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Por Reinaldo Azevedo Texto publicado originalmente às 2h30 deste sábado
Por Reinaldo Azevedo Texto publicado originalmente às 20h20 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo Por Reinaldo Azevedo
Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
19/05/2012
às 5:57LEIAM ABAIXO
— Lewandowski, o “mensalão ainda este ano” e o que está em jogo: a reputação do próprio Supremo;
— Não tenho mais dúvida: no caso da apreensão de jornais do PR no Rio, o que se tem é um caso escancarado de censura aplicada pela Justiça Eleitoral. Decisão é inconstitucional;
— Zé Dirceu, acreditem!, já se apresenta como o sucessor de Lula; por isso precisa desesperadamente ser absolvido no Supremo. Isso explica a tramoia contra a imprensa, o Judiciário e a Procuradoria-Geral da República;
— Membros da CPI querem Vaccarezza fora da comissão;
— Câmara ensaia absolvição de deputados;
— Um patético Momento - “Também sou candidato do Lula e da Dilma”, diz Chalita;
— Pimentel omitiu carona em voo para Roma; documentos não condizem com a sua versão;
— Militares articulam comissão paralela;
— Reação econômica será mais lenta que o previsto, diz BC;
— Declaração preocupante de Lewandowski: “Julgamento do mensalão ocorrerá neste ano”. Neste ano???;
— Justiça quebra sigilo bancário e fiscal de ex-presidente do TJ-SP;
— Staff de Dilma tentou convencer manifestantes da Unifesp a não usarem nariz de palhaço;
— Lula vai fazer campanha eleitoral antecipada em favor de Haddad no “Programa do Ratinho”. É o caso de acionar a Justiça Eleitoral, não?;
— Justiça Eleitoral manda recolher jornais do PR-RJ, ligado a Garotinho, com fotos de Cabral em Paris. Decisão de jeito de censura, cara de censura, corpo de censura, membros de censura…;
— Torpedo de Vaccarezza para Cabral está sendo comparado à “Dança da Pizza” de deputada petista, em 2006;
— A divulgação do salário dos servidores e o debate errado;
— Agência Brasil corrige texto pela segunda vez, mas faltou a admissão explícita do erro;
— O Metrô de SP - o discurso vergonhoso de Marta, que compara acidente no Metrô em SP a atentados terroristas de Madri e Londres. Que ninguém tome suas palavras como sugestão, não é mesmo?;
— Vaccarezza tenta negar o óbvio: proteção a Cabral;
— “Tantos mistérios pra desvendar/ nas manhãs que abrem teu coração”;
— Da série “Diálogos Pertinentes”. Ou: Amor é fogo que arde sem se ver…;
— “VOCÊ É NOSSO. NÓS SOMOS TEU. E O BRASIL É DA GENTE!” OU: PRENDAM OS MORDOMOS DE SEMPRE!;
— Vaccarezza para Cabral: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”;
— Agência Brasil reconhece que errou em notícia que cita a VEJA e, ao tentar corrigir o texto, erra de novo. Aguarda-se nova correção;
— Em gravações, Cachoeira acerta com um auxiliar e com um diretor da Delta negócios que ficariam no nome da construtora;
— Grupo de Cachoeira pediu ajuda a Protógenes, apontam gravações;
— “PT quer tirar casquinha” de acidente no metrô, diz Alckmin
Por Reinaldo Azevedo — Não tenho mais dúvida: no caso da apreensão de jornais do PR no Rio, o que se tem é um caso escancarado de censura aplicada pela Justiça Eleitoral. Decisão é inconstitucional;
— Zé Dirceu, acreditem!, já se apresenta como o sucessor de Lula; por isso precisa desesperadamente ser absolvido no Supremo. Isso explica a tramoia contra a imprensa, o Judiciário e a Procuradoria-Geral da República;
— Membros da CPI querem Vaccarezza fora da comissão;
— Câmara ensaia absolvição de deputados;
— Um patético Momento - “Também sou candidato do Lula e da Dilma”, diz Chalita;
— Pimentel omitiu carona em voo para Roma; documentos não condizem com a sua versão;
— Militares articulam comissão paralela;
— Reação econômica será mais lenta que o previsto, diz BC;
— Declaração preocupante de Lewandowski: “Julgamento do mensalão ocorrerá neste ano”. Neste ano???;
— Justiça quebra sigilo bancário e fiscal de ex-presidente do TJ-SP;
— Staff de Dilma tentou convencer manifestantes da Unifesp a não usarem nariz de palhaço;
— Lula vai fazer campanha eleitoral antecipada em favor de Haddad no “Programa do Ratinho”. É o caso de acionar a Justiça Eleitoral, não?;
— Justiça Eleitoral manda recolher jornais do PR-RJ, ligado a Garotinho, com fotos de Cabral em Paris. Decisão de jeito de censura, cara de censura, corpo de censura, membros de censura…;
— Torpedo de Vaccarezza para Cabral está sendo comparado à “Dança da Pizza” de deputada petista, em 2006;
— A divulgação do salário dos servidores e o debate errado;
— Agência Brasil corrige texto pela segunda vez, mas faltou a admissão explícita do erro;
— O Metrô de SP - o discurso vergonhoso de Marta, que compara acidente no Metrô em SP a atentados terroristas de Madri e Londres. Que ninguém tome suas palavras como sugestão, não é mesmo?;
— Vaccarezza tenta negar o óbvio: proteção a Cabral;
— “Tantos mistérios pra desvendar/ nas manhãs que abrem teu coração”;
— Da série “Diálogos Pertinentes”. Ou: Amor é fogo que arde sem se ver…;
— “VOCÊ É NOSSO. NÓS SOMOS TEU. E O BRASIL É DA GENTE!” OU: PRENDAM OS MORDOMOS DE SEMPRE!;
— Vaccarezza para Cabral: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”;
— Agência Brasil reconhece que errou em notícia que cita a VEJA e, ao tentar corrigir o texto, erra de novo. Aguarda-se nova correção;
— Em gravações, Cachoeira acerta com um auxiliar e com um diretor da Delta negócios que ficariam no nome da construtora;
— Grupo de Cachoeira pediu ajuda a Protógenes, apontam gravações;
— “PT quer tirar casquinha” de acidente no metrô, diz Alckmin
19/05/2012
às 5:43Lewandowski, o “mensalão ainda este ano” e o que está em jogo: a reputação do próprio Supremo
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, revisor do processo do mensalão — sem que ele entregue o seu trabalho, não pode haver o julgamento —, deu ontem uma péssima declaração. Segundo ele, o processo será julgado “ainda neste ano”. O que quer dizer “este ano”? Novembro, por exemplo? Todos sabem, e Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu isso de ninguém, que o PT “exige” que o julgamento se dê depois das eleições de outubro — na verdade, gente graúda do PT tem assegurado em conversas privadas que vai ficar mesmo para 2013. Estaria “tudo certo”!
Houve um primeiro momento de indignação de parcelas consideráveis da opinião pública, que não entendem a demora do ministro. Afinal, ele não está com um processo novo nas mãos. A poeira assentou um pouco, e Lewandowski se saiu com a estranha conversa de ontem.
