- A FORÇA DA PALAVRA!
A Liturgia da Palavra de hoje 13 de Fevereiro A, tem uma força especial, por ser a próprioa Liturgia da Palavra e por nos dizer qual é a Força da Palavra.
No caso de hoje é a força de uma palavra "Effatha", que quer dizer Abre-te e que foi a palavra que Jesus usou para dar ao surdo mudo o dom da Palavra, para que ficasse a ouvir, o dom da Palavra, que ele não tinha.
Diz-nos o Evangelho que havia um homem que não podia fazer uso da palavra porque, por ser surdo também falava com dificuldade.
É muito natural um surdo não poder falar, porque não ouve o que os outros dizem e não pode reproduzir as suas palavras,
Então trouxeram esse homem a Jesus para que o curasse.
Jesus, depois de erguer os olhos ao céu, pronunciou uma só palavra "Effathá" que quer dizer : "Abre-te", e logo o homem deixou primeiro de ser surdo e consequentemente, porque ouvia os outros, pôde também começar a falar, a usar da sua palavra.
Podemos imaginar a supresa e a alegria de quem não ouvia e falava com muita dificuldade, quando de repente, ficou a ouvir e a falar perfeitamente.
Apesar de Jesus ter recomendado aos presentes que não dissesse nada a ninguém, quanto mais lhes recomendava mais eles o apregoavam intensamente.
E quem é que podia ficar calado, sobretudo um homem que antes não podia falar ?
É assim a Palavra do Evangelho, uma Palavra reveladora dum mistério, uma Palavra que desvenda caminhos novos.
As palavras canónicas e moralizadoras apontam os sentidos e marcam as obrigações; formalizam e institucionalizam a realidade, mas as Palavras Evangélicas são abertura, amplidão, mistério, aventura e Reino.
A Palavra do Evangelho não se pode compendiar nem encerrar; ela é uma Palavra que pede livre circulação, que pode produzir conversão, que constrói uma comunidade e que é apelo à santidade.
A Palavra Evangélica é sempre fecunda e eficaz e que, uma vez posta em liberdade, nunca mais cessa a sua aventura.
Toda a Liturgia da Palavra em cada domingo, é o anúncio da História da Salvação, que nos coloca perante algum pensamento comum, por onde possamos encontrar normas de vida que nos libertem das nossas más inclinações, nos ajudem a reconhecer os nossos erros e aumentem a nossa cultura religiosa de harmonia com o que o Magistério da Igreja nos quer ensinar.
A Palavra de Deus, ou seja, aquilo que Deus nos revelou, chegou até nós pela Sagrada Escritura inspirada pelo Espírito divino e pela Tradição que, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus, confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos... (cf. CIC 81).
O direito e dever de interpretar a Palavra de Deus, escrita ou na Tradição, foram confiados ao Magistério da Igreja. (cf. CIC 85).
Todavia, este Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço.(cf. CIC 86).
Explicitamente diz o Catecismo da Igreja Católica :
2653. - A Igreja "exorta com ardor e insistência todos os fiéis[...] a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» com a leitura frequente das divinas Escrituras...
A Palavra Evangélica é a Palavra que todos nós devemos escutar para que possa livremente circular por toda a nossa vida, que nos tranforme, que nos abra, que seja uma "Effathá" por onde possamos caminhar livre e seguramente de harmonia com o plano da História da Salvação.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]