(20)-A NOVA TERRA E O NOVO CÉU !
38. – O Verbo de Deus, pelo qual todas as coisas foram feitas, fazendo-se homem e vivendo na terra dos homens, entrou como homem perfeito na história do mundo, assumindo-a e recapitulando-a.
Ele revela-nos que "Deus é amor" (Jo.4,8) e ensina-nos ao mesmo tempo que a lei fundamemtal da perfeição humana e, portanto, da transformação do mundo, é o novo mandamento do amor.
Dá, assim, aos que acreditam no amor de Deus, a certeza de que o caminho do amor está aberto para todos e que o esforço por estabelecer a universal fraternidade não é vão.
Adverte, ao mesmo tempo, que este amor não se deve exercitar apenas nas coisas grandes, mas, antes de mais, nas circunstâncias ordinárias da vida.
Suportando a morte por todos nós pecadores, ensina-nos com o seu exemplo que também devemos levar a cruz que a carne e o mundo fazem pesar sobre os ombros daqueles que buscam a paz e a justiça.
Constituído Senhor pela sua ressurreição, Cristo, a quem foi dado todo o poder no céu e na terra, actua já pela força do Espírito Santo nos corações dos homens; não suscita neles apenas o desejo da vida futura, mas, por isso mesmo, anima, purifica e fortalece também aquelas generosas aspirações que levam a humanidade a tentar tornar a vida mais humana e a submeter para esse fim toda a terra.
Sem dúvida, os dons do Espírito são diversos : enquanto chama alguns a darem claro testemunho do desejo da pátria celeste e a conservarem-no vivo no seio da família humana, chama outros a dedicarem-se ao serviço terreno dos homens, preparando com esta sua actividade como que a matéria do reino dos céus.
Liberta, porém, a todos, para que, deixando o amor próprio e empregando em favor da vida humana todas as energias terrenas, se lancem para o futuro, em que a humanidade se tornará oblação agradável a Deus.
O penhor desta esperança e o viático para este caminho deixou-os o Senhor aos seus naquele sacramento da fé, em que os elementos naturais, cultivados pelo homem, se convertam no Corpo e Sangue gloriosos, na ceia da comunhão fraterna e na prelibação do banquete celeste.
39. – Ignoramos o tempo em que a terra e a humanidade atingirão a sua plenitude, e também não sabemos que transformação sofrerá o universo.
Porque a figura deste mundo, deformada pelo pecado, passa certamente, mas Deus ensina-nos que se prepara uma nova habitação e uma nova terra, na qual reina a justiça e cuja felicidade satisfará e superará todos os desejos de paz que se levantam no coração dos homens.
Então, vencida a morte, os filhos de Deus ressuscitarão em Cristo e aquilo que foi semeado na fraqueza e corrupção, revestir-se-á de incorruptibilidade; permanecendo a caridade e as suas obras, todas as criaturas que Deus criou para o homem serão libertadas da escravidão da vaidade.
É certo que é-nos lembrado que de nada serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se a si mesmo se vem a perder.
A expectativa da nova terra não deve, porém, enfraquecer, mas antes activar a solicitude em ordem a desenvolver esta terra, onde cresce o corpo da nova família humana, que já consegue apresentar uma certa prefiguração do mundo futuro.
Por conseguinte,embora o progresso terreno se deva cuidadosamente distinguir do crescimento do reino de Cristo, todavia, na medida em que pode contribuir para a melhor organização da sociedade humana, interessa muito ao reino de Deus.
Todos estes valores da dignidade humana, da comunhão fraterna e da liberdade, fruto da natutreza e do nosso trabalho, depois de os termos difundido na terra, no Espírito do Senhor e segundo o seu mandamento, voltaremos de novo a encontrá-los, mas então purificados de qualquer mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal : "reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz".
Sobre a terra, o reino já está misteriosamente presente; quando o Senhor vier, atingirá a perfeição.
Nota. Voltando ao tema da fé, compreenderemos facilmente, que toda esta doutrina da nova terra e do novo céu, não significa nada para quem não tem fé, e menos ainda para quem é contra a existência de Deus, ignorando o seu amor universal, e contra a Igreja Católica e o seu Magistério.
Quem está contra Deus e pretende ignorar a Igreja no que ela faz no cumprimento da sua Missão, evidentemente tem que negar ou ignorar os antecedentes, contidos na Revelação, no Antigo Testamento, e as consquências fundadas na veracidade da história e da mensagem que nos vem do Novo Testamento
Portanto, depois de considerar a Actividade Humana, aperfeiçoada pelo Mistério da Incarnação e da Redenção, o Concílio procurou debruçar-se sobre a Função da Igreja no Mundo Actual, nas suas relações com o Mundo, no que ela pode oferecer ao homem e no que ela pode também oferecer à sociedade.
John
Nascimento
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