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    segunda-feira, 6 de maio de 2013

    [ZP130505] O mundo visto de Roma


    Campanha de doações : Necessita-se de AÇÃO URGENTE antes de 15 de maio!


    Pedimos à generosidade de todos os leitores que ainda não puderam responder com sua contribuição.

    ZENIT verdadeiramente é uma agência conduzida por seus leitores. Não tem nenhuma outra fonte substancial de recursos para cobrir os gastos anuais: o único meio com que contamos é a generosidade dos leitores que possam nos apoiar.
    Se não conseguirmos nos aproximar da meta de 70.000 dólares, ou seja, 140.000 Reais aproximadamente (53.000 Euros) para a edição em português, não poderemos garantir a continuidade do serviço.

    Por favor, se você tem condições, não deixe de participar desta campanha de doações!
    Se está pensando ou em algum momento pensou em sustentar ZENIT, este é o momento: envie sua doação agora mesmo!

    É possível enviar sua doação com cartão de crédito, cheque ou transferência bancária.

    Todas as informações para enviar uma doação se encontram em: http://zenit.org/portuguese/doacao.html

    Agradecemos de coração pela ajuda que cada um possa nos dar!
    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 05 de Maio de 2013


    Papa Francisco
    "Peçamos a Deus o dom do Espírito Santo"
    Palavras do Papa durante a oração do Regina Caeli
    Papa Francisco recebe o presidente do Líbano
    Falaram sobre a situação do país, dos refugiados sírios e dos cristãos no Oriente Médio
    Cristãos corajosos que transmitem a fé e desafiam a Jesus na oração
    O Papa, em Santa Marta, pede para anunciar com força o Evangelho, evitando o risco de se tornar cristãos mornos que fazem tanto mal à Igreja
    A Igreja do sim, a Igreja do não, e a harmonia do Espirito Santo
    Na homilia de hoje, Papa Francisco destaca que quando nós não deixamos o Espirito Santo trabalhar, começam as divisões na Igreja
    Aniversário da beatificação de João Paulo II
    Mensagem do Papa Francisco durante a Audiência Geral de ontem
    "O trabalho faz parte do plano de amor de Deus"
    Catequese do Papa Francisco durante a audiência Geral de ontem
    Confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer
    Palavras do Papa Francisco na homilia da missa celebrada hoje na capela da Casa Santa Marta
    Bendita vergonha
    Consoladora homilia na missa diária do papa Francisco
    Santa Sé
    Um sacerdote, uma freira, uma mística e uma rainha: beatos em breve
    O papa autoriza a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os decretos sobre as virtudes heroicas dos futuros beatos
    A reforma do Papa Francisco
    Entrevista ao Substituto da Secretaria de Estado, monsenhor Angelo Becciu
    Bento XVI volta para o Vaticano
    Papa emérito foi recebido pelo Papa Francisco na sua nova residência, o mosteiro Matter Ecclesia
    Argentina e Vaticano emitem selos comemorativos
    Apresentado ao Papa Francisco série filatélica dedicada ao seu Pontificado
    Papa Francisco recebe convite para visitar Israel
    Pontífice encontra o Presidente Shimon Peres
    Pregação Sagrada
    Pregação meditada diante do Santíssimo Sacramento
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
    Igreja e Religião
    Evangelizar brincando, cantando e dançando
    A importância de adaptar a linguagem do evangelho para comunicá-lo às crianças
    O papa a dom Rino Fisichella: "Diga aos membros da Renovação Carismática que eu os amo muito"
    Mensagem pessoal do papa Francisco ao presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, que participa na convenção nacional italiana do movimento
    Cultura e Sociedade
    Tudo pronto para a chegada de Shimon Peres em Assis
    Presidente é o nono prêmio nobel a visitar a Basílica de São Francisco
    Liturgia e Vida Cristã
    Quando o leitor deve inclinar-se?
    Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual
    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Relíquia do beato João Paulo II estará presente nos Atos Centrais da JMJ Rio2013
    Presidente da Fundação João Paulo II se reune com o Comitê Organizador Local
    Eis que se aproximam os dias
    Menos de três meses faltam para a Jornada Mundial da Juventude!
    Homens e Mulheres de Fé
    Respondam ao mal com o bem
    O ataque do grupo Femen contra o arcebispo de Bruxelas
    Observatório Jurídico
    O código canônico: 30 anos!
    Advogo a tese de que num futuro não distante, o código canônico venha a ser escrito em inglês, o idioma universal da atualidade.
    Familia e Vida
    França: os dez deputados da esquerda que desafiaram Hollande
    São contrários à lei do matrimônio de pessoas do mesmo sexo
    A propósito de eutanásia e qualidade de vida
    Esclarecimentos sobre os termos relativos ao fim da existência humana
    Mundo
    Que todos os políticos adiram à iniciativa Um de Nós
    Cresce mobilização católica para apoiar projeto dos cidadãos europeus
    Venezuela: a violência no Parlamento corrompe sua identidade
    Comunicado dos bispos diante da gravidade do momento que o país está vivendo
    Nigéria: País está ameaçado pela "corrupção e insegurança", denuncia Cardeal Onaiyekan
    Sempre que os serviços governamentais falham, a resposta é dada pela Igreja Católica
    Entrevistas
    Em que medida a falta de fé pode ser motivo para a nulidade matrimonial? (Parte II)
    Entrevista com o professor de direito matrimonial Miguel Ángel Ortiz, da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, juiz no tribunal de apelação do Vicariato de Roma
    Em que medida a falta de fé pode ser motivo para a nulidade matrimonial? (Parte I)
    Entrevista com o professor de direito matrimonial Miguel Ángel Ortiz, da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, juiz no tribunal de apelação do Vicariato de Roma (Parte I)
    Espiritualidade
    O décimo dos Dez Mandamentos da Lei de Deus
    Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti
    A fé não esmorece diante das provações
    Homilia de Dom Augusto César no Santuário de Fátima
    Análise
    As consequências da Primavera Árabe
    Os cristãos estão cada vez mais sendo alvo no Oriente Médio
    Relativismo absoluto ou absolutismo relativista?
    Por que o ateísmo e o relativismo são contraditórios
    Flash
    "Votação popular" do troféu Louvemos o Senhor encerra dia 08
    Neste ano 24 categorias serão premiadas no maior prêmio nacional da música católica.
    "Alegria e sofrimento na positividade do real"
    III Conferência Provincial de Bioética em Cremona, Itália, neste sábado, 4 de maio



    Papa Francisco
    "Peçamos a Deus o dom do Espírito Santo"
    Palavras do Papa durante a oração do Regina Caeli


    CIDADE DO VATICANO, 05 de Maio de 2013 (Zenit.org) - No final da missa celebrada hoje na Praça de São Pedro, o Papa Francisco dirigiu a oração do Regina Caeli.

    Publicamos a seguir as palavras pronunciadas aos fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

    ***

    [Antes do Regina Caeli:]

    Neste momento de profunda comunhão em Cristo, sentimos vivo em nosso meio também a presença espiritual da Virgem Maria. Uma presença materna, familiar, especialmente para vocês que fazem parte da Confraria. O amor por Nossa Senhora é uma das características da piedade popular, que precisa ser valorizado e bem orientado. Por esta razão, eu convido vocês a meditar no último capítulo da Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Igreja, a Lumen Gentium, que fala precisamente de Maria no mistério de Cristo e da Igreja. Ali se diz que Maria "avançou na peregrinação da fé" (n. 58). Caros amigos, no Ano da Fé deixo-vos este ícone de Maria peregrina, que segue o Filho Jesus e precede todos nós no caminho da fé.

    Hoje as Igrejas Orientais que seguem o calendário Juliano celebram a festa da Páscoa. Gostaria de enviar a estes irmãos e irmãs uma especial saudação, unindo-me com todo o meu coração a eles proclamando a boa notícia: Cristo ressuscitou! Reunidos em oração com Maria, pedimos a Deus o dom do Espírito Santo, o Paráclito, para que console e conforte todos os cristãos, especialmente aqueles que celebram a Páscoa entre provações e sofrimentos, e os guie no caminho da reconciliação e da paz.

    Ontem no Brasil foi proclamada Beata Francisca de Paula De Jesus, chamada de "NháChica". A sua vida simples foi totalmente dedicada a Deus e à caridade, de modo que foi chamada "mãe dos pobres". Uno-me à alegria da Igreja no Brasil por esta brilhante discípula do Senhor.

    Saúdo com afeto toda as Confrarias presentes, que vieram de muitos países. Obrigado pelo seu testemunho de fé! Saúdo também os grupos paroquiais e as famílias, bem como o grande desfile de várias bandas e associações dos Schützen da Alemanha.

    Uma saudação especial vai hoje à Associação "Meter" no Dia das crianças vítimas de violência. E isso me dá a oportunidade de voltar o meu pensamento à todos os que sofreram e sofrem por causa dos abusos. Gostaria de assegurar-lhes que estão presentes na minha oração, mas também gostaria de dizer com força que todos devemos comprometer-nos com clareza e coragem para que cada pessoa humana, especialmente as crianças, que estão entre os mais vulneráveis, sejam sempre defendidas e protegidas.

    Também encorajo os enfermos de hipertensão pulmonar e os seus familiares.

    (...)

    [© Copyright 2013 - Libreria Editrice Vaticana]

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    Papa Francisco recebe o presidente do Líbano
    Falaram sobre a situação do país, dos refugiados sírios e dos cristãos no Oriente Médio

    Por Redacao


    ROMA, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Esta manhã, no Palácio Apostólico Vaticano, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência Michel Sleiman, presidente da República do Líbano. O encontro começou pelas 11h15 e durou 25 minutos. Depois, o presidente Sleiman teve uma reunião com o secretário de Estado, o cardeal Tarcísio Bertone, que estava acompanhado pelo secretário para as relações com os Estados, monsenhor Dominique Mamberti.

    Em um comunicado, a Sala de Imprensa Vaticana, informa que durante os cordiais colóquios conversaram sobre aa situação no país, sublinhando "a importância do diálogo e da colaboração entre os membros das diferentes comunidades étnicas e religiosas, que compõem a sociedade e constituem a riqueza, em favor do bem comum, do desenvolvimento e da estabilidade da nação". Neste sentido, expressaram-se os melhores votos para a formação do novo governo, que deverá enfrentar importantes desafios a nível nacional e internacional.

    Também falaram sobre a situação regional, com especial referência ao conflito sírio. Preocupação especial foi mostrada pelo "grande número de sírios que procurou refúgio no Líbano e nos países vizinhos e para os quais, como para toda a população que sofre, solicitou-se uma maior assistência humanitária, com o apoio das comunidades internacionais". Também se espera uma rápida e frutuosa retomada das negociações entre israelenses e palestinos, cada vez mais necessária para a paz e a estabilidade na região.

    Finalmente, não faltou recordar a delicada situação dos cristãos no Oriente Médio e a significativa contribuição que podem oferecer à luz da Exortação Apostólica Ecclesia in Medio Oriente, que é um importante ponto de referência para as comunidades católicas e as sociedades da região.

    Na tradicional troca de presentes, o Presidente Sleiman deu ao papa um ícone da Virgem e o Papa lhe deu um medalhão.

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    Cristãos corajosos que transmitem a fé e desafiam a Jesus na oração
    O Papa, em Santa Marta, pede para anunciar com força o Evangelho, evitando o risco de se tornar cristãos mornos que fazem tanto mal à Igreja

    Por Salvatore Cernuzio


    CIDADE DO VATICANO, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - A "coragem" é a palavra que identifica o verdadeiro cristão, a coragem de "transmitir a fé." Papa Francesco foca num dos conceitos mais caros a ele durante a Missa desta manhã na Casa Santa Marta: o anúncio forte do Evangelho, em qualquer tempo ou lugar, pelos cristãos não "mornos", mas corajosos.

    A exortação despertou o ânimo dos fiéis presentes na Missa da manhã – concelebrada com Mons. Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais - incluindo a Guarda Suíça Pontifícia, com seu comandante Daniel Rudolf Anrig. Para eles, o Papa dirigiu uma saudação especial ao final da celebração, agradecendo-lhes pelo trabalho que é "um belo testemunho de fidelidade à Igreja" e de "amor ao Papa."

    O Santo Padre concentrou toda a sua homilia num único convite: não ser "mornos", nem mesmo no momento mais íntimo da vida de fé que é a oração, mas sim pedir ao Senhor a "graça da coragem" e da "perseverança".

    Todos nós, explicou o Papa, somos cristãos porque recebemos em dom a "fé em Jesus ressuscitado, que nos perdoou os pecados com a sua morte e nos reconciliou com o Pai". Assim, não só devemos transmitir esta fé que nos foi dada, mas também "anunciá-la com a nossa vida, com a nossa palavra".

    E o transmitir a fé implica uma certa dinâmica do cristão: "Transmitir isso requer de nós que sejamos corajosos", disse o Pontífice; algumas vezes, porém, é uma coragem muito mais "simples" do que se pode imaginar.

    Para explicar melhor, Papa Bergoglio contou uma história pessoal: "Eu me lembro - disse – que quando era criança, minha avó toda Sexta-feira Santa nos levava para a Procissão das Velas e ao final da procissão chegava o Cristo morto e a avó nos fazia ajoelhar e nos dizia, a nós crianças: 'olhem que está morto, mas amanhã estará ressuscitado!". Através destas simples palavras de esperança entrou no pequeno Bergoglio "a fé em Cristo morto e ressuscitado".

    "Na história da Igreja – observou porém o Santo Padre – houveram muitos que quiseram escurecer um pouco esta certeza forte e falam de uma ressurreição espiritual". Mas não, exclamou, "Cristo está vivo!" e é "também está vivo no meio de nós", e todos devemos ter a força para anunciar esta Boa Nova.

    Mas a coragem - "aquela parresia" - não é necessária apenas para a evangelização, mas também na oração que, segundo Papa Francesco, é como um "desafio" que Jesus nos envia, quando diz: "Tudo o que pedirdes em meu nome, eu o farei para que o Pai seja glorificado no Filho".

    "Isso é forte!", afirmou o Santo Padre. O problema é se nós realmente temos a coragem de enfrentar este 'desafio': "Temos a coragem de ir a Jesus e pedir-lhe: 'Mas, você disse isso, faça-o! Faça que a fé continue, faça que a evangelização vá pra frente, faça que esse meu problema seja resolvido...'. Temos essa coragem na oração? Ou rezamos um pouco assim, quando dá, dedicando pouco tempo à oração?".

    Um exemplo de verdadeira coragem vem da Sagrada Escritura, disse o Papa, onde os grandes pais Abraão e Moisés tiveram a audácia de "negociar com o Senhor em favor dos outros, em favor da Igreja". Este ardor de milênios atrás, ainda é mais urgente hoje, porque - disse Bergoglio - "quando a Igreja perde a coragem, entra na atmosfera de tepidez".

    "Os cristãos mornos, sem coragem" - acrescentou - "fazem tanto mal para a Igreja", porque "a tepidez te leva para dentro, começam os problemas entre nós; não temos horizontes, não temos coragem, nem a coragem da oração dirigida aos céus e nem mesmo a coragem de anunciar o Evangelho".

    Não só isso, "estamos mornos - concluiu o Papa - e temos a coragem de envolver-nos em nossas pequenas coisas, nossos ciúmes, nossas invejas, carreirismos, de seguir adiante egoisticamente, em todas estas coisas. Mas isso não é bom para a Igreja ... ". Portanto, a exortação é clara: "A Igreja deve ter coragem!" E "todos nós devemos ser corajosos na oração, desafiando a Jesus".

