Confira a íntegra da carta do Cardeal Bertone ao Reitor da Ex-PUCP ROMA, 23 Jul. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- A seguir publicamos o texto na íntegra da carta do Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de estado do Vaticano, enviada ao Reitor da Ex-PUCP, Marcial Rubio Correa: Vaticano 11 de julho de 2012 Senhor Reitor: A Santa Sé seguiu com particular atenção a evolução da situação da Pontifícia Universidade Católica do Peru. (PUCP), especialmente depois da Visita canônica do Emmo. Card. Peter Erdo e sua visita a Roma no último 21 de fevereiro. Durante a conversação que mantivemos naquela oportunidade, por mandato do Santo Padre comuniquei-lhe, em substância, a ‘exigência legal’ de adequar os Estatutos dessa Universidade à legislação canônica da Constituição Apostólica Ex-Corde Ecclesiae, como deveria ter sido feito desde 1990. Este foi em todo momento o claro requerimento que a Santa Sé lhes realizou como óbvio requisito para que fossem reconhecidas e garantidas adequadamente a identidade e a missão específicas desta Universidade. Fui informado detalhadamente pelo Núncio Apostólico no Peru, Sua Excelência Dom James Green, das reuniões mantidas na sede da Nunciatura Apostólica, assim como de suas propostas. Atendendo ao pedido feito da sua parte, foi estendido o prazo para a adequação dos Estatutos do dia 8 para o dia 18 de abril deste ano. Devo comunicar-lhe agora a notável decepção com que esta Secretária de Estado foi percebendo a orientação que essa Reitoria dava à problemática, particularmente na carta N. 068/12.R de 13 de abril de 2012 e na surpreendente carta N. 095/12.R, de 9 de maio de 2012, publicada como ‘Aviso’ no Jornal ‘La Republica’ em 11 de maio de 2012. Chama particularmente a atenção o modo de apresentar nela as indicações recebidas da Santa Sé e o papel desempenhado pelo Arcebispo de Lima. Essa interpretação foi causa de desinformação para a comunidade universitária, para os fiéis e os cidadãos em geral. Como pude de expressar-lhe anteriormente, a situação irregular que vem atravessando a Universidade não é recente e foi matéria de séria preocupação dos três últimos Arcebispos de Lima, não somente do atual. A Universidade veio descumprindo as disposições legais estabelecidas, advertidas reiteradamente por escrito. Consta em nossos arquivos que os últimos Estatutos da PUCP aprovados, como corresponde a uma Universidade Pontifícia, pela Sagrada Congregação de Seminários e Universidades em 1946 e a eles foram se incorporando modificações aprovadas pela mesma Congregação nos anos 1957, 1964 e 1967. Desde a última data, as Autoridades da mencionada Universidade, sem prévia e necessária aprovação da Santa Sé, realizaram múltiplas e substanciais modificações dos mesmos prejudicando gravemente os direitos da Igreja. À luz do Acordo vigente entre o Peru e a Santa Sé e do Direito Canônico consideramos que estas modificações são ilegítimas e que através delas se está ocasionando um espólio à Igreja. Tendo recebido de sua parte uma resposta negativa ao requerimento da Santa Sé, devo constatar que nas Autoridades da Universidade que o Sr. Rege não há vontade de corrigir essa arbitrariedade, e que pretendem que a Igreja renuncie aos seus legítimos direitos ao serviço da educação católica. Esta atitude não reconhece a legítima autonomia de que a Igreja goza para organizar suas instituições educativas, como o caso da PUCP, em total observância das leis civis vigentes no País e do Acordo entre o Estado peruano e a Santa Sé. A autonomia das Universidades Católicas sempre foi plenamente reconhecida pela Igreja, dentro do âmbito de suas normas, porque o necessário aporte da liberdade é imprescindível para uma sã atividade de estudo e investigação comprometida na busca da Verdade, empenho que deve presidir todo esforço por ampliar as múltiplas dimensões do conhecimento e do saber. Pelo contrário, deixando de lado o requerimento feito a essa Universidade de acomodar-se à lei canônica, totalmente compatível com a legislação peruana, esta Reitoria responde que, como ‘premissa’ para adequar-se à lei