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    terça-feira, 15 de janeiro de 2013

    [Catolicos a Caminho] A IGREJA NO MUNDO ACTUAL (07) DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Som !

     

     

                          

     

                                                                          (07)-A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA !

     

    12. – Tudo quanto existe sobre a terra deve ser ordenado em função do homem, como  seu centro e seu termo : neste ponto existe um acordo quase geral entre crentes e não-crentes.

    Mas, que é o homem ?

    Ele próprio já formulou, e continua a formular, acerca de si mesmo, inúmeras opiniões, diferentes entre si e até contraditórias.

    Segundo estas, muitas vezes se exalta até se constituir norma absoluta, outras se abate até ao desespero.

    Daí as suas dúvidas e angústias.

    A Igreja sente profundamente estas dificuldades e, instruída pela revelação de Deus, pode dar-lhes uma resposta que defina a verdadeira condição do homem, explique as suas fraquezas, ao mesmo tempo que permita conhecer com exactidão a sua dignidade e vocação.

    A Sagrada Escritura ensina que o homem foi criado "à imagem de Deus", capaz de conhecer e amar o seu Criador, e por este constituído senhor de todas as criaturas terrenas, para as dominar e delas se servir, dando glória a Deus.

    - "Que é, pois, o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que te preocupes com ele? Fizeste dele pouco menos que um anjo, coroando-o de glória e de esplendor. Estabeleceste-o sobre a obra de tuas mãos, tudo puseste sob os seus pés".(Sl.8,57).

    Deus, porém, não criou o homem sozinho : desde o princípio criou-os "varão e mulher".(Gen.1,27); e a sua união constitui a primeira forma de comunhão entre pessoas.

    Pois o homem, por sua própria natureza, é um ser social, que não pode viver sem desenvolver as suas qualidades, sem entrar em relação com os outros.

    Como também lemos na Sagrada Escritura, Deus viu "todas as coisas que fizera, e eram excelentes".(Gen.1,31).

    13. – Estabelecido por Deus num estado de santidade, o homem, seduzido pelo maligno, logo no começo da sua história abusou da própria liberdade, levantando-se contra Deus e desejando alcançar o seu fim fora d'Ele.

    Tendo conhecido a Deus, não lhe prestou a glória a Ele devida, mas o seu coração insensato obscureceu-se e ele serviu à criatura, preferindo-a ao Criador.

    E isto que a revelação divina nos dá as conhecer, concorda com os dados da experiência.

    Quando o homem olha para dentro do próprio coração, descobre-se inclinado também para o mal, e imerso em muitos males, que não podem provir de seu Criador, que é bom.

    Muitas vezes, recusando reconhecer Deus como seu princípio, pertubou também a devida orientação para o fim último e, ao mesmo tempo, toda a sua ordenação quer para si mesmo, quer para os demais homens e para toda a criação.

    O homem encontra-se, pois, dividido em si mesmo.

    E assim, toda a vida humana, quer singular, quer colectiva, apresenta-se como uma luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas.

    Mais : o homem descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo : cada um sente-se como que preso com cadeias.

    Mas o Senhor em pessoa veio para libertar e fortalecer o homem, renovando-o interiormente e lançando fora o príncipe deste mundo (cf.Jo.12,31), que o mantinha na servidão do pecado.

    A sublime vocação e a profunda miséria que os homens em si mesmos experimentam, encontram a sua explicação última à luz desta revelação.

    14. – O homem, ser uno, composto de corpo e alma, sintetiza em si mesmo, pela sua natureza corporal, os elementos do mundo material,  os quais, por meio dele, atingem a sua máxima elevação e louvam livremente o Criador.

    Não pode, portanto, desprezar a vida corporal; deve, pelo contrário, considerar o seu corpo como bom e digno de respeito, pois foi criado por Deus e há-de ressuscitar no último dia.

    Todavia, ferido pelo pecado, o homem experimenta as revoltas do corpo.

    É, pois, a própria dignidade humana que exige que o homem glorifique a Deus no seu corpo, não deixando que este se escravize às más inclinações do próprio coração.

    Não se engana o homem, quando se reconhece por superior às coisas materiais   e se considera como algo mais do que simples parcela da natureza ou anónimo elemento da cidade dos homens.

    Pela sua interioridade, transcende o universo das coisas : tal é o conhecimento profundo que ele alcança quando reentra no seu interior, onde Deus, que perscruta os corações, o espera, e onde ele, sob o olhar do Senhor, decide da própria sorte.

    Ao reconhecer, pois, em si uma alma espiritual e imortal, não se ilude com uma enganosa criação imaginativa, mero resultado de condições físicas e sociais ; atinge, pelo contrário, a verdade profunda das coisas.

     

    Nota. Muitas vezes se ouve dizer que cada um é senhor do seu próprio corpo, para se julgar no direito de usar e abusar dele, sobretudo em assuntos relacinados com o sexo e o valor da vida, especialmente pelo aborto.

    Há aqui um puro engano e um condenável atrevimento contra a dignidade de Deus Criador e contra a dignidade do ser humano que foi criado pelo mesmo Deus e a Ele tem que dar contas do seu procedimento.

    A Igreja preocupa-se com o pecado e as suas consequências, numa visão da cosnstituição do homem e a sua natureza.

    Estas verdades não são entendidas nem equacionadas por quem não tem fé, por quem é absolutamente materialista.

    Mas a dignidade do entendimento também deve ser equacionada, porque o homem é corpo e alma.

    Todavia acontece que, falando de "dignidade" nem para todos ela tem o mesmo srentido de modo que o que para uns é verdadeira "dignidade" para outros parece por vezes uma coisa "absoleta", e assim vamos lutando uns contra os outros, por ignorância ou malvadez, praticando crimes contra a humanidade, julgando fazer uma guerra santa, ou crimes contra a vida, apregoando que é um direito ou um benefício para uma minoria materialista que finge ignorar o que é a verdadeira "dignidade".

     

                                                              John  

                                                                Nascimento

     

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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