Entranha por quê? Vocês sabem que Tio Rei não deixa vocês na mão, né? No dia 20 de março (há exatos dois meses), expliquei aqui tudo direitinho, num texto intitulado Mensalão — José Dirceu, acusado de “formação de quadrilha”, está de olho no ritmo de trabalho de Lewandowski. E nós também!. Transcrevo um trecho em azul. Volto depois:
Por que é preciso que esse processo seja julgado no primeiro semestre? Cezar Peluso, que preside o tribunal até 18 de abril — no dia 19, assume o ministro Ayres Britto, que ficará pouco tempo no cargo (já chego lá) —, faz 70 anos no dia 3 de setembro e, por lei, tem de deixar a Corte. A escolha da ministra Rosa Weber — que levou quatro longos meses — já deixou claro não se tratar de um procedimento muito simples. É consenso que um processo com essa importância terá de contar com os 11 membros do tribunal. Assim, caso o mensalão não seja julgado até agosto, terá de ser adiado ainda mais. Duvido que se tenha o tribunal completo até as eleições de outubro. E pronto! O desejo nada secreto do PT estará se cumprindo.
Mas não é só: caso fique tudo para depois das eleições, aí será a vez de o próprio Ayres Britto, que faz 70 anos no dia 18 de novembro, se aposentar. De novo, então, voltará a questão: “Temos de ter o tribunal completo… Por que não se deixa tudo para 2013?” E assim vamos seguindo para as calendas…
Estima-se que o julgamento não dure menos de um mês. São 38 réus. O advogado de cada um deles tem uma hora para fazer a defesa de seu cliente — ou seja, 38 horas apenas de sustentação oral da defesa. Não se sabe se o recesso de julho terá de ser ou não suspenso — porque Lewandowski, até agora, não dá pistas do que tem em mente. Dá-se de barato que só as sessões plenárias das quartas e quintas serão insuficientes para dar conta do recado até, reitero, o fim de agosto, quando Peluso deixa o tribunal.
Mas não é só: caso fique tudo para depois das eleições, aí será a vez de o próprio Ayres Britto, que faz 70 anos no dia 18 de novembro, se aposentar. De novo, então, voltará a questão: “Temos de ter o tribunal completo… Por que não se deixa tudo para 2013?” E assim vamos seguindo para as calendas…
Estima-se que o julgamento não dure menos de um mês. São 38 réus. O advogado de cada um deles tem uma hora para fazer a defesa de seu cliente — ou seja, 38 horas apenas de sustentação oral da defesa. Não se sabe se o recesso de julho terá de ser ou não suspenso — porque Lewandowski, até agora, não dá pistas do que tem em mente. Dá-se de barato que só as sessões plenárias das quartas e quintas serão insuficientes para dar conta do recado até, reitero, o fim de agosto, quando Peluso deixa o tribunal.
Voltei
Entenderam o busílis? Se o julgamento não se der até setembro, Peluso tem de sair, e começa a novela para a indicação do substituto. Em novembro, é a vez de Britto. Mas não é só isso. Eu não sei qual é o voto de Peluso, mas boa parte dos petistas diz saber: eles o consideram um voto certo pela condenação da maioria dos acusados. Logo, preferem esperar que deixe o Supremo. Quando Lewandowski afirma que o julgamento se dará ainda neste ano, pode estar pensando em, sei lá, novembro, com Peluso já substituído e Britto eventualmente fora do tribunal. Embora, em muitos aspectos, ele seja o ministro mais à esquerda do plantel, os petistas não “confiam” muito no seu voto também…
Entenderam o busílis? Se o julgamento não se der até setembro, Peluso tem de sair, e começa a novela para a indicação do substituto. Em novembro, é a vez de Britto. Mas não é só isso. Eu não sei qual é o voto de Peluso, mas boa parte dos petistas diz saber: eles o consideram um voto certo pela condenação da maioria dos acusados. Logo, preferem esperar que deixe o Supremo. Quando Lewandowski afirma que o julgamento se dará ainda neste ano, pode estar pensando em, sei lá, novembro, com Peluso já substituído e Britto eventualmente fora do tribunal. Embora, em muitos aspectos, ele seja o ministro mais à esquerda do plantel, os petistas não “confiam” muito no seu voto também…
Conclamemos, com o devido respeito, o ministro Lewandwski a concluir a sua revisão e a realizar logo o julgamento do mensalão. A procrastinação fica parecendo combinação de resultado, ainda que não seja. Os mensaleiros já tentaram jogar lama no Supremo o que chega. É hora de pensar também na reputação do tribunal, uma instituição que tem de ficar a salvo de chicanas. As instituições contam com Vossa Excelência, ministro Lewandowski!
Ai de um país que restar com um bando impune e uma Suprema Corte desmoralizada!
Texto publicado originalmente às 4h28 deste sábado
19/05/2012
às 5:33Não tenho mais dúvida: no caso da apreensão de jornais do PR no Rio, o que se tem é um caso escancarado de censura aplicada pela Justiça Eleitoral. Decisão é inconstitucional
Escrevi um post às 21h58 desta sexta sobre a apreensão, determinada pela Justiça Eleitoral do Rio, de um jornal do PR do estado, sob o comando do deputado Anthony Garotinho. O material traz as fotos da intrépida trupe cabralina em suas folias parisienses, procura ligar o governador ao escândalo da Delta e tenta envolver, de quebra, o prefeito Eduardo Paes. Afirmei que não conhecia o material, mas que sentia no ar o fedor da censura. Muito bem. Leitores me enviam a reprodução digital do jornal. Se eu tinha alguma dúvida sobre ser ou não censura, ela se dissipou totalmente: É CENSURA!!! E é também lamentável. Parece que juízes eleitorais não se inteiraram da decisão do Supremo a respeito.
Sim, o material segue o estilo Garotinho: linguagem agressiva, acusações contundentes, contrastes com certo apelo populista… E daí? Foi feito para o seus partidários. Se Cabral e Paes não gostaram, e duvido que tenham gostado, têm as Justiças criminal e cível à sua disposição. O QUE NÃO É POSSÍVEL É A JUSTIÇA ELEITORAL MANDAR RECOLHER O JORNAL SOB O PRETEXTO DE QUE É CAMPANHA ANTECIPADA. Suponho que Garotinho, ora vejam!, está se articulando para tentar impedir que Paes de reeleja neste ano e para impedir que Cabral faça o sucessor em 2014. Assim fazem as oposições, não? É do jogo!
Se o padrão no Rio ou em qualquer lugar for o empregado pela juíza, quem está no governo ficará lá pelos próximos 200 anos. Afinal, como a campanha não começou, o governador pode, por exemplo, levar o prefeito para inaugurações. Campanha eleitoral antecipada, meritíssima??? Além de aplicar uma censura que considero inconstitucional, a juíza Ana Paula Pontes Cardoso, da 192ª zona eleitoral, está impedindo a oposição de fazer oposição. E isso é um péssimo precedente.