    (Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira)

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    A Igreja do sim, a Igreja do não, e a harmonia do Espirito Santo
    Na homilia de hoje, Papa Francisco destaca que quando nós não deixamos o Espirito Santo trabalhar, começam as divisões na Igreja

    Por Salvatore Cernuzio


    ROMA, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Houve num determinado período uma "Igreja do não" que discutia com a "Igreja do sim". Interveio então o Espírito Santo e trouxe harmonia entre as duas posições ... Papa Francisco é eficaz e original ao narrar, com seu estilo catequético, a disputa no interior da antiga igreja de Jerusalém ao anunciar o evangelho entre os pagãos.

    Mais uma vez, o Santo Padre celebrou a santa missa para os funcionários do Vaticano, hoje, um grupo de funcionários dos museus, na Capela de Santa Marta. Na homilia da missa, concelebrada pelo Cardeal Albert Malcolm Ranjith Patabendige, o Papa centrou-se na ação da terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo, que, "por trás das cenas", faz o trabalho "pesado".

    O Papa, para explicá-lo, voltou no tempo, para a Igreja que depois de Pentecostes deu seus primeiros passos para fora, para as "periferias da fé", para anunciar o Evangelho. Os discípulos de Jerusalém não tinham todos os objetivos claros, sobretudo, no que diz respeito ao acolhimento dos pagãos na Igreja.

    Começaram a surgir, então, "muitas opiniões". O Papa explicou: diante de «uma Igreja do "Não, não se pode; não, não, deve-se, deve-se, deve-se"», contraposta à «Igreja do "Sim: mas... pensemos nisto, abramo-nos, há o Espírito que nos abre a porta"».

    Portanto, «o Espírito Santo devia desempenhar a sua segunda função: realizar a harmonia destas posições, a harmonia da Igreja, entre eles em Jerusalém e entre eles e os pagãos.

    "É um grande trabalho, que o Espírito Santo realiza desde sempre na história –comentou o Santo Padre -e quando não o deixamos trabalhar, começam as divisões na Igreja, as seitas, todas estas coisas, porque nos fechamos à verdade do Espírito».

    Recordando as palavras de Tiago, o Justo, primeiro bispo de Jerusalém, Papa Francisco, em seguida, apontou a base da polêmica da Igreja primitiva. "Quando o serviço ao Senhor se torna um jugo muito pesado, as portas das comunidades cristãs fecham-se: ninguém quer vir ter com o Senhor".

    "Nós, no entanto, - continuou Francisco - acreditamos que através da graça do Senhor Jesus somos salvos. Primeiro, a alegria do carisma de proclamar a graça, depois, vemos o que fazer. Esta palavra, jugo, entra no meu coração, na minha mente ".

    Levar hoje o jugo – destacou – significa permanecer no amor de Cristo, como Ele nos pede. Amor que " nos leva a ser fiéis ao Senhor" e a observar seus mandamentos: "porque eu amo o Senhor, não faço isso", disse o Papa.

    Surge, portanto, uma "comunidade do sim," comunidade "de portas abertas", de amor. E "quando uma comunidade cristã vive no amor, confessa os seus pecados, adora o Senhor, perdoa as ofensas, pratica a caridade com os outros e é manifestação do amor, depois sente a obrigação da fidelidade ao Senhor de seguir os mandamentos. É uma comunidade do "sim" e os "nãos" são consequência deste "sim"".

    Portanto - concluiu o Papa - precisamos pedir a Deus que "o Espírito Santo nos assista sempre para que nos tornemos uma comunidade do amor. Do amor a Jesus que nos amou muito". Comunidade "do "sim" que leva a cumprir os mandamentos (…) E que nos livre da tentação de nos tornarmos talvez puritanos, no sentido etimológico do termo, de procurar uma pureza para-evangélica, uma comunidade do "não".

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    Aniversário da beatificação de João Paulo II
    Mensagem do Papa Francisco durante a Audiência Geral de ontem


    CIDADE DO VATICANO, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Por ocasião da tradicional Audiência Geral da quarta-feira, papa Francisco rendeu homenagem na manhã de ontem, ao Papa João Paulo II.

    "Hoje, no segundo aniversário da beatificação de João Paulo II, dou minhas boas-vindas aos peregrinos poloneses. Saudo o grande grupo de peregrino da diocese de Kalisz e o grupo do Santuário de Pólko. Saúdo os seminaristas e os educadores dos Seminários de Pelplin e de Bialystok", disse o Santo Padre em Italiano.

    "Que a vossa vida esteja cheia da fé, da caridade e da coragem apostólica de João Paulo II", continuou o papa Francisco. "Para todos vós e para toda a Polônia invoco a proteção da Mãe de Deus e todo o dom da Providência Divina. Abençoo-vos de coração", concluiu.

    Karol Józef Wojtyła o papa João Paulo (1920 - 2005) foi proclamado beato pelo Papa Bento XVI no dia 1° de maio de 2011. Para seguir o seu caminho de canonização pode clicar em http://www.karol-wojtyla.org/It/Home%20Page.aspx.

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    "O trabalho faz parte do plano de amor de Deus"
    Catequese do Papa Francisco durante a audiência Geral de ontem


    CIDADE DO VATICANO, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir a catequese pronunciada ontem, dia da festa de São José operário, pelo Papa Francisco durante a audiência geral da quarta-feira, acontecida na praça de São Pedro.

    ***

    Caros irmãos e irmãs,

    Bom dia!

    Hoje, 1º de maio, celebramos São José Operário e iniciamos o mês tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora. No nosso encontro de hoje, quero focar estas duas figuras importantes na vida de Jesus, da Igreja e nas nossas vidas, com duas breves reflexões: primeiro, sobre o trabalho, segundo, sobre a contemplação de Jesus.

    No Evangelho de São Mateus, em um dos momentos em que Jesus retorna à sua região, a Nazaré, e fala na sinagoga, destaca-se o espanto de seus compatriotas por sua sabedoria. Eles se perguntam: "Não é este o filho do carpinteiro? "(13:55). Jesus entra em nossa história, está entre nós, nascido de Maria pelo poder de Deus, mas com a presença de São José, o pai legal, de direito, que cuida d'Ele e também lhe ensina seu trabalho. Jesus nasce e vive em uma família, na Sagrada Família, aprendendo com São José o ofício de carpinteiro, na carpintaria em Nazaré, dividindo com ele seus compromissos, esforços, satisfação e as dificuldades do dia a dia.

    Isso nos lembra a dignidade e a importância do trabalho. O livro de Gênesis nos diz que Deus criou o homem e a mulher dando-lhes a missão de encher a terra e sujeitá-la, o que não significa desfrutá-la, mas cultivá-la e protegê-la, cuidar dela com o seu trabalho (cf. Gen 1:28; 2 15). O trabalho faz parte do plano de amor de Deus, somos chamados a cultivar e cuidar de todos os bens da criação, deste modo participamos da obra da criação! O trabalho é fundamental para a dignidade de uma pessoa. O trabalho, para usar uma imagem concreta, nos "unge" de dignidade, nos plenifica de dignidade, nos torna semelhantes a Deus, que trabalhou e trabalha, age sempre (cf. Jo 5:17), dá a capacidade de nos manter, manter nossa família, contribuir para o crescimento da nação. E aqui penso nas dificuldades que, em vários países, se encontra hoje o mundo do trabalho e da empresa, eu penso naqueles que, não apenas os jovens, estão desempregados, muitas vezes por uma concepção puramente econômica (mecanicista) da sociedade, que busca o lucro egoísta, fora dos parâmetros de justiça social.

    Eu gostaria de estender a todos o convite à solidariedade e, aos chefes do setor público, convidá-los ao encorajamento, a fazer de tudo para dar um novo impulso ao emprego, isso significa se preocupar com a dignidade da pessoa mas, acima de tudo, vos exorto a não perderem a esperança; São José também teve momentos difíceis, mas nunca perdeu a confiança e soube superá-los, na certeza de que Deus não nos abandona. E agora gostaria de falar especialmente a vocês, meninos e meninas, a vocês jovens: se esforcem em suas tarefas diárias, no estudo, no trabalho, nas relações de amizade, contribuindo com os outros, o vosso futuro também depende de como vocês vão viver esses preciosos anos de vida. Não tenham medo do compromisso, do sacrifício e não olhem para o futuro com medo, mantenham viva a esperança: há sempre uma luz no horizonte.

    Acrescento uma palavra sobre uma outra situação de trabalho que me incomoda: refiro-me ao que definimos como "trabalho escravo", o trabalho que escraviza. Quantas pessoas no mundo são vítimas deste tipo de escravidão, em que é a pessoa que serve o trabalho, enquanto deve ser o trabalho a oferecer um serviço à pessoa, para que tenhamos todos dignidade. Peço aos irmãos e irmãs na fé e todos os homens e mulheres de boa vontade, uma escolha decisiva contra o tráfico de pessoas, contexto no qual se constitui o "trabalho escravo".

    Faço referência agora ao segundo pensamento: no silêncio das ações cotidianas, São José, juntamente com Maria, tem um centro comum de atenção: Jesus. Eles acompanham e protegem, com empenho e carinho, o crescimento do Filho de Deus feito homem por nós, refletindo sobre tudo o que acontecia. Nos Evangelhos, Lucas enfatiza duas vezes a atitude de Maria, que também é a de São José, "guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração" (2,19.51). Para ouvir o Senhor, devemos aprender a contemplá-Lo, perceber sua presença constante em nossas vidas; precisamos parar para dialogar com Ele, dar-lhe espaço na oração. Cada um de nós, vocês meninas, meninos e, jovens, em grande número reunidos aqui nesta manhã, deve se perguntar: qual o espaço dou ao Senhor? Eu paro para falar com Ele? Desde que éramos crianças, nossos pais nos acostumaram a começar e terminar o dia com uma oração, para nos ensinar a perceber que a amizade e o amor de Deus nos acompanhavam. Vamos nos lembrar mais do Senhor em nosso dia!

    E neste mês de maio, eu gostaria de lembrar a importância e a beleza da oração do Santo Terço. Recitando a Ave Maria, somos levados a contemplar os mistérios de Jesus, refletir sobre os principais momentos de Sua vida, para que, como foi com Maria e São José, Ele seja o centro dos nossos pensamentos, da nossa atenção e de nossas ações. Seria bom que, especialmente neste mês de maio, rezássemos juntos, em família, com os amigos, na paróquia, o Santo Terço ou alguma oração a Jesus e à Virgem Maria! A oração feita em comunidade é um momento precioso para tornar ainda mais forte a vida familiar, a amizade! Aprendamos a rezar mais em família e como família!

    Queridos irmãos e irmãs, rogamos a São José e à Virgem Maria que nos ensinem a sermos fiéis a nossas tarefas diárias, a viver nossa fé nas ações do dia a dia e dar mais espaço ao Senhor em nossas vidas, a parar para contemplar Seu rosto.
    Obrigado.

    (Tradução Canção Nova)

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    Confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer
    Palavras do Papa Francisco na homilia da missa celebrada hoje na capela da Casa Santa Marta

    Por Redacao


    ROMA, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - "Quando a Igreja se torna mundana (...) quando tem dentro de si o espírito do mundo, quando tem aquela paz que não é a do Senhor, ela é fraca, é uma Igreja que será derrotada e será incapaz de levar o Evangelho, a mensagem da Cruz, o escândalo da Cruz... Não pode levá-lo adiante se é mundana".As palavras do Papa Francisco na homilia pronunciada esta manhã durante a Missa celebrada na Capela da Casa Marta, na presença de alguns funcionários da Administração do Patrimônio da Sé Apostólicadestacam o ato de entrega da Igreja ao Senhor econvida à oração.

    O Papa levantou a questão:"Nós rezamos pela Igreja, mas por toda a Igreja?Rezamos "pelos nossos irmãos que não conhecemos em todo o mundo ?"Enós, na nossa oração, "dizemos ao Senhor: Senhor, protege a tua Igreja... Ela é Tua. A tua Igreja são os nossos irmãos. Esta é uma oração que nós devemos fazer do coração, sempre mais ".

    É fácil- observou o Santo Padre- "rezar para pedir uma graça ao Senhor, para agradecer-Lhe ou quando precisamos de algo". Todavia, écomplicado rezar pelos outros, por todos os batizados, dizendo ao Senhor "são teus, são nossos,guardá-los".

    "Confiar a Igreja ao Senhor" éum "ato de fé" fundamental – destaca o Papa - "uma oração que a faz crescer". "Nós não temos poder, somos pobres servidores – todos – da Igreja".Só Deus "pode levá-la adiante eprotegê-lae fazê-lacrescer, para torná-lasanta, protegê-la do príncipe deste mundoede quem quer que a Igreja se torne mundana".Para o Pontífice "este é o maior perigo!".

    O papa Franciscofaloudo valor da oração, como luz que ilumina em direção à paz "que o mundo não pode dar", que "não se compra", mas que é "dom da presença de Jesus na sua Igreja".

    "Entregar-se ao Senhor –reitera o Papa -confiar a Ele a Sua Igreja, os idosos, os doentes, as crianças, os jovens… Confiar a Igreja que passa por tribulações, como as perseguições,mas também pequenas tribulações: como as doenças ou os problemas familiares". Grandes ou pequenos, devemos entregar tudoemoração, implorando aoSenhor: "Protegeia tua Igreja natribulação,paraquenão percaa fé e a esperança"- disse o Papa.

    "Fazer esta oração de entrega pela Igreja – concluiu papa Francisco– nos fará bem e fará bem à Igreja. Dará grande paz a nós e grande paz a Ela, não nos tirará das tribulações, mas nos fará forte nas tribulações."

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    Bendita vergonha
    Consoladora homilia na missa diária do papa Francisco

    Por Redacao


    CIDADE DO VATICANO, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - "Vergonha" foi a palavra-chave da homilia do papa Francisco na missacelebrada hojenaDomusSanta Marta. Palavra, a princípio, de conotação negativa, mas que, segundo o Papa, na visãocristã,se torna uma virtude.

    O confessionário não é nem uma «lavandaria» que lava os pecados, nem um «momento de tortura» onde se infligem pauladas. A confissão é um encontro com Jesus e sentimos de perto sua ternura. Mas é preciso aproximar-se do sacramento sem truques ou meias-verdades, com mansidão e alegria, confiantes e armados com essa "bendita vergonha", "a virtude da humildade" que nos faz reconhecer como pecadores.

    Entre os concelebrantes, o cardeal Domenico Calcagno, presidente da Administração do Património da Sé Apostólica (Apsa), com o secretário D. Luigi Mistò, o arcebispo Francesco Gioia, presidente da Peregrinatio ad Petri Sedem, o arcebispo nigeriano de Owerri, D. Anthony Obinna, e o procurador-geral dos verbitas, Gianfranco Girardi. Concelebrou também D. Eduardo Horacio García, Bispo auxiliar e pró-vigário-geral de Buenos Aires. Entre os presentes, as irmãs Pias Discípulas do Mestre Divino que prestam serviço no Vaticano e um grupo de empregados da Apsa.

    O Pontifice iniciou sua homilia com uma reflexão sobre a primeira carta de São João (1, 5-2, 2), em que o apóstolo afirma: "Deus é luz, e Nele não há trevas". Mas, se dissermos "que estamos em comunhão com Ele" e "andarmos nas trevas, somos mentirosos e não praticamos a verdade".

