AS DIMENSÕES DA FÉ
S.João já tinha fé antes de ir ao túmulo, mas não era ainda a fé na Ressurreição.
Assim podemos dizer que partiu de um "talvez" da fé (as palavras de Madalena poderiam ser verdadeiras), para uma fé baseada na evidência (eu vi o túmulo vazio e acreditei que alguma coisa teria acontecido); para uma fé baseada no seu próprio encontro com o Senhor ressuscitadi (eu vi Jesus e acredito que Ele ressuscitou de entre os mortos).
Num sentido, este movimento para a fé na ressurreição é a razão pela qual João escreveu o seu Evangelho.
Logo no princípio João escreveu :
-"E o Verbo fez-Se homem e habitou entre nós, e nós vimos a Sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade".(Jo.1,14).
E perto do fim, João esreveu :
-"Muitos outros prodígios fez ainda Jesus, na presença dos discípulos, os quais não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo,(Messias), o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em Seu nome".(Jo.20,30-31)
Podemos assim, todos nós, com certeza, aprofundar a nossa fé na ressurreição de Jesus, nosso Messias e nosso Senhor.
À medida que a nossa fé cresce, a graça de Deus move-nos para que sejamos mais constantes no nosso amor pelos outros.
Há dois caminhos ou duas maneiras pelas quais nós podemos dizer que a nossa fé se vai movendo a partir de um conceito intelectual de viver a fé na ressurreição.
O Primeiro é olhar para a nossa aparência exterior.
À medida que a nossa fé vai crescendo a graça que nós recebemos da Eucaristia e a nossa oração pessoal, devem mover-nos para que sejamos mais constantes no nosso amor pelos outros.
Devemos sentir que nos tornamos mais pacíficos, menos agitados e mais compassivos.
Devemos sentir que aceitamos mais facilmente os sentimentos dos outros na nossa vida, sobretudo – os membros da família, os amigos, os colegas do trabalho, até mesmo os menos conhecidos.
Nós devemos sentir mais respeito pelos outros a quem devemos considerar como filhos de Deus.
Devemos estar menos interessados na má lingua e mais concentrados e abertos para ajudarmos os que mais precisam de ajuda e carinho.
E, o mais importante, nós devemos sentir força e coragem para perdoar as ofensas dos outros com vontade de viver de bem com todos.
O Segundo é aquele pelo qual nós podemos dizer que a nossa fé vai crescendo pelo que sentimos interiormente.
À medida que o Espírito Santo nos vai comunicando a fé na ressurreição, nós descobrimos uma nova disposição espiritual nos nossos corações.
Não apenas nas nossas relações para com os outros, mas especialmente o nosso profundo relacionamemnto com o Senhor.
Podemos dispor de mais tempo para com o Senhor na nossa oração pessoal, na meditação sobre a Sagrada Escritura no sentrido de darmos mais Glória a Deus.
Foi isto que Paulo queria dizer quando escrveu aos Coríntios do seu tempo e que serve também para nós, em cada dia :
-"Porque quem conheceu o pensamento do Senhor para que O possa instruir ? Nós, contudo, possuimos o pensamento de Cristo".(1 Cor.2,16).
Tal como Jesus, nós tornamo-nos mais conscientes a respeito do nosso relacionamento com Deus Pai.
E ainda, tal como Jesus, nós tornamo-nos mais conscientes dos nossos cuidados para com todos aqueles que nos rodeiam e precisam de nós,
Nós devemos ter a consciência da presença de Deus e tornarmo-nos intrumentos da presença de Deus no mundo.
Estas são, portanto as duas maneiras ou os dois caminhos através dos quais nós pdemos aprofundar e desenvolver a nossa fé na ressuirreição.
Eles são também dois caminhos concretos pelos quais nós podemos dizer que Jesus nos abençoa mesmo sem o termos visto.
Se nós virmos que estas características vão crescendo dentro de nós, teremos a cereza de que Deus vive e actua dentro de nós.
Nascimento
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