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Postado em 8 de novembro de 2012 por Carmadélio
- Verônica e sua filha
Verónica Cardona ficou grávida aos 16 anos de idade depois de ser estuprada por seu próprio pai. Esta jovem colombiana optou por defender a vida do bebê e, cinco anos depois de viver este drama, exorta às mulheres que passam por casos similares a que “não tenham medo de dizer sim à vida, não tenham medo de dizer sim ao amor!”.
Faz uns dias visitou o Equador para apoiar uma manifestação contra a legalização do aborto por estupro. Aí contou o que aconteceu com ela e como Deus lhe deu forças para continuar.
Em uma entrevista concedida ao grupo ACI, Verónica confessou que o primeiro impacto depois de saber que tinha ficado grávida após o estupro foi desolador.
“Foi um impacto muito grande me dar conta de que estava grávida. Nesse preciso momento senti que minha vida tinha fracassado, ainda mais porque sabia que o bebê que eu esperava era o “produto” da violação por parte do meu próprio pai”.
Verónica recorda que o medo se apoderou dela, mas que não queria se submeter a um aborto. “Caí em depressão uns dias, não queria matar a um ser inocente, mas tinha medo, possivelmente o mesmo medo que sentem muitas mulheres ao saber que estão grávidas”.
Verónica recorda que temia não ser “capaz de sair adiante, medo aos preconceitos, medo a que me vissem com pena, medo a enfrentar a realidade, medo a ficar sozinha”.
“Naturalmente quase toda minha família, doutores, juízes, todos queriam que abortasse, sobretudo porque aqui na Colômbia o aborto tinha acabado de tornar-se legal em três casos: por estupro, por má formação e por risco da vida da mãe”, indicou.
A jovem mãe assinalou que ela cumpria todos os requisitos para que pudesse abortar de acordo à legislação colombiana: sofreu uma violação, existia a possibilidade de má formação em seu bebê, e era uma gravidez de alto risco.
Entretanto, um fator importante em sua decisão foi encontrar um dia a sua mãe chorando e lhe pedindo perdão, porque ela mesma tinha considerado a possibilidade de abortá-la quando estava em seu ventre.
Esse fato fortaleceu sua convicção de que “não tinha o direito de tirar a vida de ninguém, e menos ainda de uma pessoa indefesa, uma pessoa que não me tinha feito nada”.
Após tomar a decisão de ter o seu bebê, a família de Verónica deixou de falar com ela durante vários dias e só sua mãe a apoiou.
“Assim começou a crescer em meu ventre o maior milagre de amor. Foi uma experiência formosa ainda que tenha sido dura”, assegurou.
Verónica assinalou que “quando via as ecografias, podia me dar conta do grande milagre da vida, sentir seus pequenos, mas inofensivos golpes no meu estômago e logo ver sua ternura ao nascer”.
Durante o tempo da gravidez, a mãe de Verónica participava de uma comunidade católica, que a ajudou a fortalecer sua decisão de “trazer vida ao mundo, já fora que ao nascer desse a minha filha em adoção, ou decidisse ficar com minha filha e sair adiante”.
Verónica assinalou que ao princípio quis esquecer-se de Deus. “Fiquei zangada com Ele porque não podia entender como um Deus tão bom e que me amava tanto podia permitir que isso acontecesse comigo, que não tinha feito nada de ruim na vida”, disse.
Entretanto, apesar de sua dor, “refugiava-me nele e lhe pedia forças para continuar adiante, e hoje estou segura de que Ele sempre esteve comigo em minhas noites e dias de pranto. Era Ele quem me animava e me levantava!”, assinalou.
Ao nascer sua filha, a quem chamou María Fernanda, Verónica enfrentou “vazios”, que tentou encher com festas, amigos e trabalho, mas não foi até que participou de um retiro espiritual da comunidade Laços de Amor Mariano que pôde “voltar a viver”.
Durante esse retiro espiritual pôde perdoar a todos os que lhe fizeram mal, incluindo o seu pai. “Entendi muitas coisas, senti-me digna novamente, voltei a nascer!”, recordou.
Ao sair do retiro, Verónica era muito mais consciente de que “a vida é um dom”.
“Indignavam-me, como me indignam agora, os argumentos dos abortistas, que se escondem em casos como o meu para matar a um inocente e encher o bolso com dinheiro manchado de sangue inocente, dizendo que sempre que olhe para a criança você vai lembrar-se do momento tão doloroso que foi o de ser abusada”, assinalou.