    O papa Francisco destacou que "todos nós temos obscuridades na nossa vida", momentos "em que há escuridão em tudo, inclusive na própria consciência,mas "caminhar nas trevas significa estar satisfeito de si mesmo; estar convencido de que não precisa de salvação. Essas são as trevas!".

    Olhem seus pecados, os nossos pecados: todos somos pecadores –e continuou - "se confessamos nosso pecados, Ele é fiel, é justo a ponto de nos perdoar."

    Como recorda o Salmo 102: "Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhorse compadece daqueles que o temem".Ele sabe de tudo. "Não se preocupe, vá em paz", a paz que só Ele dá".

    Isto é o que "acontece no sacramento da reconciliação". Muitas vezes – disse o Papa - pensamos que confessar é como ir a lavanderia. No entanto, Jesus no confessionário não é um serviço de lavandaria".

    A confissão "é um encontro com Jesus, que nos espera como somos". Muitas vezes, temos vergonha de dizer a verdade: eu fiz isso, eu pensei aquilo. Mas a vergonha é uma verdadeira virtude cristã, e até mesmo humana. Acapacidade de vergonhar-se é uma virtude do humilde".

    "Jesus espera por cada um de nós, reiterou o papa Francisco citando o Evangelho de Mateus (11, 25-30):Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

    Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.Esta é a virtude que Jesus nos pede: humildade e mansidão".

    "Humildade e mansidão - continuou o Papa - são como a marca de uma vida cristã. "E Jesus nos espera para nos perdoar. Confessar não é como ir a uma "sessão de tortura". "Não! Confessar-se é louvar a Deus, porque eu pecador fui salvo por Ele. E ele me espera para me repreender? Não, com ternura para me perdoar. E se amanhã fizer a mesma? Confesse-se mais uma vez... Ele sempre nos espera".

    Francisco concluiu: "Isso nos alenta, é belo, não é? E se sentirmos vergonha? Bendita vergonha porque isso é uma virtude.Que o Senhor nos dê esta graça, esta coragem de procurá-lo sempre com a verdade, porque a verdade é luz e não com as trevas das meias-verdades ou das mentiras diante de Deus".

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    Santa Sé
    Um sacerdote, uma freira, uma mística e uma rainha: beatos em breve
    O papa autoriza a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os decretos sobre as virtudes heroicas dos futuros beatos


    CIDADE DO VATICANO, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Um sacerdote, uma freira, uma mística leiga e até uma rainha: é peculiar a lista dos servos de Deus de quem a Igreja reconheceu o milagre e que, portanto, serão proclamados beatos. Os decretos sobre as suas virtudes heroicas foram promulgados hoje pela Congregação para as Causas dos Santos, após a autorização concedida ontem pelo papa Francisco ao respectivo prefeito, cardeal Angelo Amato, SDB.

    Na audiência de ontem, 2 de maio, o Santo Padre aprovou a promulgação dos decretos sobre os milagres de duas dentre os novos beatos: a Venerável Serva de Deus Maria Cristina de Savoia, rainha das Duas Sicílias, a "rainha dos pobres", nascida em 14 de novembro de 1812 em Cagliari e falecida em 31 de janeiro de 1836 em Nápoles, na Itália; e a Venerável Serva de Deus Maria Bolognesi, mística leiga que padeceu no próprio corpo os sofrimentos de Jesus, nascida em 21 de outubro de 1924 em Bosaro e falecida em 30 de junho de 1980 em Rovigo, também na Itália.

    A congregação publicou ainda os decretos sobre as virtudes heroicas do Servo de Deus Joaquim Rosselló i Ferrà, sacerdote, fundador da congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, nascido em 28 de junho de 1833 em Palma de Mallorca, na Espanha, e ali falecido em 20 de dezembro de 1909; e as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Teresa de São José, batizada como Joana Kierocinska, fundadora da congregação das Irmãs Carmelitas do Menino Jesus, nascida em 14 de junho de 1885 em Wielun, na Polônia, e falecida em 12 de julho de 1946 em Sosnowiec, no mesmo país.

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    A reforma do Papa Francisco
    Entrevista ao Substituto da Secretaria de Estado, monsenhor Angelo Becciu


    CIDADE DO VATICANO, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - No dia 13 de abril, foi divulgada a notícia de que o Papa Francisco criou um grupo de oito cardeais para assessorá-lo no governo da Igreja universal e para estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana. A decisão tem despertado muito interesse, resultando em várias especulações. Sobre esse assunto o arcebispo Angelo Becciu, substituto da secretaria de Estado, falou ao L'Osservatore Romano, edição italiana, ontem, dia 1º de maio. Publicamos a seguir a tradução ao português dessa entrevista:

    ***

    L'Osservatore: Sobre a reforma da Cúria ouviram-se muitas vozes: equilíbrio de poderes, moderadores, coordenadores, "superministérios da economia", revoluções ...

    Angelo Becciu: Na verdade, é um pouco estranho: o Papa ainda nem se encontrou com o grupo de conselheiros que ele escolheu e já chove conselhos. Depois de ter falado com o Santo Padre posso dizer que neste momento é absolutamente prematuro fazer qualquer suposição sobre a futura estrutura da Cúria. Papa Francisco está escutando a todos, mas em primeiro lugar quer ouvir aqueles que escolheu como conselheiros. Em seguida, definirá um projeto de reforma da Pastor bonus, que naturalmente terá que seguir seu próprio processo.

    L'Osservatore: muito tem sido falado também do IOR, o Instituto para as obras de religião; alguém até mesmo já previu a sua supressão...

    Angelo Becciu: O Papa ficou surpreso por ver que atribuiram a ele frases que ele nunca disse e que deturpam o seu pensamento. A única menção sobre isso foi durante uma breve homilia na Santa Marta, improvisada, na qual recordou de forma apaixonada como a essência da Igreja consiste em uma história de amor entre Deus e os homens, e como as várias estruturas humanas, incluindo o IOR, são menos importantes. A referência foi graciosa, motivada pela presença na missa de alguns funcionários do Instituto, no contexto de um sério convite a nunca perder de vista a essencialidade da Igreja.

    L'Osservatore: deve-se prever que não seja iminente uma reestruturação da atual conformação dos departamentos?

    Angelo Becciu: Eu não posso prever os tempos. O Papa, no entanto, pediu a todos nós, responsáveis pelos departamentos, para continuar em nosso serviço, sem, contudo querer proceder, por enquanto, na confirmação dos cargos. O mesmo se aplica aos membros das Congregações e dos Conselhos Pontifícios: o ciclo normal de confirmações ou nomeações, que ocorrem no final dos mandatos de cinco anos, é suspenso no momento, e todos continuam no próprio cargo "até nova ordem" (donec aliter provideatur). Isso indica a vontade do Santo Padre de tomar o tempo necessário para a reflexão - e de oração, não devemos esquecer – para ter uma visão mais aprofundada da situação.

    L'Osservatore: sobre o grupo de conselheiros, alguém chegou a argumentar que tal opção possa questionar o primado do Papa ...

    Angelo Becciu: É um órgão consultivo, não decisório, e realmente não vejo como a escolha do Papa Francisco possa questionar o primado. Porém, é verdade que se trata de um gesto de grande importância, que quer dar uma mensagem clara sobre a modalidade com que o Santo Padre quer exercitar o seu ministério. No entanto, não podemos esquecer qual é a primeira tarefa atribuída ao grupo dos oito cardeais: assistir ao Pontífice no governo da Igreja universal. Não gostaria que a curiosidade pela organização e as estruturas da Cúria romana ofuscasse o sentido profundo do gesto realizado pelo Papa Francisco.

    L'Osservatore: mas o termo "conselho" não é muito indefinido?

    Angelo Becciu: Pelo contrário, o aconselhamento é uma ação importante que na Igreja é definido teologicamente e é expresso em muitos níveis. Considere, por exemplo, os organismos que participam nas dioceses e paróquias, ou conselhos dos superiores, provinciais e gerais, nos Institutos de vida consagrada. A função do conselho deve ser interpretada numa perspectiva teológica: numa ótica mundana deveríamos dizer que um conselho sem poder deliberativo é irrelevante, mas isso significaria equipar a Igreja a uma empresa. Em vez disso, teologicamente o aconselhamento tem uma função de absoluta importância: ajudar o superior na obra do discernimento, no compreender o que o Espírito pede à Igreja num determinado momento histórico. Sem esta referência, não se compreenderia mais nada sobre o verdadeiro significado de governo na Igreja.

    L'Osservatore: O que você sente ao colaborar com o Papa Francisco?

    Angelo Becciu: Pude colaborar de perto com o Papa Bento XVI, agora estou continuando o meu serviço com o papa Francisco. Claro, cada um tem sua própria personalidade, seu próprio estilo, e me sinto muito privilegiado por esse contato estreito com dois homens totalmente dedicados ao bem de toda a Igreja, desprendidos de si mesmos, imersos em Deus e com uma única paixão: a de dar a conhecer a beleza do Evangelho às mulheres e homens de hoje.

    [Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira]

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    Bento XVI volta para o Vaticano
    Papa emérito foi recebido pelo Papa Francisco na sua nova residência, o mosteiro Matter Ecclesia


    CIDADE DO VATICANO, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - A Sala de imprensa do Vaticano informou que nesta quinta-feira, 2 de maio, Bento XVI voltou para o Vaticano, depois de dois meses transcorridos em Castel Gandolfo.

    Bento XVI chegou por volta das 16:45 (hora local), acompanhado de Dom Georg Gaenswein. No heliporto foi recebidopelo pelo decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo Sodano,pelo Secretário de Estado Tarcisio Bertone, pelo Presidente do Governatorado, Cardeal Giuseppe Bertello.

    Também estavam presentes o Substituto da Secretaria de Estado, Arcebispo Angelo Becciu, o Sub-secretário de Assuntos Exteriores, Arcebispo Dominique Mamberti e o Secretário do Governatorado Arcebispo Giuseppe Sciacca.

    Do heliporto, o Papa emérito seguiu de carro até o mosteiro de clausura, onde foi recebido com grande e fraterna cordialidade pelo Papa Francisco. Juntos, foram à capela do Mosteiro Matter Ecclesia, sua nova residência,para um momento de oração.

    Com ele, residirão o seu Secreário, Dom Georg Gaenswein, Prefeito da Casa Pontifícia, e as quatro "Memores Domini" quejá faziam parte da família pontifícia.

    A nota da Sala de Imprensa do Vaticano recorda que Bento XVI se transferiu para Castelgandolfo na tarde do dia 28 de fevereiro, após sua renúncia ao Pontificado. Agora, retorna ao Vaticano, onde pretende dedicar-se, como ele mesmo anunciou em 11 de fevereiro, ao serviço da Igreja, sobretudo por meio da oração.

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    Argentina e Vaticano emitem selos comemorativos
    Apresentado ao Papa Francisco série filatélica dedicada ao seu Pontificado


    CIDADE DO VATICANO, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Esta manhã, na biblioteca do Palácio Apostólico Vaticano, foi apresentado ao Santo Padre Francisco a emissão filatélica conjunta entre a Cidade do Vaticano e Argentina, dedicado ao início do seu pontificado. Conforme nota do Serviço de Informação do Vaticano.

    É uma série de quatro selos com a imagem do Papa Francisco com os seguintes valores: 70 centavos (Itália), 85 centavos (Europa e Mediterrâneo), 2 Euros (África, Américas e Ásia), 2,50 euros (Oceania) , com uma tiragem de duzentos e cinquenta mil cópias.

    O Escritório Filatélico e Numismático emitirá o "stamp&coin card" (um cartão-postal com selo e moeda) e um folder dedicado ao início do Pontificado, contendo dois envelopes com carimbo especial do primeiro dia de emissão e um cartão-postal com a primeira página da edição especial do L'Osservatore Romano de março 2013 (dia da eleição do novo Papa).

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    Papa Francisco recebe convite para visitar Israel
    Pontífice encontra o Presidente Shimon Peres


    ROMA, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O esforço comum pelo fim dos conflitos entre Israel e a Palestina, a paz na Síria e também um convite para visitar a Terra Santa foram os principais temas tratados pelo Papa na Audiência desta terça-feira com o Presidente de Israel Shimon Peres, que sucessivamente encontrou o Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, acompanhado do Secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.

    Conforme comunicado da Assessoria de Imprensa do Vaticano, durante os colóquios tratou-se da realidade político-social do Oriente Médio, onde perdura uma situação de conflito. "Auspiciou-se uma retomada nas negociações entre israelenses e palestinos, para que, com decisões corajosas e a disponibilidade de ambas as partes, e o apoio da comunidade internacional, se possa chegar a um acordo respeitoso das legítimas aspirações dos dois Povos e assim contribuir para a paz e a estabilização da região".

    Foram tratadas ainda questões relativas à cidade de Jerusalém. A nota informa que foi defendida uma solução pacífica para a Síria, que privilegie a reconciliação e o diálogo.

    Por fim, foram tratadas questões sobre as relações entre o Estado de Israel e a Santa Sé e entre as Autoridades estatais e as comunidades católicas locais. Também foram elogiados os notáveis progressos feitos pela Comissão bilateral de trabalho, empenhada na elaboração de um Acordo sobre questões de interesse comum, para o qual se auspicia uma pronta conclusão.

    Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, confirmou o convite de Peres ao Papa Francisco para visitar Israel, assim que possível.

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    Pregação Sagrada
    Pregação meditada diante do Santíssimo Sacramento
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Uma breve introdução ...

    O pregador tem que ter claro o que irá transmitir (objetivo) e o porquê (finalidade). Senão, em vez de ser uma ponte entre o texto bíblico e a situação do ouvinte, a sua pregação será como uma encruzilhada de caminhos sem indicadores de direção.

    Quem prega a esmo desperdiça sua energia e suas forças, e, ao longo do tempo, não conquistará seus ouvintes. Mas se indica qual é a sua intenção e pode mostrar também caminhos de como quer chegar ali, a pregação recebe uma clareza de objetivos e uma tensão.

    Se não se tem em consideração esses objetivos, o pregador dará sermões, ou seja, exigirá e chamará a atenção, mas não pregará. Isso desanima os ouvintes, e não deixa ver o caráter gozoso da Boa Nova do Evangelho. Este objetivo tem que estar bem claro desde a introdução ou exórdio, e pode-se unir ao que os clássicos chamavam "proposição", quando o pregador propõe os pontos desse discurso ou dessa homilia.

    Depois de enunciar a finalidade ou objetivo, podem-se formular os problemas, resistências ou objeções dos ouvintes com relação a essa verdade que estou propondo. Depois disso, o pregador já está preparado para o seu discurso ou homilia, iluminando essas situações e problemas com a luz do Evangelho. A missão do pregador não é tanto dar uma solução a um problema ou situação do ouvinte quanto iluminar essa situação a partir do Evangelho e da vivência de Jesus, oferecendo ao coração e à vontade dos ouvintes um leque de possibilidades.

    E agora sim, continuemos com os vários tipos de pregação sagrada. Hoje veremos uma meditação evangélica diante do Santíssimo Sacramento exposto para a nossa adoração. O sacerdote pode dirigí-la, o diácono, uma religiosa ou qualquer leigo.

    PREGAÇÃO MEDITADA DIANTE DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

    Primeiro, o que é uma meditação diante de Cristo Eucaristia, solenemente exposto, e a finalidade da mesma? É uma reflexão evangélica ou bíblica dirigida ao contato íntimo com Deus, aí presente na custódia, para falar com ele, e assim deixar que Deus vá nos transformando interiormente ou melhorando algum aspecto da nossa vida espiritual.

