Bento XVI em Cuba: Lutem com as armas da paz, do perdão e da compreensão para construir uma sociedade aberta e renovada SANTIAGO DE CUBA, 26 Mar. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Ao presidir a solene Missa pelo 400 aniversário do encontro da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, o Papa Bento XVI convidou os cubanos a lutar "com as armas da paz, o perdão e a compreensão", para "construir uma sociedade aberta e renovada" e alentou as famílias a "acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada". "Amados irmãos, sob o olhar da Virgem da Caridade do Cobre, desejo fazer um apelo a que deis novo vigor à vossa fé, vivais de Cristo e para Cristo, e luteis com as armas da paz, do perdão e da compreensão para construir uma sociedade aberta e renovada, uma sociedade melhor, mais digna do homem, que manifeste melhor a bondade de Deus", afirmou o Papa diante de mais de 250.000 cubanos reunidos na Praça Antonio Maceo de Santiago. Bento XVI recordou que "no seu projeto de amor, desde a criação, Deus confiou à família fundada no matrimônio a sublime missão de ser célula fundamental da sociedade e verdadeira Igreja doméstica". "Com esta certeza vós, queridos esposos, deveis ser, especialmente para os vossos filhos, sinal real e visível do amor de Cristo pela Igreja. Cuba precisa do testemunho da vossa fidelidade, da vossa unidade, da vossa capacidade de acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada", explicou. Previamente, o Santo Padre agradeceu a Deus por permitir-lhe realizar "esta tão desejada viagem" e recordou de "todos aqueles a quem a doença, a idade ou outras razões impossibilitaram de estar aqui conosco". O Pontífice destacou "o sacrifício e dedicação" dos cubanos na celebração do aniversário de sua Padroeira. "Tocou-me profundamente o fervor com que Maria foi saudada e invocada por muitos cubanos, na sua peregrinação por todos os cantos e lugares da Ilha", indicou. Do mesmo modo, recordou que a Igreja celebra hoje "a anunciação do Senhor à Virgem Maria" e explicou que "a encarnação do Filho de Deus é o mistério central da fé cristã". "Em Cristo, Deus veio realmente ao mundo, entrou na nossa história, habitou no meio de nós, realizando assim a profunda aspiração do ser humano de que o mundo seja realmente uma casa para o homem. Pelo contrário, quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inospitaleiro para o homem, frustrando ao mesmo tempo a verdadeira vocação da criação que é ser o espaço para a aliança, para o «sim» do amor entre Deus e a humanidade que Lhe responde", ressaltou. "Só a partir do momento em que a Virgem respondeu ao anjo: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra», é que o Verbo eterno do Pai começou a sua existência humana no tempo". "É comovente ver como Deus não só respeita a liberdade humana, mas parece ter necessidade dela", afirmou. O Papa recordou que "Deus criou-nos como fruto do seu amor infinito; por isso viver segundo a sua vontade é o caminho para encontrar a nossa verdadeira identidade, a verdade do nosso ser, enquanto que o distanciamento de Deus nos afasta de nós mesmos e precipita-nos no vazio". "A obediência na fé é a verdadeira liberdade, a autêntica redenção, que permite unirmo-nos ao amor de Jesus no seu esforço por Se conformar com a vontade do Pai". O Pontífice assegurou que "A Igreja, corpo vivo de Cristo, tem a missão de prolongar na terra a presença salvadora de Deus, de abrir o mundo para algo maior do que ele mesmo, ou seja, para o amor e a luz de Deus". "Vale a pena, amados irmãos, dedicar toda a vida a Cristo, crescer cada dia na sua amizade e sentir-se chamado a anunciar a beleza e a bondade da própria vida a todos os homens, nossos irmãos". Bento XVI alentou os cubanos a decidir-se "sem medos nem complexos, a seguir Jesus no seu caminho para a cruz. Aceitemos com paciência e fé qualquer contrariedade ou aflição, convictos de que Ele, com a sua ressurreição, venceu o poder do mal, que tudo obscurece, e fez amanhecer um mundo novo, o mundo de Deus, da luz, da verdade e da alegria. O Senhor não cessará de abençoar com frutos abundantes a generosidade do vosso compromisso". voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Ao chegar a Cuba, Bento XVI pede maior espaço público para a Igreja SANTIAGO DE CUBA, 26 Mar. 12 (ACI) .