da Igreja é necessário uma ‘negociação’ com o Arcebispado de Lima que impeça o controle deste sobre a administração do patrimônio da Universidade. Sobre este ponto se pronunciaram os tribunais do Peru. Trata-se de um direito-dever a favor da Igreja de Lima, que busca só garantir a transparência e exemplaridade de tal administração patrimonial e sua adequação aos fins institucionais dessa Universidade. Objetivos que interessam de igual maneira a todos os fiéis dessa comunidade eclesiástica. Surpreende inclusive, o fato que esta Reitoria anteponha um problema ‘que, ao final, se trata exclusivamente de um assunto de bens materiais’, como o Sr. afirmava em sua carta do último 13 de abril, ao dever que esta Secretária de Estado lhe recordava de observar a legalidade eclesiástica. Ambas questões possuem sua própria autonomia. Uma ‘solução integral’, como o Sr. diz, que não respeite os elementos de justiça que há tanto numa questão como na outra, representa uma solução contrária à justiça. A primeira exigência, incondicional, que essa Universidade tem que cumprir é a de ajustar-se ao Direito e adequar seus Estatutos à legislação canônica. À luz do que tenho escrito e depois de tantos anos de diálogo e tentativas para restabelecer a legítima autonomia própria de uma Universidade Católica, a Santa Sé se vê obrigada a adotar as necessárias medidas em relação a essa Universidade. À presente carta anexo o Decreto da Santa Sé a respeito. A Você, Sr. Reitor, incumbe-lhe uma concreta responsabilidade na presente situação já que, em função do cargo, o Sr. tem a missão de fazer que se cumpra na comunidade universitária as leis e disposições da Igreja. Com todo o respeito lhe saúda atentamente e o encomenda Tarcisio Cardeal Bertone Secretário de Sua Santidade voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Decisão oficial do Vaticano: universidade peruana não poderá usar os títulos de “Pontifícia” e “Católica” ROMA, 23 Jul. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Em um comunicado com data de 20 de julho a Sala de Imprensa do Vaticano informou que a Santa Sé decidiu retirar os títulos de "Pontifícia" e de "Católica" da Pontifícia Universidade Católica do Peru, com sede na cidade de Lima. A seguir ACI Digital reproduz o texto do comunicado vaticano na íntegra: "A Santa Sé, com Decreto do Emmo. Secretário de estado, baseada em específico mandato Pontifício, decidiu conforme à legislação canônica retirar à Pontifícia Universidade Católica do Peru o direito de usar em sua denominação os títulos de ‘Pontifícia’ e de ‘Católica’. A mencionada Universidade, fundada em 1917 e erigida canonicamente com Decreto da Santa Sé em 1942, a partir de 1967 modificou unilateralmente seus Estatutos em diversas ocasiões prejudicando gravemente os interesses da Igreja. A partir de 1990, a Santa Sé em múltiplas ocasione requeriu que a universidade adequasse seus Estatutos à Constituição Apostólica Ex-Corde Ecclesiae (15 de agosto de 1990), sem que ela tenha respondido a esta exigência legal. Depois da Visita Canônica realizada em dezembro de 2011 e a reunião entre o Reitor e o Emmo. Cardeal Secretário de estado em fevereiro de 2012, houve uma ulterior tentativa de diálogo em vistas a adequar os Estatutos à lei da Igreja. Recentemente, mediante duas cartas dirigidas ao Emmo. Secretário de estado, o Reitor manifestou a impossibilidade de realizar o que o requerimento a ele dirigido, colocando como condições a modificação dos Estatutos e inclusive a renúncia por parte da Arquidiocese de Lima ao controle da gestão dos bens da Universidade. A participação da Arquidiocese de Lima no controle da gestão patrimonial desta entidade foi confirmada em várias ocasiões com sentenças dos Tribunais civis do Peru. Diante desta atitude por parte da Universidade, confirmada ademais por outras iniciativas, a Santa Sé se viu obrigada a adotar as mencionadas medidas, ratificando em qualquer caso o dever que segue tendo tal Universidade de observar a legislação canônica. A Santa Sé seguirá atentamente a evolução da situação desta Universidade, desejando que em um futuro próximo as Autoridades acadêmicas competentes reconsiderem sua posição com o fim de poder revisar as presentes medidas. A renovação requerida pela Santa Sé fará que a Universidade responda com mais eficácia ao compromisso de levar a mensagem de Cristo ao homem, à sociedade e às culturas, segundo a missão da Igreja no mundo". voltar ao início | comentar a notícia | arquivo “Bote Fé na Vida” marca contagem regressiva de um ano para JMJ Rio2013 RIO DE JANEIRO, 23 Jul. 12 (ACI) .