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    domingo, 5 de maio de 2013

    Julio Severo: “Os índios, a cultura da morte e os poetas do infanticídio” plus 1 more






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    Julio Severo: “Os índios, a cultura da morte e os poetas do infanticídio” plus 1 more



    Os índios, a cultura da morte e os poetas do infanticídio
    Posted: 05 May 2013 02:00 AM PDT

    Os índios, a cultura da morte e os poetas do infanticídio
    Ninguém vai dar beijo na boca para salvar os curumins?
    Reinaldo Azevedo
    Vivemos dias, como sabem, da mais absoluta inversão moral. Um deputado como Osmar Terra (PMDB-RS), que propõe uma lei mais dura contra o tráfico, é tratado pela imprensa como bandido. É achincalhado, convoca-se um batalhão para dar opiniões e escrever artigos contra a sua proposta e lhe cassam a palavra. Já um outro, como o petista Paulo Teixeira (SP), que acha que um estoque de drogas para até 10 dias de consumo deve ser considerado legal (e isso é tráfico, claro!), é visto como herói, é paparicado, é tratado como pensador. Assim, ninguém aqui vai estranhar muito, embora possa ser estupefaciente, ao saber que uma entidade que salva crianças indígenas do infanticídio está sendo perseguida pelo Estado brasileiro. Vamos ver.
    Num dos textos que escrevi sobre o tal Beto, aquele senhor que, por distração da Igreja, ainda era seu sacerdote, afirmei que a cultura politicamente correta dos nossos dias convive bem com o infanticídio praticado por tribos ianomâmis, mas acha absurdo que a Igreja Católica cultive alguns valores sobre a família. Citei o caso dos ianomâmis, mas atenção!, há pelo menos 20 etnias no Brasil que ainda matam suas crianças, sob o olhar cúmplice da Funai e do Ministério da Justiça. Certa "antropologia" acha que o "homem branco" não tem de se meter. Em nome do multiculturalismo, considera-se um "direito" matar infantes. As situações que "justificam" a sentença são as mais variadas: deficiência física, nascimento de gêmeos (um tem de ser morto), filho de mãe solteira… E vai por aí.
    Recebi um comentário enviado por Damares Alves, que é pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular, advogada e assessora parlamentar. Ela é fundadora e dirigente de uma entidade chamada Movimento ATINI-Voz Pela Vida, que intervém, salva e cuida de crianças condenadas. Também é preciso dar abrigo às famílias, que, para salvar seus filhos, são obrigadas, muitas vezes, a deixar a comunidade. Resultado: o ATINI está sendo perseguido pelo estado brasileiro. É isto mesmo: quem salva vidas é obrigado a se explicar!