    Em segundo lugar, quais são as qualidades desta meditação? Parte-se de um texto bíblico, do qual extraímos uma única idéia ou tema. Desenvolvemos essa idéia em dois ou três aspectos lógicos e estruturados, suculentos e íntimos. Essas idéias devem ser expressas em linguagem espiritual, íntima, mas sempre com convicção e sentido. Idéias que discretamente toquem a vida dou ouvintes no seu dia a dia. Idéias apoiadas com alguma citação de um Santo Padre que comente esse aspecto. Deve-se evitar diante de Cristo as piadas ou fazer os ouvintes rirem, porque não é o lugar nem o momento.

    Em terceiro lugar, aqui está um possível modelo de ideias para uma meditação diante de Cristo. Por exemplo, meditemos no cego Bartimeu (Marcos 10, 46-52). Uma única idéia: vejamos hoje o processo ou passos da visão de fé neste cego. Aqui estão os três aspectos dessa ideia: Primeiro passo, aproxima-se de Cristo com esperança. Segundo passo, grita com a oração humilde. Terceiro passo, aceita de Cristo o remédio para a sua cura com a sua obediência. Resultado: ficou curado. Nós também precisamos da cura dos nossos olhos interiores para poder ver a mão de Deus na nossa vida. São Jerônimo no fala o seguinte quando comenta esta passagem evangélica...

    O artigo anterior pode ser lido clicando aqui.

    Padre Antonio Rivero tem licenciatura e doutorado em Teologia Espiritual pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum em Roma. Atualmente exerce seu ministério sacerdotal como professor de teologia e oratória, e diretor espiritual no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil.

    Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.

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    Igreja e Religião
    Evangelizar brincando, cantando e dançando
    A importância de adaptar a linguagem do evangelho para comunicá-lo às crianças

    Por Rocio Lancho García


    ROMA, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Durante os últimos meses, vem-se falando muito na Igreja sobre a Nova Evangelização, sobre os instrumentos necessários, as técnicas, os novos modos de linguagem... Uma Nova Evangelização que precisa chegar a todos, inclusive aos menorzinhos de casa. Em Rímini, dentro da Assembleia Nacional da Renovação Carismática, tem sido organizado há 15 anos um encontro pensado especialmente para as crianças e pré-adolescentes, em paralelo à assembleia dos "maiores", que neste ano aconteceu de 25 a 28 de abril.

    Cinzia Torre Paiella, uma das responsáveis pelo encontro das crianças, conversou com ZENIT sobre a organização deste ano para levar a crianças de 3 a 13 anos a mensagem do evangelho de um jeito adaptado à sua idade. Reuniram-se 800 crianças, que foram divididas em 3 grupos: de 3 a 6 anos (maternal), de 7 a 10 (primeira fase do ensino fundamental) e de 11 a 13 (segunda fase do ensino fundamental). Cada grupo tem o seu lema, as suas atividades, os seus momentos de oração e de louvor. Uma das coisas mais importante, explicou Cinzia, é a linguagem própria. A Palavra tem que ser anunciada a elas assim como ao resto da assembleia, mas é preciso comunicá-la aos pequenos de uma forma que eles possam entender.

    A iniciativa nasceu como resposta a uma necessidade das famílias dos grupos. "Os pequenos iam junto com os pais e passavam todo o tempo correndo pelas instalações". Era necessário dedicar um espaço a eles, o que começou na forma de "creche". Depois veio a oportunidade de transformar esse momento em evangelização para as crianças. "Quando elas voltavam para casa, contavam o que tinham vivido e traziam os amiguinhos no ano seguinte", conta Cinzia.

    E os frutos desses encontros são reais: muitos pequenos reconhecem que "se sentiram em família" e muitos pais contam que notaram "uma mudança para melhor" nos filhos depois do encontro.

    Os menorzinhos trabalharam em torno à ideia de "transmitir e escutar a fé", através da contação de histórias. Por sua vez, os da primeira etapa do ensino fundamental brincaram de "buscar uma fé especial", como astronautas-mirins da NAGA (do italiano Non Abbatterti, Gesù ti Ama, ou Não se desanime, Jesus ama você). Já os pré-adolescentes "montaram um acampamento da fé" e, acampando, entenderam que, se eles armarem a tenda da fé, outras pessoas poderão se abrigar nela.

    Um elemento muito importante do trabalho de evangelização com as crianças é a música, uma linguagem simples que as ajuda a entender a fé mais facilmente. Tudo sem esquecer o mais importante: os momentos de oração e de compartilhamento direto da presença de Deus. "Houve momentos de oração muito fortes e intensos. A missa também foi ambientada de acordo com a idade de cada grupo, e também tivemos, é claro, a adoração eucarística", recorda Cinzia.

    Cinzia afirma que "outro fruto do trabalho desses dias é a grande união, tanto das crianças com os animadores quanto dos animadores entre si. Vimos o quanto alguns adolescentes voluntários cresceram e amadureceram. Alguns adolescentes que foram animadores pela primeira vez nos contaram que, nos anos anteriores, eles saíam da assembleia cansados à noite, mas, neste ano, ao voltarem para o alojamento, continuavam cantando e rezando".

    Para manter o vínculo entre as crianças e continuar a obra da evangelização com elas, a Renovação Carismática Católica organiza encontros regionais durante o ano.

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    O papa a dom Rino Fisichella: "Diga aos membros da Renovação Carismática que eu os amo muito"
    Mensagem pessoal do papa Francisco ao presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, que participa na convenção nacional italiana do movimento

    Por Rocio Lancho García


    ROMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, presidiu ontem a missa que encerrou o segundo dia da 36ª Assembleia Nacional italiana da Renovação Carismática, em Rimini.

    Antes da missa, Fisichella transmitiu uma mensagem inesperada, que, literalmente, fez explodir de alegria os quinze mil presentes. Após o sinal da cruz, ele dirigiu a todos a saudação afetuosa do papa Francisco. "Antes de começar esta celebração, eu trago a vocês uma saudação. Esta manhã, antes de sair, eu encontrei o papa Francisco e lhe disse: Santo Padre, vou a Rimini, onde estão reunidos milhares e milhares de fiéis da Renovação Carismática, homens, mulheres, jovens. O papa, com um grande sorriso, me disse: Diga a eles que eu os amo muito. E como se não bastasse, antes de se despedir ele acrescentou: Escute, diga a eles que eu os amo muito porque na Argentina eu era o responsável. E por isso eu os amo muito".

    Em sua homilia, Fisichella dedicou palavras de afeto aos participantes do grande encontro, agradecendo-lhes "pela grande obra de nova evangelização que já estão realizando há um longo tempo", mas que "se abre diante do esforço de todos através do Plano Nacional para a Nova Evangelização, que passa a ser a bússola para trabalhar e agir no coração da Igreja".

    Em sua pregação breve e concreta, dom Rino focou em seguida no "trabalho" da nova evangelização e na figura de Jesus como "o mestre que nos acompanha e que não nos abandona, num mundo em que tantas vezes o cristão tem que andar na contramão".

    Ele também lembrou que Jesus é a "revelação que indica o caminho que Deus sempre planejou para nós". E acrescentou: "A pergunta de Tomás é a nossa pergunta: Senhor, Tu és o caminho, mas como podemos conhecê-lo?".

    "O segredo da nossa existência, a realização plena da felicidade, vem quando aceitamos o plano de Deus para nós e o colocamos em prática. Mas nem sempre o que o coração entende chega a uma realização plena e concreta".

    Uma "realização", enfatizou o bispo, que só se encontra em Cristo, que nunca nos deixa sozinhos: "Ele é a via para sabermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Ele nos mostra o objetivo". A nova evangelização, portanto, "nos chama a fazer da fé a nossa certeza, a construir a vida em Jesus Cristo".

    O testemunho, por isso, disse o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, "não pode negligenciar a proclamação da esperança da ressurreição, que contrasta com a tendência da cultura da morte, na qual a falta de Deus remove toda perspectiva e direção futura. Temos que nos tornar peregrinos: o objetivo é Ele, Jesus. É com este objetivo que temos que nos reunir".

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    Cultura e Sociedade
    Tudo pronto para a chegada de Shimon Peres em Assis
    Presidente é o nono prêmio nobel a visitar a Basílica de São Francisco


    ASSIS, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Tudo pronto para a chegada do presidente israelense Shimon Peres na Basílica de São Francisco de Assis. Quarta feira, 1 de maio, será conferido ao presidente o título de cidadão honorário da cidade de Assis pela paz. A cerimônia acontecerá no salão do Sacro Convento às 10:15 (hora local). O presidente será recebido pelo custode do convento, padre Mauro Gambetti, da comunidade franciscana conventual, pelo bispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino, pela presidente da região da Umbria, Catiusca Marini, e pelo prefeito da cidade, Claudio Ricci.

    "Shimon Peres é o nono prêmio nobel da paz que visita a Basílica de São Francisco", declarou padre Enzo Fortunato, diretor de comunicação do Sacro Convento de Assis. Seus predecessores foram Lech Walesa (18 janeiro1981), Dalai Lama (26 outubro 1986),Madre Teresa di Calcutta (26 outubro 1986), Yasser Arafat (6 abril 1990), Betty Williams (24 setembro 1995), Carlos Felipe Ximenes Belo (15 junho 1997), Mikhail Gorbaciov (15 março 2008) e Mohamed ElBaradei (17 novembro 2009)".

    O evento será transmitido em streaming pelo site sanfrancesco.org.

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    Liturgia e Vida Cristã
    Quando o leitor deve inclinar-se?
    Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual

    Por Pe. Edward McNamara, L.C.


    ROMA, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - "Surgiu uma dúvida em nossa comunidade: quando o leitor se dirige ao ambão para proclamar a Palavra, deve fazer uma inclinação diante do ambão, do altar ou do tabernáculo?" – M.V.L., Itália

    O pe. McNamara formulou a seguinte resposta:

    Reina em torno desta pergunta recorrente uma certa confusão.

    O nº 59 do Ordenamento Geral do Missal Romano afirma: "A proclamação das leituras, segundo a tradição, não é competência específica daquele que preside, mas de outros ministros. As leituras, portanto, devem ser proclamadas por um leitor; o Evangelho pelo diácono ou, em sua ausência, por outro sacerdote. Se não estiver presente nem diácono nem outro sacerdote, o mesmo sacerdote celebrante deve ler o Evangelho; e se faltar um leitor idôneo, o sacerdote celebrante deve proclamar também as outras leituras".

    Nem todos os gestos litúrgicos pedem um fundamento teológico. Em alguns casos, trata-se de gestos consuetudinários de cortesia e de respeito, que dão mais decoro à celebração.

    O atual bispo auxiliar de Melbourne, na Austrália, dom Peter Elliott, descreve a inclinação do leitor em seu manual Ceremonies of the Modern Roman Rite do seguinte modo: "O leitor, ao chegar ao presbitério, faz as costumeiras reverências; primeiro, inclinando-se profundamente ao altar (...) e depois ao celebrante, antes de se dirigir ao ambão".

    Dois gestos de inclinação são descritos. O primeiro, voltado ao altar, se baseia no Cerimonial dos Bispos, cujo nº 72 diz: "Todos aqueles que sobem ao presbitério ou dele se afastam, ou passam em frente ao altar, saúdam o altar com uma inclinação profunda".

    O segundo gesto, voltado ao celebrante, não é prescrito explicitamente nos livros litúrgicos, mas pode ser considerado um gesto consuetudinário que tem origem nos sinais de reverência e de respeito para com o bispo mencionado no Cerimonial em seus números 76 e 77:

    "76. Saúdam o bispo com uma inclinação profunda os ministros, aqueles que se aproximam para realizar um serviço ou se afastam ao seu término, e aqueles que passam em frente a ele".

    "77. Quando a cátedra do bispo se encontra atrás do altar, os ministros devem saudar o altar ou o bispo, conforme se aproximarem do altar ou do bispo; evitem, porém, na medida do possível, passar entre o bispo e o altar, por causa da reverência que se deve a ambos".

    É interessante observar que nenhum desses textos menciona explicitamente os leitores, e que o gesto é relevante somente quando se entra ou se sai do presbitério, ou, em sentido muito amplo, quando se auxilia o celebrante. Não parece que essas inclinações façam parte de modo permanente e obrigatório das usanças de quem exercita o ministério de leitor.

    Ao descrever a Liturgia da Palavra, em seu nº 137, o Cerimonial dos Bispos não menciona eventuais inclinações: "Ao terminar a oração coleta, o leitor se dirige ao ambão e, quando todos estão sentados, proclama a primeira leitura".

    Portanto, se os assentos estiverem ordenados de tal modo que os leitores estejam no presbitério desde o início da missa, sem precisarem passar em frente ao altar, eles podem exercer o seu ministério sem fazer qualquer inclinação.

    Por fim, os livros não fazem menção a inclinações diante do ambão, e, durante a missa, via de regra, não se fazem inclinações ao tabernáculo.

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    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Relíquia do beato João Paulo II estará presente nos Atos Centrais da JMJ Rio2013
    Presidente da Fundação João Paulo II se reune com o Comitê Organizador Local


    RIO DE JANEIRO, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Uma relíquia do beato João Paulo II estará presente nos Atos Centrais da JMJ Rio2013. Parte do sangue do idealizador das Jornadas Mundiais da Juventude está guardada em uma ampola, num livro prata, em um relicário próprio, e estará disponível para a veneração dos fiéis como aconteceu na JMJ de 2011, em Madri, na Espanha.

    O presidente da Fundação João Paulo II, Marcello Bedeschi, veio de Roma para se reunir com o Comitê Organizador Local (COL) neste fim de semana e organizar a exposição oficial da relíquia de primeiro grau. Segundo um dos diretores do Setor de Preparação Pastoral do COL, Padre Arnaldo Rodrigues, a relíquia estará no Rio de 7 de julho a 13 de outubro e, durante a JMJ Rio2013, vai participar dos Atos Centrais e de algumas atividades específicas, como Catequeses. "Ela ficará exposta para veneração na Catedral do Rio de Janeiro. Estamos também preparando um trabalho pastoral pós-jornada para aproveitar a presença da relíquia aqui", completou Pe. Arnaldo.

    Mas o que são relíquias e qual o seu valor na Igreja?

    Padre Arnaldo explicou que toda relíquia proporciona ao devoto um contato maior com o santo ou beato de devoção pessoal e auxilia no caminho de fé. "Uma relíquia nos ajuda porque mostra a nossa ligação com a Igreja aqui na terra que caminha com a Igreja celeste, formada por aqueles que já foram para junto do Pai", destacou o sacerdote.

    As relíquias são divididas em três graus de classificação. As relíquias de primeiro grau, como as de João Paulo II que visitarão o Rio, são formadas a partir de partes do corpo da pessoa de devoção, como cabelo, sangue, osso, etc. As de segundo grau vêm dos objetos pessoais do santo ou beato, como sua roupa, seu cajado, seu rosário, etc. Uma relíquia de terceiro grau pode ser qualquer objeto que tenha sido tocado por uma relíquia de primeiro grau ou pelo próprio santo. "Quanto mais próximo do santo, maior o grau da relíquia", afirmou Padre Arnaldo.

    Presença de outras relíquias na JMJ Rio2013

    O Setor de Preparação Pastoral do COL está trabalhando para trazer outras relíquias de patronos e intercessores da JMJ Rio2013. Já foi concedida a autorização necessária para trazer o corpo do beato Pier Giorgio Frassati. Já estão a caminho os processos para pedir relíquias de Santa Teresa de Lisieux, beata Ciara Luce Badano, beato Frederico Ozanam e do brasileiro Santo Antônio de Santana Galvão.

