Julio Severo: “J’accuse: Eu acuso” plus 1 more |
Posted: 20 Apr 2012 05:07 PM PDT J'accuse: Eu acusoCarlos Ramalhete A função do Estado é garantir a ordem social, que não é fabricada de cima para baixo como a de um quartel. A própria legislação é, ou deveria ser, um reflexo dos costumes sociais e das regras informais pelas quais as pessoas conduzem a vida e os negócios. Para lidar com os elementos antissociais que não se adaptam à regra geral, e assim assegurar o respeito mútuo entre as pessoas, existe o Poder Judiciário. No Brasil, o Judiciário parece ter decidido que sua missão não é mais manter a ordem, e sim construir uma sociedade diferente. Uma sociedade que nega os valores e costumes da população. Uma sociedade em que a Justiça é inimiga, não protetora, da ordem social. Foi o Poder Judiciário federal que, de uma penada, equiparou a união homossexual ao casamento, desprezando assim a função social precípua desta instituição de direito natural, que é a geração e educação das gerações futuras de brasileiros, e fazendo com que ela diga respeito apenas ao prazer sexual e à propriedade. Foi o Poder Judiciário gaúcho que mandou retirar de suas dependências aquilo que é, para a imensa maioria da população, a lembrança de uma Justiça mais alta, o crucifixo. Foi, novamente, o Poder Judiciário que criou a ilógica figura da criança biologicamente viva e juridicamente morta, quando o STF despenalizou um tipo de aborto eugênico. Aliás, cabe lembrar que ainda não há sequer uma definição médica do que seja a anencefalia. Pode-se matar sem punição; só não se sabe ainda a quem. Se um candidato a cargo eletivo prometesse fazer qualquer destas coisas, não teria chance alguma de ser eleito. Se as propusesse depois de eleito, sua reeleição seria impossível. O único congressista que apoia a maioria delas conseguiu sua vaga pelo voto de legenda, pois nem a votação que obteve como "ex-BBB" rendeu-lhe votos bastantes para consegui-la por conta própria. Sua reeleição é, no mínimo, improvável. O Judiciário, porém, não depende de eleições. Para evitar pressões políticas e financeiras, para preservar a ordem social que ora parece ter se tornado sua inimiga, seus membros são dotados de garantias que, na prática, os tornam perfeitamente independentes. Esta independência, contudo, foi concebida para que se pudesse ter a esperança de justiça, para que o pequeno não temesse o poderoso. Para que a ordem pacífica da sociedade fosse preservada. Para conter demagogos eleitos, não para julgar – legislar! – demagogicamente. Em Berlim, contra o avanço nazista, havia juízes. Em Brasília, não mais. Fonte: Gazeta do Povo. Divulgação: www.juliosevero.com |
PLC 122/06: a vitória dos derrotados Posted: 20 Apr 2012 07:58 AM PDT PLC 122/06: a vitória dos derrotadosDr. Fábio Blanco Ceder, muitas vezes, não significa abrir mão de algo, mas, sim, a concretização plena de seus objetivos. Quando a bancada evangélica anunciou, há algum tempo, que apresentaria um substitutivo ao Projeto de Lei 122/06, preservando as igrejas no direito de expor seus pensamentos acerca da homossexualidade, muitas pessoas comemoraram, quando, na verdade, deveriam lamentar. Isso porque o sonho dos inimigos do cristianismo não é destruí-lo, mas calá-lo. Aprenderam, com a experiência, que tentar eliminá-lo é fortalecê-lo. Fora assim com os mártires, é assim com a Igreja Perseguida atual. Então, em uma lição aprendida desde o início dos movimentos revolucionários, ficou claro para os inimigos de Cristo que melhor do que tentar acabar com a Igreja, mais eficaz é encerrá-la em seus templos. A Europa Ocidental, que já iniciou seu inverno cristão, não caminha para a proibição da existência da religião, mas, claramente, tem, de maneira progressiva, a sufocado, hermeticamente, no interior de suas próprias paredes. A China, que há tempos tem experimentado um avivamento espiritual de sua cristandade subterrânea, começa, por meio de seu governo, a cooptar os líderes cristãos, como forma óbvia de bloquear sua influência espiritual sobre o povo. Foi assim, também, em outros movimentos anteriores: mantiveram a igreja formalmente existente, porém com sua voz restrita aos púlpitos. Aqui, o PLC 122/06 foi apresentado com uma redação extrema, que teria como consequência, caso aprovado, a total proibição da manifestação contrária, onde quer que fosse, ao homossexualismo. No entanto, se engana quem acredita que o plano dos idealizadores dessa lei era, realmente, a proibição total. Não que esse não fosse o sonho utópico dos camaradas anticristãos, mas eles sabem que tal extremo seria um verdadeiro alimento em favor das próprias igrejas. Por isso, quando se apresenta um projeto desse tipo, o planejamento já prevê a cessão. Como bons comerciantes, sobem o preço ao absurdo, a fim de concretizarem a venda no valor que lhes apraz. No caso, apresentam uma proibição total para, no processo de negociação, chegarem ao que lhes parece ser o ideal possível: a igreja vedada em seus templos. Entendendo essas coisas, fica evidente que a ação da bancada evangélica no Congresso, principalmente representada anteriormente pelo senador Marcelo Crivella, ao apresentar um substitutivo que apenas preserva a manifestação interna da Igreja, nada faz além de confirmar exatamente o planejamento inicial dos homossexualistas. Nesse caso, a aparente vitória é a mais fragorosa derrota. Considerando, ainda, que esse senador e outros integrantes da bancada evangélica apoiaram o mesmo governo que promove a agenda gayzista, é possível, sim, levantar a hipótese de que tudo isso não passa de um jogo de cena a fim de agradar o movimento homossexual governista e também agradar (ou enganar) os próprios cristãos. Portanto, quem vê na ação dos parlamentares evangélicos um grande movimento em defesa da fé e da verdade, pode estar sendo conduzido a festejar a própria condenação e derrota. No caso, não cabe negociação. Para quem defende a liberdade, a única opção é a oposição completa ao projeto de lei. Fonte: Discursos de Cadeira Divulgação: www.juliosevero.com Blogagem profética, testemunho de Julio Severo na sua luta contra o PLC 122 |
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