segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Papa Francisco: A alegria de Deus é perdoar

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16 de setembro de 2013 







VATICANO, 15 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Papa Francisco recordou as parábolas da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do filho pródigo, durante suas palavras prévias à oração do Ângelus, e assegurou que "a alegria de Deus é perdoar".



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MANCHETES DO DIA 











VATICANO 
Papa Francisco: A alegria de Deus é perdoar 
O Papa Francisco não está considerando acabar com o celibato sacerdotal 
Autoridade vaticana: Pontificado de Francisco é "uma revolução evangélica" 
Sacerdotes devem ser servidores misericordiosos e não funcionários, diz o Papa 
Um bom católico deve empenhar-se na política, diz o Papa 
Sem chorar no coração não se pode entender o mistério da Cruz, diz o Papa 
Promover a família beneficiará a todos, afirma o Papa 

AMÉRICA 
Chilenos rezam pela reconciliação após 40 anos do golpe de Estado 

MUNDO 
Teologia do Papa Francisco não é a de Gutiérrez, diz perito 
Assessores dos bispos da Europa alertam sobre mais restrições legais à liberdade religiosa 
Bispos árabes de rito latino irão reunir-se esta semana em Roma 
Amigo do Papa Francisco: O Espírito Santo deu um sopro de vitalidade a Bergoglio 
Ante a guerra o Papa tem o poder da oração, não das armas, afirma cardeal brasileiro 

CONTROVÉRSIA 
Discriminação familiar na França: Restaurante proíbe a entrada de bebês 





Católico em Dia 



Evangelho: 





Santo ou Festa: 



Um pensamento: 

Basta amar ao Santo dos Santos (Jesus), para chegar a ser Santos.

Santa Margarida Maria Alacoque 













VATICANO 









VATICANO, 15 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Papa Francisco recordou as parábolas da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do filho pródigo, durante suas palavras prévias à oração do Ângelus, e assegurou que "a alegria de Deus é perdoar".

"Todas estas três parábolas falam da alegria de Deus. Deus é alegre, isto é interessante, Deus é alegre, e qual é a alegria de Deus? A alegria de Deus é perdoar".

O Santo Padre, ante os milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro, indicou que "a alegria de Deus é perdoar! É a alegria de um pastor que reencontra a sua ovelha; a alegria de uma mulher que reencontra a sua moeda; é a alegria de um pai que volta a receber em casa, o filho que estava perdido, estava morto, e voltou à vida, voltou para casa".

"Aqui está todo o Evangelho, todo o Cristianismo! Mas olhem que não é sentimento, não é ‘ser bonzinho’! Pelo contrário, a misericórdia é a verdadeira força que pode salvar o homem e o mundo do ‘câncer’ que é o pecado, o mal moral, espiritual".

O Papa destacou que "só o amor preenche os espaços vazios, os abismos negativos que o mal abre no coração e na história. Só o amor pode fazer isto. E esta é a alegria de Deus".

"Jesus é todo misericórdia, Jesus é todo amor: é Deus feito homem. E cada um de nós é a ovelha perdida, a moeda perdida, é o filho que desperdiçou sua liberdade seguindo ídolos falsos, ilusões de felicidade, e perdeu tudo".

Entretanto, o Papa assegurou que "Deus não se esquece de nós, o Pai nunca nos abandona. Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E quando voltamos a Ele, nos acolhe como filhos, em sua casa, porque ele não deixa nunca, nem por um momento, de nos esperar, com amor".

"E o seu coração está em festa por cada filho que retorna. Está de festa porque é alegria. Deus tem esta alegria, quando um de nós, pecadores, vai a Ele e pede seu perdão".

O Santo Padre advertiu sobre o perigo de que nós assumamos "que somos justos, e julgamos também Deus, porque pensamos que deveria punir os pecadores, condená-los à morte, em vez de perdoar".

"Então, sim, corremos o risco de ficar fora da casa do Pai! Como o irmão mais velho da parábola, que, em vez de ficar feliz porque seu irmão voltou, fica com raiva do pai, que o acolheu e faz festa".

O Papa assinalou que "se no nosso coração, não há misericórdia, a alegria do perdão, não estamos em comunhão com Deus, mesmo se observamos todos os preceitos, porque é o amor que salva, não só a prática dos preceitos. É o amor a Deus e ao próximo, que realiza todos os mandamentos".

"E isto é o amor de Deus, sua alegria, perdoar. Espera-nos sempre. Provavelmente alguém tenha no seu coração algo grave, mas fiz isso, fiz aquilo, Ele te espera, Ele é Pai. Sempre nos espera".

Francisco advertiu que "se nós vivermos segundo a lei do ‘olho por olho, dente por dente’, jamais sairemos da espiral do mal. O Maligno é inteligente, e nos faz acreditar que com nossa justiça humana podemos nos salvar e salvar o mundo".

"Na realidade, somente a justiça de Deus pode nos salvar! E a justiça de Deus se revelou na Cruz: a Cruz é o julgamento de Deus sobre todos nós e sobre este mundo. Mas como Deus nos julga? Dando a vida por nós! Eis o ato supremo de justiça que derrotou, uma vez por todas, o Príncipe deste mundo; e esse ato supremo de justiça é também ato supremo de misericórdia".

"Jesus chama todos a seguirem este caminho: ‘Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso’".

"Eu lhes peço uma coisa agora. Em silêncio, todos, pensemos, cada um pense, em uma pessoa com a qual se desentenderam, com a qual estamos zangados e que não gostamos dela. Pensemos nessa pessoa e em silêncio neste momento oremos por esta pessoa. E sejamos misericordiosos com esta pessoa", concluiu.

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REDAÇÃO CENTRAL, 13 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Importantes meios de comunicação seculares de todo o mundo anunciaram nesta quarta-feira e quinta-feira que o Papa Francisco estaria considerando acabar com o celibato como condição para a ordenação sacerdotal. Entretanto, diversas autoridades eclesiais, assim como a mesma entrevista que deu origem aos chamativos titulares, assinalam que o Pontífice não tem nenhum plano de acabar com esta disciplina eclesiástica.