    Maiores informações: http://www.rio2013.com/pt

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    Eis que se aproximam os dias
    Menos de três meses faltam para a Jornada Mundial da Juventude!

    Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.


    RIO DE JANEIRO, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Menos de três meses faltam para a Jornada Mundial da Juventude! O Brasil será o país onde o Papa Francisco fará a primeira viagem internacional do seu pontificado. Estará com os jovens do mundo presidindo este belo evento criado pelo Beato Papa João Paulo II.

    O primeiro Papa latino-americano estará vivendo conosco a beleza da celebração de mais uma JMJ. Momento único para nós do Brasil e, em especial, do Rio de Janeiro. Após 26 anos ela retorna à América Latina!

    Quando em agosto de 2011, ao final da missa de envio na Jornada de Madri, foi anunciado o Rio de Janeiro como a próxima sede, parecia que estávamos muito longe. Depois, em setembro do mesmo ano, tivemos a chegada dos símbolos da JMJ: a cruz da juventude e o ícone de Nossa Senhora. Hoje eles já estão no Rio de Janeiro, e daqui só sairão para Roma que, no próximo Domingo de Ramos, entregará para a cidade que será a nova sede da JMJ.

    A semana que finda foi trabalhosa para a direção do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ. Esteve entre nós o responsável por organizar as visitas do Papa que, juntamente com as autoridades locais, municipais, estaduais e federais estudou os possíveis passos do Santo Padre aqui em nossa cidade. Contamos com a colaboração das forças de segurança, policiais, bombeiros, forças armadas, a secretaria dos grandes eventos, os serviços municipais, estaduais e federais e tantos outros. As consultas, as opiniões, as ideias ajudaram a compor a proposta geral, que está sendo levada para a opinião e possível aprovação do Papa Francisco.

    No dia 7 de maio será divulgada oficialmente a agenda do Papa no Brasil, quando teremos a Nota Oficial da Santa Sé sobre os passos e a confirmação dos eventos principais de que o Santo Padre participará.

    Nesses dias de convivência com tantas pessoas dos diversos escalões e de tantas situações diferentes, pude apreender o quanto todos estão motivados para este momento ímpar. É o nosso investimento para o presente e o futuro. Investir na juventude: eis o grande segredo! Apoiá-los nos sonhos de construção de um mundo mais justo e humano. A humanidade necessita desse oxigênio sempre novo que o mundo juvenil nos traz. Necessitamos ser desafiados e chamados a superar os desânimos que muitas vezes nos tornam pessoas amargas e azedas. O jovem nos coloca a caminho de desafios dos grandes ideais que todos sonham para o mundo e para a sociedade.

    Teremos, sim, muitos legados sociais, ecológicos, espirituais, mas a esperança colocada nos olhos, na vida, no coração, na mente da juventude não tem preço: é a beleza de olhar para o futuro com esperança e confiança.

    E certamente tudo isso é possível porque na base de todo esse trabalho está a preocupação com o bem de quem experimentou o amor de Deus em sua vida e não tem outra razão de viver a não serem Cristo Jesus. Sim, a vida de fé em Cristo é que nos faz mover e nos desgastar pelo bem da sociedade, inspirando-nos nos desafios juvenis.

    Milhares de jovens de mais de 165 países já estão inscritos. Muitos ainda virão. Tenho certeza de que a experiência alegre da acolhida que os cariocas e fluminenses farão com seus irmãos de outras regiões, nos fará ter a experiência de que um mundo novo é possível por causa de Cristo Ressuscitado.

    Esta semana, com seus desafios, mudanças, estudos, aprofundamentos, preocupações, cobranças e a busca comum de soluções, com os corações abertos à graça de Deus, já experimentamos que isso é possível. O pensar no bem para agir fazendo o bem foi o norte desses intensos dias. Temos certeza de que inspirarão novos tempos.

    As dificuldades existem e também virão. Teremos os problemas dos que não acreditam na vida e não têm esperança no futuro. Sentiremos a problemática da divisão e da violência. Sabemos que as pedras do caminho só confirmarão o caminho bom empreendido, pois estaremos ainda mais próximos d'Aquele que o Pai enviou para salvar a humanidade: Jesus Cristo, nosso Senhor.

    E é Ele que, no monumento no alto do Corcovado, de braços abertos acolhe a todos, também tem um coração que cabe todos nós que andamos em busca da luz e da vida. É esta a oportunidade de servir os irmãos e nos encontrarmos com Cristo.

    Rezemos, acolhamos, vivamos, participemos, preparemo-nos: eis que se aproximam os dias!

    Tenham todos uma santa JMJ Rio 2013!

    † Orani João Tempesta, O. Cist.

    Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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    Homens e Mulheres de Fé
    Respondam ao mal com o bem
    O ataque do grupo Femen contra o arcebispo de Bruxelas

    Por Elisabetta Pittino


    ROMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Elas invadem a sala com os seios à mostra, exibindo neles palavras obscenas e ofensivas em defesa do amor lésbico e gay. São intolerantes, violentas com as palavras e com as ações. Jogam em cima do bispo uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes e o molham com água benta, antes de serem paradas pela segurança.

    Elas se denominam Femen e arremeteram contra o prelado por acusá-lo de ser "um dos pregadores da homofobia na Europa". Tudo aconteceu no mesmo dia em que foi aprovada na França a lei de aprovação das uniões e adoções homossexuais.

    O arcebispo Léonard dava uma palestra sobre a blasfêmia na Universidade Livre de Bruxelas quando foi interrompido e agredido pelo grupo de mulheres. Tudo foi gravado pela televisão belga.

    O que surpreendeu a todos, porém, não foi a invasão repentina das feministas, mas a reação do bispo dom Léonard. Ele continuou sentado em silêncio, rezando, concentrado na oração, recebendo os insultos, a água, a violência e o ódio. Seu rosto estava sereno. Ele recolheu a estatueta de Nossa Senhora de Lourdes e a beijou.

    O público em geral, inclusive os mais hostis a Léonard, ficou impressionado com a calma imperturbável do pastor, que despertou muitas reações de apreço e lembrou a todos um grande ensinamento do evangelho: "Não resistais ao mal, mas respondei ao mal com o bem".

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    Observatório Jurídico
    O código canônico: 30 anos!
    Advogo a tese de que num futuro não distante, o código canônico venha a ser escrito em inglês, o idioma universal da atualidade.

    Por Edson Sampel


    SãO PAULO, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Antes de tudo, é convinhável dizer o porquê de empregar a locução "código canônico" em vez de "código de direito canônico", expressão preferida pela esmagadora maioria - se não a totalidade - dos canonistas que se exprimem em língua portuguesa, ao menos no Brasil. Na verdade, a forma "código de direito canônico", tradução literal de Codex Iuris Canonici, é um equívoco linguístico. Em nenhum país lusoparlante, diz-se "código de direito civil" ou "código de direito penal" ou, ainda, "código de direito comercial". Fala-se e escreve-se simplesmente: "código civil", "código penal" ou "código comercial" Por quê? Porque o substantivo "código", por si só, implica um conjunto de regras ou leis. Os juristas que laboram com o "direito estatal", ao se reportarem à lei exponencial da Igreja católica, chamam-na, acertadamente, de código canônico.

    Em 2013, o código canônico, promulgado em 1983, faz aniversário: 30 anos! Sem este magnífico diploma legal, já escrevi algures, o Concílio Vaticano II seria letra morta, porquanto as normas jurídicas que regem o dia a dia dos fiéis efetivamente implementaram o ideário conciliar.

    Quando se chega aos 30, aos 40, aos anos redondos, enfim, geralmente as pessoas piedosas realizam uma revisão de vida, com o fito de verificar se a caminhada até aquele momento está concorde com a vocação batismal. Analogicamente, aos 30 anos, o código canônico, humildemente, tem de ser revisto pelas autoridades eclesiásticas. Creio que o ponto crucial desse "exame de vida" é a língua na qual o código está escrito. Com efeito, o código canônico se encontra vazado em latim.

    Oxalá todos soubéssemos a língua de Cícero, ou seja, o latim, uma vez que se trata de um idioma elegante, conciso e preciso, ótimo para veicular uma lei. O problema é que, mesmo entre os canonistas, contam-se nos dedos das mãos os que sabem o latim. De outra banda, o código canônico se destina à integralidade do povo de Deus, composto por 99% de leigos, que não dispõem de nenhum conhecimento do latim. Mesmo entre os clérigos, o entendimento do latim é zero, salvo exceções. Redarguiriam alguns: temos as traduções. Ora, a tradução não tem valor oficial; a tradução, consoante escrevi noutro artigo, é uma reles "sombra da lei".

    Advogo a tese de que num futuro não distante, o código canônico venha a ser escrito em inglês, o idioma universal da atualidade. É da índole de qualquer lei ser compreendida por aqueles que devem cumpri-la. Assim, por exemplo, um japonês de Tóquio, que igualmente se insere no rito latino, com certeza terá mais facilidade para observar e reverenciar (bem como para exercer seus direitos) um código canônico expresso numa língua mais acessível para si. Cuido que os católicos do Japão manejam melhor o inglês do que o latim. Idêntico fenômeno ocorre nas nações lusófonas! No Brasil, o inglês, nas cidades grandes, é quase uma segunda língua. Em boa parte dos países da Europa, como na Alemanha, todo o mundo fala inglês.

    Mesmo com essa limitação da linguagem, o código canônico vigente tem sido uma bênção para a sociedade eclesial. Nas próximas semanas, às quintas-feiras, durante o mês de maio, em homenagem ao aniversariante ilustre, discorrerei acerca das inovações trazidas pelo código canônico e enfatizarei sempre a necessidade de ele ser lido e estudado pelos leigos, por enquanto através das versões vernáculas (o único recurso disponível para quem não lê latim), forjando-se, no grêmio da Igreja, uma saudável "cidadania laical".

    Edson Luiz Sampel é doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT).

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    Familia e Vida
    França: os dez deputados da esquerda que desafiaram Hollande
    São contrários à lei do matrimônio de pessoas do mesmo sexo

    Por Redacao


    MADRI, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Dez deputados de diferentes partidos da esquerda da Assembléia Nacional francesa desafiaram as bandeiras partidárias e votaram contra o projeto de lei do "casamento" entre pessoas do mesmo sexo.

    Entre eles – informa a página Religión en Libertad – esta Jérôme Lambert, deputado socialista da Charente e sobrinho-neto do ex-presidente François Mitterrand. Lambert admite que teria votado a favor da lei se ela não contemplasse a adoção. "Eu me recuso a que existam duas categorias de crianças e não quero que seja possível procriar com assistência médica ou gerar por meio dos outros", disse ao Le Point. Lambert justifica a sua postura em princípios contrários à "mercantilização do vivo e do eugenismo".

    Na mesma linha se manifesta Patrice Carvalho, do grupo Esquerda Democrática e Republicana, que reúne, entre outros, deputados do Partido Comunista. Carvalho, que se define como agnóstico, também teme pelas crianças de casais homossexuais. "Ah, quando forem à escola e lhes digam 'filho de bicha" ou "filho de lésbica".

    Entre os que votaram contra ou se abstiveram, vários deputados de territórios e províncias ultramarinas. Um deles, Bruno Nestor-Azérot explica que nas suas terras a quase totalidade da população é contrária à lei. Acha que existe um risco de colapso moral, por um lado, e por outro lado, criticou que a lei seja contrária a todos os costumes e tradições da sua terra, a Martinica.

    O socialista Jean-Philippe Mallé - que optou por não votar – alega que "em chave antropológica, a diferença sexual estrutura a humanidade", e reconhece o influxo que teve nele um artigo publicado no Le Monde pelo filósofo Paul Thibaud. "A lei é um abuso dos adultos sobre as crianças: seja um homossexual ou heterossexual, não existe um 'direito' à criança", escrevia uma das cabeças pensantes da revista Esprit.

    Os dez deputados de esquerda que disseram "não" à lei são: Bernadette Laclais, socialista; Jerome Lambert, socialista; Patrick Lebreron, socialista; Gabrielle Louis-Carabin, socialista; Ary Chalus, radical republicano; Thierry Robert, radical republicano; Bruno Néstor Azérot, Esquerda Democrática e Republicana; Patrice Carvalho, Esquerda Democrática e Republicana; Alfred Marie-Jeanne, Esquerda democrática e Republicana; Jean.Philippe Nilor, Esquerda Democrática e Republicana.

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    A propósito de eutanásia e qualidade de vida
    Esclarecimentos sobre os termos relativos ao fim da existência humana


    ROMA, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Oferecemos aos nossos leitores um artigo publicado pela doutora peruana Maíta García Trovato no site da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC).

    *****

    Eutanásia é uma palavra que está entrando na moda e que pode significar muitas ações. Por exemplo: dar morte ao recém-nascido deficiente que, pressupõe-se, teria uma existência limitada; ajudar quem quer morrer a consumar o seu propósito; eliminar o ancião que, presume-se, não vive mais uma vida digna; proporcionar a morte sem dor a alguém que sofre; matar o paciente indefenso (caso Terry Schiavo), etc.

    A Real Academia Espanhola a define como "ação ou omissão que, para evitar sofrimentos aos pacientes desenganados, lhes acelera a morte com ou sem o seu consentimento". Por outro lado, constantemente, alude-se ao "direito de morrer com dignidade" e não são casuais as tentativas de nos sensibilizar a esse respeito mediante a premiação de filmes que nos mostram a eutanásia como desejável e praticável: um suposto ato de compaixão.

    Diante dela, inevitavelmente, surgem questionamentos que nos fazem levantar questões como a dignidade intrínseca da vida humana ("sacralidade da vida", Evangelium vitae, João Paulo II). Também se impõem, diante das constantes ameaças, temas como a defesa dessa vida, que é uma responsabilidade individual e das políticas públicas, cujo dever é promover e salvaguardar a vida humana começando pela nascitura e pelo seu hábitat natural: a família.

    Existem dois tipos de eutanásia. A chamada ocisiva ou direta e a lenitiva ou indireta. Em ambas, são reconhecidas duas modalidades: a ativa ou "por comissão" e a passiva ou "por omissão". Devemos ser claros: se o propósito é causar a morte, ambas as modalidades são ilícitas.

    A eutanásia ocisiva ou direta vem do latim occidere (matar, matar-se, morrer) e, como dizia um médico amigo, está mais próxima de matar do que de morrer. Considera-se ativa quando é usado um meio que provoca diretamente a morte, e passiva quando se evita um procedimento que poderia salvar a vida. É moralmente inaceitável e poucos países a legalizaram.

    Em contrapartida, a eutanásia lenitiva, de lenire (suavizar), é permitida na maioria de países e é lícita. Trata-se de poupar sofrimento em caso de morte inevitável. Ela recupera o verdadeiro sentido de "eutanásia". Pode ser ativa, quando administramos medicamentos que aliviam a dor e a angústia, ainda que talvez abreviem a vida do paciente (princípio do duplo efeito); ou passiva, ao prescindir de procedimentos que podem aumentar o sofrimento, como suspender a quimioterapia quando ela traz mais mal-estar do que benefícios.

    Em oposição à eutanásia lenitiva, existe a chamada "distanásia", obstinação terapêutica que consiste em atrasar a chegada da morte por todos os meios, proporcionais ou não, ainda que não haja esperança alguma de cura e apesar de significar sofrimentos adicionais aos que o paciente já padece, no intento de esquivar, durante horas, dias ou semanas, uma morte inevitável. Motivações? Geralmente econômicas, acadêmicas ou de prestígio: "Eu não deixo ninguém morrer…".