- O Papa Bento XVI chegou esta tarde a Cuba e em suas primeiras palavras recordou que a visita do Beato João Paulo II inaugurou uma "nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano" embora "permaneçam ainda muitos aspectos em que se pode e deve avançar," como "contribuição imprescindível que a religião é chamada a prestar no âmbito público da sociedade". No aeroporto Antonio Maceo do Santiago de Cuba, o Papa recebeu a saudação do Presidente Raúl Castro e as honras das forças armadas por sua condição de chefe de estado. Em seu breve discurso, BentoXVI afirmou: "Encontrando-me agora no vosso meio, não posso deixar de lembrar a histórica visita a Cuba do meu predecessor, o Beato João Paulo II, que deixou uma marca indelével na alma dos cubanos. O seu exemplo e os seus ensinamentos constituem uma guia luminosa para muitos, crentes ou não, que os orienta tanto na vida pessoal como na atuação pública ao serviço do bem comum da Nação". "De fato, a sua passagem pela Ilha foi uma espécie de brisa suave de fresca aragem que deu novo vigor à Igreja em Cuba, despertando em muitas pessoas uma renovada consciência da importância da fé e encorajando a abrir os corações a Cristo, ao mesmo tempo que reacendeu a esperança e revigorou o desejo de trabalhar corajosamente por um futuro melhor", ressaltou. O Papa considerou que "um dos frutos importantes daquela visita foi a inauguração de uma nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano caracterizada por um espírito de maior colaboração e confiança, embora permaneçam ainda muitos aspectos em que se pode e deve avançar, especialmente no que diz respeito à contribuição imprescindível que a religião é chamada a prestar no âmbito público da sociedade". O Papa saudou "com todo o carinho do meu coração, os fiéis da Igreja Católica em Cuba, os amados habitantes desta linda Ilha e todos os cubanos onde quer que se encontrem. Tenho-vos sempre muito presente no coração e na minha oração, e ainda mais nos últimos dias quando o momento tão desejado de vos visitar se ia aproximando e que, graças à bondade divina". Do mesmo modo, recordou que o motivo de sua visita era unir-se à alegria pela celebração do aniversário quatrocentos do achado da bendita imagem da Virgem da Caridade do Cobre", cuja devoção "sustentou a fé e encorajou a defesa e promoção de tudo o que dignifica a condição humana e dos seus direitos fundamentais". "Também eu desejo ir a El Cobre prostrar-me aos pés da Mãe de Deus para Lhe agradecer a solicitude com que cuida de todos os seus filhos cubanos e confiar à sua intercessão os destinos desta amada Nação para que os guie pelas sendas da justiça, da paz, da liberdade e da reconciliação", indicou. "Venho a Cuba como peregrino da caridade, para confirmar os meus irmãos na fé e encorajá-los na esperança, que nasce da presença do amor de Deus nas nossas vidas. Levo no coração as justas aspirações e os legítimos desejos de todos os cubanos onde quer que se encontrem , os seus sofrimentos e alegrias, as suas preocupações e os anseios mais nobres, especialmente dos jovens e dos idosos, dos adolescentes e das crianças, dos doentes e dos trabalhadores, dos encarcerados e dos seus familiares, bem como dos pobres e necessitados", indicou. O Pontífice recordou que "muitas partes do mundo atravessam, hoje, um momento de particular dificuldade econômica, cuja origem tantos concordam em situá-la numa profunda crise de tipo espiritual e moral, que deixou o homem sem valores e desprotegido contra a ganância e o egoísmo de certos poderes que não têm em conta o bem