

Era pela manhã e eles tinham labutado a noite inteira num faina piscatória estéril.

Aquela não era a hora mais propícia para uma nova tentativa e eles bem o sabiam, por muitas lições aprendidas ao vivo naquela escola cujo espaço era o mar de Tiberíades e cujas carteiras eram as suas barcas de pescadores.

Porém, aquele Rabi que lhes apareceu nas margens, sem que eles o conhecessem, tinha qualquer coisa de sedutor que os intrigava e que os arrastava na intuição dum mistério alucinante.

- "Lançai a rede"!...

Fora a sugestão ou a ordem do Mestre, num desafio irresistível.

Pedro e os outros, num gesto de rendição,  com alguma desconfiança, mas fiéis à palavra do Mestre, lançaram de novo as redes e foram tantos os peixes, que já não podiam puxá-la.

Foi então, na experiência dessas águas  mais fundas, que o inigma daquele Rabi começou a desevendar-se...

É que Jesus tinha uma surpresa para Pedro, aquele a quem Ele queria dar a primasia sobre os outros e a responsabilidade sobre toda a Igreja e então, depois de comerem, Jesus, perguntou por três vezes a Pedro :

- "Pedro, tu amas-Me mais do que estes"?

E Pedro sempre foi dizendo que sim, mas depois  da terceira vez, Pedro sentiu que Jesus queria uma certeza e uma confiança muito maior e respondeu :

- "Tu sabes tudo, Senhor, bem sabes que Te amo".

E Jesus terminou assim :

- "Apascenta as Minhas ovelhas".

E de então para cá, através de todos os tempos, todas estas cenas de amor e confiança se têm repetido na Igreja.

Jesus continua a dizer com a mesma insistência :

- Lançai a rede "!...

Jesus continua a perguntar a cada um de nós :

- "Tu amas-Me mais do que os outros"?

É a nossa vez de dizermos como Pedro :

- " Tu sabes tudo, Senhor, bem sabes que Te amo".

A densidade do mistério interpessoal só se manifesta àqueles que vão lançando sempre as redes da evangelização e se deixam envolver pelo mistério do amor com que temos que responder às interpelações do mundo em que vivemos e às exigências da nossa civilização empobrecida por uma faina estéril.

Os Evangelhos não são reportagens jornalísticas; são memórias vivas daqueles que seguiram Jesus e viveram com Ele os acontecimentos que eles relatam.

Por isso resultaram dessa experiência afectos e laços que fizeram dos discípulos, testemunhas e, das tesetmunhas, apóstolos que, por todos os meios e em toda a parte continuam a lançar as redes, proclamando com entusiasmo a bem-aventurança que só é possível viver junto de Jesus.

A mesma experiência devem viver os evangelizadores dos nossos tempos que a Igreja convida a fazerem-se ao largo, a lançarem as redes.

À palavra de Jesus, os resultados não serão estéreis, e a nossa fidelidade aos apelos do Senhor, é que nos dará a garantia de caminharmos segundo o plano da História da Salvação.

 

                                - "Pedro, tu amas-Me mais do que estes"?

 

                                              John 

                                                          Nascimento

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]