quinta-feira, 4 de abril de 2013

[Catolicos a Caminho] A SURPRESA DE EMAÚS Som !

 

 

                                     A SURPESA DE EMAÚS

       "Quando tudo parece acabar é quando tudo pode começar de novo, porque até há males que podem vir por bem".

            Palavras que fazem lembrar o desencanto ou a surpresa dos discípulos de Emaús, naquela tarde de abandono depois daquilo  que eles interpretaram com o fim da sua ilusão.

            Porém, julgando eles que tudo tinha acabado, são surpreendidos pela aproximação de Alguém , que interpela o seu ar sombrio e começa a fazer brilhar uma luz no horizonte fechado daquelas vidas.

            A Paixão e morte do seu Mestre, não fora o final triste duma aventura efémera, mas antes o prólogo necessário, para uma nova e definitiva etapa, naquela odisseia dum Messias  que rasga alternativas de eternidade, numa história condenada à morte.

            Era aí que, verdadeiramente, tudo começava, e os discípulos começaram a sentir o ardor dessa nova etapa a reaquecer os seus corações.

            Jesus é Deus, precisamente nesse transe, em que faz conpreender aos discípulos que, "quando tudo parece acabar é que, pelo poder do Espírito Criador, tudo pode começar de novo".

            A Ressurreição de Jesus inaugurou um novo modo da sua presença no meio de nós.

            Foi pela Ressurreição que Jesus se tornou plenamente "Emanuel"., ou seja, o Deus connosco.

            Esta proximidade, porém, é doutra maneira, diferente daquela que até aí  os seus discípulos tinham tido com Ele.

            Um presença para a qual eles ainda não estavam preparados : "os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem", assinala S. Lucas a propósito dos discípulos de Emaús.

            Porquê ?

            Porque, doravante, a sua presença não está mais circunscrita a um lugar e a um tempo.

            A sua presença adensa-se e universaliza-se, ao mesmo tempo.

            Onde "dois ou três  estiverem reunidos em Seu Nome", Ele aí estará no meio deles.

            Foi a vivência que estes dois discípulos tiveram.

            Não O tendo reconhecido enquanto caminhava com eles sentiram o efeito da sua presença ao partir do pão.

            Reconheceram-n"O também na Palavra, quando Ele lhes éxplicou em todas as Escrituras o que elas diziam a Seu respeito, mas então já era tarde.

            É pela fé que nos abrimos a esta Presença Nova, presença íntima e densa,  sempre a fazer apelo à Comunidade, lugar por excelência desta verificação crente.

            Comunidade ela própria sacramento da Presença celebrada e partilhada na Palavra e no Pãio Eucarístico.

            Imaginamos, por vezes, um Deus impassível e imóvel.

            Mas não é esse Deus que as Escrituras nos revelam.

            O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo "

-       É aquele que se comove com a situação do seu Povo no Egipto.

-       É aquele que caminha à frente dele no deserto.

-       É aquele que nos liberta no cativeiro.

-       É aquele que escuta os nossos desabafos a caminho de Emaús.

-       É aquele que tem pena de nós quando nos vê fatigados e abatidos.

            Deus reage em função do que vê e escuta a nosso respeito e move-se para vir ao nosso encontro, justamente porque, ora se compadeceu, ora se alegra com as vicissitudes e alegrias do seu Povo.

            É o amor que O move e, de certo modo, O torna sensível e vulnerável à nossa condição.

            Dessa mesma compaixão nos quer fazer participantes, quando nos convida a olhar para aqueles e aquelas que andam por aí, errantes, como ovelhas sem pastor.

            São estas, e muitas outras,  as surpresas de Emaús que nos hão-de fazer chegar ao conhecimento de Jesus, quando conhecermos as mensagens da Escritura e O reconhecermos na partilha do pão.

 

                                                                         John

                                                                        Nascimento

 

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]