A Justiça Eleitoral no Brasil não pode ser uma espécie de AI-5 dos direitos fundamentais. Até porque, reitero, ela tem se mostrado impotente para impedir que o governante de turno use o mandato para cuidar da própria reeleição ou da eleição de um aliado. Se há crimes no jornal de Garotinho, que sejam punidos. A Justiça Eleitoral decidir ter a tutela da liberdade de expressão, com recolhimento de jornal, aí não! Até porque o material não toca em eleição. “Ah, mas estão pensando nisso!” Não me digam! Só faltava a oposição estar apostando na vitória da situação…
Texto publicado originalmente às 2h30 deste sábado
19/05/2012
às 5:31Zé Dirceu, acreditem!, já se apresenta como o sucessor de Lula; por isso precisa desesperadamente ser absolvido no Supremo. Isso explica a tramoia contra a imprensa, o Judiciário e a Procuradoria-Geral da República
Mandam-me aqui um link de um desses delírios que andam por aí. Não é de todo imprestável. Trata-se de um site que funciona como porta-voz do José Dirceu — uma coisa, assim, de parceria mesmo, semelhante à relação entre Carlinhos Cachoeira e a Delta…
O texto trata José Dirceu como o homem mais importante do PT depois de Lula!!! Como não sai nada ali que não conte com a aprovação do Zé, isso é que ele pensa de si mesmo e o que anda espalhando na praça.
Viram só? Acreditem em mim! No dia 11 deste mês, publiquei aqui um post intitulado “José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou“. Nesse texto, eu indagava por que Lula e Dirceu estavam tão desesperados para centrar fogo na imprensa e melar o processo do mensalão. E respondi (volto depois):
“Lula e Dirceu se uniram nessa batalha por motivos diferentes. O primeiro não quer que seu governo fique com a marca de ter protagonizado o maior escândalo da história republicana. Se for superado, será pelo próprio petismo - algo me diz que, bem investigada, as relações do governo federal com a Delta pode disputar o primeiro lugar. Lula já reescreveu o passado, fez com o presente o que bem quis - porque boa parte da crítica política houve por bem suspender o juízo - e agora pretende aprisionar o futuro. Tem alma de ditador, mas contida por uma institucionalidade que nunca foi de seu agrado. De todo modo, está de olho na história.
Dirceu não! Dirceu está mesmo é de olho num, como direi, futuro mais próximo, que já começa a ser presente. Lula, é fato, perdeu muito de seu vigor. Ainda que venha a recobrar a saúde possível, já não é mais aquela força da natureza. Poucos se deram conta de que o PT começa a ensaiar os primeiros passos da sucessão - não sucessão formal, claro! Esta é irrelevante. O partido começa a dar os primeiros passos em busca da nova força unificadora. A máquina é gigantesca, e esse é um processo muito lento.”
“Lula e Dirceu se uniram nessa batalha por motivos diferentes. O primeiro não quer que seu governo fique com a marca de ter protagonizado o maior escândalo da história republicana. Se for superado, será pelo próprio petismo - algo me diz que, bem investigada, as relações do governo federal com a Delta pode disputar o primeiro lugar. Lula já reescreveu o passado, fez com o presente o que bem quis - porque boa parte da crítica política houve por bem suspender o juízo - e agora pretende aprisionar o futuro. Tem alma de ditador, mas contida por uma institucionalidade que nunca foi de seu agrado. De todo modo, está de olho na história.
Dirceu não! Dirceu está mesmo é de olho num, como direi, futuro mais próximo, que já começa a ser presente. Lula, é fato, perdeu muito de seu vigor. Ainda que venha a recobrar a saúde possível, já não é mais aquela força da natureza. Poucos se deram conta de que o PT começa a ensaiar os primeiros passos da sucessão - não sucessão formal, claro! Esta é irrelevante. O partido começa a dar os primeiros passos em busca da nova força unificadora. A máquina é gigantesca, e esse é um processo muito lento.”
Voltei
Viram só? O Zé já se apresenta como o sucessor de Lula. Afinal, o que acontece com o “mais importante” depois do primeiro quando esse primeiro começa a sair de cena?
Viram só? O Zé já se apresenta como o sucessor de Lula. Afinal, o que acontece com o “mais importante” depois do primeiro quando esse primeiro começa a sair de cena?
O Zé sabe que, para que isso seja possível (não que seja fácil; há setores do próprio petismo que o abominam), ele não pode contar com o peso de uma condenação nas costas. A primeira condição é não ser um condenado. Daí a campanha de difamação contra a imprensa, o STF e a Procuradoria-Geral da República.
Tudo está mais claro que nunca! E, vocês sabem, descobri primeiro, certo?
Texto publicado originalmente às 20h20 desta sexta
19/05/2012
às 5:14Membros da CPI querem Vaccarezza fora da comissão
Por Eugênia Lopes e Denise Madueño, no Estadão:
Surpreendidos com o flagrante da troca de mensagens via celular entre Cândido Vaccarezza (PT-SP) e o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira defenderam ontem o afastamento do deputado petista, ex-líder do governo, do colegiado.
Surpreendidos com o flagrante da troca de mensagens via celular entre Cândido Vaccarezza (PT-SP) e o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira defenderam ontem o afastamento do deputado petista, ex-líder do governo, do colegiado.
O comportamento de Vaccarezza, de tentar blindar Cabral na CPI, irritou os aliados, em especial os petistas que, em conversas reservadas, consideraram “insustentável” a permanência do ex-líder do governo como um dos integrantes da comissão. O envio da mensagem, em que o parlamentar avisa ao governador que a relação entre o PT e o PMDB pode azedar na CPI, mas insinua que ele será protegido, foi flagrado por um cinegrafista da emissora SBT anteontem.
A CPI decidiu não convocar para depoimento nenhum dos governadores que supostamente teriam ligações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ao poupar governadores, instalou-se uma suspeita de clima de “pizza” na CPI.
O PT não vai, no entanto, pedir a cabeça de Vaccarezza em praça pública. Apesar de irritadas, lideranças do partido adotaram uma postura de defesa de Vaccarezza. Esperam que o próprio deputado decida deixar a CPI. “Espero que no bom senso dele ele avalie o que é melhor”, resumiu o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA).
Publicamente, o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), também defendeu Vaccarezza, tentando minimizar a troca de mensagens entre o deputado e o governador peemedebista. “A mensagem é a opinião que ele (Vaccarezza) pode ter. Não é motivo (de substituição na CPI), porque a opinião dele não tem efeito prático nenhum. O Cabral não está sendo objeto de convocação. É mais uma prestação de serviço de forma desnecessária”, disse o líder petista. “Não vejo razão para ele sair”, emendou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que tem feito dobradinha com Vaccarezza na CPI.
Mas enquanto o PT evita apregoar o desejo de ver Vaccarezza fora da CPI, o mesmo não ocorre com outros integrantes da Comissão. “A CPI não é o Vaccarezza”, observou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). “Mas há a violação do princípio da impessoalidade. Acho que ele pode se declarar impedido de participar da CPI”, defendeu.
Assim como o PT, o PMDB tentou minimizar o flagra da troca de mensagens entre Vaccarezza e Cabral. “Não tem nada contra o Cabral: não tem uma gravação em que ele aparece, não tem um malfeito dele. O Cabral não passa nem de raspão pela CPI”, disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
Os governistas calcam a defesa em torno de Cabral na falta de qualquer prova ou ligação direta entre o peemedebista e Cachoeira.
O próprio Vaccarezza rebate as acusações de que estaria blindando Cabral com o argumento de que não há nada contra o governador. E aproveita para atacar o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que, segundo investigações da Polícia Federal, teria ligações com o esquema de Cachoeira. “Não estou blindando o Cabral porque ele não faz parte dos investigados.”