Os jornais de todo o mundo que anunciaram que o Papa Francisco estava considerando a "revolucionária" decisão, não se apoiaram em nenhuma declaração do Pontífice, mas na entrevista que o atual Núncio Apostólico na Venezuela e Secretário de Estado nomeado, Dom Pietro Parolin, concedeu ao jornal venezuelano "El Universal".

Durante a longa entrevista, o Arcebispo que assumirá a Secretaria de Estado em outubro, falou sobre diferentes temas, diplomaticamente evitando a um jornalista que queria fazer com que ele aceite posições "reformistas", como assentir aos comentários do teólogo dissidente suíço Hans Küng, ou coincidir com a convocatória de um Concílio Vaticano III.

Uma breve parte da entrevista incluiu o seguinte intercâmbio:

Jornalista: O celibato não é....

Dom Parolin: Não é um dogma da Igreja e se pode discutir porque é uma tradição eclesial.

Esta foi a frase sobre a qual os meios construíram não apenas a hipótese de que o futuro Secretário de Estado "abria a porta" à discussão sobre o celibato; mas que mesmo Papa Francisco o estava fazendo.

Em efeito, um comentarista consultado pela influente rede televisiva norte-americana NBC, Thomas Groome, professor de teologia de Boston College, assinalou que "dificilmente Parolin teria feito este comentário se não tivesse a impressão de que o Papa estaria aberto a ter esta conversação".

Entretanto, Groome e outros peritos consultados pelos meios seculares ignoraram a primeira parte da entrevista de El Universal, onde Dom Parolin assinala claramente que ainda está por familiarizar-se com os objetivos do Pontífice.

"A verdade", diz Parolin na entrevista, "é que não falei muito com ele e penso que quando tiver a graça e a oportunidade, perguntarei a ele o porquê desta eleição. Assim não saberia dizer qual foi a razão pela qual o Papa pensou em mim. Posso dizer, entretanto, que me sinto muito afim a sua maneira de entender a Igreja e, sobretudo, a seu estilo de simplicidade e de proximidade às pessoas, a seu ânimo de escutá-las e de tentar, seriamente, que a Igreja possa voltar a ter uma presença significativa no mundo de hoje".

Consultado sobre a entrevista concedida pelo futuro Secretário de Estado, o porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assinalou que "o que o Arcebispo Parolin falou é totalmente consistente com o ensinamento da Igreja".

Em efeito, para a Igreja, o celibato sacerdotal é uma disciplina, não um dogma. Portanto, a diferença do dogma, pode teoricamente mudar.

Entretanto, os meios seculares internacionais ignoraram importantes passagens da mesma entrevista, em que Dom Parolin explicou o valor do celibato.

Segue abaixo uma parte de como continuou a pequena passagem da entrevista citada no mundo inteiro:

Jornalista: "A que época se remonta o celibato?"

Dom Parolin: "Aos primeiros séculos. Depois, a implementação se aplicou durante todo o primeiro milênio, mas a partir do Concílio de Trento se insistiu muito nisso. É uma tradição e esse conceito permanece na Igreja porque ao longo de todos estes anos ocorreram acontecimentos que contribuíram para desenvolver a revelação de Deus. Esta finalizou com a morte do último apóstolo (São João). O que aconteceu depois foi um crescimento na compreensão e atuação da revelação.

Jornalista: A propósito do celibato...

Dom Parolin: O esforço que a Igreja fez para estatuir o celibato eclesiástico deve ser considerado. Não se pode dizer, simplesmente, que pertence ao passado. É um grande desafio para o Papa porque ele possui o ministério da unidade e todas essas decisões devem assumir-se como uma forma de unir à Igreja, não de dividi-la. Então se pode falar, refletir e aprofundar sobre estes temas que não são de fé definida e pensar em algumas modificações, mas sempre ao serviço da unidade e tudo segundo a vontade de Deus. Não se trata do que eu gosto, mas sim de sermos fiéis ao que Deus quer para a sua Igreja.

Em outra passagem da mesma entrevista, quando o jornalista tenta apresentar o Papa Francisco como um "revolucionário" que trará mudanças radicais, o Arcebispo Parolin esclarece:

"Assim é. Mas essas mudanças não podem colocar em perigo a essência da Igreja, que tem uma continuidade na história proveniente de sua fundação por Jesus Cristo. Então se deve ser fiel. A Igreja nunca poderá mudar ao ponto de adaptar-se completamente ao mundo. Se o fizesse e se perdesse nele, já não cumpriria sua missão de ser sal e luz para todos".

Mais adiante Dom Parolin continua: "E quero destacar o tema da continuidade porque às vezes parece (e não sei se exagero) que o Papa Francisco vai revolucionar tudo, mudar tudo".

Jornalista: "Não é isso o que se espera dele?"

Dom Parolin: "Espera-se que ele ajude à Igreja a ser Igreja de Jesus e a cumprir a sua função. Isso é o que devem fazer todos os papas. Mas a Igreja tem uma Constituição, uma estrutura, uns conteúdos que são os da fé e que ninguém pode mudar".

Em meio da tormenta de titulares mediáticos sobre o suposto "fim do celibato"; a jornalista da revista "Time", Elizabeth Dias, escreveu um breve, mas incisivo comentário com o título: "por que a política sobre o celibato para os sacerdotes católicos não vai mudar proximamente".

Dias explica que Dom Parolin não fez mais que explicar a antiga e tradicional diferença na Igreja entre dogma e disciplina. O celibato é, em efeito, uma disciplina. Entretanto, a jornalista de "Time" recorda que nenhuma disciplina importante mudou na história recente da Igreja; e conclui assinalando que, por essa razão, "Dom Parolin destaca que ‘as mudanças não podem colocar em perigo a essência da Igreja, que tem uma continuidade na história proveniente de sua fundação por Jesus Cristo’".