    Damares Alves

    Damares está diretamente envolvida com o projeto, trabalho que é severamente combatido pela Funai. A fundação e alguns de seus aloprados acham que a intervenção descaracteriza a cultura dos índios. Leiam trecho da mensagem de Damares. Volto em seguida.
    Reinaldo,
    Não dá mais para viver neste país sem ler seu blog todos os dias. Que bom que você, novamente, tocou no assunto infanticídio em áreas indígenas! Faz tempo que queremos convidá-lo a conhecer alguns pais indígenas que, contando com apoio de pessoas corajosas, lutaram para salvar seus filhos do infanticídio. Então fica registrado o convite. Venha e descobrirá como estão lindas as crianças, algumas já são adolescentes. Venha passar uma tarde conosco, em nossa instituição. Venha jogar bola com elas (se prepare para perder), venha ver como elas estão felizes. Mas venha também degustar comidas indígenas com os adultos — claro que, em nosso cardápio, temos formigas vivas para lhe servir. Tem coragem?
    Aproveito para lhe recomendar o documentário "Quebrando o Silêncio", da cineasta Sandra Terena, onde ela, como indígena, apresenta imagens e depoimentos provando que o infanticídio ocorre também em outras etnias e que os índios amam seus filhos e querem ajuda para não mais eliminá-los, mesmo que alguns "intelectuais" digam que os índios devem continuar matando seus filhos. Por ajudar os indígenas a salvar as crianças o Movimento ATINI-Voz Pela Vida (www.atini.org/), do qual sou uma das fundadoras, responde a inquéritos na Polícia Federal, e algumas pessoas que voluntariamente acolheram crianças em suas casas também estão sendo ameaçadas.
    (…)
    Reinaldo, mais uma vez parabéns pela sua coragem. Obrigada por sempre lembrar dos pequenos curumins, Que o Grande Tupã o abençoe!
    Damares Alves
    Sou grato a Damares pelas palavras gentis, mas terei de declinar das formigas vivas… Não rola, assim, uma farinha de mandioca com água, hehe? Brincadeira à parte, Damares certamente cita o caso das formigas para deixar claro que, ao salvar uma criança, ninguém está querendo mudar os hábitos indígenas. Ademais, em nome de que teoria é sustentável a tese de que as culturas indígenas estão proibidas de operar mudanças?
    O direito à vida é um valor universal protegido pela nossa Constituição. Assim, o infanticídio, se praticado em território brasileiro, é crime. E ponto final. Ainda que índios não aculturados sejam inimputáveis (e é bom deixar claro que o infanticídio persiste mesmo em tribos que já descobriram o mundo moderno…), é evidente que os agentes da Funai não são. Se há conivência — E HÁ — com essa prática, estão praticando crimes.
    A comissão antes de Feliciano
    A questão chegou à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, nos tempos pré-Feliciano, quando aquilo, a dar crédito aos nossos jornais, era um antro de humanistas de esquerda. Em 2007, o deputado Henrique Afonso, do PV do Acre, apresentou um projeto de lei que punia os funcionários públicos que fossem coniventes com o assassinato de crianças indígenas. Responderiam por crime de omissão de socorro.
    A Funai e alguns antropólogos pressionaram. Os esquerdistas da comissão, então, decidiram adiar o debate por quatro anos. Em 2011, a questão voltou. O texto de Afonso foi substituído por outro, da deputada petista Janete Pietá (PT-SP). Acabou-se com a possibilidade de punir os servidores públicos brasileiros que, rasgando a Constituição, forem coniventes com o crime. Janete, com aquela pureza d'alma muito própria dos petistas, deu, então, a seguinte declaração: "A tradição de sacrificar crianças é mantida por poucas comunidades. O Brasil tem mais de 200 povos indígenas. Se isso ainda ocorrer em 20, são apenas 10%". Entenderam? Para a deputada petista, desde que não seja muito infanticídio, mas só um pouco, então tudo bem.
    Ninguém deu bola para a sua declaração. Não teve selinho. Quando a comissão, em suma, nos tempos pré-Feliciano, deu aval branco para matar criancinhas em nome da preservação da cultura indígena (só em 10% das comunidades, né, deputada?), ninguém foi lá invadir a Câmara, subir na mesa, sapatear.
    Criancinha assassinada não faz lobby na imprensa.

    Fonte: Reinaldo Azevedo

    Divulgação: www.juliosevero.com

    Leitura recomendada:

    Alerta: Dra. Damares Alves dá uma mensagem poderosa aos pais
    Novo código penal: penalizando os inocentes e inocentando os criminosos
    Paixão indígena: a luta de Damares Alves para resgatar crianças indígenas
    Zoológicos humanos
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    Delegados da ONU Ficam Preocupados com Agenda Pró-Aborto