(…)
(…)
19/05/2012
às 4:55Câmara ensaia absolvição de deputados
Por Erich Decat, na Folha:
Os relatores responsáveis por avaliar a relação dos deputados Rubens Otoni (PT-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) com Carlinhos Cachoeira sinalizam para o arquivamento das investigações, o que eliminaria a abertura de um processo de cassação.
Os relatores responsáveis por avaliar a relação dos deputados Rubens Otoni (PT-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) com Carlinhos Cachoeira sinalizam para o arquivamento das investigações, o que eliminaria a abertura de um processo de cassação.
Evandro Milhomen (PC do B-AP), Maurício Quintella (PR-AL) e Jerônimo Georgen (PP-RS) integram o grupo que vai avaliar os deputados. Eles deverão entregar um parecer conjunto até o final do mês. Responsável pelo caso de Sandes Júnior, Quintella disse ter questionado os delegados das operações Vegas e Monte Carlo sobre a participação de Sandes Júnior. “O da Vegas me disse que ele recebeu apenas um telefone Nextel e que não havia indícios de crime. O da Monte Carlo disse que no caso dele nem Nextel tinha.” Citado em diálogo com Cachoeira, Sandes Júnior é alvo de inquérito aberto no STF.
Relator do caso de Otoni, Milhomen diz que não encontrou indícios contra o colega: “Eles não apresentaram nem a gravação”, disse, sobre vídeo em que Otoni aparece discutindo com Cachoeira pagamento de R$ 100 mil. Georgen diz que aguarda acesso aos documentos de Leréia.
Tags: CPI do Cachoeira
19/05/2012
às 4:50Um patético momento — “Também sou candidato do Lula e da Dilma”, diz Chalita
Por Débora Álvares, no Estadão:
No dia em que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceram pela primeira vez juntos em São Paulo em um evento público ao lado do pré-candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, o peemedebista Gabriel Chalita procurou vincular também sua pré-candidatura aos apoiadores do concorrente.
No dia em que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceram pela primeira vez juntos em São Paulo em um evento público ao lado do pré-candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, o peemedebista Gabriel Chalita procurou vincular também sua pré-candidatura aos apoiadores do concorrente.
Chalita tem a expectativa de se tornar uma espécie de “plano B” do Planalto e de Lula na eleição paulistana caso a candidatura de Haddad não decole.
Carinho. “O presidente Lula tem me tratado com muito carinho e disse que também sou candidato dele. A presidente Dilma diz a mesma coisa”, disse Chalita ontem, após uma reunião com a direção da Associação Paulista de Medicina, em que ouviu demandas e sugestões para melhorar a saúde da capital paulista.
O peemedebista, que tem como principal apoiador o vice-presidente da República, Michel Temer, reconhece a importância política de Lula e Dilma. “A presidente Dilma tem uma aprovação fantástica hoje e o presidente Lula também. São figuras fundamentais na política brasileira.” Apesar disso, Chalita afirma não acreditar que a presença deles ao lado do concorrente petista seja determinante para o rumo das eleições de outubro.
“As pessoas podem respeitar os apoiadores e eles são importantes, mas acho que não é isso o que vai definir a eleição em São Paulo”, disse. “O que vai ser determinante é a empatia do eleitor com um dos candidatos, é a visão de quem terá mais competência para cuidar do dia a dia da cidade.”
Ainda sem conseguir crescer nas pesquisas, o pré-candidato do PMDB aposta que propagandas de televisão e debates darão a real face da campanha eleitoral. “A população vai começar a enxergar quem tem a cara de São Paulo e quem vai resolver os problemas da cidade.”
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Tags: Chalita, Eleições 2012
19/05/2012
às 4:44Pimentel omitiu carona em voo para Roma; documentos não condizem com a sua versão
Na Folha:
Em documento oficial, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, omitiu ter pego carona em avião fretado pelo empresário João Dória Jr. em viagem oficial à Itália, em outubro de 2011. Relatório público de despesas disponível no site do ministério afirma que o trajeto de Sofia (Bulgária) a Roma foi feito em “veículo oficial”, e não em avião privado.
Em documento oficial, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, omitiu ter pego carona em avião fretado pelo empresário João Dória Jr. em viagem oficial à Itália, em outubro de 2011. Relatório público de despesas disponível no site do ministério afirma que o trajeto de Sofia (Bulgária) a Roma foi feito em “veículo oficial”, e não em avião privado.
O documento contraria a versão do ministro, que diz ter consultado a Comissão de Ética Pública da Presidência antes de aceitar a carona. O uso do avião fretado também não constou da agenda pública de Pimentel.
Segundo o Código de Conduta da Alta Administração Federal, ele poderia participar de seminários com remuneração e transporte pagos pelos organizadores, mas teria de tornar pública essa informação, o que não ocorreu. A oposição apresentou representação contra o ministro à Comissão de Ética Pública da Presidência. “Não houve informação alguma sobre publicidade do pagamento das despesas. A conduta do representado, que, confessadamente, teria se deslocado em frete aéreo financiado por particulares para fins de atendimento de interesses também particulares, parece ir de encontro ao que dispõe o código ético”, disse o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).
A viagem do ministro à Europa começou em 1º de outubro de 2011, quando ele chegou à Bulgária na comitiva da presidente Dilma Rousseff. Cinco dias depois, foi para Roma no avião fretado e, no dia 7, palestrou em seminário do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), de Dória Jr. No dia 8, pegou voo comercial, custeado pela União, para voltar ao Brasil. O caso foi revelado anteontem pelo site “Terra Magazine”. Pela semana de trabalho na Europa, o ministro recebeu R$ 5.593 em diárias para despesas de hospedagem e alimentação.
(…)
(…)
Tags: Fernando Pimentel
19/05/2012
às 4:42Militares articulam comissão paralela
Na Folha:
Militares reformados das três forças resolveram se unir para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade, instituída pela presidente Dilma Rousseff. Uma comissão paralela foi criada pelo Clube Naval para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade. A cada parecer da comissão do governo, o grupo pretende dar sua versão sobre o tema. “Escolhemos oficiais e sócios que participam do dia a dia do clube. Decidimos formar um grupo para acompanhar os trabalhos da comissão e as discrepâncias em relação à nossa verdade”, disse o almirante Ricardo da Veiga Cabral, do Clube Naval.
Militares reformados das três forças resolveram se unir para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade, instituída pela presidente Dilma Rousseff. Uma comissão paralela foi criada pelo Clube Naval para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade. A cada parecer da comissão do governo, o grupo pretende dar sua versão sobre o tema. “Escolhemos oficiais e sócios que participam do dia a dia do clube. Decidimos formar um grupo para acompanhar os trabalhos da comissão e as discrepâncias em relação à nossa verdade”, disse o almirante Ricardo da Veiga Cabral, do Clube Naval.
Sete militares reformados da Marinha foram escolhidos para integrar o grupo que acompanhará os trabalhos da Comissão da Verdade. Todos tem formação em direito. Em reunião, na quinta-feira, na sede do Clube da Aeronáutica, no centro do Rio, os presidentes dos clubes militares apoiaram a iniciativa do Clube Naval de criar uma comissão paralela. Além do almirante Cabral, os presidentes do Clube Militar, general Renato Tibau da Costa e da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista assinaram uma nota em que relatam a visão dos militares sobre a comissão federal. Na nota, afirmam que as famílias dos militares “são totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado, enquanto que às famílias dos antigos militantes tudo é concedido. Honrarias, pensões indenizações”.
