FÉ SEM OBRAS
A EUCARISTIA FAZ A IGREJA !(14)
"A Eucaristia é o sacrifício da Igreja, e Cristo é a Cabeça".
Cristo é a Cabeça e nós somos os membros : ordenados e não ordenados.
Nós oferecemos em conjunto o sacrifício da oração e da acção de graças, de reparação e de súplica.
Este sacrifício é agradável ao Pai, porque é o auto-oferecimento de Jesus.
Com esse oferecimento nós oferecemos também o nosso.
Nós oramos pela santificação do nome de Deus (isto é, para que ele seja santificado e realizado no nosso mundo e na nssa história).
Nós oramos para que venha a nós o Seu Reino.
E ele já veio, especialmente depois da vinda de Jesus Cristo, a luz e o Salvador do mundo.
Mas nós oramos para a sua realização no nosso tempo e a sua última realização quando o Senhor vier na sua glória.
A Eucaristia projecta-nos no tempo da Escatologia.
A Eucaristia anticipa a Parusia e celebra-se em sacramento : até que Ele venha.
Nós oferecemos o sacrifício numa oração para que a vontade de Deus seja feita.
O infinito e sábio plano do Criador é apenas gradualmente revelado e em limitada medida.
Mas sabendo que é um plano superabundante e nele nós estamos incluidos, ele é importante para o nosso sucessso de seres humanos e para a nossa salvação.
As nossas súplicas de pão, de perdão, de força nas tentações e de segurança contra o mal, são os pedidos de todos os dias porque eles constituem as nossas necessidades básicas.
Mas nós só pedimos isto depois de termos suplicado a glória de Deus.
A Eucaristia é o sacrifício da Igreja no tradicional sentido de que a Eucaristia faz a Igreja.
Este pensamento foi ricamente desenvolvido na liturgia e na tradição das Igrejas de Leste, isto é, Igrejas do Oriente.
Naquela perspectiva o Reino de Deus já veio e ainda há-de vir.
Mas nós estamos afastados da sua precepção por muitas coisas, principalmente pela nossa cegueira espiritual.
A fé dá-nos a luz para vermos o mundo como ele é : o mundo de Deus, do qual nós somos uma parte.
O mundo não é para nós; ele é para Deus, como nós o somos também, como nos diz S. Paulo :
- "...Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus".(1 Cor.3,22).
Como a Igreja foi constituída em assembleia (constituída como Igreja) para fazer a Eucaristia, esta verdadeira assembleia e a acção sacramental fazem uma Igreja viva.
Estas acusações que as liturgias revistas e renovadas ainda não "conseguiram evitar" são válidas.
Talvez isto seja verdadeiro porque nós ainda não realizámos qual seja a plena importância do que nós celebramos, isto é, ainda não traduzimos por obras o que aprendemos pela fé.
O Calvário e a Páscoa pertencem-nos, são uma parte da nossa vida, que nós devemos celebrar com o Senhor.
Talvez nós celebremos a Eucaristia muitas vezes, ou muito casualmente, ou mesmo muito rotineiramente.
A nossa Eucaristia dominical devia ser especialmente, um acontecimento bem preparado, bem nutrido e realizado com muito cuidado.
A finalidade dos cânticos litúrgicos é exactamente para dar à acção litúrgida um maior realce com uma atmosfera de estética e de beleza, pelo que eles devem ser genuinamente litúrgicos e não de sabor profano.
A nossa religião ocidental é, de longe, muito cerebral; é preciso deixar que o coração tome parte activa, conjuntamente com a imaginação e a inteligência, que nos podem guiar quando prestamos a Deus um culto, num sacrifício vivo e santo.
Ele deve ser um sacrifício vibrante com a santidade de Jesus, dos Anjos e dos santos; deve ser um sacrifício vivo :
- Um oferecimento do que nós vivemos.
- Um sacrifício de um Evangelho vivo.
- O sacrifício de nós próprios..
Mas ele é santo porque é de Cristo.
Ele é vivo porque nos dá a nossa vida..
Dá-nos a vida como cristãos individuais e como o corpo vivo de Jesus Cristo.
Aquele corpo nasceu na cruz, do lado de Cristo donde jorrou sangue e água (tal como a humandade brotou do lado de Adão e do ventre de Eva).
Aquele corpo vive nos Cristãos de todos os tempos.
* Ele vive nos jovens e nos anciãos.
* Ele vive nos que têm enfermidades e nos que gozam de boa saúde.
* Ele vive nos santos e nos pecadores (e nós somos uns e outros).
* Ele vive em nós e nos que viveram antes de nós e nos que hão-de vir depois de nós.
Na mesa do Senhor se sentam patriarcas e profetas, videntes e sábios, virgens e esposas, órfãos e viúvas de todos os tempos e todos nós cantamos em conjunto, em assembleia, em Igeja :
- "Santo, santo, santo é o Sehor dos exércitos...O céu e a terra estão cheios da vossa glória.
E estes cânticos de louvor são exactamente os frutos da nossa fé em que nós nos exprimimos e damos valor pelas nosssa obras.
Nascimento
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