    Argumentos utilizados nas tentativas de legalização da eutanásia:

    1. O direito de cada um de dispor da própria vida, em uso do princípio de autonomia.

    2. O direito à morte digna, solicitada por quem padece dor incurável.

    3. A necessidade de regulamentar uma situação que já existe de fato.

    4. A manifestação de solidariedade social, que significaria eliminar vidas sem sentido e evitar cargas pesadas para os familiares e para a sociedade.

    Como no caso do aborto, estamos diante de um ponto de partida falso. Ninguém pode falar de "própria vida" porque ela simplesmente não nos pertence. E é melhor que seja assim, porque todo bem próprio pode ser desapropriado. A vida é um dom de Deus, que temos de administrar do melhor modo que soubermos e pudermos. A dor é uma questão que hoje tem grande margem de manejo terapêutico, graças aos avanços nos cuidados paliativos. E os dois últimos argumentos são de uma leviandade e cinismo tais que não resistem à mais superficial das análises.

    Os partidários da legalização da eutanásia direta estão introduzindo na mentalidade coletiva uma perigosa distorção: a dignidade da vida humana seria sinônimo ou dependeria da "qualidade de vida". Certamente, esta ideia não se baseia na verdade. Como dissemos linhas acima, a vida humana tem uma dignidade intrínseca, cuja sacralidade provém do seu Criador. Cabe a nós promover, para todas as pessoas a quem pudermos, uma "qualidade de vida" de acordo com a dignidade que lhes vem do fato de serem filhas de Deus.

    Para saber mais: http://www.fiamc.org/bioethics/eutanasia-e-calidad-de-vida/.

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    Mundo
    Que todos os políticos adiram à iniciativa Um de Nós
    Cresce mobilização católica para apoiar projeto dos cidadãos europeus


    ROMA, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - "A defesa da vida não é um 'afazer' católico", explicou em conferência de imprensa na manhã de hoje a porta-voz do projeto Um de Nós, Maria Grazia Colombo. "É uma mensagem imensa de esperança e não de ruptura, porque todos concordam que o embrião é 'um de nós' e quer apenas continuar o seu percurso de vida que o levará a se tornar um homem".

    São importantes, para o presidente do comitê, Carlo Casini, as palavras do primeiro-ministro italiano Enrico Letta, que, apresentando à Câmara o seu governo, "fez referência à queda demográfica como uma ferida mortal no coração da nação. Espero que não apenas os católicos, mas todos os políticos de todas as orientações assinem o projeto Um de Nós, pelo grande valor que é a vida humana, acima de qualquer diferença".

    Casini acrescentou, respondendo aos jornalistas sobre a contemporaneidade da Jornada de Mobilização de 12 de maio, com a Marcha Nacional pela Vida prevista para Roma: "Acho que a marcha representa um sinal do grande valor unificante da defesa da vida. Por isso já enviamos aos organizadores os nossos cumprimentos sinceros, na esperança de que a manifestação, da qual participaremos como representantes do comitê nacional Um de Nós, obtenha todo o sucesso".

    Ainda durante a conferência de imprensa, foi anunciado outro sinal da grande unidade que a iniciativa Um de Nós está promovendo no mundo católico: a Obra Don Orione se uniu às muitas associações que já tinham aderido, entre as quais a Aliança Católica, a Ação Católica, o Caminho Neocatecumenal, a Comunhão e Libertação, a Obra Santo Egídio, os Focolares, os Médicos Católicos, o Movimento pela Vida, a Renovação Carismática, os Juristas Católicos, a Unitalsi, a Copercom, o Fórum das Associações Familiares, o Fórum das Associações de Saúde, a Scienza&Vita e a Retinopera.

    Para mais informação: www.firmaunodinoi.it

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    Venezuela: a violência no Parlamento corrompe sua identidade
    Comunicado dos bispos diante da gravidade do momento que o país está vivendo

    Por Redacao


    ROMA, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Os bispos da Venezuela – diante da gravidade do momento que o país está vivendo – publicaram neste 2 de maio um comunicado intitulado com a passagem da I Carta de São João 3, 17: "Amemos não somente com as palavras, mas com fatos e de acordo com a verdade". No mesmo qualificam de "vergonhoso" o espetáculo de violência contra deputados em uma sessão da Assembleia Nacional e afirmam que fatos como estes desnaturalizam a identidade da referida câmara.

    Os bispos dizem que estãos cientes "da gravidade da situação no país" e afirmam que "a situação à qual chegaram tem que levar todos a uma reflexão serena com uma atitude de respeito e diálogo".

    E lembram da mesma carta de João: " O que odeia o seu irmão é um homicida" e a doutrina evangélica de Jesus que convidou "a ter um coração cheio de paz, desterrando o ódio e a maledicência". "O ódio, a agressão e a violência que conduzem a caminhos de destruição e de morte. Nossa fé cristã nos convida a ser instrumentos de paz, de perdão e de reconciliação", destacam.

    Reiteram o que foi dito em sua declaração do 17 de Abril, na qual falavam da nova realidade política: estar divididos em duas metades praticamente iguais, como ficou em evidência nas últimas eleições presidenciais.

    Por isso reafirmam: "a paz social e política do país pede o reciproco reconhecimento dos dois setores majoritários do povo venezuelano, porque o desconhecimento mútuo fará inviável tanto os planos do governo como os insumos alternativos da outra parte".

    Insistem em que "a violência diária, de rua ou política, a insegurança, a deficiência dos serviços públicos e a crise econômica, requerem ser afrontadas a partir do entendimento entre as partes, pois nenhuma delas é autosuficiente por sí só para resolver os problemas do país".

    O respeito e a justiça, dizem, "devem prevalecer no tratamento entre os cidadãos e as instituições, deixando de lado a arrogância e o fanatismo, os preconceitos e as acusações infundadas".

    Portanto, "uma linguagem excludente, ofensiva e ameaçadora, causa medo e indignação na população e pode levar a reações sociais lamentáveis", dizem.

    Endossam o pedido da maioria dos venezuelanos "para cessar a repressão, a perseguição, o assédio e despedidas injustificadas de funcionários públicos e a violência por motivos políticos".

    "Ter outra opinião ou discordar do projeto oficial – lembram – não tem que ser motivo para temer a perda da liberdade, do lugar de trabalho, da casa ou qualquer outro direito cidadão".

    Quanto às agressões físicas de alguns deputados na Assembléia Nacional, afirmam que "são um ato de violência que causa tristeza e vergonha". "Venezuela não merece espetáculos tão vergonhosos! Fatos como estes desnaturalizam a identidade do Parlamento e colocam em risco um âmbito essencial de diálogo, discussão e propostas numa sociedade democrática", destacam.

    Portanto, afirmam: "Rejeitamos categoricamente a criminalização do protesto pacífico consagrado na Constituição. Percebemos, na verdade, que a grande maioria da população exige de todos os atores políticos e sociais, uma informação equilibrada, o que corresponda à verdade, fundamento de toda credibilidade e confiança neles e nas instituições que representam. Não se constrói nada de válido a partir de falsidades, mentiras ou meias-verdades ".

    Urge ouvir o Papa Francisco na sua mensagem para a Venezuela: "Convido o querido povo venezuelano, especialmente aqueles que tomam as decisões e os responsáveis políticos a rejeitarem veementemente qualquer tipo de violência, e estabelecer um diálogo baseado na verdade, de reconhecimento mútuo, na busca do bem comum e no amor pela nação".

    Convidam também a todos e, em primeiro lugar as autoridades, a cumprir "a obrigação de proteger a vida, manter a esperança e sustentá-la com coragem, constância e verdade", e pedem "apoiar e respeitar o trabalho das Organizações Não Governamentais, que se comprometem na defesa dos direitos humanos".

    Concluem seu comunicado convidando "a redobrar a oração a Deus para a reconciliação e a paz", e, ao mesmo tempo, "para trabalhar e ser eficaz no amor ao próximo, com gestos de respeito, perdão e solidariedade, sem distinção de qualquer natureza".

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    Nigéria: País está ameaçado pela "corrupção e insegurança", denuncia Cardeal Onaiyekan
    Sempre que os serviços governamentais falham, a resposta é dada pela Igreja Católica


    ROMA, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - A Nigéria é um país minado pela "corrupção e violência religiosa". A denúncia é do Cardeal John Onaiyekan, Arcebispo de Abuja, perante o Comité dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu, reunido em Bruxelas. O encontro, promovido pela Fundação AIS, juntou ainda o bispo Matthew Hassan Kukah, de Sokoto.

    Os dois líderes religiosos procuraram sensibilizar os dirigentes europeus para a terrível realidade que se vive neste país, um dos três considerados prioritários pela União Europeia na África subsaariana, além do Quénia e da África do Sul.

    Os prelados, que também reuniram com elementos da Comissão Europeia, fizeram notar que a Nigéria não pode ser considerado como um país pobre, tanto mais que tem vindo a receber ajuda da comunidade internacional. "O problema, disseram, é a corrupção e a má gestão que fazem com que muita dessa ajuda não chegue às populações", e que promovem o sentimento "de insegurança".

    Porém, sempre que os serviços governamentais falham, a resposta é dada pela Igreja Católica. Escolas, hospitais, centros de assistência jurídica e outros serviços básicos são oferecidos às populações mais pobres da Nigéria pela Igreja. "A Igreja Católica está preocupada com o bem-estar de todos os nigerianos, não só com os baptizados nas nossas igrejas.

    A Nigéria tem cerca de 170 milhões de pessoas, metade são cristãos de diferentes denominações e a outra metade é muçulmana, também de diferentes grupos. Os católicos ainda são o maior grupo e por isso temos alguma influência e responsabilidade", esclarece o cardeal Onaiyekan.

    No entanto, há zonas do país onde os católicos são claramente minoria. É o caso da diocese de Sokoto, do Bispo Kulah, situada no noroeste do país. O bispo traça aqui uma realidade desfavorável para os cristãos: "a região tem uma maioria muçulmana no poder. A forma como gastam os fundos federais e como estabelecem as suas prioridades quer na educação ou na saúde públicas, não são as mesmas da UNESCO", diz o bispo, recordando, ainda, que foi nesta região que nasceu o grupo terrorista islâmico Boko Haram.

    A combinação da pobreza, desconfiança e a existência de muitas armas originárias na Líbia, "fazem a tensão crescer exponencialmente", diz o cardeal Onaiyekan. "Muitas vezes, os criminosos estão mais bem armados do que as forças de segurança nigerianas"...

    (Fonte: AIS)

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    Entrevistas
    Em que medida a falta de fé pode ser motivo para a nulidade matrimonial? (Parte II)
    Entrevista com o professor de direito matrimonial Miguel Ángel Ortiz, da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, juiz no tribunal de apelação do Vicariato de Roma

    Por Sergio Mora


    ROMA, 02 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Pouco antes de terminar o seu pontificado, Bento XVI falou da falta de fé como motivo de nulidade matrimonial, durante a sua alocução anual à Rota Romana e no âmbito do Ano da Fé. Seria uma nova causa de nulidade, como alguns meios de comunicação noticiaram? Ou algo relacionado diretamente com a "hora do sim"? O padre Miguel Ángel Ortiz, professor de direito matrimonial e juiz no tribunal de apelação do Vicariato de Roma, aborda os matizes da questão nesta entrevista.

    Quais são as porcentagens de nulidades matrimoniais nos diversos países?

    Prof. Ortiz: Depende dos países. João Paulo II alertou sobre uma visão que pode parecer pastoral, porque o juiz sabe que a decisão dele afeta o futuro dos esposos e, possivelmente, o acesso deles aos sacramentos. É uma atitude que pode parecer pastoral, mas na verdade não é: ela acontece quando o juiz cede à "tentação" de "favorecer" a pessoa, para que ela possa voltar a se casar, mesmo sem ter chegado à convicção que o direito pede que ele tenha: a "certeza moral". João Paulo II ressaltou em 1990, e Bento XVI retomou o tema, que a pastoralidade não consiste em agir contra o direito. Se você dita uma sentença de nulidade da qual não tem uma certeza firme, porque não se sustenta nas provas, porque é na verdade um "favor" que não corresponde à verdade, isso não é uma pastoralidade verdadeira, porque ela levaria a pessoa a viver contra a sua verdadeira condição. Como voltar a se casar já estando casado.

    E, nesse caso, de quem é a responsabilidade?

    Prof. Ortiz: Diante de Deus e diante da consciência, é de cada um, é um problema para o juiz e também para quem mentiu. Nos Estados Unidos, conforme dados aproximados, as decisões afirmativas, ou seja, aquelas que concluem que existe a nulidade, se aproximam de 90% dos casos apresentados. Na Itália a porcentagem é sensivelmente menor, talvez porque haja uma cultura jurídica mais consolidada. Também pode influenciar a atitude pastoralista, a que eu me referi antes. Corremos o risco de a Igreja caia numa mentalidade divorcista, que considera que matrimônio fracassado é matrimônio nulo. Mas não é assim.

    Bento XVI levantou o problema de que a falta de fé prejudica o matrimônio e poderia ser causa de nulidade?

    Prof. Ortiz: Todos os anos, o papa faz a sua alocução à Rota Romana. Desta vez, no Ano da Fé, ele quis aproveitar para enfatizar a relação entre casamento e fé. Bento XVI parte de uma premissa que está na base dos discursos de João Paulo II em 2001 e em 2003, nos quais ele tratou da relação entre o matrimônio natural e o matrimônio sacramental. Não existem dois matrimônios (civil e religioso), mas só um, a união do homem e da mulher que formam uma só carne e que João Paulo II tinha chamado, numa catequese anterior, de sacramento primordial, de onde podemos concluir que todo casamento tem uma natureza sagrada.

    Como é que a fé incide?

    Prof. Ortiz: Bento XVI reforça a raiz comum da fé (fides) e a aliança (foedus) matrimonial natural, e também a fidelidade (fidelitas) matrimonial. Isso quer dizer que a fé sustenta e reforça a fidelidade conjugal. João Paulo II, na exortação Familiaris Consortio, de 1981, tinha dito também que toda decisão de casar-se "naturalmente" (em "um amor indissolúvel e numa fidelidade incondicional") obedece sempre à ação da graça, mesmo que os cônjuges não sejam plenamente conscientes. Se eles têm essa intenção de "fazer o que a Igreja faz", o consentimento é suficiente.

    Por que você diz "o que a Igreja faz" e não "o que a Igreja diz"?

    Prof. Ortiz: Porque o sinal sacramental (o que a Igreja faz quando celebra o matrimônio dos batizados) é o próprio casamento da criação, o casamento natural. Como acabei de dizer, o verdadeiro consentimento é sempre sustentado pela graça. Mesmo que os cônjuges não saibam, Deus une esse casal. Para viver isso em plenitude, e na exigência da fidelidade conjugal, a fé ajuda. A graça não transforma o casamento, mas ajuda a vivê-lo com plenitude. Por isso é que o papa Bento XVI elogiou os cônjuges em dificuldades ou abandonados que permanecem fiéis com a ajuda da fé.

    Fé e consentimento?

    Prof. Ortiz: A propósito da incidência da fé na validade do matrimônio, Bento XVI cita algumas proposições da Comissão Teológica Internacional do ano de 1977, na quais se diz que, embora a fé pessoal não seja necessária para o casamento, seria de se avaliar, quando falta a disposição para crer (ou seja, para deixar a graça agir), se também não falta a mesma disposição para casar-se. Por outro lado, na Familiaris Consortio, João Paulo II destaca como a falta de fé pode influenciar a validade do casamento: se os cônjuges rejeitam de maneira explícita e formal "o que a Igreja realiza quando celebra o matrimônio dos batizados" (a união fiel, indissolúvel e aberta à vida), o consentimento seria só aparentemente matrimonial, e o matrimônio seria inválido.