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ROMA, 13 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, o leigo Guzmán Carriquiry, destacou os seis meses do Pontificado do Papa Francisco e os considerou como "uma revolução evangélica".

"O Pontificado do Papa Francisco é uma revolução evangélica," disse Carriquiry, neste dia 13 de setembro, dia em que se cumpre meio ano da eleição do atual Pontífice, e indicou que "quando digo revolução evangélica não estou fazendo referência a algum meio de imprensa controlado que pensa que é uma ruptura com toda a grande tradição da Igreja".

Nesse sentido, disse que "é extraordinário como o grande patrimônio de fé da tradição da Igreja vai se comunicando com pontífices tão diversos, que vêm de contextos culturais, sensibilidade espiritual e formação tão diferentes".

"Não obstante há essa grande continuidade, mas se necessitava certamente essa revolução evangélica, esse voltar para a fonte do Evangelho," comentou Carriquiry em uma entrevista com o Grupo ACI.

Indicou que Bento XVI viveu um sofrimento e uma via sacra no seu Pontificado "que de alguma maneira graças a sua renúncia, por meio da Providência de Deus, dá lugar a esta explosão de alegria e esperança do Pontificado de Francisco".

"Digo revolução evangélica no sentido tradicional de uma reforma em capite in membris que o Papa está realizando porque está chamando todos nós, e os pastores, a uma conversão", revelou Carriquiry, que conhece o atual Papa há 48 anos.

A autoridade vaticana indicou que Francisco "não tem necessidade de fazer aos pastores um elenco de responsabilidades", pois "o mostra com o próprio exemplo, mas a todos, até o último fiel". "Está-nos mostrando uma liberdade evangélica extraordinária inclusive frente a formas tradicionais no passar dos tempos no seio da cúria romana", acrescentou, para logo afirmar que o atual Pontificado "é uma extraordinária surpresa de Deus".

"Estamos cheios de estupor pela intensidade e a densidade de acontecimentos eclesiais que vivemos nestes últimos meses," disse o Secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, que já trabalha na Santa Sé há 40 anos, "desde tempos de Paulo VI até o Papa Francisco".

"Alguns me disseram depois de 40 anos no Vaticano, é hora de aposentar-se, mas agora com o Papa Francisco isso é impossível", alegou. "Tenho uma relação, me atreveria a dizer, de amizade com o Papa Francisco há mais de 40 anos". "Mas mais que presumir desse vínculo de amizade, sou como muitos outros um pobre servidor do Pontificado", expressou.

O secretário, que participou de todas as Jornadas Mundiais da Juventude, disse ao Grupo ACI que a realizada no Brasil foi uma das que mais lhe impressionaram, pois houve "uma grande capacidade de comunicação e de afeto entre o Papa e os três milhões de jovens" que participaram.

"O Papa João Paulo II tinha uma capacidade coral de falar com os jovens, mas com o Papa Francisco é como se estivesse falando com cada um de um em um", ressaltou.

"Fiquei impressionado com os silêncios do Rio de Janeiro em Copacabana" disse Carriquiry.

"Quantas vezes o Papa se detém em seu discurso e lhes faz perguntas aos jovens para que as respondam ao Senhor em silêncio?" acrescentou. "E isso é muito chamativo."

O leigo uruguaio explicou que o Papa é "muito direto e muito pessoal" e que "busca comunicar-se de coração a coração". "Nunca se refugia em discursos genéricos ou abstratos e isso é muito importante", destacou.

"As pessoas percebem e se sentem abraçadas por um amor misericordioso, uma misericórdia misteriosa e transbordante" e "por isso as pessoas se sentem atraídas", afirmou.

Nesse sentido, assinalou ao Grupo ACI que "o Papa retoma uma expressão muito bela de Bento XVI no discurso inaugural da conferência episcopal em Aparecida (Brasil) quando diz ‘a missão não é proselitismo, a missão é atração’".

"Certamente é o testemunho de fé e desse amor misericordioso que comunica o Papa, o que gera essa atração," disse. "É um grande movimento mundial de reaproximação à Igreja, inclusive para os que estavam afastados ou tinham ‘fechado as contas’ com a fé e com a Igreja."

"Isto dá umas possibilidades de evangelização enormes que põe aos pastores, aos bispos, aos sacerdotes, aos leigos e aos religiosos a estar à altura desta possibilidade de evangelização que se abre", pois todo este movimento "tem que ser acompanhado por um movimento de educação e de evangelização". "É só olhar a Praça de São Pedro nas audiências, em seis meses não decaiu o número impressionante de gente que vem à praça, inclusive foi incrementando", afirmou.

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VATICANO, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Retomando a "Mensagem de Aparecida aos Presbíteros", nesta manhã o Papa Francisco teve um cordial encontro na Basílica de São João de Latrão, com os sacerdotes da Cidade Eterna, e recordou-lhes que não devem ser funcionários, mas servidores misericordiosos, discípulos e missionários.

Conforme assinala a Rádio Vaticano, para este encontro, o Santo Padre pediu que o Vigário da diocese de Roma, Agostino Vallini, enviasse aos sacerdotes o texto de sua reflexão de 2008 para os sacerdotes de Buenos Aires, um ano depois da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e o Caribe de Aparecida.

O então Cardeal Jorge Mario Bergoglio iniciava sua reflexão -titulada "Mensagem de Aparecida aos Presbíteros"- explicando que a propunha como uma guia de exposição de diversos aspectos sobre a identidade presbiteral à luz do Documento de Aparecida".

"O presbítero, sua identidade, missão, pertença, comunhão, com a imagem do Bom Pastor, como discípulos de Jesus Cristo, apaixonados pelo Senhor, fiéis e ardorosos missionários, servidores cheios de misericórdia, pastores que cuidam e acompanham, aproximando-se e comprometendo-se com os pobres em todas as periferias da existência".