(…)
(…)
Tags: Comissão da Verdade, militares
19/05/2012
às 4:39Reação econômica será mais lenta que o previsto, diz BC
Por Gustavo Patu e Maeli Prado, na Folha:
A economia brasileira encolheu em março pelo terceiro mês consecutivo, e o desempenho no primeiro trimestre foi ainda mais fraco do que esperavam analistas e investidores. Divulgados ontem, os novos dados do índice de atividade econômica do Banco Central mantêm em tendência de queda as projeções do governo e do mercado para o crescimento da renda nacional neste ano.O BC apurou uma expansão de apenas 0,15% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado. As apostas de bancos e consultorias, que já não eram otimistas, variavam em torno de 0,5%.
A economia brasileira encolheu em março pelo terceiro mês consecutivo, e o desempenho no primeiro trimestre foi ainda mais fraco do que esperavam analistas e investidores. Divulgados ontem, os novos dados do índice de atividade econômica do Banco Central mantêm em tendência de queda as projeções do governo e do mercado para o crescimento da renda nacional neste ano.O BC apurou uma expansão de apenas 0,15% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado. As apostas de bancos e consultorias, que já não eram otimistas, variavam em torno de 0,5%.
A taxa só não foi negativa graças a um efeito estatístico -os números ruins de outubro derrubaram o resultado médio do quarto trimestre de 2011. Na comparação direta entre março e dezembro, há uma queda de 0,98%. O índice estima o ritmo da economia a partir de indicadores disponíveis sobre indústria, serviços, agricultura, consumo e investimentos. Por isso, serve como uma prévia do resultado trimestral do Produto Interno Bruto, que será divulgado dentro de duas semanas pelo IBGE.
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Declaração preocupante de Lewandowski: “Julgamento do mensalão ocorrerá neste ano”. Neste ano???
Muito preocupante a declaração de Ricardo Lewandowski, minitro revisor do processo do mensalão. Leiam o que informa Evandro Fadel, no Estadão Online. Comentarei nesta madrugada.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), revisor da ação penal sobre o mensalão, garantiu nesta sexta-feira, 18, em Curitiba (PR), que o processo será julgado ainda este ano. “Este ano ainda julgaremos. A expectativa é não só dos ministros, mas da sociedade e também minha”, acentuou.
Para que isso ocorra, Lewandowski declarou que tem trabalhado “intensamente”. “A equipe de meu gabinete está praticamente toda dedicada a isso”, reforçou. “Quanto mais cedo puder julgar é melhor. Estamos trabalhando para ser o mais rápido possível.”
O ministro ponderou, no entanto, que tem muitos outros trabalhos além do processo do mensalão, e que trabalha às noites e fins de semana. “No meu gabinete há o processo que envolve a CPI do Cachoeira, tem muita coisa para fazer”, afirmou, durante o Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral.
Mais tarde, a ministra Cármen Lúcia, que também participou do evento, disse que está pronta para o julgamento. “Da minha parte, estarei habilitada a votar na hora em que ele for colocado em pauta”, garantiu. “Nós somos servidores e queremos dar respostas o mais rápido possível.” Ela reforçou que está “estudando há algum tempo” o processo, assim como seus colegas.
No entanto, disse que não tinha como prever uma data, visto que dependeria do relator, ministro Joaquim Barbosa, que já o entregou ao revisor, Ricardo Lewandowski, e, finalmente, do presidente do STF, ministro Ayres Britto, colocar em pauta.
No entanto, disse que não tinha como prever uma data, visto que dependeria do relator, ministro Joaquim Barbosa, que já o entregou ao revisor, Ricardo Lewandowski, e, finalmente, do presidente do STF, ministro Ayres Britto, colocar em pauta.
Segundo Cármen Lúcia, a demora deve-se ao fato de que não é comum ações penais serem apreciadas no STF, além do que há 38 réus e mais de 600 testemunhas. “É um processo longo”, ponderou. “Se fosse (julgado) em primeira instância, o juiz talvez não tivesse todo o aparato necessário para chegar a esse julgamento.”
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Tags: Mensalão, Ricardo Lewandowski
18/05/2012
às 22:42Justiça quebra sigilo bancário e fiscal de ex-presidente do TJ-SP
Por Fausto Macedo, no Estadão Online:
SÃO PAULO — A Justiça decretou nesta sexta-feira, 18, a quebra do sigilo bancário e fiscal do desembargador Antonio Carlos Vianna Santos, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Vianna Santos ocupou o cargo em 2010 e morreu em 26 de janeiro de 2011, no exercício da função. A devassa é extensiva à advogada Maria Luiza Pereira Vianna Santos, viúva do magistrado. Ambos tinham conta conjunta.
SÃO PAULO — A Justiça decretou nesta sexta-feira, 18, a quebra do sigilo bancário e fiscal do desembargador Antonio Carlos Vianna Santos, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Vianna Santos ocupou o cargo em 2010 e morreu em 26 de janeiro de 2011, no exercício da função. A devassa é extensiva à advogada Maria Luiza Pereira Vianna Santos, viúva do magistrado. Ambos tinham conta conjunta.
O juiz Adriano Marcos Laroca, da 8.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, autorizou o acesso aos dados confidenciais do desembargador e de Maria Luiza, acolhendo integralmente os termos do requerimento apresentado pelo Ministério Público, que investiga suposto esquema de venda de sentenças na gestão Vianna Santos como mandatário máximo do TJ paulista, maior corte estadual do País. A investigação é conduzida pela Procuradoria Geral de Justiça. Relatos indicam que lobistas, empresários e advogados tinham trânsito livre na cúpula do TJ.
Tags: Judiciário, Justiça-SP
18/05/2012
às 22:38Staff de Dilma tentou convencer manifestantes da Unifesp a não usarem nariz de palhaço
Por Cristiane Nascimento, no Estadão Online:
A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação Aloizio Mercadante participariam nesta sexta-feira, 18, da inauguração de dois novos prédios da Unifesp no campus Diadema. A visita, no entanto, foi adiada de última hora. Segundo a assessoria da Presidência, as mudanças aconteceram meramente por “questões de agenda”.
A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação Aloizio Mercadante participariam nesta sexta-feira, 18, da inauguração de dois novos prédios da Unifesp no campus Diadema. A visita, no entanto, foi adiada de última hora. Segundo a assessoria da Presidência, as mudanças aconteceram meramente por “questões de agenda”.
Muitos dos professores e alunos da instituição não foram avisados a tempo sobre o cancelamento da visita se prepararam para a inauguração, mas foram impedidos de entrar. “Demos com a cara na porta”, disse uma docente da universidade. Juntos, eles se preparavam para uma manifestação pacífica, na qual entregariam uma carta ao ministro.
Segundo a professora, os assessores da presidente se reuniram com alunos e docentes durante a semana e tentaram convencê-los a não irem à cerimônia vestidos de preto e com narizes de palhaço - a caracterização reforçaria a adesão dos dois grupos à Campanha Nacional de Reestruturação da Carreira Docente.”Eles nos diziam que as fotos do dia seguinte, produzidas pela imprensa, poderiam ficar feias.”
