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façam isso de modo tão eficiente.
Thyago Mathias - Rio de Janeiro (Brazil)
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Andamento dos trabalhos realizados até agora na 50ª Assembleia Geral da CNBB
- Entrevista Coletiva realizada nessa Segunda-Feira
Fonte CNBB
BRASILIA, segunda-feira, 23 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, 23/04, os bispos apresentaram à imprensa o andamento dos trabalhos realizados até agora na 50ª Assembleia Geral da CNBB (AG), em Aparecida (SP).
Participaram da coletiva o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, que coordena a comissão das celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II; o bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal para a Caridade, Justiça e Paz; e o bispo prelado do Xingu (PA), dom Erwin Krautler, que é também presidente do Consenho Indigenista Missionário.
Usina de Belo Monte
Os jornalistas questionaram os bispos a respeito da situação crítica vivida na região de Altamira (PA), onde está sendo construída a usina de Belo Monte. “Estive com o presidente Lula em 2009, e ele me disse que haveria diálogo realização da obra. O povo não teve espaço para se manifestar, as audiências públicas foram apenas para inglês ver”, manifestou dom Erwin.
Ele explicou o caos em que se encontra a cidade de Altamira. “O saneamento básico não foi feito, não há vagas nos hospitais nem em escolas. A prostituição e a violência ocorrem à luz do dia. Eu vejo essas coisas todos os dias, pois vivo lá”, relatou o bispo. Ele também denunciou a extensa jornada de trabalho dos operários da obra.
O bispo de Ipameri, dom Guilherme, participou na semana passada em Brasília de um debate entre o governo federal e atingidos por barragens. “Ouvimos do ministro de Minas e Energia (Edson Lobão) que o Brasil deve optar entre desenvolvimento ou não, em ter as usinas ou não”, revela.
Guilherme recordou que a energia de uma usina hidrelétrica não pode ser considerada como energia limpa. “Como chamar de energia limpa quando as terras mais férteis são inundadas?”. Dom Erwin reforçou a denúncia. “O governo afirma que nenhum índio seria atingido, mas trata-se de falácia. O que acontece ao povo daquela região é contra a dignidade humana. O governo discrimina este povo, e nos trata como brasileiros de segunda classe”.
Solidariedade
Os bispos relataram aos jornalistas a aprovação, por unanimidade, de um projeto que deverá promover maior solidariedade entre as dioceses brasileiras, nos próximos 5 anos. Agora, 1% da receita ordinária mensal de cada diocese deverá formar um fundo para colaborar na formação dos seminaristas das dioceses mais pobres.
“A Igreja precisa partilhar seus bens para investir na formação de padres. Em minha prelazia, por exemplo, 70% de minha renda vem de doações externas”, testemunhou dom Erwin. Os bispos recordaram que a iniciativa do fundo não vai resolver o problema, mas deve minimizar as dificuldades enfrentadas nas dioceses mais pobres.
Estado laico
A respeito da laicidade do Estado, o cardeal Odilo Scherer explicou que a Igreja não tem problemas com a questão. “O Estado não pode assumir uma identidade religiosa, de outro lado, o pensamento ateu não pode prevalecer”, declarou o arcebispo. “O Estado é laico, mas a sociedade é religiosa”, arrematou.
BRASILIA, segunda-feira, 23 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, 23/04, os bispos apresentaram à imprensa o andamento dos trabalhos realizados até agora na 50ª Assembleia Geral da CNBB (AG), em Aparecida (SP).
Participaram da coletiva o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, que coordena a comissão das celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II; o bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal para a Caridade, Justiça e Paz; e o bispo prelado do Xingu (PA), dom Erwin Krautler, que é também presidente do Consenho Indigenista Missionário.
Usina de Belo Monte
Os jornalistas questionaram os bispos a respeito da situação crítica vivida na região de Altamira (PA), onde está sendo construída a usina de Belo Monte. “Estive com o presidente Lula em 2009, e ele me disse que haveria diálogo realização da obra. O povo não teve espaço para se manifestar, as audiências públicas foram apenas para inglês ver”, manifestou dom Erwin.
Ele explicou o caos em que se encontra a cidade de Altamira. “O saneamento básico não foi feito, não há vagas nos hospitais nem em escolas. A prostituição e a violência ocorrem à luz do dia. Eu vejo essas coisas todos os dias, pois vivo lá”, relatou o bispo. Ele também denunciou a extensa jornada de trabalho dos operários da obra.
O bispo de Ipameri, dom Guilherme, participou na semana passada em Brasília de um debate entre o governo federal e atingidos por barragens. “Ouvimos do ministro de Minas e Energia (Edson Lobão) que o Brasil deve optar entre desenvolvimento ou não, em ter as usinas ou não”, revela.
Guilherme recordou que a energia de uma usina hidrelétrica não pode ser considerada como energia limpa. “Como chamar de energia limpa quando as terras mais férteis são inundadas?”. Dom Erwin reforçou a denúncia. “O governo afirma que nenhum índio seria atingido, mas trata-se de falácia. O que acontece ao povo daquela região é contra a dignidade humana. O governo discrimina este povo, e nos trata como brasileiros de segunda classe”.
Solidariedade
Os bispos relataram aos jornalistas a aprovação, por unanimidade, de um projeto que deverá promover maior solidariedade entre as dioceses brasileiras, nos próximos 5 anos. Agora, 1% da receita ordinária mensal de cada diocese deverá formar um fundo para colaborar na formação dos seminaristas das dioceses mais pobres.
“A Igreja precisa partilhar seus bens para investir na formação de padres. Em minha prelazia, por exemplo, 70% de minha renda vem de doações externas”, testemunhou dom Erwin. Os bispos recordaram que a iniciativa do fundo não vai resolver o problema, mas deve minimizar as dificuldades enfrentadas nas dioceses mais pobres.
Estado laico
A respeito da laicidade do Estado, o cardeal Odilo Scherer explicou que a Igreja não tem problemas com a questão. “O Estado não pode assumir uma identidade religiosa, de outro lado, o pensamento ateu não pode prevalecer”, declarou o arcebispo. “O Estado é laico, mas a sociedade é religiosa”, arrematou.
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