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    segunda-feira, 17 de setembro de 2012

    [catolicos_respondem] LITURGIA DA PALAVRA - 25o DOMINGO COMUM - B - Som !

     

     

                       

                                     É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra. 

                         25º DOMINGO  COMUM -  ANO B  !

     

      

                A Liturgia da Palavra deste 25º Domingo Comum – B, parece estabelecer um certo paralelismo entre Autoridade e Serviço, e a simplicidade das crianças.

                Na verdade, uma coisa e outra se relacionam perfeitamente e exigem uma profunda reflexão nos tempos de hoje.

                É que fala-se muito em autoridade mas pouco em serviço...

                Fala-se muito na simplicidade e nos direitos das crianças e nunca elas foram tão abusadas.

                Onde é que estão os valores morais da sociedade de hoje ?

                Onde é que está o respeito pela vida  ?

                Na mesma página do jornal, apontam-se os "milagres" da medicina moderna no salvamento de vidas em perigo, ao lado das campanhas para despenalizar o aborto que mata, as ondas do terrorismo que não respeita a vida de inocentes, e a ameaça das guerras que não respeitam a autoridade nem prestam serviços.

                A 1ª Leitura o Livro da Sabedoria diz-nos que muitos Judeus, votando ao esquecimento a Aliança que o Senhor fizera com eles, deixam-se arrastar pelas civilizações de outros povos e negam a sua fé.

                O autor do Livro da Sabedoria procura incutir coragem aos seus concidadãos pedindo-lhes que se mantenham firmes em defesa da fé de Israel.        

                - «Armemos ciladas ao justo ! Que nos incomoda : opõe-se  às nossas obras, censura-nos as faltas contra a lei e acusa-nos de acções que repugnam à nossa formação»(1ª Leitura).

                 Porque a presença do justo incomoda e, de si, é já acusação do mal, perseguiram os seus irmãos de raça que se mantiveram fiéis à Lei divina.

                Hoje podemos dizer exactamente o mesmo, porque se opõem à verdade aqueles a quem ela incomoda.

                Muitos procuram adorar a Deus através de uma religião de conveniência que lhes permita fazer o que mais lhes agrada, esquecendo-se de que têm que dar conta da sua vida a um Deus misericordioso e bom, mas infinitamente justo, que nos há-de julgar e receber conforme os nossos merecimentos, como diz o Salmo Responsorial :

                - "O Senhor receberá a minha vida".

                Na 2ª Leitura S. Tiago também nos pergunta donde vêm os males do mundo e responde que é das nossas paixões :

                - "De onde procedem os conflitos entre vós ? Não é precisamente das vossas paixões, que lutam nos vossos membros ? Cobiçais e nada conseguis : então assassinais".(2ª Leitura).

                A actual sociedade de consumo transformou em ídolo toda a espécie de bem-estar, porque tudo se faz em busca do dinheiro com que se pretende comprar toda a espécie de prazer, ao ponto de criar obras de caridade mais para enriquecer do que para serviço.

                Tudo se transformou numa questão de negócio.

                O Evangelho é de S. Marcos, e diz-nos que Jesus acaba de  anunciar a Sua morte – limite extremo da humildade – e já os discípulos discutem, em segredo – porque se envergonham – qual deles será o maior no Reino dos Céus.

                Jesus toma ao colo uma criança, símbolo de fraqueza, e para desmascarar o intuito vão dos discípulos interessados em saber quem seria o maior, explica :

                - «Quem acolher em Meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim. E quem Me acolher, não Me acolhe a Mim, mas Aquele que Me enviou".(Evangelho).

                Portanto quem não acolher uma criança, também não pode acolher  nada do que é simples e bom.

                A Palavra e o exemplo de Jesus resolvem o problema das precedências em ambiente cristão. Jesus recusa categoricamente toda a ambição de domínio tanto para Si como para a Igreja. A única autoridade da Igreja e no seio dela é a do último lugar, do serviço humilde.

                A autoridade é uma das realidades mais ambíguas e, portanto, mais contestadas do nosso tempo, tanto a nível civil como eclesial.

                Há os que a exercem por simples ambição, por acentuada vontade de domínio, e por busca desregrada de glória, e há os que a consideram como um bom serviço para o bem comum.

                Contudo, essa ambiguidade não tem o seu fundamento no poder e na autoridade como tal, mas na atitude de quem os cobiça e os exerce.

                Encarada e desempenhada com as intenções e os propósitos de que fala Cristo, a autoridade manifesta-se como aquilo que está no plano de Deus, isto é, um serviço.

                Serviço para o bem comum, daquele que é constituído chefe e responsável; serviço para os homens feito por aquele que tem autoridade, cuidando que cada um contribua para o bem de todos.

                Se a autoridade é exercida segundo a verdade, que a justifica humanamente aos olhos dos homens, deveremos considerar a pessoa que a exerce como alguém a quem se destina a Palavra do Senhor : - "É a Mim que o fizestes"; e considerar o seu trabalho como cristão e pascal, mesmo que a autoridade seja puramente leiga e profana.

                Tudo isso vale em primeiro lugar para a Igreja, que é a "diakonia", isto é, "comunidade de serviço".

                Como Jesus Cristo é o "Servo porque é Salvador", também a Igreja é serva porque é sacramento de salvação. Ela não pode viver, olhando apenas a sua própria grandeza; só existe como serviço para a comunhão de Deus com a humanidade; um serviço de unidade, de caridade e de verdade no mundo inteiro.

                Cabe à hierarquia, ordinariamente, ser sinal de autoridade e garantia da verdade; mas a autoridade é criticada e contestada de todos os lados.

                Uns acham que hoje as mudanças são demasiadamente rápidas ou profundas, outros perdem a paciência diante das lentidões e do carácter superficial das reformas, e a grande massa dos fiéis aceita sem compreender bem o que se passa e, com isso, fica traumatizada.

                Vendo-se em profundidade, o que está em discussão, mais do que o seu modo de agir e de existir, é a própria autoridade "hierárquica".

                Alguns sonham com uma Igreja puramente carismática, outros pensam na autoridade eclesiástica nos moldes  da autoridade democrática, baseada no povo e dirigida por ele; alguns negam pura e simplesmente a autoridade, dizendo à boca cheia e como "slogan" : "Isto agora é assim", em nome de um anarquismo que vai alastrando.

                No entanto, o ministério hierárquico é uma verdadeira participação, embora misteriosa, da actividade com que Cristo instrui e constrói o seu Corpo.

                Falta ainda muito para sermos simples como as crianças; aqueles que as sabem acolher, é que caminhan segundo o plano da História da Salvação.

                          ..............................................

                Diz o Catecismo da Igreja Católica :

                526. - «Tornar-se criança» diante de Deus é a condição para entrar no Reino, e para isso é preciso humilhar-se, tornar-se pequeno. Mais ainda : é preciso «nascer do alto»(Jo.3,7), «nascer de Deus» (Jo.1,13) para se «tornar  filho de Deus»(Jo.1,12). O mistério do Natal cumpre-se em nós, quando Cristo «Se forma»(Gal.4,19). O Natal é o mistério desta «admirável permuta».

     

                                                                             

                                                                             Deixai vir a Mim as criancinhas   

               

     

     

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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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