autêntico das pessoas e das famílias". "Não é possível continuar por mais tempo na mesma direção cultural e moral, que causou esta situação dolorosa que muitos sentem. Em vez disso, o verdadeiro progresso necessita duma ética que coloque no centro a pessoa humana e tenha em conta as suas exigências mais autênticas, de modo especial a sua dimensão espiritual e religiosa.", explicou. O Santo Padre acrescentou que "no coração e na mente de muitas pessoas, a certeza de que a regeneração das sociedades e do mundo exige homens retos e de firmes convicções morais e altos valores de fundo que não sejam manipuláveis por interesses limitados mas correspondam à natureza imutável e transcendente do ser humano". O Papa disse :"estou convencido de que Cuba, neste momento tão importante da sua história, estende já o seu olhar para o amanhã, esforçando-se por renovar e ampliar os seus horizontes; para isso contribuirá aquele imenso patrimônio de valores espirituais e morais que plasmaram a sua identidade mais genuína e que estão esculpidos na obra e na vida de muitos e insignes pais da Pátria, como o Beato José Olallo y Valdés, o Servo de Deus Félix Varela e o insigne José Martí". "Peço ao Senhor que abençoe copiosamente esta terra e seus filhos, particularmente os que se sentem desfavorecidos, os marginalizados e quantos sofrem no corpo ou no espírito, e conceda a todos, por intercessão de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, um futuro cheio de esperança, solidariedade e concórdia. Muito obrigado", concluiu. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Bento XVI chegou a Cuba HAVANA, 26 Mar. 12 (ACI) .- O Papa Bento XVI chegou a Cuba às 14:20 horas locais no Boeing 777 da Alitalia que aterrissou no aeroporto do Santiago de Cuba, a 950 quilômetros ao leste de Havana. Em meio de uma salva de tiros de canhão e banda musical, o Santo Padre descendeu do avião onde foi recebido pelo presidente de Cuba Raúl Castro. Bento XVI permanecerá em Cuba até em 28 de março. Celebrará duas Missas, a primeira hoje na cidade de Santiago de Cuba e a outra na quarta-feira na Praça da Revolução em Havana. O Pontífice também celebrará os 400 anos do achado da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira da ilha. Esta é a segunda viagem que um Pontífice faz a Cuba. O primeiro foi realizado por João Paulo II em 1998. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo É pouco provável que Fidel Castro se converta, afirma sua filha ROMA, 27 Mar. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Alina Fernández, filha de Fidel Castro, disse nesta segunda-feira que é pouco provável que seu pai se reconcilie com a Igreja durante a visita do Papa Bento XVI a Cuba. "Seria muito bom que meu pai, doente e já avançado em idade, volte para as raízes da fé na qual foi criado, quando estudou com os jesuítas. Restabelecer-se-ia a humanidade que perdeu. Mas não acredito (nisto), porque acho que ele se considera imortal", declarou Fernández ao jornal italiano La Stampa. Bento XVI chegou hoje a Havana onde será recebido pelo presidente Raúl Castro, de 80 anos de idade, irmão mais novo de Fidel Castro, a quem sucedeu em 2008, como chefe de Estado. Os meios de comunicação especularam nos últimos dias sobre um possível encontro entre Fidel e o Pontífice durante a visita papal, na qual o dirigente comunista aproveitaria para reconciliar-se com a Igreja. Fernández disse que grande parte desta especulação mediática parece ser atribuída a ela, algo que não tem fundamento porque segundo ela mesmo afirmou: "eu seria a última a sabê-lo". Aos 56 anos de idade, Alina Fernández é filha ilegítima de Castro. Também é uma aberta crítica do regime comunista de Cuba, estabelecido pelo seu pai depois da Revolução Cubana de 1959. Fernández fugiu de sua pátria em 1993 e agora vive em Miami (Estados Unidos). Fernández disse que tem "sentimentos encontrados" sobre a visita do Papa a Cuba. Ela indicou que não tem