Depois de destacar o específico dos discípulos e missionários, na "espiritualidade sacerdotal em ordem à vida em Jesus Cristo para os nossos povos (vida desafiada em sua identidade, em sua cultura, em suas estruturas, em seus processos de formação e vínculos cfr. 192-195; 197)", a reflexão ressaltava que "o específico do sacerdote é estar em tensão". Em outras palavras, Aparecida renuncia a uma descrição estática da especificidade presbiteral. Esta existência tensionada exclui qualquer concepção do presbiterado como "carreira eclesiástica" com suas pautas de progresso.

O Cardeal definia a identidade do sacerdote em relação à comunidade com dois traços: um dom, em contraposição a ser delegado ou representante. Em segundo lugar, a fidelidade no convite do Mestre contrapondo-a a gestão. O então Cardeal recordava que a iniciativa vem sempre de Deus: a unção do Espírito Santo, a especial união com Cristo cabeça, convite à imitação do Mestre.

O sacerdote na dimensão de escolhido-enviado. O Arcebispo de Buenos Aires destacava que "o sacerdote pertence ao Povo de Deus, pois dele saiu, e a ele é enviado para fazer parte dele" e reiterava que a "con-vocação à comunhão na Igreja, coloca em guarda contra o isolamento do eu, de quem não entra nesta pertença de comunhão. Pois uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é a pertença a uma comunidade concreta, onde possamos viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão com os sucessores dos apóstolos e com o Papa".

Ao falar do celibato também o Documento de Aparecida se refere a esta dimensão comunitária na base mesma: "o celibato pede assumir com maturidade a própria afetividade e sexualidade, vivendo-as com serenidade e alegria em um caminho comunitário". O realizador desta comunhão e, portanto, desta pertença de comunhão do sacerdote e de toda vocação ao Povo de Deus, "é o Espírito Santo, quem impulsa e harmoniza tudo: ele não nos fecha ‘em uma intimidade cômoda, mas nos converte em pessoas generosas e criativas, felizes no anúncio e no serviço missionário’".

Com a imagem do Bom Pastor, o Documento de Aparecida destaca que "a primeira exigência é ser autêntico discípulo de Jesus Cristo, apaixonado pelo Senhor, para ser um ardoroso missionário que vive o constante desejo de procurar os afastados e não se contente com a simples administração".

Ligado ao tema do sacerdote ardoroso missionário, Aparecida convida à " conversão pastoral" a qual "exige que se passe de uma pastoral de mera conservação a uma pastoral decididamente missionária", sendo dóceis ao Espírito Santo, recordava o Cardeal Bergoglio, convidando com a Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI a recuperar o valor e a audácia apostólica "não através de evangelizadores tristes e desalentados, impacientes ou ansiosos, mas através de ministros do Evangelho cuja vida irradia o ardor daquele que receberam, acima de tudo em si mesmos, a alegria de Cristo e aceitam consagrar sua vida à tarefa de anunciar o Reino de Deus e de implantar a Igreja no mundo".

Sendo sempre servidores cheios de misericórdia, destacou logo o Arcebispo de Buenos Aires, assinalando no que respeita à opção pelos pobres, que é "preferencial" a importância da fidelidade na imitação do Mestre, sempre próximo, acessível, disponível para todos, desejoso de comunicar vida em cada canto da terra".

Junto com este aproximar-se e comprometer-se com os pobres em todas as periferias da existência, Aparecida assinala a experiência espiritual da misericórdia como necessária no presbítero, tendo a consciência de ser pecador, mas nunca corrupto assinalou o Card. Bergolio.

E evocando logo a Bento XVI em seu discurso inaugural de Aparecida, acrescentava que o sacerdote, como discípulo, encontra-se com Jesus Cristo, dá testemunho de que "não segue um personagem da história passada, mas Cristo vivo, presente no hoje e no agora de suas vidas".

O então Arcebispo de Buenos Aires refletia sobre os desafios do sacerdote e os reclamos do povo de Deus, que "quer-nos pastores de povo e não clérigos de Estado, funcionários", alertando contra a "mundanidade espiritual".

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VATICANO, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Na Missa que celebrou nesta manhã na Casa Santa Marta, o Papa Francisco assinalou que um bom católico deve empenhar-se na política e que o contrário não é um bom caminho para os fiéis.

O Santo Padre recordou que "a política -diz a Doutrina Social da Igreja- é uma das formas mais elevadas da caridade, porque serve ao bem comum. Eu não posso lavar as mãos, né? Todos devemos dar algo!"

Muitas vezes existe o hábito de somente falar mal dos governantes e criticar o que não vai bem: "Assiste-se ao noticiário na televisão, lê-se o jornal, e as críticas são contínuas. Fala-se sempre mal e contra!".

Talvez, "o governante seja sim um pecador, como Davi, mas eu devo colaborar com a minha opinião, com a minha palavra, e também com a minha correção" porque todos "devemos participar do bem comum!". E se "muitas vezes ouvimos: que ‘um bom católico não entra na política’, isto não é verdade, esse não é um bom caminho".

"Um bom católico não se envolve na política. Isso não é certo. Este não é um bom caminho. Um bom católico deve empenhar-se na política, oferecendo o melhor de si, para que o governante possa governar. Mas, qual é a melhor coisa que podemos oferecer aos governantes? A oração! Isso é o que diz Paulo: ‘A oração por todos os homens e pelo rei e por todos os que estão no poder’. ‘Mas, Padre, aquela é uma má pessoa, tem que ir para o inferno...’. "Reza por ele, reza por ela, para que possa governar bem, para que ame o seu povo, para que sirva ao seu povo, para que seja humilde"

"Um cristão que não reza pelos seus governantes não é um bom cristão!". Continuou dizendo que é necessário rezar para que se convertam.

