/ Blogs e Colunistas Por Reinaldo Azevedo
27/04/2012
às 20:34Ai, que preguiça!
Vocês já notaram que existe uma súcia na Internet que só tem uma ocupação: falar mal da VEJA? Inventam crises, desavenças e confrontos que jamais existiram. É normal que a turma da rabeira especule contra quem está na liderança, mas há coisas que se tornam obsessão, patologia mesmo.
Escrevi ontem um texto sobre a PEC aprovada na CCJ da Câmara (de um petista, diga-se) que prevê que o Legislativo suste atos normativos — e não sentenças — do Poder Judiciário que eventualmente avancem sobre prerrogativas que são do Congresso. Deixei claro que não apoiava tal medida, mas que compreendia as circunstâncias em que algo assim vinha à luz. Demonstrei ali, e isto não é segredo pra ninguém, que o Judiciário, muito especialmente o STF e TSE, passou a legislar e a se comportar como um Poder soberano na República. Montesquieu não está sendo chamado nem para o cafezinho.
O texto ficou como a principal chamada do site da VEJA Online durante uma boa parte da manhã de ontem — quem me contou foi Dona Reinalda; eu estava dormindo. Pois bem: o site traz agora um artigo sustentando que a reação dos deputados é um exagero, a despeito de reconhecer a óbvia invasão de competência que está sendo praticada pelo Supremo. E aponta para riscos caso algo assim prospere.
Pois bem: os tontos, os bobalhões, os cretinos já começaram: “Ih, olhem lá, a VEJA Online desautorizando o Reinaldo”. Ah, ocupem-se de suas vidinhas chatas aí na rabeira! O site que abriga meu blog nem me autoriza nem me desautoriza a coisa nenhuma! Escrevo o que quero e o que acho conveniente. Nem sempre concordo com a linha editorial do site ou da revista. Querem um exemplo escancarado? O caso do aborto de anencéfalos. Eu me posicionei radicalmente contra, sabendo que perderia de goleada. Site e revista consideraram que se trata de um avanço adequado e justo. O meu contrato com a VEJA não prevê que concorde com a revista, mas que escreva o que penso.
Quem lida mal com a liberdade, quem lida mal com a divergência, quem está acostumado a receber ordens e a defender qualquer coisa — desde que o “Comitê Central” assim o decida — não entende que um mesmo site possa abrigar visões distintas sobre um mesmo assunto. Querem outro exemplo? Site e revista viram avanços, e compreendo seus motivos, na Lei do Ficha Limpa, que também recebeu endosso ao menos parcial de meu amigo Augusto Nunes, por exemplo. Todos sabem a minha posição a respeito: eu a considero inconstitucional do começo ao fim. É uma das causas que os petralhas dizem que “perdi”.
Esses vagabundos não conseguem ser coerentes nem no seu próprio ódio. Há quem, em tom de escândalo, me acuse, vejam que coisa grave!, de receber da VEJA para escrever este blog! Não brinquem! A única pessoa que conheço que parece viver de luz é Marina Silva. Eu ainda preciso trabalhar para sobreviver. Lamento decepcionar. Recebo, sim, e pago todos os impostos. O meu trabalho é escrever o que penso — e não posso reclamar da sorte por isso. Às vezes, como agora, eles resolvem mudar o disco: no avesso dessa versão, a VEJA Online estaria me mandando um recado: “Não concordamos com você”… Mas seria essa a primeira vez por acaso? Há muitas outras.
Trata-se de uma formidável soma de tolices. Que vida miserável é a dessa gente, que as obriga a ficar especulando sobre a vida alheia, o trabalho alheio, as relações alheias? Fossem questões de interesse público, ok. No caso em questão, nem se trata exatamente de uma divergência. Na essência, há concordância, com a diferença de ênfase: a minha vai para os exageros do Supremo; a do texto da VEJA Online, vai para o exagero da reação da Câmara. No caso do aborto de anencéfalo, aí é diferente: é divergência mesmo, de essência, o que faz parte do jogo. Ou será que todos os que mantêm páginas na VEJA Online pensam a mesma coisa. Fosse assim, por que haver mais de um?
Chato pra vocês! Mas não foi desta vez. Podem inventar uma fofoca nova.
Tags: imprensa, liberdade de imprensa
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5 Comentários
Eles não entendem de liberdade…
Abraço e bom feriado.