dúvidas de que esta "será utilizada pelo meu pai e meu tio Raúl" com fins propagandísticos. Mas também reconhece que para os fiéis "a presença do Papa é muito importante." Alina Fernández também assinalou que a visita papal serve para destacar que Cuba mudou muito recentemente em relação ao tempo em que "ser católico em Cuba era um obstáculo ideológico". "Você tinha que ocultar sua fé, se não queria ser perseguido", acrescentou. Na semana passada, quando o Papa Bento XVI foi perguntado sobre o futuro de Cuba ele disse que "é evidente hoje que a ideologia marxista como foi concebida antes já não responde à realidade" e acrescentou que "devem ser encontrados novos modelos, com paciência". A filha de Castro disse que não acredita que a visita do Papa será um catalisador para a reforma política, pois não considera que "a possibilidade de uma mudança" possa ser "gerada pela visita de um líder religioso". Ela advertiu que apesar dos anos, seu pai e seu tio, só têm uma estratégia política, que consiste em "manter-se no poder. Nada mais, sem transição". Fernández disse que não tem "nenhum interesse" em uma reconciliação com seu pai. "Ele não quer me ver, e eu não entendo por que devo procurar um homem quando não estou de acordo com 90 por cento do que fez", concluiu. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Cuba: Bento XVI chegou a Havana HAVANA, 27 Mar. 12 (ACI) .- O Papa Bento XVI já se encontra em Havana (Cuba), onde foi recebido pelo Arcebispo local, Cardeal Jaime Ortega; na capital cubana o Santo Padre terá um encontro com o presidente Raúl Castro e presidirá amanhã uma Missa na Praça da Revolução. O Boeing 777 da Alitalia aterrissou às 12:00h (hora local) no aeroporto internacional José Martí de Havana procedente de Santiago de Cuba, onde ontem segunda-feira presidiu uma multitudinária Missa e na manhã de hoje visitou o Santuário da Virgem da Caridade do Cobre. De acordo ao programa, às 17:30h o Santo Padre se reunirá com o presidente cubano e outras autoridades locais no Palácio da Revolução de Havana. Posteriormente, às 19:15h Bento XVI terá um encontro e um jantar com os bispos cubanos na Nunciatura Apostólica. Para amanhã, a Missa na Praça da Revolução está programada para as 9:00h. Nos últimos dias a imprensa especulou sobre um possível encontro entre o Papa e Fidel Castro. Entretanto isto não foi confirmado. Havana é a segunda cidade que visita o Papa na ilha, onde permanecerá desde a manhã da quarta-feira até às 17:00h, quando partirá para o Vaticano. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Casulas e estolas da Missa papal em Cuba chegaram do Peru "cheias de orações" LIMA, 27 Mar. 12 (ACI) .- As casulas e estolas que usarão mais de 150 de sacerdotes e diáconos durante a Missa que presidirá Bento XVI em Santiago de Cuba, no dia 26 de março, vieram do Peru "cheias de orações". A indumentária foi confeccionada pela fábrica de materiais litúrgicos "Talleres San José" em Lima (Peru) a pedido do Arcebispo de Santiago, Dom Dionisio García Ibáñez. Verônica Lozada, leiga consagrada da Fraternidade Mariana da Reconciliação, explicou ao grupo ACI, que na confecção alentaram os trabalhadores "a que oferecessem o trabalho pelas intenções do Papa, para que essas casulas estivessem cheias de orações". "Foi um pedido muito especial, estávamos servindo a Igreja que é a razão de ser de "Talleres San José", que é uma confecção artesanal de ornamentos litúrgicos, cuja direção está a cargo da Fraternidade Mariana da Reconciliação, sociedade de vida apostólica da Família Sodálite presente em nove países da América, Europa e Oceania. Claudia Gómez, fraterna que mora na comunidade de Santo Domingo (República Dominicana), recordou que "Dom Dionisio esteve em Santo Domingo no fim de janeiro e aproveitamos a ocasião para que visse o desenho da primeira casula. Ele a experimentou e ficou muito contente com o trabalho e a qualidade, e nesse momento aprovou o desenho e se iniciaram os trabalhos em Lima". "Talleres San José" mandou a Cuba 80 casulas bordadas, 180 estolas para sacerdotes e 20 estolas diaconais. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Bento XVI aos cubanos: Que nada e ninguém vos roube a alegria interior SANTIAGO DE CUBA, 27 Mar. 12 (ACI) .- Em umas breves palavras dirigidas aos fiéis do Santiago de Cuba reunidos nos subúrbios do Santuário da Virgem do Cobre, o Papa Bento XVI os alentou a que " Que nada e ninguém vos roube a alegria interior, tão característica da alma cubana". No marco de seu segundo dia em Cuba, o Papa Bento XVI visitou o Santuário da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba, aonde chegou para rezar aos pés da imagem Mariana, pedindo que abençoe a todos os cubanos. Diante de bispos, o Papa pediu à Virgem que ensine os cubanos a escutarem o seu Filho e os ajude a superar o rancor, a inimizade e ser mais irmãos, assim como a viver a caridade. Logo, o Santo Padre acendeu uma vela aos pés da "Virgem Mambisa". Esta foi a segunda atividade do Papa no Santiago de Cuba. Logo partirá para Havana onde se reunirá em privado com o presidente Raúl Castro e os bispos cubanos. A seguir o discurso completo do Santo Padre: Amados irmãos e irmãs! Vim como peregrino até ao solar da imagem sagrada de Nossa Senhora da Caridade «a Mambisa», como carinhosamente a invocais. A sua presença nesta localidade de El Cobre é um presente do Céu para os cubanos. Desejo saudar cordialmente todos os que aqui se encontram. Recebei o carinho do Papa e levai-o por todo o lado, para que a consolação e a fortaleza na fé sejam sentidas por todos. Fazei saber, a quantos se encontram perto ou longe, que confiei à Mãe de Deus o futuro da sua Pátria pedindo-Lhe que avance por caminhos de renovação e de esperança para o maior bem de todos os cubanos. Também pedi à Virgem Santíssima pelas necessidades das pessoas que sofrem, por aquelas que estão privadas da liberdade, longe dos seus entes queridos, ou que passam por graves momentos de dificuldade. Ao mesmo tempo coloquei no seu Coração Imaculado os jovens, paraque sejam verdadeiros amigos de Cristo e não cedam às propostas que deixam atrás de si a tristeza. Diante de Nossa Senhora da Caridade, lembrei-me também e de modo particular dos cubanos descendentes daqueles que para aqui vieram trazidos da África, assim como da população do vizinho Haiti, que sofre ainda as consequências do conhecido terremoto de dois anos atrás. E não esqueci tantos agricultores e suas famílias, que desejam viver intensamente nos seus lares o Evangelho e oferecem também as suas casas como centros de missão para a celebração da Eucaristia. A exemplo da Santíssima Virgem, encorajo todos os filhos desta amada terra a continuarem edificando a vida sobre a rocha firme que é Jesus Cristo, a trabalharem pela justiça, a serem servidores da caridade e perseverantes no meio das provações. Que nada e ninguém vos roube a alegria interior, tão característica da alma cubana. Deus vos abençoe. Muito obrigado. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Capelão exorta os cubanos exilados a rezar à Virgem para que a visita papal seja uma bênção para Cuba SANTIAGO DE CUBA, 27 Mar. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- O capelão do Santuário da Virgem da Caridade do Cobre, Pe. Jorge Palma, exortou aos cubanos que estão dentro e fora de Cuba a que rezem à Virgem para que a visita de Bento XVI seja uma bênção para a ilha. O padre animou os cubanos a "que peçam à virgem que a visita do Papa seja uma bênção para todos os cubanos fora e dentro, porque quanto maior seja a bênção a Cuba, todos os cubanos, onde quer que estejam, poderão recebê-la também. Assim também se sentirão muito vinculados com os que vivemos aqui porque todos somos família", afirmou o sacerdote em diálogo com o grupo ACI. No marco da visita do Papa Bento XVI, o Pe. Palma recordou o significado que esta devoção Mariana tem para o povo cubano. "A