O Papa, assinala a Rádio Vaticano, refletiu sobre a Carta de São Paulo a Timóteo em que lhe pede rezar pelos governantes. Quem governa, disse, "deve amar o seu povo", porque "um governante que não ama não pode governar: no máximo poderá disciplinar, colocar um pouco de ordem, mas não governar". O Santo Padre recordou o exemplo de Davi, como ele amava o seu povo, tanto que depois do pecado cometido pede ao Senhor que não castigue o povo, mas ele mesmo. Assim, "as duas virtudes de um governante" são o amor pelo povo e a humildade.

"Não se pode governar o povo sem amor e sem humildade. E todo homem e mulher que assume um cargo de governo, deve fazer-se estas duas perguntas: ‘Eu amo o meu povo para servi-lo melhor? Sou humilde e dou ouvidos a todos, ouço várias opiniões para escolher o melhor caminho?’. Se estas duas perguntas não forem feitas, não será um bom governo. O governante, homem ou mulher, que ama seu povo, é um homem ou uma mulher humilde".

São Paulo exorta os governados a elevar orações "por todos aqueles que estão no poder, para que possamos ter uma vida calma e tranquila". Os cidadãos, observou o Papa, não podem desinteressar-se da política.

Nenhum de nós pode dizer: "Eu não tenho nada a ver com isto, são eles os que governam... Não, não, eu sou responsável pelo seu governo e devo dar o melhor de mim para que eles governem bem e participar da política dentro das minhas possibilidades".

Portanto, concluiu o Papa, "demos o melhor de nós, ideias, sugestões, o melhor, mas sobretudo, o melhor é a oração. Oremos pelos governantes, para que nos governem bem, para que levem a nossa pátria, a nossa nação, e também o mundo adiante, para que exista a paz e o bem comum".

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VATICANO, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Em sua homilia do sábado, 14 de setembro, Festa da Exaltação da Santa Cruz, na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco assegurou que "sem chorar, chorar no coração jamais se poderá compreender" o mistério da Cruz.

"Hoje olhamos para a Cruz, a história do homem e a história de Deus. Olhamos para esta cruz, onde se pode provar mel de aloe, o mel amargo, a doçura amarga do sacrifício de Jesus. Mas esse mistério é tão grande que por si só não podemos compreender bem este mistério, não tanto para entender – sim, entender … – mas experimentar profundamente a salvação deste mistério. Antes de tudo o mistério da Cruz".

O Santo Padre assinalou que deste mistério "somente se pode entender um pouquinho, de joelhos, em oração, mas também através das lágrimas: são as lágrimas que nos aproximam deste mistério".

"Sem chorar, chorar no coração – disse o Papa – não se poderá jamais entender esse mistério". É o choro do arrependimento, o choro do irmão e da irmã que olham para tantas misérias humanas e as veem em Jesus, mas ‘de joelhos e chorando’ e ‘nunca sozinhos, nunca sozinhos!’".

Francisco assinalou que "sem chorar, chorar no coração jamais se poderá compreender este mistério".

"É o choro do arrependimento, o choro do irmão e da irmã que olham para tantas misérias humanas" e as veem em Jesus, mas "de joelhos e chorando" e "nunca sozinhos, nunca sozinhos!".

O Papa também fez uma comparação entre a árvore do Jardim do Éden e a árvore da Cruz.

"Aquela árvore tinha feito tanto mal, e esta árvore nos leva à salvação, à saúde. Perdoa aquele mal. Este é o caminho da história humana: um caminho para encontrar Jesus Cristo Redentor, que dá a sua vida por amor".

O Santo Padre indicou que "Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Esta árvore da Cruz nos salva, todos nós, das consequências daquela outra árvore, onde teve início a autossuficiência, o orgulho, a soberba de querer conhecer, – nós -, tudo, de acordo com a nossa mentalidade, de acordo com os nossos critérios, também segundo a presunção de ser e de se tornar os únicos juízes do mundo. Esta é a história do homem: de uma árvore a outra árvore".

Na Cruz também se encontra "a história de Deus", disse o Papa, assinalando que "Ele quis assumir nossa história e caminhar conosco".

"Deus faz este caminho por amor! Não há outra explicação: somente o amor faz essas coisas".

O Papa assegurou que para entrar no mistério da Cruz, "que não é um labirinto, mas se assemelha um pouco, sempre temos necessidade da Mãe, da mão da Mãe".

"Que Ela, Maria, nos faça experimentar quão grande e quão humilde é este mistério; tão doce como mel e tão amargo como o aloe. Que seja ela a nos acompanhar neste caminho, que nenhum outro pode fazê-lo além de nós mesmos. Cada um deve fazê-lo! Com a Mãe, chorando e de joelhos", disse.

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VATICANO, 14 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes da 47ª Semana Social dos católicos italianos iniciada nesta quinta-feira na cidade de Turim (Itália) e os chamou a "evidenciar o laço que une o bem comum à promoção da família fundada no matrimônio". A mensagem foi dirigida ao Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, e nele Francisco recorda que a família é uma escola privilegiada de generosidade que educa a superar o individualismo que existe na sociedade.

A família, indicou o Papa, é mais que um tema, é vida, "é caminho de gerações que se transmitem a fé junto com o amor", "é fadiga, paciência, e também projeto, esperança e futuro". E tudo isto se converte em levedura cada dia na massa de toda a sociedade para o seu maior bem comum. Além disso, o futuro da mesma sociedade está enraizado nos jovens e nos anciões, que são a memória viva.

Por isso, advertiu que "um povo que não se ocupa dos anciões, das crianças e dos jovens não tem futuro".

Sobre a Igreja, indicou que esta oferece "uma concepção da família que é a do livro do Gênesis, da unidade na diferença entre homem e mulher" e como tal "merece ser sustentada eficazmente".

Nesse sentido, advertiu que as consequências das eleições culturais e políticas que se referem à família afetam os diversos âmbitos da vida de um país: desde o problema demográfico às demais questões referentes ao trabalho até a mesma "visão antropológica que está na base de nossa civilização".