Mesmo diante do cancelamento da solenidade, a diretoria do campus recebeu deputados e o prefeito de Diadema, Mário Reali. Segundo a assessoria da Unifesp, não houve tempo hábil para que a estrutura já montada fosse desfeita, o que inclui a presença dos convidados externos e o serviço do coquetel.
Greve
Os professores do câmpus Diadema decidiram em assembleia realizada na última quinta-feira, 17, entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação é parte de um movimento nacional dos docentes das universidades federais deflagrada esta semana em dezenas de instituições.
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Os professores do câmpus Diadema decidiram em assembleia realizada na última quinta-feira, 17, entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação é parte de um movimento nacional dos docentes das universidades federais deflagrada esta semana em dezenas de instituições.
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Tags: Educação, Governo Dilma
18/05/2012
às 22:29Lula vai fazer campanha eleitoral antecipada em favor de Haddad no “Programa do Ratinho”. É o caso de acionar a Justiça Eleitoral, não?
Vejam como são as coisas. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) imprimiu num jornal as fotos de Sérgio Cabral em Paris, e a Justiça Eleitoral mandou recolher: “propaganda eleitoral antecipada”. Luiz Inácio ApeDELTA da Silva vai ao programa de Ratinho, no SBT, como parte da estratégia para tornar Fernando Haddad um nome conhecido. Sozinho, a gente já sabe do que é capaz o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo: 3%.
A Justiça Eleitoral só atua quando provocada. E nesse caso? Um jornal pode ser recolhido antes de chegar ao público. Qualquer punição a um programa de TV só pode ser aplicada depois de ir ao ar. Mas Lula vai mesmo fazer propaganda antecipada? Leiam o que informa a Folha Online. Volto depois.
*
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na próxima terça-feira (22) do “Programa do Ratinho”, transmitido ao vivo pelo SBT às 21h15. A entrevista de Lula ao apresentador Carlos Massa faz parte da estratégia do partido para dar visibilidade a Fernando Haddad, pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo. Principal cabo eleitoral de seu ex-ministro da Educação, Lula deve aproveitar a ocasião para turbinar sua campanha. O petista aparece na última pesquisa Datafolha, de março, com 3% das intenções de voto. Seu principal adversário, o tucano José Serra, tem 29%. Lula é a principal esperança do PT para alçar Haddad.
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na próxima terça-feira (22) do “Programa do Ratinho”, transmitido ao vivo pelo SBT às 21h15. A entrevista de Lula ao apresentador Carlos Massa faz parte da estratégia do partido para dar visibilidade a Fernando Haddad, pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo. Principal cabo eleitoral de seu ex-ministro da Educação, Lula deve aproveitar a ocasião para turbinar sua campanha. O petista aparece na última pesquisa Datafolha, de março, com 3% das intenções de voto. Seu principal adversário, o tucano José Serra, tem 29%. Lula é a principal esperança do PT para alçar Haddad.
Na pesquisa, 44% dos eleitores disseram que o apoio declarado do ex-presidente poderia levá-los a escolher o candidato. O índice é superior ao dos principais apoiadores de Serra, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), com poder de influência sobre 31% e 14%, respectivamente. Por isso, Lula intensificará sua atuação em prol de Haddad. Um dia antes do “Programa do Ratinho”, o ex-presidente levará o pré-candidato à Câmara Municipal em evento em que será homenageado. Nos dias seguintes, dará entrevistas a rádios. Nesta semana, Lula já apareceu ao lado de Haddad nos programas do PT na TV e, nesta sexta (18), visitou a exposição “Guerra e Paz” ao lado dele e da presidente Dilma Rousseff.
Encerro
Acho que tudo está aí. Algo mais?
Acho que tudo está aí. Algo mais?
18/05/2012
às 21:58Justiça Eleitoral manda recolher jornais do PR-RJ, ligado a Garotinho, com fotos de Cabral em Paris. Decisão de jeito de censura, cara de censura, corpo de censura, membros de censura…
Não tenho nem nunca tive a menor simpatia pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Também não me alinho com aqueles que consideram que “inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Ainda que me alinhasse, não seria o caso porque não é assim que vejo o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ou qualquer outro político. Deixei isso muito claro quando começou aquela cascata ridícula contra Belo Monte — o tal movimento, ou algo assim, “Gota d’Água”. Não é porque aquela gente criticava os petistas que eu entrei na onda. Afirmei, então, que críticas obscurantistas ao PT não me serviam. Do mesmo modo, eventuais críticas obscurantistas a Cabral — político pelo qual não tenho a mais remota admiração — também não me interessam. Posto isso, vamos adiante.
A Constituição Brasileira veta qualquer forma de censura. O Supremo Tribunal Federal revogou o que restava da Lei da Imprensa — aliás, uma outra, pautada pela democracia, se faz necessária porque pistoleiros estão fazendo mau uso do vazio legal. Apontei esse risco quando o Supremo tomou aquela decisão. Não é crítica de agora. Não sou petralha oportunista. Os arquivos estão aí. Atenção! “Recolher jornais”, sob qualquer pretexto, viola a Constituição.
Não obstante, aqui e ali, sob o pretexto de aplicar a lei que regula eleições, a Justiça Eleitoral se coloca no lugar de censora. Já fez isso em São Paulo em 2010, quando panfletos impressos pelos católicos recomendando voto em candidatos que fossem contrários ao aborto foram recolhidos. Tratou-se de um caso escandaloso de autoritarismo. Houve pessoas detidas só porque estavam com um daqueles papéis na mão. Quem recorreu à Justiça Eleitoral foi o PT. O texto nem sequer mencionava o nome do partido. Leiam agora o que informa a Folha Online. Volto em seguida.
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A Justiça Eleitoral determinou a apreensão de todos os exemplares de jornais do PR do Rio, sigla comandada pelo deputado Anthony Garotinho, com fotos do governador Sérgio Cabral (PMDB) e três secretários estaduais em festas com empresários em Paris. A juíza da 192ª zona eleitoral Ana Paula Pontes Cardoso considerou, em sua decisão, que a publicação é propaganda eleitoral extemporânea. Ela aponta ainda que o jornal atribui “atos ilícitos a membros” do PMDB, o que pode ser considerado crime, segundo o Código Eleitoral. O jornal publicou as fotos divulgadas por Garotinho em seu blog durante a viagem oficial de Cabral a Paris em setembro de 2009.
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A Justiça Eleitoral determinou a apreensão de todos os exemplares de jornais do PR do Rio, sigla comandada pelo deputado Anthony Garotinho, com fotos do governador Sérgio Cabral (PMDB) e três secretários estaduais em festas com empresários em Paris. A juíza da 192ª zona eleitoral Ana Paula Pontes Cardoso considerou, em sua decisão, que a publicação é propaganda eleitoral extemporânea. Ela aponta ainda que o jornal atribui “atos ilícitos a membros” do PMDB, o que pode ser considerado crime, segundo o Código Eleitoral. O jornal publicou as fotos divulgadas por Garotinho em seu blog durante a viagem oficial de Cabral a Paris em setembro de 2009.
