segunda-feira, 18 de novembro de 2013

[Catolicos a Caminho] NOVEMBRO MÊS DAS ALMAS (19) JUSTIFICAÇÃO E GRAÇA SANTIFICANTE Som !

 












  • NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS!




A Justificação aparece-nos relacionada com a parábola do Rico avarento e o Pobre Lázaro. "Filho, lembra-te que recebeste os teus benefícios durante a vida, tal como Lázaro os infortúnios. E agora aqui, ele é consolado, ao passo que tu és atormentado".






(19) - A JUSTIFICAÇÃO E A GRAÇA SANTIFICANTE ! (19-XI-2013)


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A JUSTIFICAÇÃO é o processo pelo qual o pecador se torna reabilitado, puro e santo perante Deus.

Primária e simplesmente a Justificação, no conceito teológico cristão é a posse da graça santificante.

Todavia antes desta posse se completar, é necessário o Baptismo, o qual supõe a fé e a aceitação das consequências dessa mesma fé.

Assim o disse o Concílio de Trento :

- A fé é o princípio da salvação do homem, o fundamento e a raiz de toda a Justificação; sem ela (a fé) é impossível agradar a Deus e obter a amizade de Deus com os Seus filhos.(Ses.III-8).

E o Catecismo da Igreja Católica, diz :

1266. – A Santíssima Trindade confere ao baptizado a graça santificante, a graça da justificação, que :

- o torna capaz de crer em Deus, esperar n'Ele e O amar, pelas virtudes teologais; 
- lhe dá poder de viver e agir sob a moção e pelos dons do Espírito Santo;

- lhe permite crescer no bem, pelas virtudes morais.

Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem a sua raiz no santo Baptismo.

Na Tradição Católica a Justificação considera-se como vinda da fé em Cristo e das boas obras da vida, vivida em resposta ao convite de Deus para crer.

Contra a doutrina clássica de Lutero, a Fé Católica mantém que a fé sem obras não é suficiente para obter o mérito da Justificação, porque as boas obras mostram o nosso desejo de cooperar com as iniciativas da graça.

A doutrina Católica rejeita qualquer noção de que a Justificação nos venha por um simples acto interior ou uma disposição íntima, mas também objecta que seja uma mera acção praticada sem uma disposição interior de fé, esperança e caridade.

O que é necessário para a salvação é a fé que se manifesta por actos exteriores os quais significam a fé interior, e assentam na Ressurreição de Cristo.

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

654 . – Existe um duplo aspecto no mistério pascal; pela sua Ressurreição, abre-nos o acesso a uma nova vida. Esta é, antes de mais, a justificação, que nos repõe a graça de Deus, «para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos(...) também nós vivamos uma vida nova»(Rom.6,4)...

Mas esta Justificação, para quem cometeu o pecado grave, não se pode realizar senão através do Sacramento da Penitência (Acto penitencial), como diz o Catecismo da Igreja Católica :

1446. – Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de mais para aqueles que, depois do Baptismo, caíram em pecado grave e assim perderam a graça baptismal e feriram a comunidade eclesial. É a eles que o sacramento da penitência oferece uma nova possibilidade de se converterem e reencontrarem a graça da justificação...

Desde que uma pessoa exista concretamente no Universo, torna-se necessário para a salvação que ocorreu objectiva e historicamente, que essa pessoa responda também, histórica e objectivamente a esse dom da salvação.

Uma vez que a pessoa humana é um corpo com uma alma tem que haver uma relação dialógica entre a pessoa e o mundo.

As obras são necessárias para a fé simplesmente porque elas realizam um acto pelo qual aceitam o dom da salvação que é necessário para a Justificação.

Essas obras são claramente exigidas no Novo Testamento para a união com Cristo, segundo as Suas parábolas, como a do Bom Samaritano, a do Pobre Lázaro e o Rico Avarento, e outras.

O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que trabalha na vinha, o que cava a terra e o que prega a Boa Nova, segundo o plano da História da Salvação..

A Parábola do Pobre Lázaro e do Rico Avarento, é assim um protótipo da Justificação, a qual distingue as acções que condenaram o Rico Avarento, contra a situação de vida do Pobre Lázaro, pelo que o seu destino eterno foi diferente e, entre um e o outro, nem sequer é possível qualquer comunicação :

- "Além de tudo isto, entre nós e vós estabeleceu-se um abismo tão grande que não poderiam os que desejassem, nem passar daqui para junto de vós, nem atravessar daí para junto de nós".

Para além disso, está bem claro que é nesta vida que as nossas acções nos podem condenar ou justificar :

- «Rogo-te que mandes Lázaro à minha casa paterna, pois tenho cinco irmãos. Que ele os previna, para não virem ter também a este lugar de tormentos.» Disse-lhe Abraão : «Têm Moisés e os profetas. Que os oiçam».

Portanto, a Justificação vem pela fé e pelas obras praticadas na vida.

Mas a nossa comuinicação e o nosso sufrágio pelas almas do Purgatório exige de nós o estado da graça santificante, sem a qual não pode hvaver possibilidade de ajuda.



John
Nascimento





























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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]