- Faltando exatamente 365 dias para o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013, o setor de Pré-Jornada do Comitê Organizador Local (COL) promoveu o Bote Fé na Vida – corrida e caminhada-, em diversas dioceses brasileiras na manhã do último domingo, 22 de julho. Só no Rio de Janeiro, cidade-sede do evento em 2013, cerca de sete mil pessoas participaram da corrida na praia de Copacabana, onde também serão realizados alguns dos atos centrais do encontro mundial dos jovens com o Papa. Com um percurso de 3km, a corrida e caminhada começaram com a bênção do arcebispo do Rio e presidente do COL, Dom Orani Tempesta. "Estou achando muito bonito a adesão de tantas pessoas neste momento. Que todos possam voltar para suas paróquias e continuar os trabalhos de preparação da Jornada", enfatizou o prelado. De acordo com o responsável pelo Setor de Pré-Jornada, padre Jefferson Araújo, a corrida foi uma forma de divulgar o evento para as pessoas que não participam da Igreja. “Pensamos em ambientalizar a sociedade à realidade da Jornada, que não se prende a um evento dentro de Igreja, mas que mexe com a cidade inteira, com o país e com o mundo inteiro. São peregrinos de todos os lugares que vêm para o Rio”, ressaltou. Ao todo 120 Dioceses realizaram o Bote Fé na Vida. Na Arquidiocese de Brasília, o início de chuva não tirou a animação dos quase 1.200 participantes que deram a volta pela Esplanada dos Ministérios em um percurso de 4km. Na diocese de Duque de Caxias, subsede da JMJ, cerca de mil pessoas participaram da corrida. O voluntário Filipe Peclat, de 22 anos, contou que entre os participantes estava uma senhora de 91 anos. “Eu achei essa iniciativa incrível! Dava pra ver estampada no rosto das pessoas a felicidade de estar participando daquele momento mostrando como o jovem pode ser protagonista da sua história! Acho que, com esse evento, conseguimos reunir todos os tipos de juventude!”, disse. Nas arquidioceses de Olinda e Recife, o vencedor de cada prova ganhou uma passagem de ida e volta para participar da JMJ no Rio de Janeiro em 2013. Já os segundos e terceiros lugares ganharam uma bicicleta cada. Após a premiação, foram realizados vários shows. A Diocese de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a corrida teve um percurso mais extenso, de 6,1 km (entre os municípios de Tracunhaém e Nazaré da Mata). Mas os participantes tiveram uma boa motivação. A premiação também foi um pacote de viagem para a JMJ Rio2013. Nas Dioceses de Palmares (PE) e de Natal (RN), além da corrida, o Bote Fé na Vida teve uma programação ampla com shows, missa e apresentações culturais. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Google criticada por ceder à pressão global para impor a agenda gay WASHINGTON DC, 23 Jul. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- A pressão da companhia Google para obter o reconhecimento legal das relações homossexuais em países como a Polônia ofendeu os seus críticos, que asseguram que a firma deveria preocupar-se com as violações contra direitos humanos fundamentais básicos em outros lugares. Em diálogo com o grupo ACI no dia 17 de julho, o diretor do Instituto Tertio Millenio de Cracovia (Polônia), Pe. Maciej Zieba, lamentou que “a Google não pode distinguir entre discriminação, tolerância e promoção”. “Na minha opinião, seria muito melhor se a Google, com o mesmo zelo, se concentrasse nas violações de direitos humanos em muitos países da Ásia e África, onde são violados direitos humanos elementares”. No dia 7 de julho em Londres, o diretor do departamento de Diversidade e Inclusão da Google, Mark Palmer-Edgecumbe, disse