domingo, 17 de março de 2013

[Catolicos a Caminho] FÉ SEM OBRAS (26) A EUCARISTIA E O PECADO Som !

 

 

                                        FÉ SEM OBRAS !

 

                                                           A EUCARISTIA E O PECADO. (26)

 

«Portanto, sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha».(1 Cor.11,26).

                        

EUCARISTIA – AFASTA-NOS DO PECADO

            Um dos Frutos da Eucaristia é aumentar em nós a força para nos afastarmos do pecado como nos diz o Catecismo da Igreja Católica :

            1393. – A comunhão afasta-nos do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na  Comunhão é «entregue por nós» e o Sangue que nós bebemos é «derramado pela multidão, em remissão dos pecados». É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros.

            E Santo Ambrósio acrescenta :

            - «Sempre que O recebemos, anunciamos a Morte do Senhor» (1 Co.11,26). Se nós anunciamos a Morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se, de cada vez que seu Sangue é derramado, é derramado pela remissão dos pecados, eu devo recebê-l'O sempre, para que sempre Ele perdoe os meus pecados. Eu peco sempre; devo ter sempre um remédio. (Sacr.4,28).

            Esta doutrina e sua respectiva pastoral e Liturgia, assentam no facto da Presença Real, porque sem ela não faz sentido a força deste fruto da Eucaristia.

            Assim, é de recomendar, a quem seja possível, a prática da Comunhão Frequente.

            Nós sabemos, por experiência, duas coisas importantes que se completam mutuamente :

            * - Se um dos Frutos da Eucaristia é o afastamento do pecado, nós, que por experiência estamos exposto a muitas ocasiões de pecado, devemos comungar muitas vezes para podermos ser fortes e evitarmos o pecado grave.

            * - Se nós pretendemos comungar com frequência e não o podemos fazer se estivermos com a consciência de pecado grave, de cada vez que nos surge uma oportunidade ou ocasião de pecado, nós pensamos que não devemos pecar para podermos continuar a Comungar com frequência.

            E assim, para além da riqueza do alimento espiritual que é o Corpo e o Sangue de Cristo que nós recebemos na Comunhão, e que é a sua primeira motivação, acrescem ainda as condições que nos protegem e fortificam para evitar o pecado grave, com o qual nunca podemos nem devemos comungar, como nos lembra ainda S. Paulo :

- "E assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e sangue do Senhor...Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação".(1 Cor.11,27-29).

            Na presença dos factos, aparentemente, parece que esta doutrina não é suficientemente explicada, ou suficientemente entendida, com graves ofensas contra a santidade da Eucaristia e com graves consequências para quem a recebe «sem distinguir o corpo do Senhor».

            Podemos chamar a isto, com toda a evidência, uma fé sem obras, porque se pretendemos receber a comunhão sem viver na graça de Deus, sem nos esforçarmos por evitar o pecado, estamos num caminho errado que nos impede de receber os frutos da comunhão.

 

                                                              John

                                                                           Nascimento

 

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]