Conforme informou a Rádio Vaticano, o Santo Padre reconheceu "os sofrimentos de tantas famílias" devido à falta de trabalho ou aos conflitos internos ou os fracassos da experiência conjugal e manifestou a todos a sua proximidade, de uma vez que recordou o testemunho simples de tantas famílias "que vivem a experiência do matrimônio e do ser progenitores com alegria" e sem medo de encarar também os momentos da cruz que vivida em união com a do Senhor, não impede o caminho do amor, mas ao contrário, pode fazê-lo mais forte.

Em sua mensagem, também recordou ao Beato José Toniolo, um leigo católico que apesar das dificuldades soube percorrer caminhos profícuos "para trabalhar na busca e na construção do bem comum", destacando que seu exemplo "constitui um estímulo sempre válido para os católicos leigos de hoje para que procurem vias eficazes para a mesma finalidade".

Finalmente, expressou seu desejo de que esta Semana Social contribua "de modo eficaz evidenciar o laço que une o bem comum à promoção da família fundada no matrimônio, acima de preconceitos e ideologias".

As Semanas Sociais na Itália começaram em 1907. Um de seus principais promotores foi o Beato José Toniolo. Esta é a primeira Semana Social que se celebra depois de sua beatificação realizada em 28 de abril de 2012.

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AMÉRICA 









SANTIAGO, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Após 40 anos do golpe de Estado contra o presidente Salvador Allende, as paróquias da Arquidiocese de Santiago elevaram preces pela reconciliação da nação.

"É uma lembrança difícil para uns e outros. É um dia que é causa de controvérsias e em alguns casos de ações violentas", conforme explicou Dom Héctor Gallardo, Vigário Geral de Pastoral da Arquidiocese de Santiago em uma carta dirigida aos párocos.

"A quarenta anos do golpe de Estado os chilenos ainda não podemos olhar o nosso passado com tranquilidade", diz Joaquín Castillo do Instituto de Estudos da Sociedade (IS), que se encarregou da publicação do livro "As vozes da reconciliação", através do qual se busca contribuir com a reconciliação da história do país, que segundo Castillo "não só se faz necessária, mas também urgente".

Segundo Catalina Siles, Historiadora e Investigadora do IS, é importante abrir no Chile espaços de reflexão porque "para muitos o tema da reconciliação é visto como uma mera ilusão, carregada de boas intenções mas impossível de ser realizado, sobretudo, para aqueles que viveram em carne própria esse período e ficaram marcados por essas experiências" e também, porque "outros simplesmente não aceitam procurando utilizar o passado em função de interesses políticos, através da polarização social".

"O orar pela paz é também uma tarefa para o nosso Chile", comentou Dom Gallardo no meio do apelo feito pelo Papa Francisco para rezar pela paz na Síria e convidou os sacerdotes a celebrar as Eucaristias dos dias prévios e posteriores a 11 de setembro com os formulários das missas pela paz e pela justiça quando a norma litúrgica o permita.

Siles recomendou também "deixar a atitude beligerante e olhar nossa história com capacidade crítica e sem instrumentaliza-la", e ressalta a importância de "que os atores aceitem as próprias responsabilidades por ação ou omissão, ao tempo de serem capazes do perdão, que implica deixar as odiosidades e olhar o passado sem atribuir culpas, a fim de reconstruir os laços de confiança e amizade cívica".

Dom Gallardo indicou que "nada nos impede de sermos criativos em realizar distintos atos piedosos a favor da paz e da reconciliação da nossa pátria, por exemplo, a adoração ao Santíssimo, a oração da Via Sacra, etc.".

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MUNDO 









REDAÇÃO CENTRAL, 13 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Embora o encontro não estivesse na lista oficial de audiências privadas do Papa Francisco, o Vaticano confirmou que a pedido do Arcebispo Gerhard Muller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Papa Francisco recebeu na quinta-feira o Padre Gustavo Gutiérrez, o teólogo peruano considerado como um dos pais da controvertida teologia da libertação.

A amizade pessoal do Arcebispo Muller com o teólogo de 85 anos, que entrou para a ordem dos dominicanos a finais dos anos 90 para evitar estar sob a jurisdição do atual Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani, gerou uma série de especulações sobre o suposto apoio "oficial" à teologia da libertação no Vaticano.

As especulações dos vaticanistas se geraram logo depois da difusão pelo jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano (LOR), de um ensaio do Padre Gutiérrez originalmente publicado como parte de um livro escrito com o Arcebispo Muller, publicado em alemão faz 9 anos e traduzido recentemente ao italiano. O sacerdote peruano apresentou em Roma esta edição.

Entretanto, faz alguns meses o sacerdote jesuíta argentino Juan Carlos Scannone, um dos mais conhecidos representantes da teologia da libertação na América Latina, explicou que o Papa Francisco, como sacerdote e arcebispo, nunca apoiou os postulados polêmicos do Padre Gutiérrez.

Em uma extensa entrevista que aparece no livro publicado recentemente "Francis Our Brother Our Friend" (Francisco Nosso Irmão Nosso Amigo" (Ignatius Press, 2013) do diretor do Grupo ACI, Alejandro Bermúdez, o Padre Scannone, que foi um dos professores do Papa Francisco em seu processo de formação, explicou que "na teologia da libertação há distintas correntes, e há uma que é a corrente argentina".

No texto que dentro de pouco será publicado em sua versão original em espanhol, o Padre Scannone recorda que "o Cardeal Quarracino (antecessor do Cardeal Bergoglio como Arcebispo de Buenos Aires) apresentou ao L’Osservatore Romano o primeiro documento da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a teologia da libertação, e ele distinguiu quatro correntes, citando sem nomear um artigo que eu tinha escrito dois anos antes".