Virgem da Caridade do Cobre é ponto de referência para os cubanos", símbolo da perseverança na fé e da sua identidade como povo, afirmou. Por sua parte, o Pe. Jorge Luis Pérez Soto, ex-pároco da Catedral de Havana, coincidiu ao assinalar que a Virgem da Caridade está ligada à história da ilha e aos anos difíceis da fé. Dias atrás, em diálogo desde Roma com o grupo ACI, o sacerdote afirmou que esta devoção "está ligada à nossa história, nos anos difíceis de vivência da fé em Cuba", pois durante os primeiros anos do regime comunista, "a Virgem e a imagem do Sagrado coração de Jesus eram os dois únicos símbolos religiosos que se conservaram na maioria dos lares cubanos". "Conservaram-se certamente escondidos muitas vezes com temor de que fossem vistos, e fossem assinalados, mas nunca esquecerei a pequena imagem da Virgem do Cobre que presidia a habitação de meus avós e que era a referência religiosa da casa", recordou. Nesse sentido, disse que a Virgem da Caridade é "para a formação da nacionalidade cubana um ponto de encontro" e de "reconciliação para o cubano que a olhe com esperança". "O que significa Maria da Caridade para os cubanos? Significa ou poderia significar a melhor das melhores mães para o coração de seus filhos", afirmou. Bento XVI se encontra em Cuba para celebrar os 400 anos do achado da imagem da Virgem da Caridade, Nesta terça-feira, 27, o Papa visitará o santuário Mariano cubano. História da imagem A 16 quilômetros ao oeste de Santiago de Cuba se encontra a vila do Cobre, fundada em 1598. Ao sul desta região se encontra o Santuário de Nossa Senhora da Caridade. Conta a tradição que em uma manhã de 1628 saíram da Barajagua à baía de Nipe a procurar sal dois indígenas de sobrenome Hoyos e um escravo negro de dez anos de idade. Chegados a este lugar viram que era impossível compilar o sal pois o mar estava agitado. Os três procuraram refúgio e ao longo de três dias puderam embarcar em uma canoa e dirigir-se às salinas da costa. Pouco distante da costa descobriram sobre as ondas um objeto branco, que pensaram ser o cadáver de alguma ave marinha. Entretanto advertiram com grande surpresa que o objeto flutuante era uma imagem da Virgem Maria colocada sobre uma tábua. Tomaram a imagem depositando-a na canoa e leram na tábua uma inscrição que dizia: "Eu a sou Virgem da Caridade". Levaram a Virgem na canoa e logo depois de recolher o sal, voltaram para Barajagua onde já tinha chegado a notícia do achado. A imagem foi transladada ao altar maior da igreja paroquial, onde um homem de fé chamado Marías de Olivera ofereceu dedicar-se a seu serviço. A imagem da Virgem da Caridade é pequena e seu rosto redondo. No braço esquerdo sustenta o Menino Jesus que em uma mão tem um globo terrestre. Em 10 de maio de 1916, o Papa Bento XV, proclamou-a Padroeira da ilha. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Governo de Cuba isola opositores para que não estejam nas Missas de Bento XVI SANTIAGO DE CUBA, 27 Mar. 12 (ACI) .- A dissidência pacífica em Cuba denunciou que nos últimos dias o Governo comunista desatou uma forte onda repressiva para evitar que os opositores estejam nas Missas do Papa Bento XVI. "A Comissão Cubana de Direitos humanos e Reconciliação Nacional pode confirmar que, a esta hora, o número de detidos nos últimos quatro dias é de pelo menos 150 pacíficos dissidentes", assinalou na segunda-feira à imprensa internacional o dissidente Elizardo Sánchez. "Um número semelhante foi proibido de sair de suas casas ou de comparecer às Missas ou atos de acolhimento ao Papa pelos lugares que percorrerá", acrescentou. Esta denúncia foi respaldada das redes sociais por ativistas como José Daniel Ferrer da União Patriótica de Cuba (UNPACU), que informou desde sua conta no Twitter que no último domingo foram detidas em Palma Soriano duas mueres membros do grupo Damas de Branco Tania Montoya e Yanelis Elegica, enquanto que em Santiago de Cuba retidas Annia Alegre e