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    quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

    Nossa Senhora de Medjugorje

    Nossa Senhora de Medjugorje


    PALAVRAS DE UM JORNALISTA JUDEU

    Posted: 28 Feb 2013 10:29 AM PST


    O QUE IMPORTA É QUE O SENHOR É A CABEÇA E NÓS O CORPO. AMEMOS A CABEÇA E TAMBÉM O CORPO. VIVAMOS O QUE O SENHOR PEDE E A IGREJA ENSINA!




     Carlos Brickmann - Observatório da Imprensa 


    Sobre o papa e Igreja católica


             Este colunista não entende a polêmica a respeito das necessidades da
    Igreja Católica. Com seus dois mil anos de vida, com mais de um
    bilhão de seguidores, a Igreja sabe perfeitamente do que precisa para
    continuar sua jornada, e pode dispensar palpites de quem mal sabe
    a diferença entre um báculo e uma hóstia. Os cardeais são
    selecionados pela inteligência, conhecimentos, visão política,
    capacidade de articulação (pois, se não a tivessem, não chegariam
    lá). Quantos não cardeais poderiam enfrentar cardeais num debate.


     A Igreja Católica, Apostólica, Romana, é o que é; quem não a
    aprecia, quem discorda de seus ensinamentos, não é obrigado a
    segui-la. Se o cavalheiro acredita que o fenômeno
    da transubstanciação é impossível e não existe, não é católico;
    se não acredita nos ensinamentos de Jesus, católico não é. Exigir
    que a Igreja se transforme para atender aos anseios de cada um para
    então segui-la é excesso de soberba.


    Caso não queira segui-la, ou siga apenas alguns de seus ensinamentos e
    dogmas, tudo bem, é questão de escolha pessoal. Este colunista, como
    judeu, acompanha o debate teológico da Igreja Católica à distância,
    apenas para estar informado. 

    Se a Igreja desaprova o uso da camisinha e
    rejeita o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é questão da Igreja,
    e não influi nem sobre o comportamento nem sobre a opinião do
    colunista. 

    Ler textos em que pessoas se consideram perseguidas
    pessoalmente por ser homossexuais ou por ter feito um aborto e exigem
    que a Igreja mude para atendê-las é muito
    cansativo, incompreensível.

    A Igreja, certamente, não deve interferir na vida civil, tentando
    impor suas ideias a quem não seja católico ou não queira segui-las;
    que emita normas religiosas, para quem as aceita, sem querer adaptar a
    suas teses as leis de um Estado laico. E quem quiser viver sem levar em
    conta as ideias da Igreja que seja livre para fazê-lo, independentemente da opinião do papa, dos cardeais ou dos bispos.

    Por isso é difícil entender os partidos pró-Bento 16 e contra Bento
    16 que proliferam nos meios de comunicação - há textos em que o
    ódio à Igreja transparece, como um que reclama daquele fio de
    fumaça negra quando o novo papa não foi eleito e o fio de fumaça
    branca quando o novo papa é escolhido (na opinião do comentarista,
    isso contribui para a poluição e deveria ser eliminado).

    Que cada um siga seu caminho, pronto. Aliás, este colunista vai ainda
    mais longe: há corrupção no Vaticano? Deve haver, claro: uma
    organização deste tamanho dificilmente estaria imune aos pecados do
    mundo. Mas este é um problema do Vaticano, não de quem esteja de
    fora. Como dizia um jornalista de alta linhagem, o José Carlos Del
    Fiol, que foi subsecretário de Redação da Folha por muitos e muitos
    anos, se o dinheiro não é seu nem meu, por que vamos nos preocupar
    com ele?

    Deve haver corrupção, deve haver pessoas da mais alta
    hierarquia envolvidas com atos antissociais, deve haver gente
    insuspeitíssima cometendo crimes (aliás, numa organização que teve
    o papa Borgia e sobreviveu a ele, por que pessoas hierarquicamente
    inferiores não teriam deslizes de menor ou maior gravidade?)

    Há, claro (e muitos casos já foram revelados publicamente), inúmeros
    e horrendos episódios de pedofilia-e não é pagando indenizações,
    como tem ocorrido com frequência, que se obterá o esquecimento desses
    crimes. É com julgamentos civis, condenações aos culpados, tudo
    associado à perda de prerrogativas eclesiásticas.

    Mas a Igreja Católica não teria sobrevivido durante tanto tempo se
    fosse apenas isso: é também uma fonte de fé para muitas pessoas, é
    também um exemplo de apreço à cultura, às artes e às
    letras. Música, escultura, pintura, arquitetura, tudo da melhor
    qualidade, nasceu em função da Igreja Católica; foram monges
    católicos que, enclausurados em seus mosteiros, copiaram obras
    clássicas e permitiram que chegassem a nós.

    Não gosta do papa? Continue não gostando. Não gosta da linhada
    Igreja? Não a siga. Acredita em outra divindade? Sem
    problemas. Discorda do celibato dos sacerdotes? Não queira ser
    sacerdote - deixe esta função para quem aceite as normas
    disciplinares a ele impostas. 

    Mas gastar o papel tão caro de jornais e
    revistas e desperdiçar a paciência do consumidor de informação por
    achar que uma instituição com dois mil anos de idade e um bilhão e
    meio de seguidores tem de se adaptar às suas preferências pessoais,
    convenhamos, é meio muito. ( carlos@brickmann.com.br )


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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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