quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Lourdes e suas aparições




Lourdes e suas aparições






Posted: 16 Oct 2013 01:30 AM PDT





Santa Bernadette em foto de 18 outubro de 1864


Pelo fim da tarde do mesmo dia (25-02-1858) em que Nossa Senhora apontou a fonte milagrosa, um policial se apresentou na masmorra onde morava a família Soubirous.




— O Senhor Procurador Imperial pede para Bernadette Soubirous apresentar-se agora à tarde às 18 horas.




Santa Bernadette foi com sua mãe que, inteiramente em prantos, pediu para ser acompanhada pelo primo Sajous.




O Procurador Imperial Vital Dutour morava a 300 metros da masmorra e logo foi pondo para fora o homem que vinha com as duas mulheres.




— Você é seu pai?




— Não, seu tio e dono da casa onde ela fica.




— Entrai, Bernadette e sua mãe. Você aguarda aqui!




E fechou a porta.




O interrogatório foi conduzido como fazem os delegados.




Bernadette não ficou intimidada pela função do Procurador, nem pelo aparato da Justiça.




Com método e autoridade, ele começou fazendo as perguntas de praxe com as quais ele pega os delinquentes.




Mas as respostas de Bernadette deixavam-no desorientando. Ele começou a perder o fio do interrogatório, a ponto de não conseguir enfiar a pena no tinteiro.




Bernadette ria, vendo-o errar o tinteiro.




Ele esgotou todos os meios para detectar a fabulação, a exaltação, o interesse e outras amolações clássicas na matéria. Então tentou fechar o caso com o argumento de autoridade.







O Procurador Imperial Vital Dutour

esgotou todos os recursos para fazê-la desistir


— Tu vais me prometer de não mais voltar à gruta.




— Eu prometi a ela que iria quinze dias.




— Essa promessa feita a uma dama que ninguém vê não vale nada. É preciso que te abstenhas.




— Eu sinto muita alegria quando a vejo.




— A alegria é má conselheira, é preferível que escutes as religiosas, que te falaram ser uma ilusão.




— Eu sou arrastada por uma força irresistível.




— Então, se eu te meto no cárcere, o que farás?




— Bom, se eu não posso, então não irei.




O Procurador tentou a última intimidação.




— Digam para o delegado que venha pegar esta moça para passar a noite na prisão.




A mãe começou a chorar. Estava de pé havia duas horas, ao lado de Bernadette, que também estava de pé e começou a cambalear.




— Ali tem duas cadeiras, podem sentar.




A mãe sentou-se, mas Bernadette sentou-se no chão.




Ouviram-se pancadas nas janelas. Os vizinhos se acumulavam na porta e protestavam. O Procurador começou a tremer, sua mão já não acertava mais no tinteiro.




O interrogatório foi um insucesso. O Procurador tinha anotado tudo, mas acabou rasgando os papeis.




Por fim todos saíram. Quando Bernadette voltou à masmorra por volta das nove da noite, sua amiga Dominiquette Cazenave a aguardava na porta.




— Então, tu confessaste?




— Sim, eu lhe disse a verdade. Eles falam mentiras. Quando não se escreve bem, não se risca o escrito? O senhor Procurador ficava riscando o que tinha escrito.




Ela ria.




— Ah! Como és criança – disse-lhe a mãe.




A narração de Bernadette logo tomou proporções fantásticas na população de Lourdes. O tremor do Procurador virou mal de São Vito; seus rabiscos eram como grandes cruzes que ele se viu obrigado a desenhar no papel. E ainda se contou por toda a cidade que naquela noite as velas acenderam sozinhas na casa de Bernadette.




Mas Santa Bernadette não ligou para essa mitologia imaginosa.




























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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]