O material, diz a decisão liminar, “visa a promover o partido representado [PR] em detrimento do representante [PMDB], o que revela sua natureza de disputa, e por consequência, de propaganda com fins eleitorais, o que extrapola os limites da propaganda partidária”. O PR recorreu da decisão, alegando que a publicação faz críticas políticas e não promove qualquer pré-candidato do partido, o que configuraria propaganda antecipada. O secretário-geral do partido no Rio, Fernando Peregrino, disse que foram impresso entre 20 mil e 30 mil exemplares, todos recolhidos por oficiais de Justiça na sede da sigla. Garotinho também foi condenado a retirar informações publicadas sobre as empresas do secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, e de sua mulher, Inês Helena Fernandes. Ele diz que ainda não foi notificado sobre a decisão.
Voltei
Vamos ver.
Vamos ver.
Não li os jornais. Escrevo sobre o que circula por aí. Os jornais do PR falam, por acaso, algo como: “Não votem em Cabral em 2014 (porque, que eu saiba, ele não é candidato a nada em 2012)”? Em princípio, duvido. Um partido se apresentar como melhor do que o outro me parece coisa normal, não? O que a juíza queria? O contrário é que não seria possível.
As fotos tornadas públicas, convenham, são de interesse mais do que público. Goste-se ou não de Garotinho (e eu, por exemplo, não gosto), ele prestou um favor à transparência. Ou não? Dada a realidade do país, era o caso de evidenciar a intimidade de Sérgio Cabral com Fernando Cavendish? Quanto há contratos de mais de R$ 1 bilhão entre sua construtora e o governo do Rio, acho que sim!
“Ah, mas o jornal relaciona o caso com o PMDB e tal…” Bem, Cabral é do PMDB, não é mesmo? Cândido Vaccarezza que o diga! Vou ver se consigo um exemplar do jornal apreendido. Pelo que veio a público até agora, parece-me que a Justiça Eleitoral está atuando como censora de novo, ao arrepio da Constituição, a exemplo do que se viu em 2010, com aqueles panfletos impressos por católicos sobre o aborto.
E isso, definitivamente, não é bom!
Tags: Garotinho, Sérgio Cabral
18/05/2012
às 21:19Torpedo de Vaccarezza para Cabral está sendo comparado à “Dança da Pizza” de deputada petista, em 2006
O torpedo enviado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) para o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), com a mensagem de sentido inequívoco, já está sendo comparado à “Dança da Pizza”, protagonizada pela então deputada federal petista Angela Guadagnin no dia 23 de março de 2006. Ela comemorava a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), que recebeu R$ 426 mil (e não R$ 476 mil) do esquema de Marcos Valério. Ele se livrou da cassação pelo seguinte placar: 207 votos contra, 201 a favor, 5 brancos, 3 nulos e 10 abstenções.
Ela ficou tão feliz com a impunidade do colega, mas tão feliz, que não se conteve. Relembrem.
Seis anos depois, em outra CPI, com os petistas de sempre fazendo o que sempre fazem quando aliados seus enfrentam dificuldades, temos Vaccarezza. Angela não conseguiu se reeleger deputada federal em 2006. Em 2008, candidatou-se a vereadora em São José dos Campos e se elegeu com 4.329 votos.
Cuidado, Vaccarezza! Se fosse em Dois Córregos, não seria eleito de jeito nenhum!!!
18/05/2012
às 19:31A divulgação do salário dos servidores e o debate errado
Uma questão que não chega lá a ter grande importância, dado o conjunto da obra, mas leitores me pedem que faça um comentário a respeito. Serei breve. É claro que sou favorável a que se tornem públicos os salários dos funcionários… públicos.
“Ah, mas é uma invasão de privacidade”… Olhem: eu tenho certas opiniões sobre essas questões que deixam algumas pessoas irritadas, eu sei, mas não posso fazer nada a não ser dizer o que penso. O “patrão”, por assim dizer, de um servidor, permanente ou em caráter temporário (contratado para um cargo de confiança), é o conjunto da população. Sabemos quanto ganha um governador, um presidente da República e um ministro do Supremo: por que a regra não valeria para os demais?
Sim, claro, sabemos o salário de Dilma, por exemplo, mas ignoramos o custo (portanto, ganho indireto) dos múltiplos benefícios de que ela dispõe por força do cargo. Se quiser, pode passar quatro anos (que, acho, serão oito…) sem gastar um tostão. Casa, comida e roupa lavada estão garantidas — e não é errado que assim seja. Assim, seu salário, obviamente, é muito maior, na prática, do que os R$ 26.700 (brutos). Ainda que ela possa gastar um tanto por mês para comprar coisinhas de uso pessoal, dá para guardar, depois de todos os descontos, uns “quinzão” por mês… Ao fim do ano, é uma boa poupança. Ao fim de quatro, uma poupança e tanto — caso emplaque oito, como tudo indica…
Também parlamentares e ministros do Supremo, por exemplo, gozam de benefícios que lhes permitem economizar bem mais do que nós, os mortais comuns. Assim, querem alguns que a decisão de tornar públicos os salários tem um lado demagógico, já que as vantagens dos graúdos não estariam precificadas.
Bem, meus queridos, o que dizer? Eu apoio, sim, a divulgação do salários dos servidores públicos, de todos, e acho que é preciso começar uma campanha, então, para aumentar a transparência. Vamos começar a reivindicar que sejam tornado público o custo do… homem público! Vamos sair da lógica ruim para a boa: em vez de se afirmar “ou tudo ou nada”, que se peça “tudo”.
Penso o que penso… Já me manifestei aqui contrário, por exemplo, a greves de servidores e de trabalhadores que prestam serviços públicos, ainda que de empresas privadas, porém concessionárias. Que busquem outras formas de protesto. Ninguém é obrigado a ser um servidor. Trata-se de uma escolha. Feita, o profissional tem de saber que está mais sujeito a controles do que um trabalhador da iniciativa privada.
De resto, é bom que se conheça a realidade salarial do funcionalismo. Ajudará a acabar com certos mitos — entre eles, o de que a categoria ganha mal. Aqui e ali, até pode ser. No geral, dada a realidade salarial do país, situa-se muito acima da média do que paga o setor privado.
Vamos corrigir os males da transparência com mais transparência? Vamos, então, exigir o acesso a todos os benefícios dos funcionários que estão do topo da administração dos Três Poderes, em vez de ficar reclamando que só os peixes pequenos terão sua vida exposta.
De resto, a lei, se aplicada como deve, vai nos permitir saber os expedientes a que recorrem muitas autoridades e homens públicos para receber muito acima do teto estabelecido por lei.
Tags: servidores
18/05/2012
às 18:34Agência Brasil corrige texto pela segunda vez, mas faltou a admissão explícita do erro
Escrevi dois posts sobre erros publicados pela Agência Brasil (aqui e aqui). Na primeira versão de uma reportagem, reproduzindo afirmação falsa que circula nos blogs sujos, informava-se que jornalista da VEJA havia prestado depoimento à CPI dos Bingos! Nunca aconteceu! Na segunda versão, ao fazer a correção, deu-se curso a outra informação falsa, esta passada pelo gabinete do senador Fernando Collor: o jornalista teria prestado depoimento à CPI da Loterj. Também é mentira. Nem os blogs sujos nem Collor são boas fontes quando o assunto é VEJA. Ademais, a verdade está devidamente registrada em páginas sérias da Internet. A Agência Brasil corrigiu também essa segunda versão, eliminando a segunda mentira. Louvo o esforço, mas foi insuficiente. Noto que falou algo que me parece essencial, que já fiz aqui em meu blog várias vezes: ADMITIR O ERRO!!! E tem de ser sem subterfúgios e expedientes oblíquos: “A Agência Brasil errou ao informar que jornalista da VEJA prestou depoimento à CPI do Bingos e à CPI da Loterj. Isso não aconteceu”. E ponto! Aliás, a Agência Brasil fez isso no caso do Pinheirinho. Não sei qual foi a dificuldade desta vez, envolvendo justamente outro órgão de imprensa.