"E há uma corrente argentina, que o mesmo Gustavo Gutiérrez diz que é uma corrente com características próprias da teologia da libertação, que nunca usou categorias do tipo marxista ou a análise marxista da sociedade, mas sem desprezar a análise social privilegia uma análise histórica cultural", explicou.

O perito jesuíta adicionou que "na teologia argentina da libertação não se usa a análise social marxista, mas se usa preferentemente uma análise histórica-cultural, sem desprezar o sócio-estrutural e sem ter como base a luta de classes como princípio determinante de interpretação da sociedade e da história".

Segundo Scannone, "a linha argentina da teologia da libertação, que alguns chamam ‘teologia do povo’, ajuda a compreender a pastoral de Bergoglio como bispo; assim como muitas de suas afirmações e ensinamentos".

Para o Padre Scannone, "há coisas que acredito que marcaram de maneira especial o Cardeal Bergoglio, sobretudo o tema da evangelização da cultura, o tema da piedade popular. Uma coisa muito de Bergoglio é falar do povo fiel. Quando saiu à sacada (de São Pedro, quando foi eleito Papa), o primeiro que fez foi pedir que o povo rezasse por ele para que Deus lhe abençoe, antes de abençoar o povo. Isso é muito dele".

Scannone adiciona que "este tipo de teologia" sem categorias marxistas, fez parte "do ambiente no qual ele exerceu a sua pastoral. De fato, a problemática da piedade popular e da evangelização da cultura, e enculturação do Evangelho, é chave nesta linha teológica".

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MADRI, 16 Set. 13 (ACI/Europa Press) .- Os assessores legais das Conferências Episcopais Europeias advertiram que houve um aumento das restrições legais à liberdade religiosa em países da Europa, durante seu primeiro encontro em Estrasburgo, que se celebrou de 12 a 14 de setembro com o objetivo de aprofundar em seu conhecimento sobre as instituições europeias, discutir e compartilhar a preocupação comum pelo bem espiritual, político e social dos europeus.

Mais de 30 delegados, representantes de 22 Conferências Episcopais da Europa responderam ao convite do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).

Neste sentido, os peritos refletiram sobre a objeção de consciência, a liberdade de expressão e a liberdade para receber educação religiosa. Precisamente, nas intervenções, manifestaram que a religião está assumindo "uma relevância pública maior na vida e na consciência dos cidadãos europeus".

Não obstante, apontaram que se produziu um "aumento considerável" das restrições legais em países membros do Conselho e registrados no Observatório sobre a discriminação e intolerância contra os cristãos na Europa (ODICE) e dos recursos que chegam à Corte Europeia dos Direitos Humanos.

Por isso, os participantes convidaram o Conselho a ser sempre "promotor da tutela da liberdade religiosa" e, por sua parte, a Igreja se mostrou disposta a dialogar e colaborar na defesa dos direitos humanos através de sua contribuição específica.

Por outra parte, os peritos em jurisprudência aprofundaram nos fundamentos dos direitos humanos e recordaram que estes estão baseados na dignidade da pessoa e que, portanto, cada pessoa tem a responsabilidade de defendê-los.

A reunião, pensada como uma oportunidade para uma discussão informal entre assessores para trocar ideias sobre os temas e desafios aos que se enfrenta a Igreja no continente, contou com a colaboração da Missão Permanente da Santa Sé no Conselho da Europa e permitiu aos participantes conhecer melhor esta instituição e outras conectadas a ela, como a Corte Europeia de Direitos Humanos.

Durante a reunião, os participantes mantiveram um encontro com o arcebispo de Estrasburgo, Jean-Pierre Grallet; com o diretor do Diretório Geral dos Direitos Humanos e o Estado de Direito, Jan Kleijssen; com juristas das embaixadas de alguns dos Estados membros do Conselho da Europa; e com membros da Chancelaria da Corte Europeia de Direitos Humanos.

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ROMA, 16 Set. 13 (ACI/Europa Press) .- A Conferência dos Bispos latinos nas regiões árabes (CELRA) irá reunir-se desde terça-feira desta semana em Roma, conforme anunciou nesta segunda-feira o Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias Agencia Fides.

As sessões serão realizadas em uma residência sacerdotal próxima à Cidade do Vaticano desde terça-feira 17 de setembro até a próxima sexta-feira 20 de setembro e durante estes dias em Roma cada bispo participante da reunião poderá concelebrar junto ao Papa Francisco na Missa matutina da Casa Santa Marta.

Além disso, o Patriarca de Jerusalém, Dom Fouad Twal participará destas reuniões de trabalho, que abordarão as iniciativas do Ano da Fé e o 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II.

A Conferência dos bispos latinos das regiões árabes (Conférence des evêques latins dans les régions arabes, CELRA) é o órgão que reúne todos os bispos católicos do rito latino presentes nos estados árabes do Oriente Próximo, Egito e Somália e foi instituído em 1967 para favorecer "a colegialidade e a comunhão entre as Igrejas locais".

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ROMA, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Depois de visitar no Vaticano ao Papa Francisco, o Bispo Auxiliar de La Plata, Argentina, Dom Alberto Germán Bochatey Chaneton, grande amigo do Pontífice, assegurou que o Espírito Santo o revitalizou nestes seis meses de Pontificado.

Em uma entrevista concedida ao Grupo ACI em Roma, Dom Bochatey assinalou que desde que o Cardeal Bergoglio se converteu no Papa Francisco mudou para uma personalidade mais viva e tocada pela mão do Espírito Santo.

"Tem um sorriso diferente, tem uma personalidade que não havíamos descoberto nele. Eu acho que o horizonte que se abriu ao Cardeal Bergoglio quando o Espírito Santo o chamou através dos Cardeais a ser o Sucessor de Pedro, o assumiu –como tudo na sua vida- bem a fundo", assegurou.