na Conferência Global de Lugares LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) para o trabalho que desenvolverá iniciativas em todo mundo como parte de seu “muito ambicioso trabalho”. “Queremos que nossos empregados que são gays ou lésbicas ou transgêneros tenham a mesma experiência fora do escritório como a que têm dentro dele”, disse. A campanha se enfocará em países como a Polônia, que não reconhece os “matrimônios” homossexuais, e Singapura, que criminaliza os atos homossexuais. Um registro de 8 de julho da página de diversidade da companhia afirma: “a Google acredita que os direitos LGBT são direitos humanos. Estamos nos associando com organizações ao redor do mundo para despenalizar a homossexualidade e eliminar a homofobia”. Entretanto, o gigante da Internet modificou posteriormente a forma de apresentar sua campanha. O escritório da companhia em Varsovia (Polônia) recentemente recebeu o político e ativista homossexual Krystian Legierski para uma “conversação de escritório aberto e um almoço para discutir a importância das leis de associação civis”. O P. Zieba se sentiu surpreso pelo uso inicial de uma linguagem de fé por parte da Google. A promoção de uma fé, disse, será uma “espécie de trabalho “missionário”. “Mas esta forma de trabalho missionário no século XXI parece bastante anacrônica, e realizá-la desde o exterior é um sintoma de mau gosto”, assinalou. O sacerdote indicou que a discriminação contra a mulher, perseguições religiosas, a falta de liberdade de expressão e a perseguição da oposição política em outros países são causas muito mais importantes. O P. Zieba também rechaçou a afirmação de que os católicos poloneses são intolerantes. “Os católicos devem opor-se a qualquer forma de intolerância ou discriminação”, afirmou o sacerdote que também assinalou a existência de “representantes de minorias sexuais” no parlamento nacional e nos meios de comunicação. O comentarista católico polonês-americano George Weigel também criticou a campanha da Google, dizendo que não significa “nada de bom” para a defesa do matrimônio e da moral pública. Em um correio enviado ao grupo ACI no dia 14 de julho, Weigel disse que “não vejo por que é um assunto do Google a forma que a Polônia defina por matrimônio o que é definido pela natureza, não pelos fornecedores de Internet, nem pelos governos”. Weigel disse que o ativismo gay na Polônia foi “o mesmo que em outras partes”, em referência a que “uma pequena minoria vendeu exitosamente a falsa noção de que a homossexualidade é o equivalente à raça para os propósitos das leis de direitos civis e humanos”. Os católicos na Polônia e nos Estados Unidos, disse, deveriam escrever às companhias que apóiam as agendas políticas homossexuais e expressar “sua oposição a esta propaganda”. A iniciativa da Google assinala o trabalho da companhia nas celebrações do orgulho gay, em cidades dos Estados Unidos, em São Paulo (no Brasil), Tel Aviv (Israel) e Varsóvia (Polônia). Seus sócios incluem a Campanha de Direitos humanos, a Associação Nacional de Jornalistas Lésbicas e Gays, e a StoneWall. Entre os apresentadores convidados na Conferência “Legalizem o Amor” da Google, figuraram Peter Tatchell, um ativista britânico com uma história de ações anti-católicas e anti-cristãs. Em abril de 1998, junto a outros ativistas, ele irrompeu durante o Sermão Pascal do Arcebispo de Canterbury, no Reino Unido. Em 2004, Tatchell e outros ativistas, usando uma linguagem insultante para os fiéis e o clero, bloquearam o ingresso à Catedral de Westminster (Reino Unido) e impediram que os católicos fossem à Missa de Domingo de Ramos. O ativista britânico se opôs s defesa da liberdade religiosa de agências de adoção cristãs que queriam dar crianças em adoção apenas a casais casados. A carência destes amparos causou o fechamento de muitas agências católicas de adoção no Reino Unido. Tatchell também foi um dos que pediram a prisão do Papa Bento XVI durante sua visita ao Reino Unido em 2010. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Comoção em Cuba pela morte do dissidente católico Oswaldo Payá em um acidente automobilístico HAVANA, 23 Jul. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Hoje pela tarde faleceu Oswaldo Payá Sardiñas, histórico líder católico da dissidência de Cuba, em um acidente de trânsito na província de Granma, ao sudeste de Cuba. O acidente ocorreu aproximadamente às 3:00 p.m. (hora local) quando Payá e outras três pessoas se transladavam em automóvel de Havana até a cidade de Bayamo em Granma. Elizardo Sánchez, presidente da Comissão Cubana de Direitos humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), seu irmão Carlos Payá que radica em Madrid e secretário do Bispo de Bayamo, Dom Carlos Amador, confirmaram a notícia à agência Europa Press. Por sua parte, Rosa María Payá, filha de Oswaldo, confirmou a notícia à rede CNN. "Havia um automóvel tentando tirá-los da estrada, investindo contra eles em todo momento. Assim pensamos que isto não foi um acidente. Alguém queria causar-lhe um mal e terminaram matando meu pai", relata a mulher em uma gravação difundida por Carlos Payá. A filha de Payá foi avisada pela polícia cubana do acidente, e os acompanhantes proporcionaram os detalhes do fato. "Há vinte anos pensávamos que este desenlace era uma possibilidade", disse Carlos Payá em entrevista com a CNN em espanhol, e adicionou que seu irmão permanentemente açoitado pela polícia. A página www.oswaldopaya.org publicou uma nota afirmando: “às 16:00 horas de 22 de julho se confirmava a fatal noticia, a morte de líder do Movimento Cristão Liberação Oswaldo Payá, e Harold Cepero, líder juvenil do MCL. As circunstâncias destas mortes não foram esclarecidas e estão abertas todas as hipóteses. Portanto demandamos à Junta Militar cubana uma investigação transparente e chamamos a todos os amigos solidários com a causa da libertação dos cubanos que se mantenham alertas e apoiando-nos nesta demanda”. "Responsabilizamos a junta militar cubana e o (presidente) general Raúl Castro pela vida do nossa líder Oswaldo Payá e pela de seus acompanhantes", diz outro artigo da página. Carlos Payá disse que Oswaldo “era um dissidente pacífico, nomeado seis vezes ao prêmio Nobel da Paz, mas sobre tudo um grande ser humano, uma das pessoas mais bondosas que pode haver neste mundo. Uma pessoa dedicada de corpo e alma a buscar a paz e a reconciliação entre os cubanos". Para o Carlos Alberto Montaner, colaborador da CNN em espanhol, esta foi "a perda mais terrível que podia ter o movimento democrático dentro do país". A família do dissidente cubano se transladou a Bayamo para identificar o cadáver de Payá. Oswaldo Payá o mais importante líder da dissidência cubana. Promotor e impulsor do Projeto Varela, que tem como objetivo fundamental a volta à democracia e a liberdade de Cuba. Em 2002, o Parlamento rechaçou sua proposta, que, segundo o então presidente, Fidel Castro, era um complô dos Estados Unidos para derrocar seu Governo. Em outubro desse mesmo ano, o Parlamento Europeu concedeu-lhe o prêmio Andrei Sajarov, um reconhecimento aos que promovem aos Direitos humanos e a Liberdade de Pensamento pela sua luta pacífica a favor da democracia Payá, líder do Movimento Cristão de Liberação, foi enviado a um acampamento de trabalhos forçados na década de 1960. Dias antes da histórica visita que o Papa Bento XVI fez a Cuba no mês de março deste ano, Oswaldo Payá conversou amplamente com a agência do grupo ACI em espanhol, ACI Prensa. Naquela oportunidade criticou a falta de direitos e o cativeiro que por décadas vive Cuba sob o regime comunista dos irmãos Fidel e Raúl Castro. Entretanto, assinalou que "não se pode condicionar o que o Papa deve dizer" quando chegar à ilha. "Eu não vou pôr palavras na boca do Papa. O que temos é uma atitude de escuta e eu acredito que as mudanças em Cuba são responsabilidade de nós os cubanos e não é justo nem tampouco saudável que se crie a expectativa de que o Papa e seu discurso serão o que produza as mudanças políticas em Cuba. Porém, sim esperamos uma mensagem de esperança", expressou. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo |
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