Tags: Agência Brasil
18/05/2012
às 17:47Bem-vinda de volta, Lucy!!!
Lembram-se de “Lucy_in_sky_”, aquele perfil no Twitter usado por um robô, conforme informou reportagem da VEJA desta semana, para espalhar palavras de ordem daquela gente estranha? Pois é… Tão logo o truque veio a público, desapareceu do ar. A “pessoa” por trás do apelido teria ficado tão magoada, mas tão magoada!, que resolveu cair fora. Os petralhas começaram a acusar a minha crueldade e truculência com uma suposta pobre senhora de 59 anos, que só estava interessada em se expressar! E eu nem sou o autor da reportagem!
Eu… O Verdugo de perfis no Twitter!!! Chegaram a dizer que o apelido começou a sofrer ameaças físicas!!! Como isso seria possível? Não tenho a menor ideia.
Num movimento absolutamente previsível, houve a ressurreição! O perfil está de volta. A “pessoa” ainda está muito chocada, sabem?, machucada mesmo, mas está aí, sobrevivendo na rede. Olhem que coisa fofa, emocionada mesmo:
“ter deixado o Twitter naquele momento de bombardeio me deu a serenidade que me possibilitou ver a importancia desse espaço (cont)
pra mim, e também que não havia motivo pra fazê-lo, uma vez que não estou cometendo nenhum delito. Estou apenas exercendo (cont)
direito meu: o da cidadania. Quero porém, continuar a exercê-lo como fiz até agora: do meu jeito. Não quero (cont)
representar lado nenhum nem de ninguém, quero apenas ter o direito de representar apenas a mim mesma, o que não é pouca coisa(cont)”
“ter deixado o Twitter naquele momento de bombardeio me deu a serenidade que me possibilitou ver a importancia desse espaço (cont)
pra mim, e também que não havia motivo pra fazê-lo, uma vez que não estou cometendo nenhum delito. Estou apenas exercendo (cont)
direito meu: o da cidadania. Quero porém, continuar a exercê-lo como fiz até agora: do meu jeito. Não quero (cont)
representar lado nenhum nem de ninguém, quero apenas ter o direito de representar apenas a mim mesma, o que não é pouca coisa(cont)”
Uma nuvem de lágrimas insiste em escurecer-me a razão com a emoção. Nunca antes na história do Twitter um “nickname” foi tão… gente, gente!!!
Atenção! As duas primeiras fases das minhas previsões já foram cumpridas. Agora falta a terceira, que é inventar um rosto para esta senhora. Tem de ser, assim, uma dona de casa com ar meio beato, porém de olhar firme, que só quer “participar” do debate, apesar do Reinaldo Azevedo, esse monstro que combate senhorinhas na rede…
A quem essa gente acha que engana? Bem, engana os de sempre, não é?
Estão furiosos porque o truque foi desmascarado e será cada vez mais. Tudo está dando errado. A tramoia contra a imprensa e a favor dos mensaleiros foi desmascarada.
Até que não se cumpra a terceira fase da “construção de Lucy” — e como tenho certa dificuldade de dar um rosto a um apelido —, escolho como referência a Lucy mais famosa da história, aquele exemplar do sexo feminino do Australopithecus afarensis — ou melhor, pedaços do exemplar — encontrado na Etiópia. Seria uma prima nossa, que teria vivido há uns 3,2 milhões de anos. A imagem que se vê lá no alto é uma simulação de computador.
Arqueólogos já tentaram desbancar Lucy muitas vezes, minimizando a importância da descoberta. Mas eu sou conservador. Já me afeiçoei à priminha…
PS: Ah, sim! Os fascistas da rede não têm inteligência, humor, graça, nada… A quantidade de ofensas a que se dedicam e a que dão curso é um troço espantoso! Não seriam a expressão contemporânea do fascismo se assim não fosse. Estão chateados porque há milhões de pessoas furiosas com eles. Descobriram que estavam sendo enganadas por perfis falsos e robôs. Quem participa das redes sociais, ainda que por intermédio do mundo virtual, gosta de pessoas reais.
Tags: Internet
18/05/2012
às 16:53O Metrô de SP — o discurso vergonhoso de Marta, que compara acidente no Metrô em SP a atentados terroristas de Madri e Londres. Que ninguém tome suas palavras como sugestão, não é mesmo?
Fez muito bem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao reagir com indignação à exploração política vigarista que o PT está tentando fazer do acidente do metrô. É inacreditável! Os petistas agem como se estivessem satisfeitos com a ocorrência. Há um festival de declarações infelizes, ilações, acusações sem evidência. Nem mesmo conhecem ainda as razões do acidente. Trata-se, obviamente, de antecipação de campanha eleitoral. É natural que um partido de oposição faça críticas à administração de turno. Mas há um modo decoroso e um indecoroso de fazê-lo.
Ontem, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), vice-presidente do Senado e exercendo a presidência interinamente, resolveu tomar a palavra para tratar do assunto. Não poderia ter descido mais baixo. Segundo ela, as cenas remetiam aos atentados terroristas ao metrô de Madri, em 2004, e ao de Londres, em 2005.
É uma fala asquerosa! Ficaram feridas 49 pessoas em São Paulo — sem gravidade, felizmente! Na capital espanhola, morreram 198 pessoas, e houve 1.421 feridos; no da capital inglesa, foram 52 mortos e mais de 700 feridos. A comparação estúpida feita pela senadora demonstra muito bem qual é o intento dos petistas: caracterizar uma situação de inexistente caos na cidade e no estado para ver se consegue levantar os índices de Fernando Haddad.
Marta não seria Marta não fossem essas ligeirezas irresponsáveis. Debatendo consigo mesma, naquela autossuficiência muito característica, afirmou, referindo-se à própria gestão: “Vão dizer: ‘ah, por que não investiu em metrô’?”. E ela se defendeu: porque veio depois da gestão Maluf/Pitta, pegou a prefeitura quebrada etc. Só se esqueceu de lembrar que também largou a Prefeitura quebrada, com dívidas de curto prazo de mais de R$ 2 bilhões e credores que faziam fila de dobrar o quarteirão.
Marta quer fazer campanha eleitoral desde já? Então tá! Os tucanos deveriam levar ao ar, quando chegar a hora, a intervenção que esta senhora fez no Senado. Vamos ver o que acha o eleitorado de sua “grande sacada”. Ela parece não ter muita sensibilidade para lidar com a dor alheia. Afinal, está imortalizada na vida pública por aquela frase disparada logo depois de um acidente aéreo, convidando as pessoas a não interromper suas programações de férias: “Relaxa e goza!”.
Que ninguém tome suas palavras irresponsáveis sobre o metrô como uma sugestão. Não custa lembrar que os atentados praticados em Madri contribuíram para eleger o governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero. E Zapatero contribuiu para levar a Espanha à falência — a exemplo do que fizeram todos os esquerdistas europeus…
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