"Vejo que ele está estupendo, rejuvenescido, com uma claridade de mente –que sempre teve-, de muito boa memória, vital, entusiasta, decidido, de escuta, de refletir bem as coisas, e sem dúvida de dar à Igreja as respostas que provavelmente estava esperando", acrescentou.

Dom Bochatey conheceu o papa faz mais de 20 anos, quando o então sacerdote Bergoglio era muito próximo a sua família. Passaram os anos, e estiveram juntos na Universidade Católica Argentina, onde foi nomeado diretor de bioética e do instituto para o matrimônio e a família.

Para o Prelado, nestes primeiros seis meses, está mudando a Igreja "para uma Igreja que tem o poder dos pequenos sinais. Eu acho que é um teólogo pastoral, não é um teólogo especulativo, e o demonstra desde seu magistério".

"Acho que Roma necessitava um Papa como este… o Papa é uma pessoa muito serena, de grande maturidade humana e de grande profundidade espiritual, um homem de oração", adicionou.

Por outro lado Dom Bochatey considerou que Francisco "é um Papa moderno no bom sentido da palavra", quer dizer, "vai levar a Igreja à linguagem do tempo, e isso sempre foi uma riqueza da Igreja Universal, sempre estar na linguagem do tempo que lhe toca viver", e "sempre esteve com o povo e foi fiel ao magistério e a doutrina da Igreja".

Também, precisou, é muito sério e rigoroso em seu trabalho, mas sempre sabe colocar em tudo "um pingo de humor". "Não recordo um só encontro com o Cardeal Bergoglio, ou o agora Papa Francisco, no que não houvesse um sorriso, uma piada, uma brincadeira, algo que ajudasse ao diálogo. Inclusive às vezes, em temas difíceis ele sempre sabia encontrar o gesto que nos fazia entender a cordialidade, o homem profundo que está por trás do personagem eclesiástico", indicou.

O Prelado ressaltou o aspecto ascético do Papa Francisco, e explicou que Bergoglio sempre viveu "pobremente", "tudo o que veem, é Bergoglio, não é uma fachada", referiu.

Francisco "é um homem que sempre caminhou com seus velhos sapatos, que nunca teve um veículo, que lavava seus próprios pratos, que arrumava a sua cama, e que leva uma profunda simplicidade de vida, que é o que faz ao homem feliz", concluiu.

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ROMA, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Depois de assistir à vigília de oração pela paz na Síria no mundo inteiro, convocada pelo Papa Francisco no dia 7 de setembro deste ano, o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, o cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz, recordou que o poder da Igreja e do Papa está na oração, não nas armas.

Poucos minutos depois do término da multitudinária cerimônia, que reuniu na Praça de São Pedro mais de 100 mil pessoas, o Cardeal Braz de Aviz explicou ao Grupo ACI que o Papa "é um homem sem poder, mas é um homem de Deus", e ante a guerra "não temos o poder das armas, nós temos o poder da oração, de pedir a Deus, e acho que a vigília de hoje tem em especial o sentido da fé do Papa e de toda a Igreja".

"Nós acreditamos que Deus é o Deus da paz, que a humanidade, embora tenha vivido uma história com muitas guerras, talvez, esteja chegando a um ponto de amadurecimento, especialmente com esta globalização, em que é necessário que a consciência da paz seja muito mais profunda", destacou a autoridade vaticano.

"Nós acreditamos que a bondade da misericórdia de Deus pode salvar este povo. O Papa representa isto. Ver esta praça lotada durante quatro horas, com tantos jovens presentes, ver o povo, milhares de pessoas, guardando estes momentos de silêncio ante Deus, quer dizer muito", acrescentou.

Por sua parte, o Cardeal Braz de Aviz, reforçou o dia de oração e jejum convocado pelo Papa enviando uma carta a todos os consagrados e consagradas para animá-los a apoiar desde cada rincão este evento.

"Sabemos que o homem e a mulher não são capazes de conseguir a paz por sua própria conta, mas todos sabemos os resultados das guerras, toda a dor que trazem, é algo horrível, por isso deveríamos pedir realmente a Deus a paz", concluiu.

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CONTROVÉRSIA 









ROMA, 16 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Um restaurante de Antibes, ao sul da França, conhecido pela afluência de celebridades, decidiu proibir a entrada de bebês porque "incomodam a tranquilidade" dos clientes e põem "em dificuldade a segurança".

"Com as crianças já se sabe. Têm esta característica de fazer a vida bela e feliz a cada momento com sua família, e manifestam seu entusiasmo sem muita consideração aos decibéis. São a mãe e o pai os que devem conter seu júbilo nos limites da boa educação. Mas daí a dizer que um bebê expõe ’problemas de segurança‘, como deseja o local francês, há um passo que escapa a um pai comum", assinalou em 12 de setembro Annalisa Guglielmino, jornalista do jornal da Conferência Episcopal Italiana, Avvenire.

"Por sorte, do outro lado da balança, aparecem e se proliferam as zonas turísticas favoráveis à família, especialmente os hotéis, enfocados na família, e com preferência para aquelas numerosas. Que, pelo contrário, não escrevem em nenhuma parte ‘proibido pessoas individuais’. Parece que são eles mesmos os que preferem afastar-se, mas isto são seus problemas", acrescentou.

A França, Suécia, Alemanha, Suíça e a Áustria, apesar de sua baixa taxa de natalidade, participam do fenômeno dos restaurantes anti-família.

Na Pensilvânia, Estados Unidos, faz alguns anos, um restaurante proibiu a entrada de crianças menores de seis anos, para satisfazer alguns clientes que se queixaram pelo ruído das crianças. No país, há algumas redes hoteleiras que proíbem a entrada de crianças menores de 14 anos e inclusive jovens com idade inferior a 18 anos.

A intolerância às crianças também chegou às companhias de viagem e, por exemplo, a linha aérea inglesa "Thomas Cook" decidiu garantir a tranquilidade a bordo dos passageiros, criando voos nos que não estão permitidas as crianças.

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]