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    segunda-feira, 23 de julho de 2012

    Legenda da fidelidade


    ORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAIS

    Link to Orações e milagres medievais

    Legenda da fidelidade

    Posted: 21 Jul 2012 11:30 PM PDT
    Coroação de Nossa Senhora, Fra Angélico, detalhe
    Conta-se que em tempos muito remotos havia um convento de monjas agostinianas, perto da cartuxa de Monte Alegre. Havia entre elas — e era, por certo, a mais humilde — uma monja de família nobre, de alta linhagem e muito bela.

    Numa tarde, um cavaleiro que habitava nos arredores do castelo desse lugar, por acaso viu-a no jardim, e de tal maneira impressionou-se por sua beleza, que não teve mais repouso.

    Desde então o cavaleiro rondava todas as noites o jardim do convento, chegando ao extremo de escalar os muros e cantar em frente à cela da enclausurada.

    Esta teve notícia dos padecimentos do jovem cavaleiro, e chorou amargamente por ser causa deles. Sua humildade e sua religião não podiam suportar a situação que o cavaleiro lhe criava, rondando-a como se fosse do mundo.

    Uma tarde, depois de rezar devotamente na capela do convento, pedindo conselho à Santíssima Virgem, tomou uma decisão heróica. Ao chegar a noite, a monja esperou atrás da cela em que o cavaleiro escalava o muro do convento, como era seu costume. Não teve que esperar muito tempo.

    Apenas a lua despontou no céu, viu o cavaleiro que, colocando uma escada no muro, desceu em silêncio por ela, levando sua espada.

    Saiu então a monja e se aproximou do cavaleiro, que estava trêmulo de emoção. Ela então lhe disse que havia sabido do muito que por seu amor sofria tentações, e que não poderia consentir nisso. E tampouco podia tolerar que todas as noites ele rondasse sua cela e lhe cantasse trovas, quebrando o espírito de clausura.

    O cavaleiro referiu-se à sua extrema beleza. Ao ouvir estas palavras, a religiosa respondeu que, como era sua beleza que causava suas tentações, estava decidida a destruí-la, para devolver à sua alma a tranqüilidade que tinha perdido.

    Dizendo isto, tirou uma adaga que trazia escondida embaixo do escapulário, e com um só golpe cortou o nariz.

    A lenda não conta o que aconteceu com o cavaleiro, mas nos consta que naquele lugar nasceu um raro arbusto, de uma espécie desconhecida até então, que dava flores de cor vermelha e em forma de nariz.

    Os cientistas do país asseguram que não há outro igual em toda a Catalunha. Em várias ocasiões, procuraram extirpá-lo, mas renascia com maior louçania. Puseram-lhe o nome de "arbusto de fogo", mas o povo, sempre amante do maravilhoso, o chama de "arbusto dos narizes".



    (V. Garcia de Diego, "Antología de Leyendas de la Literatura universal" - Labor, Madrid, 1953, p. 147)




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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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