VATICANO II
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
(04)-A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA !
RELAÇÃO ENTRE A SAGRADA TRADIÇÃO E A SAGRADA ESCRITURA
(09)- A Sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si.
Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim.
A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas revelados.
Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência.
RELAÇÃO DE AMBAS COM A IGREJA E O MAGISTÉRIO
(10)- A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevere unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e na oração, de tal modo que, na conservação, actuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis.
- "Eram assiduos, ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão, e às orações".(Act.2,42).
Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo..
Este Magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.
É claro, portanto que a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.
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Há 50 anos, no dia 11 de Outubro de 1962,o Papa João XXIII abriu formalmente o Concílio Vaticano II.
O Santo Padre convocou-o porque acreditava que o Espírito Santo queria que a Igreja abrisse as suas portas ao mundo.
Decediu que tinha chegado o tempo em que a Igreja devia falar abertamente ao mundo moderno, oferecendo-lhe uma mensagem de esperança e de paz.
Depois destes 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, os sucessores de João XXIII têm apresentado e conduzido o Vaticano II em muitos e diferentes caminhos.
Coisas como, mudanças e adaptações na Liturgia, maior participação dos leigos na Igreja e a tradição do Dia Mundial dos Jovens, nasceram directamente do Concílio.
O Papa Paulo VI convocou o Ano da Fé de 1967 para comemorar o martírio de S. Pedro e S. Paulo.
Entre outros, o Papa João Paulo II celebrou o Ano Mariano em 1987 e o Ano da Eucaristia em 2004.
De igual modo o Papa Bento XVI dedicou o ano 2008 como o Jubileu de S. Paulo e o ano 2009 como o Ano do Sacerdócio.
E é assim que a Igreja mantém a sua Tradição em união com o Magistério segundo a inspiração do mesmo Espírito Santo que inspirou a Sagrada Escritura.
Nascimento
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