    Posted: 04 May 2013 05:48 PM PDT

    Delegados da ONU Ficam Preocupados com Agenda Pró-Aborto
    Dr. Stefano Gennarini
    NOVA IORQUE, EUA, 3 de maio (C-FAM) Cansaço de fim de noite acompanhou insistentemente os delegados da ONU na sexta-feira passada quando ativistas pró-aborto haviam excedido sua estadia de acolhimento. Uma resolução sobre migração ficou paralisada a semana inteira e ninguém nem mesmo aclamou quando foi finalmente aprovada.
    Os promotores do aborto e de direitos sexuais sufocaram o debate neste ano na Comissão de População e Desenvolvimento, conhecida como CPD46. Embora a comissão tenha tratado de algo tão trivial como "novas tendências na imigração," atenção inesperada ao aborto levou à negligência das necessidades mais básicas dos migrantes.
    A comissão no final adotou uma resolução sobre migração 2006. Essa resolução não mencionou saúde e direitos sexuais e reprodutivos, amplamente considerados questões periféricas nos debates sobre migração. Mas países ricos que gastaram bilhões de dólares anualmente para reduzir a fertilidade nos países em desenvolvimento asseguraram que neste ano não se repetiu o descuido.
    Na sexta-feira de noite, as nações em desenvolvimento se queixaram de que o aborto e direitos sexuais distraíram a comissão das necessidades básicas dos migrantes. O consenso da ONU sobre assuntos sexuais é bem-estabelecido, e não mudou desde uma conferência histórica no Cairo em 1994 que não quis reconhecer um direito internacional ao aborto e direitos homossexuais. Alguns países tentam reabrir as conversações sobre essas questões em todas as oportunidades, e os delegados da ONU estão experimentando considerável fadiga.
    Uma versão preliminar da resolução continha mais de quarenta menções à saúde sexual e reprodutiva, orientação sexual ou direitos reprodutivos. Alimentos, saúde, educação e outras necessidades básicas não apareceram, cada uma, mais de uma ou duas vezes. Alguns delegados queriam que a saúde sexual e reprodutiva fosse mencionada junto com direitos humanos nos primeiros parágrafos da resolução. Eles não tiveram sucesso.
    O diplomata das Filipinas que estava liderando as negociações tentou injetar um pouco de sanidade: "Não queremos que os migrantes pensem que seu único e mais importante direito é à saúde sexual e reprodutiva." Mas os diplomatas da Argentina o acusaram de tendenciosidade, e o diplomata das Filipinas entregou as negociações ao presidente moldavo da comissão.
    Quando as negociações ainda vacilaram, o moldavo produziu uma versão preliminar fazendo concessões. "Ninguém vai ficar feliz," ele avisou os delegados. Sua declaração comprovou ser profética, mas só depois de uma dramática falta de energia elétrica na sede da ONU enquanto os delegados aguardavam a versão preliminar.
    O consenso do Cairo emergiu mais uma vez. Mas a resolução do presidente preservou o que alguns países chamaram de foco desequilibrado.
    O G77, o maior bloco votante na ONU com 127 países, e o Grupo Árabe se queixaram de um foco restante na saúde e direitos sexuais. O Grupo Africano, liderado pela Nigéria e negociando sem a esquerdista República da África do Sul, não ficou feliz com a pouca atenção dada aos direitos básicos.
    O embaixador da Nigéria teria recebido uma ameaça não muito oculta da Federação Internacional de Planejamento Familiar sobre a posição do Grupo Africano no debate de migração deste ano. A Polônia, Malta, Hungria, Chile, Costa Rica e Honduras repetiram suas reservas muitas vezes declaradas de que qualquer linguagem sobre saúde sexual e reprodutiva não é uma endosso subtendido ao aborto.
    A maioria dos países não está disposta a reconhecer o aborto e a conduta homossexual como "direitos humanos." Eles repetiram isso um mês atrás na Comissão da ONU sobre a Condição das Mulheres. Mas os Estados Unidos e algumas nações europeias têm transformado essas questões em prioridades elevadas em sua política externa, o que significa que os delegados dos países em desenvolvimento são obrigados a repetirem-se múltiplas vezes.
    O choque da semana passada ocorreu tanto no Twitter quanto na sala de negociações. Várias organizações pró-vida estavam ativas nos feeds de Twitter opondo-se à opinião geral da ONU e outros promotores do controle populacional de que as camisinhas resolverão os problemas dos povos do mundo.

    Tradução: www.juliosevero.com

    Fonte: Friday Fax

    Leitura recomendada:

    Jogos de aborto entre Brasil e ONU
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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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