    Portanto, não pela fé, mas pela exclusão das condições inerentes ao matrimônio?

    Prof. Ortiz: Aliás, alguns anos antes, João Paulo II tinha dito, em outro discurso à Rota, que a falta de fé podia anular o casamento "só se negasse a sua validade no plano natural, em que se situa o próprio sinal sacramental". Na jurisprudência, é relativamente frequente encontrar decisões que consideram válido o casamento de quem não desejava o sacramento e só tinha se casado na Igreja para fazer um favor ao outro cônjuge, desde que a falta de fé não tivesse significado uma rejeição (uma exclusão) do matrimônio em si ou de uma propriedade ou elemento essencial dele.

    O que entra em jogo, enfim, é o que se quis no momento do sim, e não a fé vinte anos depois?

    Prof. Ortiz: Certamente, a validade ou nulidade do matrimônio tem que fazer referência sempre à existência de um verdadeiro consentimento no momento de casar, não no desenrolar-se da vida matrimonial. Por exemplo, os maus tratos são causa de nulidade? Em si mesmos, não, mas é claro que é diferente se os maus tratos acontecem muitos anos depois do casamento ou pouco tempo depois dele, já que essa atitude pode manifestar uma anomalia psíquica ou uma exclusão, ou seja, "eu não quis me casar, eu quis ter uma escrava". Quero dizer que o maltrato em si não é motivo de nulidade, mas pode ser indício de um vício presente no momento do casamento. O que acontece vinte anos depois é relevante na medida em que lança luz sobre a vontade que existiu no momento de casar. Do mesmo jeito, como eu disse, a falta de fé pode ser relevante se implicou a exclusão das dimensões naturais, como a indissolubilidade, a fidelidade, etc.

    Então não é uma nova causa de nulidade o fato de a pessoa perder a fé durante a vida. Mas assim como existe o privilégio paulino, isso poderia criar o privilégio de uma segunda oportunidade?

    Prof. Ortiz: João Paulo II dedicou o discurso à Rota, no ano 2000, a expor diversos aspectos da indissolubilidade do matrimônio, entendida como um bem dele (embora com frequência ela seja considerada mais como um limite à felicidade das pessoas). Ele recordou que, mesmo que todo matrimônio seja indissolúvel, em alguns casos cabe, excepcionalmente, que ele se dissolva: quando media o privilégio da fé (com base na doutrina de São Paulo, conhecida como privilégio paulino), ou quando o matrimônio não foi consumado, sempre que exista uma causa justa. Mas o casamento sacramental (entre dois batizados) e consumado nunca pode ser dissolvido, não pode contar com nenhum privilégio. Entende-se que o sinal sacramental é perfeito e completo, porque os cônjuges "disseram" que querem se entregar não só com as palavras, mas com toda a pessoa (com a cópula conjugal).

    O que as Sagradas Escrituras dizem é tão claro quanto a fórmula da Igreja, "até que a morte os separe"?

    Prof. Ortiz: O que o Novo Testamento diz é que "o que Deus uniu, o homem não separe". É claro que a possibilidade de dissolver matrimônios em casos especiais, em favor da fé e no caso de não consumação, é entendida no contexto da praxe da Igreja e de como o romano pontífice exerce a sua potestade. Precisamente nesse contexto, a afirmação de João Paulo II, em 2000, não deixa espaço para equívocos, porque não só recorda a doutrina em vigor (o matrimônio consumado não pode ser dissolvido), mas ainda acrescenta que essa doutrina tem que ser entendida como infalível: "Deve ser considerada definitiva, ainda que não tenha sido declarada de forma solene mediante um ato de definição, o que equivale a dizer que nem eu nem os meus sucessores podemos mudá-la".

    Leia a Parte I desta entrevista:

    http://www.zenit.org/pt/articles/em-que-medida-a-falta-de-fe-pode-ser-motivo-para-a-nulidade-matrimonial-parte-i

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    Em que medida a falta de fé pode ser motivo para a nulidade matrimonial? (Parte I)
    Entrevista com o professor de direito matrimonial Miguel Ángel Ortiz, da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, juiz no tribunal de apelação do Vicariato de Roma (Parte I)

    Por Sergio Mora


    ROMA, 30 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Pouco antes de terminar o seu pontificado, Bento XVI falou da falta de fé como motivo de nulidade matrimonial, durante a sua alocução anual à Rota Romana e no âmbito do Ano da Fé. Seria uma nova causa de nulidade, como alguns meios de comunicação noticiaram? Ou algo relacionado diretamente com a "hora do sim"? O padre Miguel Ángel Ortiz, professor de direito matrimonial e juiz no tribunal de apelação do Vicariato de Roma, aborda os matizes da questão nesta entrevista.

    Por que sempre existem duas instâncias judiciais para avaliar a nulidade de um casamento?

    Prof. Ortiz: Porque o matrimônio possui o favor do direito: presume-se que a pessoa que se casou está casada de verdade. O casamento é muito natural, é a institucionalização da vocação mais radical do homem, a vocação ao dom de si mesmo, e por isso nós precisamos de uma prova forte para concluir que a pessoa que contraiu o matrimônio não quis ou não podia se casar. Por esse motivo, para as pessoas poderem voltar a se casar, é necessário que existam dois tribunais que considerem nulo aquele casamento. Normalmente, os processos se resolvem no mesmo país onde foi celebrado o casamento. Se as duas sentenças não forem conformes, ou se um dos cônjuges pedir expressamente, aí sim é que se recorre ao tribunal da Rota Romana.

    Chegou a ser veiculado que o problema das nulidades fáceis era mais dos advogados que dos juízes...

    Prof. Ortiz: O advogado apenas assessora. Não seria necessário recorrer a um advogado, mas há uma complexidade técnica que faz a pessoa precisar de assessoramento. É claro que o advogado tem que ser honrado e não pode falsificar nada: ele também se compromete com a causa da verdade. Além disso, o juiz conta com provas, testemunhas, perícias, documentos, que o ajudam a ter a certeza moral sobre o fundamento ou a falta de fundamento do pedido de nulidade.

    A questão é se houve impedimento ou vício do consentimento no momento do matrimônio?

    Prof. Ortiz: Por isso é que as sentenças de nulidade são declarativas e não constitutivas. O juiz não diz de quem é a culpa pelo fracasso do casamento. O que ele diz é se na origem do casamento, quando os noivos se casaram, houve mesmo o matrimônio. O juiz declara então que, apesar da aparência, que, no caso, foi a celebração, na realidade não houve matrimônio, ou seja, que apesar de alguém ter dito que queria se casar, esse alguém não quis de verdade ou não podia casar, ou então houve algum vício de forma ou algum impedimento.

    Muitas coisas são subjetivas e dependem do que a pessoa declara, mas a pessoa pode tentar enganar...

    Prof. Ortiz: Ela pode tentar enganar, pode também enganar a si própria... Mesmo pensando que é sincera, ela pode ser traída pela memória, ou condicionada pelo trauma do fracasso matrimonial. Antigamente, considerava-se que o juiz não podia levar em conta o que as partes diziam, porque presumia-se que elas sempre mentem em favor próprio.

    E hoje em dia?

    Prof. Ortiz: Graças a Deus, não. O juiz não pode desconfiar sistematicamente do que os cônjuges dizem, mas também não pode ignorar que, às vezes, as pessoas podem enganar a si mesmas ou tentar enganar o tribunal. Hoje, você considera que a pessoa quer esclarecer a sua situação. O juiz tem que acreditar nas pessoas, dar crédito ao que elas afirmam, tanto com as palavras quanto, principalmente, com o comportamento, com fatos comprovados. A jurisprudência costuma afirmar que os fatos são mais eloquentes que as palavras. Por exemplo, se eu digo que excluí a indissolubilidade do matrimônio, mas o matrimônio durou muitos anos, e eu fiz numerosas tentativas de salvá-lo, então os fatos podem desmentir aquilo que eu afirmo.

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    Espiritualidade
    O décimo dos Dez Mandamentos da Lei de Deus
    Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti

    Por Pe. Reginaldo Manzotti


    CURITIBA, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) - "Porque onde está teu tesouro, lá também está teu coração". (Mt 6,21). Enquanto o nono mandamento nos fala da cobiça da carne, o décimo trata da cobiça dos bens dos outros: "Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence. (Ex 20,17)".

    O décimo mandamento nos alerta para aquilo que é a raiz do roubo, da corrupção, da fraude: a concupiscência da carne. A palavra "concupiscência" é colocada no sentido do desejo de possuir. É a pessoa olhar para uma coisa e ter o sentimento de posse: "eu quero, e a qualquer custo".

    Este mandamento toca num ponto chamado avidez; um desejo de uma apropriação desmedida dos bens terrenos, de querer tudo pra si mesmo. É a cobiça desordenada, é a inveja, é o capitalismo. Quanto mais se tem, mais se quer.

    No Catecismo da Igreja Católica consta: "o apetite sensível nos faz desejar as coisas agradáveis que não temos. Por exemplo, desejar comer quando temos fome, ou aquecer-nos quando estamos com frio. Esses desejos são bons em si mesmos, mas muitas vezes não respeitam a medida da razão e nos levam a cobiçar injustamente o que não nos cabe e pertence, ou é devido à outra pessoa". (CIC 2535)

    Ou seja, desejar obter as coisas não é o problema, contanto que seja por meios adequados. É errado quando pretendemos adquirir algo e usamos de má fé ou lesamos alguém para atingir esse objetivo. A apropriação, seja ela de qualquer espécie, só é digna se feita de forma lícita.

    "Não cobiçar as coisas alheias" é o mesmo que banir a inveja do coração humano. "A inveja pode levar às piores ações. Foi pela inveja do demônio que a morte entrou no mundo". (CIC 2538)

    Santo Agostinho via na inveja um pecado diabólico. Da inveja nasce o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo.

    O desejo de sempre querer ter mais leva a uma infelicidade sem limites, a um vazio interior, a uma cobiça desmedida. É uma ambição desregrada que nasce da paixão imoderada das riquezas e do seu poder.

    Nunca podemos esquecer: "Quereríeis ver Deus glorificado por vós? Pois bem, alegrai-vos com os progressos de vosso irmão e imediatamente Deus será glorificado por vós. Deus será louvado, dirão, porque seu servo soube vencer a inveja, colocando sua alegria nos méritos dos outros". (CIC 2540)

    Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – obra que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos por milhares de emissoras do país e exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br.

    Para ler as catequeses anteriores:

    Primeira catequese: http://www.zenit.org/article-30044?l=portuguese

    Segunda catequese: http://www.zenit.org/article-30528?l=portuguese

    Terceira catequese: http://www.zenit.org/article-30727?l=portuguese

    Quarta catequese: http://www.zenit.org/article-30972?l=portuguese

    Quinta catequese: http://www.zenit.org/article-31827?l=portuguese

    Sexta catequese (parte I): http://www.zenit.org/article-31446?l=portuguese

    Sexta catequese (parte II): http://www.zenit.org/article-31897?l=portuguese

    Sétima catequese: http://www.zenit.org/pt/articles/o-setimo-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus

    Oitava catequese (parte I): http://www.zenit.org/pt/articles/o-oitavo-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus-parte-i

    Oitava catequese (parte II): http://www.zenit.org/pt/articles/o-oitavo-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus-parte-ii

    Nona catequese: http://www.zenit.org/pt/articles/o-nono-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus

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    A fé não esmorece diante das provações
    Homilia de Dom Augusto César no Santuário de Fátima


    FáTIMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Na manhã de ontem, 28 de abril, um total de 22 grupos de peregrinos vindos de nove países participou nas celebrações dominicais celebradas no Santuário de Fátima, presididas por D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco.

    Depois de um desfile pelo centro do recinto em direção à escadaria que ladeia o altar, o Recinto de Oração revestiu-se de um colorido e de um ambiente especial, que foi de festa, de tradição, de história e de fé. Isto devido à numerosa presença de grupos de folclore e etnográficos de todo o Portugal a participarem em Fátima na peregrinação promovida, pelo 11º ano consecutivo, pela Federação de Folclore Português.

    De forma também bastante expressiva encontravam-se outros três grupos em peregrinação nacional: os grupos portugueses do Movimento Esperança e Vida e da Obra de Santa Zita, e o grupo espanhol da Adoración Nocturna.

    A todos os peregrinos presentes no Santuário, D. Augusto César deixou uma exortação: "A fé não esmorece diante das provações, antes fica purificada, e Deus, como diz o livro do Apocalipse, enxugará as lágrimas dos que sofrem, quer dizer, Deus continua a proteger os pequeninos e aqueles que são os últimos da sociedade".

    D. Augusto César refletiu também sobre a importância da família e do apostolado feito em grupo, como meios para viver e propagar a fé: "daí o interesse das associações familiares e dos movimentos juvenis, pois, se por um lado há muito quem procure seduzir em nome da banalidade, por outro é preciso saber discernir o essencial e acreditar em quem mostra Jesus Cristo".

    "Pais, acompanhai os vossos filhos de perto e com carinho e dai-lhes a saborear a força do amor sacramental; filhos, levai para a escola e demais atividades o testemunho responsável dos vossos pais que são os primeiros educadores e também os mais empenhados no vosso futuro", apelou D. Augusto César, "em nome da fé".

    Ainda na homilia da missa dominical, o bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco dirigiu-se diretamente aos grupos mais numerosos.

    Aos grupos de folclore pediu "que ajudem o país a cantar as tradições, a cantar a alegria do nosso povo que agora anda muito esmorecido".

    Do Movimento Esperança e Vida evidenciou "que é preciso olhar para a família e este movimento traz uma petição a fazer a Nossa Senhora, que abençoe as famílias não só do nosso país, mas do mundo inteiro".

    Sobre a presença no Santuário da Obra de Santa Zita no Quinto Domingo da Páscoa, o bispo disse que esta Obra "deu o tom a esta peregrinação, na medida em que faz um apelo à fé mediante a prática das boas obras e de obras feitas à luz da fé".

    D. Augusto César mencionou também o movimento espanhol da Adoração Noturna: "passam muitas horas diante do Santíssimo Sacramento, diante de 'Jesus Escondido' como diziam o Pastorinhos, porque se sentem atraídos pelo convívio da ceia, pelo partir e repartir do pão e pelo gesto do lava-pés; e tudo isto como expressão do amor fraterno que torna presente o amor de Deus e o Deus do amor".

    Por LeopolDina Simões

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    Análise
    As consequências da Primavera Árabe
    Os cristãos estão cada vez mais sendo alvo no Oriente Médio

    Por John Flynn, LC


    ROMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O conflito continua na Síria e em outros países, que experimentaram uma mudança de regime, como o Egito, o destino dos cristãos continua a ser motivo de grande preocupação.

    Semana passada, dois arcebispos, o síro-ortodoxo Yohanna Ibrahim e o greco-ortodoxo Paul Yazigi, foram sequestrados no vilarejo de Kfar Dael, por aqueles que a Reuters, no dia 22 de abril, chamou de "grupo terrorista".

    Em setembro do ano passado, o Arcebispo Ibrahim disse à Reuters que "os cristãos foram atacados e seqüestrados de forma monstruosa e as suas famílias pagaram grandes somas para a sua libertação".

