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Pornografia: o problema é sério, mas tem conserto
26/04/2012 por Everth Queiroz Oliveira
o blog O Catequista está abordando o assunto para oferecer também uma humilde contribuição sobre este tema delicado que é a pornografia. É triste observar que os meios de comunicação social – em especial, a Internet – têm facilitado muito, e de maneira assustadora, o acesso dos indivíduos ao material pornográfico, disponível seja por meio de imagens, textos ou mesmo vídeos. O resultado desta verdadeira “pornografização” de nossa cultura é trágico. Isto porque, como lembrou a Viviane, “pessoas que consomem pornografia correm o sério risco de desenvolverem uma sexualidade pervertida”. E por sexualidade pervertida, leia-se zoofilia, pedofilia, sadomasoquismo, homossexualidade et caterva.
Já há muito tempo O Ancião recomendou, neste espaço, um livro de psicanálise que tratava justamente o efeito da pornografia no cérebro masculino. Neste ínterim, aceitei a sugestão dele e acabei adquirindo a obra. Infelizmente, o ótimo Wired for Intimacy: How Pornography Hijacks the Male Brain [“Ligado para a intimidade: como a pornografia sequestra o cérebro masculino”], de William Struthers, ainda não tem tradução para o português, mas, para aqueles que leem em inglês, vale muito a aquisição.
Neste livro, o autor, Ph.D. pela Universidade de Illinois, explica que o uso repetido da pornografia pode configurar um verdadeiro vício, comparável até à dependência de drogas ou a transtornos obsessivos-compulsivos. “O usuário é incapaz de parar de usar, apesar de tentativas sucessivas de limitar ou reduzir seu consumo de pornografia. Isso pode progredir para comportamentos de alto risco (vendo o material em público), e a quantidade de tempo e energias devotada à pornografia aumenta, mesmo que se sinta apenas um curto pedaço de tempo passando” (p. 81, The Consequences of Porn).
Como podemos ver, a situação pode ficar realmente desastrosa. Mas tudo isto nada mais é que consequência do pecado. São Paulo já dizia que a ofensa a Deus acarreta a morte (cf. Rm 6, 23); primeiro, a morte espiritual, a perda da graça. Quando deliberadamente decidimos abrir, na Internet, um site pornográfico, ou quando vamos a uma banca e compramos uma revista do mesmo teor, estamos decidindo por destronar do nosso espírito o Senhor Jesus Cristo, para dar lugar ao seu mais infame inimigo, o demônio. Depois disso, há também a morte física, e aqui cabem as consequências devastadoras do consumo da pornografia. Ele vai lentamente tornando-se um mau hábito, até que encontremo-nos em um verdadeiro poço sem fundo, escravizados pelo pecado da impureza, incapazes de submetermos as nossas paixões ao sadio uso da razão.
Mais importante que deplorar os funestos frutos da pornografia, porém, é alertar para como se livrar deste problema. Porque, sim, existem muitas pessoas, bons católicos até, que travam um combate difícil para vencer sua carne e deixar a pornografia. Uma vez neste mundo – e uma vez exposto a altas doses de vídeos adultos -, torna-se difícil eliminar instantaneamente a dependência deste material. Para isto, aconselhamos a leitura do Tratado da Castidade, de Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja. Ali, este grande santo católico mostra alguns passos para fugir do espírito da impureza. Segundo ele, são seis:
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Eu quero aproveitar que Já há muito tempo O Ancião recomendou, neste espaço, um livro de psicanálise que tratava justamente o efeito da pornografia no cérebro masculino. Neste ínterim, aceitei a sugestão dele e acabei adquirindo a obra. Infelizmente, o ótimo Wired for Intimacy: How Pornography Hijacks the Male Brain [“Ligado para a intimidade: como a pornografia sequestra o cérebro masculino”], de William Struthers, ainda não tem tradução para o português, mas, para aqueles que leem em inglês, vale muito a aquisição.