Verónica assegura que sente “a necessidade enorme de gritar a verdade ao mundo, que é que um filho nunca vai lembrar às circunstâncias (de um estupro), porque é uma pessoa absolutamente diferente. Pelo contrário, vai te ajudar a sanar as feridas, vai te dar alegria e sentido a sua existência”.
“Falo desde a minha própria experiência e não como os abortistas que falam sem sequer conhecer ou ter passado por uma experiência destas, porque a maioria de quem apoia o aborto nunca abortou”.
Verónica assegurou que “as mulheres que, enganadas abortam, depois são defensoras da vida”.
“Os abortistas não se preocupam com a mulher como aparentam fazê-lo. Se se preocupassem realmente, não ofereceriam um aborto, mas pelo contrário ofereceriam ajuda para que ela possa sair adiante com seu filho”, assinalou.
Se para os que promovem o aborto realmente lhes importasse o sofrimento da mulher “aceitariam realidades como a síndrome pós-aborto, aceitariam que a vida começa na fecundação do óvulo como o dizem os cientistas”.
Verónica criticou que os abortistas “reclamam ‘direitos’ da mulher e eles são os primeiros em passar por cima deles”.
“As mulheres têm direito a uma maternidade, e eles passam por cima deste formoso dom convertendo o ventre das mulheres no túmulo do seu próprio filho”, criticou.
“O aborto não faz com que a gravidez deixe de existir, matar não é uma opção, é a pior decisão”, indicou, acrescentando que enquanto que a vida engendra vida, o aborto produz “morte, dor, pranto, desespero, angústia e uma culpa que muito dificilmente será apagada de sua mente, de sua alma, de seu ser”.
Verónica exigiu que os abortistas não brinquem “com a dor da mulher e de muitos homens que também são vítimas de um aborto”.
Remarcando que a defesa da vida frente ao aborto não é um tema religioso, Verónica Cardona convidou a “católicos, cristãos, evangélicos, ateus e a todos os que estão a favor da vida” a que “não nos cansemos de ser a voz daqueles, que embora tenham voz e direitos, os querem calar desde o ventre”.
Citando ao fundador de Laços de Amor Mariano, Rodrigo Jaramillo, Verónica sublinhou que “quem aborta a uma criança do seu ventre, aborta a Jesus do seu coração”, pois “Jesus é a mesma vida”.
Verónica também revelou que “por graça de Deus pude perdoar o meu pai, olhá-lo aos olhos e agradecer-lhe por ter me dado a vida”, e embora sua filha, que atualmente tem cinco anos “ainda não sabe bem tudo o que aconteceu”, está decidida a ir contando pouco a pouco tudo, pois “ela tem direito a saber a verdade”.
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8 thoughts on “* Jovem que rejeitou o aborto após estupro: Não tenham medo de dizer sim à vida!”
Rosalina F.Silva diz:
Esse testemunho me comove,ele diz verdades que a sociedade precisa ouvir ler e entender o valor da vida.Essa vida deve ser defendida ate ao extremo.
kleber ferreira diz:
eu sou totalmente contra o aborto,mas fico muito triste em ver as propostas abortistas sendo defendidas na maioria dos meios de comunicaçao aberta.Mas mesmo que aprovem tal lei nao poderao me impedir de ser contra ao infanticidio legalisado,jamais conseguirao me impedir de DEFENDER A VIDA.
Thales diz:
Essa daí é uma rara exceção, eu quero ver quantos daqui vão continuar “defendendo a vida” depois de sofrer um estupro. Eu mesmo nunca sofri, mas posso ter uma noção disso porque um amigo bem próximo meu tem essa marca da violência.
Se eu sou a favor do aborto nesses casos, é porque eu tenho certeza que nenhuma criança vai conseguir ter uma vida normal nascendo disso. Eu mesmo preferiria nascer morto do que nascer marcado pra sempre com isso.
E antes de me criticarem, saibam que esse é um país livre, do mesmo jeito que vocês podem se dizer “a favor da vida”, eu posso ser a favor do aborto, da mesma forma que sou contra a influência da religião nisso. É uma faca de dois gumes.