    Inicialmente as agências afirmaram que os dois arcebispos tinham sido liberados. Mais tarde, porém, Jean-Clement Jeanbart, o arcebispo greco-melquita de Aleppo, negou esta notícia (ver Asia News, 24 de abril).

    No dia do seqüestro, 22 de abril, a Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) publicou um dossier especial intitulado Proteger e promover a liberdade religiosa na Síria.

    Tradicionalmente, no campo religioso, a Síria é um país heterogêneo, com cerca de 22 milhões de pessoas. Os muçulmanos sunitas são cerca de 75% da população, mas subsiste uma minoria substancial de Alauítas, cristãos e Drusos.

    O conflito em curso "ameaça a diversidade religiosa da Síria, porque os membros das menores comunidades minoritárias fogem do país, também em face de um futuro incerto no pós-Assad", está escrito no dossiê.

    O dossier da comissão exorta tanto os Estados Unidos como os outros países a implementarem políticas de apoio aos direitos das minorias e à liberdade religiosa.

    A agência norte-americana admitiu que as condições não eram certamente idílicas nem mesmo antes do levante atual, observando que "a Síria oferecia um mínimo de liberdade religiosa, incluindo a liberdade de culto, especialmente para as minorias religiosas no país, incluindo os cristãos".

    "No entanto, o governo controlava a seleção dos imãs sunitas e limitava a sua liberdade religiosa", diz o dossiê.

    Além disso, o documento atribui ao regime a responsabilidade por uma política de repressão da maioria sunita, que durou décadas, e a intensificação das hostilidades entre as minorias religiosas.

    Ao mesmo tempo, as comunidades religiosas que se mantiveram neutras durante as revoltas violentas, foram vistas pelas forças de oposição, como cúmplices do governo.

    "Na medida em que essas fraturas sectárias se aprofundam, torna-se cada vez mais provável que as comunidades religiosas estejam na mira, não por suas alianças políticas, mas apenas por sua filiação religiosa", adverte o USCIRF.

    É claro, diz o dossiê USCIRF, que "este sectarismo está em ascensão e as agressões com motivo religiosos têm sido perpetradas pelo regime de Assad e pelos seus delegados, bem como, às vezes, pelas forças de oposição que apontam para sua queda, causando graves violações da liberdade religiosa".

    "Essas violações também ameaçam a diversidade religiosa da Síria com a crescente probabilidade de violência com motivo religioso e constantes retaliações numa Síria pós-Assad, onde as minorias religiosas são particularmente vulneráveis", diz o dossiê.

    O Egito é outro país onde os cristãos são ameaçados. Há um temor de que a Constituição apenas aprovada não seja capaz de proteger os direitos dos cristãos, como destaca um serviço da BBC do dia 3 de janeiro.

    Uma mãe egípcia e seus sete filhos foram condenados a penas de prisão pesadas por terem alterado ilegalmente os seus documentos oficiais (cfr. Russia Today, 16 de janeiro de 2013). A família queria restaurar seus nomes cristãos, após a morte de seu pai, um muçulmano.

    Nadia Ali Mohamed nasceu cristã, mas tinha se convertido ao islamismo, depois de se casar com Mustafa Abdel-Wahab. Com a morte de seu marido em 1991, ela queria voltar para o cristianismo.

    Em 2004, depois de ter voltado a ser cristã, a família substituiu os nomes muçulmanos na própria carteira de identidade por nomes cristãos. Toda a família foi condenada a 15 anos de prisão por ter violado as leis de mudança de nome.

    Enquanto isso, os grupos islâmicos continuam a atacar edifícios cristãos, sem que a polícia ou as forças de ordem se comprometam demais para prevenir estes atentados. No passado 16 de janeiro a Assyrian International News Agency disse que centenas de muçulmanos destruíram a sede dos serviços sociais, que pertencem à Igreja Copta, entoando slogans islâmicos. O edifício estava localizado na aldeia de Fanous, no distrito de Tamia, na província de Fayoum, 130 km a sudoeste do Cairo.

    No início deste mês, um grupo atacou a Catedral Copta de São Marcos, atirando pedras e bombas incendiárias (cfr. New York Times, 8 de abril de 2013).

    "A polícia não está fazendo nada para nos proteger ou parar a violência", disse Wael Eskandar, ativista cristão-copto. "Pelo contrário, estão ajudando ativamente os civis", a atacarem os cristãos, disse Eskandar, de acordo com o citado artigo do New York Times.

    O ataque continua com vários dias de conflito, culminados em um tiroteio que matou quatro muçulmanos e um cristão.

    O Papa dos coptos Tawadros II acusou o presidente Mohammed Mursi, um membro da Irmandade Muçulmana, de não protegido a catedral: o Washington Post, em um artigo do 18 de abril, o chamou de "uma crítica direta sem precedentes".

    As tensões continuam, com dez pessoas mortas nas últimas semanas durante os confrontos entre Muçulmanos e Cristãos Cóptas no Egito (cfr. Al-Jazeera, 22 de abril).

    Nos países do Oriente Médio as perspectivas para os cristãos continuam a ser muito problemáticas, no entanto, nem os governos ocidentais nem instituições internacionais parecem dar muita atenção para o assunto.

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    Relativismo absoluto ou absolutismo relativista?
    Por que o ateísmo e o relativismo são contraditórios

    Por Pe. Anderson Alves


    ROMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O absolutismo relativista exige que toleremos as mentiras como se fossem verdades, e que não "toleremos" as verdades, como se fossem mentiras.

    Vimos anteriormente que o ateísmo e o relativismo modernos são profundamente contraditórios[i]. O ateísmo porque pretende ser verdadeiro e relativista, "des-construindo" todas as verdades e normas morais, a partir de uma verdade absoluta: a inexistência de Deus; dessa verdade "divina" o ateísmo deduz uma regra moral absoluta: é proibido ter regras. O ateísmo relativista pretende assim negar o valor de todos os dogmas e certezas morais a partir de um novo dogma, que cria uma nova moralidade, na qual os valores absolutos são relativizados ou transformados.

    O relativismo, por sua vez, é contraditório porque pretende afirmar que todas as afirmações, inclusive as contraditórias, são sempre verdadeiras (ou sempre falsas). Mas quem diz que duas afirmações contraditórias podem ser verdadeiras, deve aceitar que duas contraditórias não podem ser verdadeiras. Essa evidente contradição levaria a renúncia a uma vida humana, na qual se julga, dialoga e se vive em sociedade. Em outras palavras, quem não aceita o princípio de não-contradição, torna-se semelhante a um vegetal. As consequências disso é que o relativismo e o ateísmo absolutos são reciprocamente excludentes; e o relativismo só pode ser verdadeiro quando é relativo, ou seja, parcial, aplicado ao modo de expressar ou de conhecer uma verdade, e não à verdade mesma.

    Isso nos faz reconhecer o justo relativismo da verdade, pois essa é sempre relativa à inteligência de quem conhece. E a verdade é única na inteligência divina, pois Deus, ao conhecer a si mesmo, conhece todas as coisas. A verdade humana, porém, é múltipla, pois cada coisa tem sua verdade intrínseca, mas a conhecemos parcialmente, através de muitos juízos verdadeiros. De fato, o conhecimento humano é discursivo e progressivo e até hoje nenhuma ciência pode dizer que conhece totalmente o objeto estudado. A realidade que está diante de nós é sempre mais rica do que conhecemos. Por isso ela é como uma janela pela qual nos chega a luz da verdade e da bondade divinas e infinitas.

    Entretanto, não podemos deixar de constatar que vivemos num ambiente cultural impregnado de relativismo. Não de um relativismo absoluto, que é essencialmente contrário à razão humana, mas sim de um absolutismo relativista. De fato, as filosofias relativistas ainda não conseguiram destruir a racionalidade humana e continuamos pensando a partir da convicção de que é possível conhecer a verdade e de que afirmações contraditórias não podem ser ao mesmo tempo verdadeiras. Mesmo assim o relativismo se expande na cultura atual, não através da Lógica, mas pela força da repetição superficial de afirmações "dogmáticas". Desse modo, não há dúvidas de que vivemos em um ambiente onde reina não um relativismo absoluto, mas sim um absolutismo relativista.

    Absolutismo relativista significa, pois, os esforços para se impôr uma cultura mundial relativista, que tenta destruir os valores tradicionais. Pretende-se assim convencer aos povos de que tudo é relativo, pois a verdade não existe (ou tudo é verdade, o que dá no mesmo) e todos os comportamentos morais são igualmente bons (ou igualmente maus). Tudo o que é contraditório parece ser hoje válido e tolerável. A única coisa que não se tolera é que se mostre as contradições e a irracionalidade do mesmo relativismo. O absolutismo relativista exige que toleremos as mentiras como se fossem verdades, e que não "toleremos" as verdades, como se fossem mentiras.

    Na Ética o absolutismo relativista se manifesta principalmente em dois modos. No Positivismo e no chamado "pensamento débil". Ambos dizem que a Ética só pode ser descritiva. Embora esses sistemas sejam opostos, as conclusões a que chegam são semelhantes.

    O Positivismo diz que o método das ciências experimentais deve ser aplicado a todas as ciências. Ora, as ciências só descrevem a realidade, sem prescrever nada. Por isso a Ética deve apenas dizer como as pessoas se comportam. O argumento dado é logicamente válido, mas há uma premissa que deve ser discutida: por que a Ética deve ter o mesmo método das ciências experimentais? Essa é uma afirmação filosófica, que só pode ser imposta pela força, uma vez que não se sustenta racionalmente. De fato, a dita afirmação não pode ser justificada por métodos experimentais e a conclusão do raciocínio é autocontraditória: diz que as ciências não devem ser normativas, mas essa afirmação é já uma norma no âmbito científico.

    Outro sistema importante é o chamado "pensamento débil". Diz que o filósofo moral deve descrever os modelos de comportamento para facilitar o diálogo entre as culturas. Forma-se assim uma mesa redonda, semelhante à de um jogo de cartas, na qual não se chega a nenhuma conclusão. E isso se apresenta como uma exigência da "democracia". E o argumento dado diz: os homens são todos iguais; quando dois homens possuem opiniões diversas, ambas devem ser aceitas, pois é antidemocrático ou politicamente incorreto dizer que uns homens tem razão e outros se equivocam[ii].

    Quem pensa assim deveria antes de tudo esclarecer o que significa a afirmação de que "todos os homens são todos iguais". Se significasse que possuem uma mesma dignidade, estamos de acordo. Mas se quer dizer que tudo o que os homens afirmam, em razão da dignidade comum, seja sempre verdadeiro, isso é um absurdo. Da dignidade da natureza humana não se deduz que o conhecimento de todos os seres humanos seja sempre verdadeiro. E tampouco se deduz que sempre dizemos a verdade. De fato, o homem pode, não só se equivocar, mas também mentir, manipular, tentar dominar a quem parece ser mais fraco. E não se entende como o erro ou a mentira pode sustentar uma "democracia". Dito de outro modo: o principal equívoco do "pensamento débil" está em estabelecer como critério de verdade não a relação do juízo intelectual com a coisa conhecida, mas sim o juízo com a dignidade de quem o profere. Da dignidade do ser humano, de fato, não se deduz a verdade de todos os seus conhecimentos, nem a bondade moral de todos os seus atos.

    Portanto, o Positivismo e o "pensamento débil" expressam bem o atual absolutismo relativista: a tentativa de impor pela força de repetições afirmações contraditórias, como se fossem verdades absolutas, negando o que realmente é verdadeiro e bom. O dito absolutismo, última forma de pensamento universal, desrespeita as culturas verdadeiramente humanas. Pois se a Ética fosse somente descritiva, os filósofos poderiam falar sobre as diversas culturas, mas não falar com elas. E isso ofende a dignidade e a racionalidade humana, que como tal está aberta ao diálogo sincero em busca de uma verdade condivisível por todos os homens[iii].

    Pe. Anderson Alves, sacerdote da diocese de Petrópolis – Brasil. Doutorando em Filosofia na Pontificia Università della Santa Croce em Roma.

    [i] Cfr. http://www.zenit.org/pt/articles/o-ateismo-e-uma-escolha-racional http://www.zenit.org/pt/articles/o-relativismo-relativo-ou-a-justa-relatividade-da-verdade

    [ii] Cfr. A. Vendemiati, In prima persona. Lineamenti di etica generale, 3ª ed., UUP, Città del Vaticano 2008, cap. 1.

    [iii] Cfr. R. Spaemann, ¿Qué es la ética filosófica? Em Limites, acerca de la dimensión ética del actuar, Ediciones Internacionales Universitarias, Madrid 2003, pp. 19-20.

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    "Votação popular" do troféu Louvemos o Senhor encerra dia 08
    Neste ano 24 categorias serão premiadas no maior prêmio nacional da música católica.


    CAMPINAS, 03 de Maio de 2013 (Zenit.org) -




    A "Votação Popular" do Troféu Louvemos o Senhor encerra no próximo dia 08 de maio, informou hoje a Assessoria de Imprensa da Rede Século 21. Os internautas podem votar diariamente para escolher os melhores nomes da música católica nesta 5ª edição do Prêmio.

    São nove categorias abertas para o "Voto Popular": "Personalidade Artística do Ano"; "Melhor Música do Ano"; "DVD do Ano"; "Cantor do Ano"; "Cantora do Ano"; "Guitarrista do Ano"; "Baixista do Ano"; "Baterista do Ano"; "Tecladista do Ano".

    Para votar, basta acessar o site www.trofeulouvemos.com.br e de acordo com a categoria selecionar o artista de sua preferência e emitir o voto. Apenas um voto por IP em cada categoria será liberado diariamente.

    Neste ano 24 categorias serão premiadas no maior prêmio nacional da música católica. O Troféu Louvemos o Senhor também realiza uma Homenagem Póstuma ao grande compositor Waldeci Farias, na categoria de "Mérito Especial – Prêmio Por uma Vida Inteira de Realizações". Esta categoria valoriza o artista que, durante sua vida, contribuiu de forma criativa artística excepcional no campo da música católica.

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    "Alegria e sofrimento na positividade do real"
    III Conferência Provincial de Bioética em Cremona, Itália, neste sábado, 4 de maio


    ROMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O tema da III Conferência Provincial de Bioética organizada pelo Centro Cultural Diocesano Gabriele Lucchi, de Crema, em Cremona, Itália, é "Alegria e sofrimento na positividade do real".

    Participa da noite especial o colunista e editor-chefe do jornal Avvenire, Francesco Ognibene, no papel de moderador. Será um evento de estudo e de reflexão. Após a introdução musical, a ser feita pelo coral juvenil do Instituto Musical Folcioni, as saudações iniciais serão pronunciadas pelo bispo dom Oscar Cantoni.

    Em seguida, o cardiologista-chefe do Hospital San Gerardo de Monza, Felice Achilli, abordará a "experiência da cruz na vida cotidiana" através de um testemunho apaixonado de seu drama familiar.

    De Trento vem o carismático pe. Renato Tisot, fundador da Aliança Dives in Misericordia. Ele compartilhará a experiência de Domenica Maria Lazzeri, mística que carregou a cruz imersa em uma experiência extraordinária e sobrenatural de íntima união com o Cristo sofredor.

    O evento promove uma iniciativa de angariação de fundos para financiar as ações da Associação Gianni Lorenzo Leidi para Pesquisa e Formação em Urologia, fundada pelo próprio Leidi e apoiada pelos médicos da Urologia para Assistência ao Paciente em Domicílio.

    ONDE
    Igreja de San Bernardino

    Auditório Manenti
    Sábado, 4 de maio, 20h30

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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