quinta-feira, 14 de novembro de 2013

[Novo post] Mensaleiros à beira da prisão: o que isso nos revela sobre a mente do adepto da extrema-esquerda?




lucianohenrique publicou: " Segundo o UOL, a possibilidade de vários mensaleiros passarem a assistir o sol nascer quadrado torna-se quase uma certeza: Em uma sessão longa, confusa e marcada por discussões, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (13) pela ex" 



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by lucianohenrique





Segundo o UOL, a possibilidade de vários mensaleiros passarem a assistir o sol nascer quadrado torna-se quase uma certeza:


Em uma sessão longa, confusa e marcada por discussões, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (13) pela execução imediata das penas da maioria dos condenados do mensalão. Todos os ministros seguiram este entendimento, proposto pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, presidente da Corte. Ainda não há um número definido de quantos réus começarão a cumprir as penas, mas serão no mínimo 16 condenados --há dúvidas sobre seis réus.

Após o fim da sessão, o ministro Luís Roberto Barroso explicou que quem irá decidir sobre a expedição dos mandados de prisão e a execução das penas será o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa.

Segundo a assessoria de imprensa do STF, será feito um levantamento na manhã desta quinta-feira (14) sobre quais condenados já começarão a cumprir a sua pena e em relação a quais crimes.

Com a decisão desta quarta, tanto réus que poderão ser submetidos a um novo julgamento em 2014 --como o ex-ministro José Dirceu e o publicitário Marcos Valério-- porque puderam recorrer com embargos infringentes, como os que não podem mais apresentar recursos, começam a cumprir as penas imediatamente. "É imperativo dar imediato início [à execução das penas]", afirmou Barbosa em seu voto.

Dos 25 réus condenados no mensalão, 12 não podem apresentar mais nenhum recurso no processo e não têm mais nenhuma instância para recorrer.

E as regras valem até para os "réus com embargos infringentes":


No total, 18 réus apresentaram embargos infringentes, sendo que 12 deles tinham direito, de acordo com o regimento do STF, por terem ao menos 4 votos pela sua absolvição.


Os ministros decidiram que mesmo os réus que ainda serão julgados novamente já comecem a cumprir as penas dos crimes que não cabem embargos infringentes, ou seja, em que a condenação "transitou em julgado" (fase do processo em que não cabem mais recursos).



Os réus nesta situação são: José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil); José Genoino (ex-presidente do PT), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Marcos Valério (publicitário e operador do esquema), Ramon Hollerbach, Cristiano Paz (ambos ex-sócios de Valério), Simone Vasconcelos (ex-funcionária de Valério), José Roberto Salgado (ex-dirigente do Banco Rural). Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural).

O ex-ministro José Dirceu, por exemplo, foi condenado por corrupção ativa a 7 anos e 11 meses de prisão e por formação de quadrilha a 2 anos e 11 meses. Dirceu só obteve quatro votos por sua absolvição no crime de formação de quadrilha. Com a decisão de hoje, ele deve começar a cumprir a pena por corrupção enquanto seu recurso contra o crime de quadrilha corre no STF.

Pela jurisprudência do STF, os embargos infringentes só são cabíveis para os réus que foram condenados, mas tiveram ao menos quatro votos pela absolvição. A maior polêmica na sessão de hoje ocorreu no momento em que os ministros debatiam se os réus condenados que não receberam ao menos quatro votos pela absolvição deveriam ter as penas executadas já ou só quando seus embargos infringentes fossem analisados, no ano que vem.

Fiz questão de citar a notícia do UOL só para não deixar passar batido. Mas os próprios leitores deste blog notaram que eu falei muito pouco sobre o Mensalão. Verdade. Foi intencional. Eu preferia esperar pelos capítulos finais. Este blog, aliás, não é sobre o cotidiano político, mas sobre ciência política, especialmente estratégia política.

O que mais me interessa são as táticas dos esquerdistas, e os truques que eles usam. Também me interesso fundamentalmente no esquerdismo enquanto fenômeno natural. Um fenômeno do comportamento.

Nessa ótica, um dos aspectos mais relevantes do caso Mensalão é o comportamento dos petistas em relação às notícias sobre o caso. Enquanto reagiam às notícias sobre o julgamento, mostravam uma particularidade muito interessante em termos comportamentais.

Eis a particularidade: quanto mais distante da extrema-esquerda, mais alguém se envergonha das falhas daqueles que estão ao seu lado. É por isso que na época da condenação de Demóstenes Torres, muitos eleitores de direita viraram as costas para ele. No caso dos mensaleiros, a reação dos petistas foi exatamente oposta. Quanto mais evidências surgiam dos crimes que eles cometeram, mais ardorosos ficavam seus adeptos na defesa dos líderes do PT.

Podemos explicar esse fenômeno como uma variação do efeito backfire. No efeito backfire, o apego a uma crença aumenta em direção diametralmente oposta à sua refutação. Ou seja, quanto mais enfraquecida uma crença perante o público de fora, mais forte ela se torna para seu adepto. No caso dos petistas, ocorre a mesma coisa com o apego dos funcionais em relação aos líderes do partido. Quanto mais estes são desmoralizados pelos fatos, mais seus súditos os idolatram. E, ao mesmo tempo, mais eles odeiam de maneira vigorosa todos os que querem justiça, isto é, a ida dos mensaleiros para a cadeia.

Esse é o risco de adorar seus políticos da mesma forma que a massa adora times de futebol. Quando o time perde, seu torcedor também perde, pelo processo vicário (onde um indivíduo faz as vezes de outro). Quando seus machos-alfa deixam de reter o poder em mãos, os esquerdistas funcionais sentem-se derrotados.

Nesta madrugada, de 13 para 14 de novembro, os esquerdistas funcionais que devotam sua vida ao PT (mas não ganham um centavo com isso) vão dormir com a testosterona em baixa.















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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]