Neste livro, o autor, Ph.D. pela Universidade de Illinois, explica que o uso repetido da pornografia pode configurar um verdadeiro vício, comparável até à dependência de drogas ou a transtornos obsessivos-compulsivos. “O usuário é incapaz de parar de usar, apesar de tentativas sucessivas de limitar ou reduzir seu consumo de pornografia. Isso pode progredir para comportamentos de alto risco (vendo o material em público), e a quantidade de tempo e energias devotada à pornografia aumenta, mesmo que se sinta apenas um curto pedaço de tempo passando” (p. 81, The Consequences of Porn).
Como podemos ver, a situação pode ficar realmente desastrosa. Mas tudo isto nada mais é que consequência do pecado. São Paulo já dizia que a ofensa a Deus acarreta a morte (cf. Rm 6, 23); primeiro, a morte espiritual, a perda da graça. Quando deliberadamente decidimos abrir, na Internet, um site pornográfico, ou quando vamos a uma banca e compramos uma revista do mesmo teor, estamos decidindo por destronar do nosso espírito o Senhor Jesus Cristo, para dar lugar ao seu mais infame inimigo, o demônio. Depois disso, há também a morte física, e aqui cabem as consequências devastadoras do consumo da pornografia. Ele vai lentamente tornando-se um mau hábito, até que encontremo-nos em um verdadeiro poço sem fundo, escravizados pelo pecado da impureza, incapazes de submetermos as nossas paixões ao sadio uso da razão.
Mais importante que deplorar os funestos frutos da pornografia, porém, é alertar para como se livrar deste problema. Porque, sim, existem muitas pessoas, bons católicos até, que travam um combate difícil para vencer sua carne e deixar a pornografia. Uma vez neste mundo – e uma vez exposto a altas doses de vídeos adultos -, torna-se difícil eliminar instantaneamente a dependência deste material. Para isto, aconselhamos a leitura do Tratado da Castidade, de Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja. Ali, este grande santo católico mostra alguns passos para fugir do espírito da impureza. Segundo ele, são seis:
O primeiro é humilhar-se continuamente diante de Deus. O Senhor castiga muitas vezes os espíritos soberbos, permitindo que caiam em qualquer pecado impuro. Sê, pois, humilde, e não confies em tuas próprias forças. (…)Então, é possível, sim, viver a castidade, muito embora o mundo lute, com todas as forças, para que vivamos a impureza e a devassidão. É importante lembrar, porém, que todo esforço humano, sem a graça de Deus, resulta em fracasso. Urge apegarmo-nos constantemente aos meios sobrenaturais, a fim de que sejamos vitoriosos nesta batalha pela pureza. E não temamos; o Senhor está conosco!
O segundo meio é recorrer imediatamente a Deus, sem entrar em diálogo com a tentação. Logo que se apresentar ao nosso espírito um pensamento impuro, devemos elevar a Deus imediatamente o nosso pensamento ou dirigi-lo a qualquer objeto indiferente. A coisa melhor será invocar imediatamente os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria, e não cessar de repeti-los até desaparecer a tentação. (…)
O terceiro meio é a recepção assídua dos Santos Sacramentos da Confissão e da Comunhão. É de suma importância revelar quanto antes ao confessor as tentações impuras. (…)
O quarto meio é a devoção à Imaculada Mãe de Deus, que é chamada a Virgem das Virgens. Quantos jovens não se conservaram puros e castos como Anjos, devido à devoção à Santíssima Virgem!
O quinto meio é a fuga da ociosidade. (…) “Quem trabalha é tentado por um demônio só; quem vive ocioso, é atacado por uma multidão deles”, diz São Boaventura.
O sexto meio consiste no emprego de todas as precauções exigidas pela prudência, tais como a modéstia dos olhos, a vigilância sobre as inclinações do coração, a fugida das ocasiões perigosas, etc.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
http://www.tradicaoemfococomroma.com/2012/01/pornografia.html
Abraços!