quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CATEDRAIS MEDIEVAIS




CATEDRAIS MEDIEVAIS






Posted: 16 Oct 2013 01:30 AM PDT




A catedral de Colônia! 




Ela é muito bonita. 




Mas se fossem me perguntar, desenhisticamente falando, se ela é tão bonita quanto Notre-Dame, eu diria: "Indiscutivelmente é Notre- Dame."




Entretanto, tudo bem pesado, eu digo: "É discutível que seja Notre Dame." 




Por causa de um ponto só. Mas esse ponto supera Notre-Dame de tal maneira, que a gente fica sem saber o que dizer. E é o seguinte.




As torres da catedral de Colônia se levantam do chão com um empuxe, e se lançam para o ar tão inesperadamente, que parecem perguntar à gente: "Quereis voar?!"




Essas torres como que proclamam uma vitória formidável do espírito humano sobre a lei da gravidade! 




A lei da gravidade é a lei que atrai o homem para baixo, que torna pesados os seus movimentos, que torna difícil a vida.




Essa lei diante da força ascensional da catedral de Colônia fica como que esmagada.




A catedral de tal maneira se perde pelos céus, num movimento audacioso de alma, desejando o inimaginável mais belo do que tudo quanto em Notre-Dame foi imaginado e realizado.





Há uma apetência nossa daquela ousadia que sobe a essas alturas, que nos leva a dizer: 




"Sim senhor! Eu não sabia que em mim mesmo havia uma camada de alma à espera de outra coisa. 




"Mas, olhando Colônia, eu sinto essa camada de alma aparecer. 




"Não é a harmonia perfeita, a simetria incomparável e a proporção entre o chão e o edifício que tem Notre-Dame.




"É o esplendor da desproporção, daquilo que se arranca não por subversão, mas por superação de todas as regras e as transcende, e diz: 




"Positivamente! Universo com tuas lindas regras, eu te venero, eu te quero, eu faço parte de ti, mas de dentro de ti eu levanto a mão até o Autor do universo!" 




Estes são os anelos de fundo de alma postos por Deus e preservados no capital da inocência da alma. 




A alma vê a harmonia de Notre-Dame e se extasia, e não se sacia de contemplá-la, mas acaba percebendo que ela foi feita para um outro mundo que está por cima das regras da harmonia. 




E o artista da Catedral de Colônia teve essa sacrossanta genialidade. Ele quis chegar até lá.




Eu gostaria que aquelas torres fossem mais distantes um pouco uma da outra. Que houvesse um pouco mais de lugar para a fachada. 




Aquilo parece um pouco apertado. Por causa disso, janelas, vitrais, tudo é um pouco apertado também. 




Quando eu comparo esse aperto com o espaço harmoniosamente preenchido por Notre-Dame, eu digo: 







Catedral de Colônia, nave central



"Mas Notre Dame tem um outro estar à vontade do que essa Catedral apertada, que parece estar posta num colete. Linda! Tão bonita que a gente teria vontade de tirá-la do colete!"




Mas a atitude muda quando a gente compreende que as duas torres de Colônia, tão próximas uma da outra, parecem duas asas que sobem juntas para o Céu. 




Se fosse uma torre só, perdia. Se fossem três, era demais. Tinha que ser aquelas duas, naquela distância e o resto é conversa. E vummm! para o céu.




O meu comentário seria: nunca, e nunca dos nuncas um avião subiu tão alto.




Todos nós já voamos a dez mil metros, sei lá quanto. Olhamos para a terra... O que é aquilo? É a minha sepultura, se eu cair. Não é outra coisa senão aquilo.




Agora, olhamos para a catedral de Colônia e dizemos: "Aquilo toca no Céu". 




Porque em Colônia a alma humana tem a sensação do Céu que foi tocado.





(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência proferida em 13/10/79. Sem revisão do autor).






















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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

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[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]