Omaglis Glez também foram detidas. Assinalou que as detenções se estenderam a vários membros de seu movimento. "Ao impedir os dissidentes muitos deles católicos- de assistir às missas do Bispo de Roma, o regime pressiona militares comunistas e pessoas incapazes de expressar seu verdadeiro sentir, para que estejam presentes nas celebrações religiosas", assinalou a UNPACU em nota enviada ao grupo ACI. Por sua parte, Oswaldo Payá, do Movimento Cristão Liberação (MCL), informou que "a dissidência de Santiago de Cuba está detida. Cortaram-me o telefone de casa e o celular". Payá recordou que Bento XVI "veio a ver todos os cubanos. Mas muitos que desejam vê-lo não poderão porque estão detidos, confinados ou ameaçados". Em um fato que chamou a atenção dos dissidentes, a empresa estatal cubana que brinda o acesso à Internet cortou o serviço na ilha até o dia 29 de março, um dia depois de finalizada a visita do Papa. Nesse sentido, a bloggera Yoani Sánchez também denunciou em sua conta de Twitter que nestes isntantes em Cuba os celulares não podem receber as mensagens de texto enviados do exterior. Ao fechamento da presente nota, Sánchez informou que Oswaldo Payá e José Daniel, junto a outros opositores, também tiveram seus telefones cortados. "A missa entre montanhas, as palavras do #PapaCuba em meio de uma quebra de onda repressiva Entre os poucos que ficamos twitteando até que nos alcance o blecaute da censura: @OLPL @Eliecer_cuba", indicou. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Imprensa cubana tenta destacar "coincidências" entre o cristianismo e revolução lendo Frei Betto SANTIAGO DE CUBA, 27 Mar. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Enquanto a onda de rumores internos em Cuba segue comentando que Fidel Castro pediria ser readmitido à Igreja católica e que o presidente venezuelano Hugo Chávez pediria uma bênção especial do Papa Bento XVI durante sua visita a Cuba onde se encontra recebendo seu tratamento oncológico; a imprensa oficial cubana destacou antes da chegada do Pontífice, as supostas coincidências entre a fé católica e a revolução. O jornal "Trabajadores", que se descreve como "órgão oficial" da Central de Trabalhadores de Cuba, publicou nesta segunda-feira uma nota titulada "Fidel e a Religião: uma conversa transcendente", na que assinala que "o dogma dos reacionários sobre a impossibilidade de entendimento entre cristãos e comunistas vão por água abaixo" quando se revisam passagens do livro "Fidel e a Religião", que o teólogo da libertação brasileiro Alberto Libanio, mais conhecido como "Frei Betto", publicou em 1986. O artigo recolhe o argumento apresentado por Fidel no livro, segundo o qual o comunismo não promove o ódio aos seres humanos e sim às injustiças e aos sistemas. Também recorda as palavras que Castro escreveu em uma dedicatória a Frei Betto: "Ainda não conseguiu, mas se alguém pode fazer de mim um crente este é Frei Betto". "Trabajadores" publica ademais, junto ao extenso artigo sobre "Fidel e a Religião", uma entrevista de duas perguntas com a poetisa Fina García Marruz, de 89 anos, que declara que em sua vida pessoal "não tive que conciliar nada, como militante revolucionária e crente, pois se trata de uma Revolução justa e uma religião que quer o melhor
ambas, embora diferentes, aspiram a um bem comum". Tanto fontes da Igreja como do governo negaram enfaticamente que Fidel Castro tenha alguma intenção especial para o seu encontro com o Papa Bento, "além de um mero encontro de cortesia"; por outro lado, já no domingo o Pe. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, havia assinalado que "até o momento", não havia nenhum plano de um encontro do Papa Bento com Hugo Chávez. A onda de rumores, entretanto, cresce com o acesso de alguns cubanos às redes sociais, que seguem insistindo que ambas histórias são verazes. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo |
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