Lisboa, 22 abr 2012 (Ecclesia) - A presidente do Banco Alimentar contra a Fome afirmou que as instituições têm cada vez menos capacidade de resposta para o crescente número de pedidos de ajuda de famílias.
“Há mais pedidos, o que penso é que não há mais capacidade de apoio”, referiu Isabel Jonet, à TSF.
Segundo esta responsável, as dificuldades notam-se “sobretudo através do canal das Instituições de Solidariedade Social, que já não podem ajudar mais nenhuma família, porque não têm recursos humanos, físicos e financeiros”.
Por esta razão, Jonet entende que se está a “atingir o limite daquilo que é possível de apoio, muito embora tenha a certeza de que apesar de a crise ser grande a solidariedade dos portugueses é ainda maior”.
Os 19 Bancos Alimentares em atividade recolhem e distribuem várias dezenas de milhares de toneladas de produtos e apoiam ao longo de todo o ano a ação de mais de 1800 instituições em Portugal.
Estas distribuem refeições confecionadas e cabazes de alimentos a pessoas comprovadamente carenciadas, abrangendo já a distribuição total mais de 275 mil pessoas.
A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome explicou ainda que Portugal deixar de receber o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar, que deverá acabar em 2014, tudo se poderá complicar ainda mais.
“Estamos numa situação de crise económica e social e portanto estes programas garantem a almofada de sobrevivência de muitas pessoas que não têm emprego e outro tipo de rendimentos”, explicou.
OC
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