Carmadelio diz:
CARÍSSIMO THALES,
O direito de expressão que você exerce aqui e em sua vida é DECORRÊNCIA do direito à vida, amigo! DA VIDA QUE VOCÊ TEM PULSANDO EM VOCÊ!!
A questão do aborto não é uma questão religiosa, já que esse direito é um direito humano que extrapola opiniões, ideologias e religiões.
A morte de inocentes é INACEITÁVEL, qualquer que seja o argumento que se use.
thalesvalente diz:
O que eu disse é que isso é um peso desnecessário na vida de uma pessoa. Eu preferiria não nascer do que nascer vindo de um estupro. Eu não acredito que as células formadas pela união do espermatozoide com um óvulo já seja um ser humano,
A questão sobre o aborto não diz respeito à “vida”, mas à “vida humana”, ou seja, ao indivíduo. Não é uma questão de saber como começa a vida, é uma questão de saber em que etapa do desenvolvimento o nosso Estado laico deve aceitar um embrião como um cidadão digno de direitos.
Para estabelecer se um embrião é um cidadão, o Estado deve ser informado pela ciência sobre quando surgem no desenvolvimento os atributos mais caracteristicamente humanos.
Carmadélio diz:
CARÍSSIMO THALES VALENTE,
Suas afirmações de “não crença” em algo que a própria ciência afirma de forma absoluta não tem a força da verdade, fica restrita a opinião pessoal. As coisas são o que são e não são nossas crenças subjetivas que as faz serem o que “achamos” que elas são!
O aborto diz respeito sim, à vida! trata-se de um assassinato.Uma vida é interrompida, INDEPENDENTE da etapa de desenvolvimento. O que acontece ali é a formação de um ser humano, passando por estágios naturais de desenvolvimento e não é apenas, como dizem os abortistas “um amontoado de células”, essa afirmação não é religiosa, mas cientifica!
Não é prerrogativa do estado “definir” etapas de desenvolvimento humano, isso pertence a ciência. O laicismo do estado não lhe dá autoridade também para matar inocentes, mesmo que se usem falácias negando o ser humano (que surge a partir do momento que acontece a fecundação).Essa falácia também de ver o ser humano apenas como sujeito, pertencente ao estado,que, como deus, se torna o principio e o fim da vida das pessoas, é fruto de uma percepção das tiranias, inaceitável!
O aborto é um assassinato frio e cruel de um inocente, e isso não se discute nem sem pode negar, mesmo que todos os abortistas esqueçam que o direito que usam para defender sua posição é fruto de uma vida que foi acolhida e não assassinada.
Lucas B. diz:
“Se eu sou a favor do aborto nesses casos, é porque eu tenho certeza que nenhuma criança vai conseguir ter uma vida normal nascendo disso.”
Cara que afirmação patética, ao que parece não leu o artigo ou nunca ouviu falar de nenhum caso, e esses casos comprovam por A + B que qualquer criança pode ter uma vida normal nascendo disso. A “qualidade” dos pais não é determinante da qualidade dos filhos, ainda mais de um pai que poderia ser má influência e no entanto se encontrará ausente (como na maioria dos casos de aborto).
Segundo que nenhuma mãe, seja por aborto ou não é impedida de doar um filho indesejado para adoção, preservando assim uma vida com o potencial de ser as melhores coisas nesse mundo.
Essa afirmação só não é mais ridícula do que a seguinte:
“Eu mesmo preferiria nascer morto do que nascer marcado pra sempre com isso.”
Mesmo? Quem prefere qualquer coisa só o prefere porque está VIVO. Então você só diz isso porque tem a chance que quer negar aos que você julga que pensariam igual a você.
Então me diga, seja lá quantos anos tenha, se descobrisse hoje que sua mãe foi vítima de um estuprador, e que ele é o seu pai, o que mudaria na sua vida? Todas as suas conquistas até hoje valeriam menos por essa descoberta?
Você se mataria como anunciou?
Isso não tem a ver com religião mais do que com ciências, matemática, lógica simples e bom senso, com os quais argumentei aqui. E não com deturpação sentimentalista e ideologias politicamente corretas, tão em moda à militancia abortista.
Infelizmente a posição a favor do aborto, é uma faca de um só gume, na direção dos inocentes.
Vinde Senhor Jesus!
Lucas B. diz:
Correção: … (como na maioria dos casos de aborto)
por: … (como na maioria dos casos de estupro)
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[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]